Sinais da decadência

Recebi uma notícia “bombástica” este final de semana, cuja manchete dizia: “Sandy defende casamento homossexual, aborto e se diz contrária ao celibato”. O estopim de tudo isso foi uma entrevista que a garota deu recentemente ao jornal “O GLOBO”, onde ela revela as suas posições “polêmicas”.

Numa lista de internet da qual participo, alguém – comentando o fato – citou um livro do Mario Ferreira dos Santos. De acordo com o filósofo, estamos diante de um sinal da decadência de um povo quando este passa a dar ouvidos a artistas e atletas. E talvez o mais constrangedor aqui seja o fato de que nem precisaríamos ser filósofos de reconhecida envergadura intelectual para constatarmos esta verdade elementar.

Afinal de contas, quem é a Sandy? Lembro-me dela cantando “Maria Chiquinha” quando eu era criança; depois lembro-me da repercussão que houve quando ela declarou ser ainda virgem. Depois (um dia desses, aliás) foi a vez dela fazer um comentário embaraçoso sobre sodomia e prazer (!) e, agora, a sua língua rotatória se volta contra valores caros à Igreja Católica.

Tudo aqui é vergonhoso: desde a imprensa que se prostitui para produzir uma pauta com semelhante [ausência de] conteúdo, até a garota que se acha gabaritada para papagaiar em público suas opiniões levianas sobre estes temas morais e chegando até às pessoas que lerão esta notícia e levarão a sério as declarações clichês da Sandy, tomando-a talvez – de alguma maneira – por formadora de opinião.

Eu não vou nem comentar o absurdo que é a Sandy abrir a boca para se dizer “contra o celibato”, como se o celibato tivesse ainda que remotamente alguma coisa a ver com ela ou como se as pessoas tivessem o direito de ser “contra” as escolhas de vida dos outros e que não lhes dizem respeito. Mas vou deixar registrada a estupidez proferida com relação ao aborto, que se encontra na entrevista já citada:

ABORTO: “Aborto, sob o ponto de vista jurídico, é crime. Eu defendo a descriminalização, principalmente quando a gravidez representar risco para a mulher ou para o bebê.”

Entenderam? Matar um bebê é crime, mas ela defende que isso possa ser feito quando a gravidez representar risco para o bebê! Ou seja, se o bebê estiver em risco, a brilhante “solução” proposta pela ex-intérprete de Maria Chiquinha é matá-lo, certamente porque o risco cessa quando se realiza e uma vez que o bebê já esteja morto não estará mais em risco (!) e todos estarão felizes e satisfeitos! Este raciocínio faz sentido para alguém? No entanto, é exatamente este relincho que ganha destaque na grande mídia. É para repetir esta espécie de chavões que a Sandy aparvoa-se toda, sem perceber o papelão que está fazendo.

Dar ouvidos a este tipo de “opiniões” é um sinal de decadência; mas claro que é! E talvez seja um sinal de decadência ainda maior que um filósofo precise sentenciar o óbvio ululante e, mesmo assim, seja para todos os efeitos tratado como uma voz esgoelando-se no deserto. Mesmo assim, todos continuam agindo como se ninguém tivesse dito nada.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

10 comentários em “Sinais da decadência”

  1. Não é ela que de vez em quanto se apresentava ao lado do Pe. Marcelo Rossi?, pois é, parece que o Pe. Marcelo Rossi só se apresentou ao lado dela e de um monte de gente só para ganhar status, mas, passar alguma coisa que preste, nada …

  2.  Bem, a Sandy ganhou 1 milhão para fazer a propraganda da ‘Devassa’, evidente que para manter o scrípt, também dará “opiniões devassas”… Só pra manter a pose.
    Tive pena do Chororó…

