Por que esta noite é diferente das outras noites? A pergunta foi imortalizada na película do Mel Gibson que nós costumamos assistir nestes dias do ano. Para além de qualquer interesse histórico que a questão possa despertar, penso que sua maior utilidade no dia de hoje é provocar-nos uma reflexão e uma resposta. Estes dias santos exigem que nós tomemos parte nos acontecimentos neles celebrados, como disse certa vez o pregador da Casa Pontifícia.
Por que é diferente esta noite? Qualquer resposta que se pretenda frutuosa precisa incluir em si o fato de que foi nesta noite – a Noite da Quinta-Feira Santa – que teve início a nossa Redenção. Aliás, isto é uma das primeiras coisas que é preciso ter em mente para viver com fruto estes dias: esta noite que estamos vivendo hoje é Aquela Noite Terrível na qual o Salvador foi traído por Judas. Embora não haja rigorosamente representatio da Semana Santa no mesmo sentido em que a Eucaristia contém a Paixão do Senhor (cf. Ecclesia de Eucharistia 11), estes dias devem sim ser vividos “à maneira de um mistério”, como disse o Cantalamessa. Devem ser vividos de um modo místico e, misticamente, esta é a noite na qual o Senhor foi traído. A Noite da Última Ceia. A Noite do Getsêmani. A noite do beijo de Judas.
São estes os eventos onde devemos estar hoje – afinal, são eventos ocorridos por causa de nós. Dizer que Deus faria tudo o que fez para resgatar uma só alma é uma bonita sentença teológica; mas a consciência de que esta única alma poderia ser precisamente a minha é um poderoso elemento de conversão. É somente quando nós aplicamos as verdades de Fé à nossa vida concreta que elas nos são úteis. Em um certo sentido, nós podemos perfeitamente dizer que os eventos dramáticos deste Tríduo Santo gravitam ao redor de nossa existência concreta, da nossa vida particular. Deus é Amor, e a manifestação mais eloqüente desta consoladora verdade é precisamente esta em cujo meio nos encontramos agora.
“Oh, maravilhoso intercâmbio…” Rasga, Senhor a treva da nossa visão; dá-nos a graça de ver com os olhos da fé…
A explicação do que foi, de fato, a instituição da Eucaristia deve ser entendida, assimilada e enraizada por aqueles que afirmam perenemente serem católicos.Na Paróquia, o padre deu uma lambada nos católicos ou “católicos” que são assediados por igrejas protestantes, quando disse que as Igrejas de “crentes” desrespeitam a passagem da Ultima Ceia, quando ofertam aos fiéis suco de uva ao invés de vinho e, ao dizer que é na Igreja Católica, só na Igreja Católica, existe o Sacramento da Comunhão.Ele, o Padre, quis dizer que a tal Santa Ceia protestante é um engodo.Eu sei que certos protestantes vão ficar furiosos, mas gostaria de dizer que não são palavras minhas, são do pároco da Igreja que eu frequento e com certeza outros sacerdotes do Deus devem ter dito a mesma coisa.Querem se queixar que se queixem a eles, não a mim.