  3. Artigo do Jornalista Cristian Derosa: O aborto e o trono de Moloch
    26.03.2012 – O retorno do infanticídio, do aborto e da eutanásia, e a perseguição anticristã: o velho paganismo retorna à sociedade, com a sede de sangue inocente típica de seus velhos e falsos deuses.O altar do deus cananita Moloch possuía a estátua de um bezerro de bronze com uma fornalha em seu ventre onde, em honra à divindade, as mães depositavam seus próprios filhos. Para amenizar o horror dessas mães, os sacerdotes cuidavam para que as trombetas fossem tocadas bem alto afim de que não se ouvisse o choro infernal das crianças sacrificadas.Este tipo de prática religiosa era também comum entre fenícios, amonitas e até entre os primeiros romanos, mas o cristianismo os fez aparentemente desaparecer. Por séculos, a prática do infanticídio permaneceu vista como expressão do próprio mal. O paganismo dos cátaros, a despeito de uma fé cega no transcendente, trouxe de volta o pesadelo do aborto e do suicídio como solução para a salvação em Cristo, em uma tentativa de transfigurar a fé cristã em seu oposto.Hoje vemos por todo lado a defesa do aborto e do infanticídio (o “aborto pós-natal”), como método contraceptivo ou como meio de seleção artificial do seres humanos mediante a constatação de deformidade ou enfermidade incurável. Com isso, buscam escolher quem deve nascer a partir de critérios de valoração baseados em um sofrimento indesejável, como se houvesse sofrimentos desejáveis.O paganismo é algo que subjaz na ideia do aborto, tal como o sacrifício de bebês era inerente ao culto a Moloch. A diferença da fé dos primeiros pagãos para com a dos últimos está no objeto adorado. E no caso presente, temos a chamada comunidade médica ou científica, mas podemos ampliar o rol de sacerdotes até alcançarmos os intelectuais do controle populacional, do planejamento familiar, etc. O derramamento de sangue inocente continua sendo a solução para aplacar sofrimentos humanos, tal como no paganismo primitivo. O trono de Moloch, portanto, permanece vivo como a chama de uma fornalha que é alimentada com sangue, com carne viva.O mesmo cristianismo que substituiu as práticas a Moloch, tal como a tantos deuses pagãos na Antiguidade, é aquele que agora é atacado globalmente, justamente pelos filhos daquele que necessita de alimento, adoração e sacrifícios, e que aguarda nos altares secretos, montados em clínicas de aborto por toda a parte. É a revanche do paganismo cuja crueldade não foi capaz de vencer a misericórdia do novo mundo cristão que se tornou real.Vingadas as suas perdas, pretendem eles estabelecerem um reino pagão, assemelhado ao que as Nações Unidas chamam de comunidade internacional, para o qual luta ardentemente uma tal United Religions Initiative, visando a emancipação de velhas crenças hoje periféricas, e que elevará o culto a Moloch finalmente ao status de religiosidade legítima.Fonte: http://www.midiasemmascara.org/artigos/aborto/12914-o-aborto-e-o-trono-de-moloch.html=========================================Leia também…Artigo do American Thinker: Falhei como Pai – Aceitei o aborto de meus dois filhos.
    Sobre o aborto,o culto a Moloch existe na atualidade :

  4. Sandy? Quem é Sandy?
    Não é a filha do Zezé di Camargo e Leonardo?

  5. Sandy? Ah, sei. É aquela dondoquinha, que canta umas musiquinhas medíocres e horrorosas e que se diz filha de um casal chamado Chitãozinho e Chororô, que cantam uns sertanOJOS horrorosos, não é isso mesmo? Quem liga para o que uma coitada dessas diz?

  6. Caro Jorge, o pior é que a afirmação que ela faz é daquele tipo “malandro”, que quase se passa despercebido. Vejamos: “Aborto, sob o ponto de vista jurídico, é crime. EU DEFENDO A DESCRIMINALIZAÇÃO, PRINCIPALMENTE quando a gravidez representar risco para a mulher ou para o bebê.” (caracteres maiúsculos meus). Veja, ela diz que defende a descriminalização em qualquer caso, e mais principalmente nas situações especificadas, no entanto, da forma como expõe o raciocínio, a linguagem utilizada, e a carga emocional enfática utilizada no final da afirmação, fazem com que isso (o fato dela defender a descriminalização em qualquer caso) quase passe despercebido. Lamentável!

  7. Confesso que já fui fã da Sandy. Mas isso foi há muito tempo atrás, quando eu era ainda uma alienada e levava a sério o que os artistas diziam. Sim, porque eu tinha aquela visão romântica de que todo artista era necessariamente bonzinho. Os artistas eram como um mito para mim. Hoje, eu vejo que na realidade artistas são como qualquer outra pessoa. Aliás, eu fui mais fã da Sandy quando era criança, agora não ligo a mínima para ela. Afinal de contas, quem é Sandy? Que importância ela tem, que diferença faz na minha vida? Nenhuma. E não ligo a mínima para o que algum artista diz ou faz. O que a Sandy diz não passa de opiniões clichês e levianas, nada mais do que isso.  As opiniões dela não acrescentam em nada. Ela já caiu no meu conceito faz tempo. E o pior é que, se não me engano, ela ainda se diz católica. A única coisa que me preocupa é que existem pessoas que vão levar a sério o que ela diz, só por ela ser quem é. E ela não deixa de ser um péssimo exemplo para os jovens.

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