É hoje (11/04/2012) o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal, da ADPF 54, que poderá autorizar o aborto eugênico de crianças sem cérebro no Brasil. A tese da ação é
que a anencefalia constitui uma má-formação incompatível com a vida extra-uterina, cujos efeitos empresta à gravidez caráter de risco, sendo a antecipação do parto a única indicação terapêutica possível e eficaz para o tratamento da gestante, “já que para reverter a inviabilidade do feto não há solução.”
A tramitação da ADPF 54 é enorme e remete há quase oito anos. “[C]om 3 volumes e 6 apensos”, o julgamento do mérito do processo será hoje. Segundo divulga a imprensa, ao menos quatro (dos onze) ministros votarão a favor do aborto eugênico.
Na última sexta-feira, a CNBB convocou uma vigília pela vida a se realizar em todas as dioceses. O pedido dos bispos foi atendido; as manifestações puderam ser acompanhadas nas redes sociais entre ontem à noite e hoje pela manhã (p.ex., em Brasília e no Maranhão, como informou o blog do Wagner Moura). Na imprensa secular, a vigília foi noticiada (entre outros) por G1.
Além disso, aconteceu ontem um Twittaço #EmDefesaDaVida. A tag ficou em primeiro lugar nos TTs Brasil por mais de duas horas.
A aprovação do assassinato eugênico de crianças deficientes será a vergonhosa coroação do egoísmo humano, elevado ao patamar de direito inalienável e calcando a seus cascos o direito à vida – direito este cuja defesa intransigente esperar-se-ia ser apanágio das sociedades civilizadas. Em breve se iniciará a grande farsa. Acompanhemo-la ao longo deste dia.
Você que ainda não se manifestou, ainda há tempo de fazê-lo: por via eletrônica e também enviando faxes ao STF. E não deixe de oferecer ao Todo-Poderoso as suas orações no dia de hoje. Este é o dia das Trevas. Que nos possa valer a Virgem Poderosa, dando-nos virtude contra os inimigos d’Ela.
Provavelmente o STF aprovará a medida e não vejo razão para tanta agitação. Nenhuma mulher será obrigada a fazer qualquer procedimento que não queira, apenas as que desejarem não terão de se submeter a uma criminalização absurda.
As religiões agiriam melhor se orientassem os seus sem se preocupar com o que os outros fazem. Por que alguém que não é cristão deveria seguir preceitos religiosos? Se o Estado é laico as decisões deveriam obedecer apenas a legislação.
Não é uma obrigação, é uma opção. A vida dos outros é dos outros. Se pagaremos o que fazemos em vida devemos dar o livre arbítrio para que pessoas que sofram com esse problema decidam.
Como eu expliquei aqui, a questão é que a criança tem que ter o direito de nascer independente de quem seja a sua mãe. A defesa dos mais fracos (em particular dos deficientes) é característica das sociedades civilizadas. Ao contrário, eliminar os deficientes sob a cretina justificativa de que “ninguém vai ser obrigado a fazer isso, é só para quem quiser” é de um aviltante retrocesso. Nós voltamos à barbárie pagã, jogando no lixo dois milênios de evolução da humanidade.
Dizer que crianças deficientes não podem ser mortas obviamente não é “um preceito religioso”, como tampouco o é dizer que negros não podem ser escravizados ou judeus não podem ser confinados em campos de concentração. Seria verdadeiramente um crápula alguém que defendesse a escravidão “argumentando” que ninguém seria obrigado a ter escravos, só os que assim o quisessem. No entanto, os crápulas dizem exatamente isto – sem corar de vergonha – quando se trata de defender o assassinato de bebês deficientes e esperam que nós nos demos por satisfeitos.
A vida dos outros é dos outros, e é exatamente por isso que a vida da criança deficiente não pode ser exterminada pela mãe.
Não se pode exterminar o que não existe, fetos acéfalos não tem possibilidade de vida.
Segundo o G1, os ministros Ayres Britto e Celso de Mello teriam anunciado votar a favor da descriminalização do aborto em casos de anencefalia. Eles estão entre os quatro ministros que faltam votar, com Gilmar Mendes e Cezar Peluso. Hoje, somente um dos seis ministros que votaram foi contra a liberação do aborto de anencéfalos: Ricardo Lewandowski.
Caro Rafael, a anencefalia tem diversos graus e nem mesmo os cientistas podem saber quanto tempo uma criança anencéfala vai viver; algumas morrem logo após o parto, outras em alguns dias, algumas em alguns anos. FETOS ANENCÉFALOS TÊM POSSIBILIDADE DE VIDA. Incerta, difícil e mais curta que a maioria, mas AINDA ASSIM É UMA VIDA, UMA PESSOA; MERECE TANTO RESPEITO E PROTEÇÃO QUANTO EU E VOCÊ.
É um absurdo que nós tenhamos a pretensão de determinar quais são os requisitos para uma PESSOA SER CONSIDERADA “VIÁVEL”.
Não sou Deus, Aquele que sonda os corações, mas, pela sua frase, OU VOCÊ ESTÁ PESSIMAMENTE INFORMADO OU É DESCARADAMENTE DESONESTO! Se seu caso for o primeiro, informe-se mais e repense sua posição, pois o que se está fazendo no STF é abrindo a Caixa de Pandora. Se o Estado passa a determinar quem merece viver e quem deve morrer “pelo bem”, pode usar esse mesmo critério “pelo bem” e liberar o aborto de crianças com outros tipos de deficiências, depois de crianças normais; mais um pouco e se aprova o infanticídio pós-parto por razões econômicas, ou sacrificar os doentes graves e aleijados por “compaixão” pelo sofrimento deles; fazer eutanásia nos idosos, afinal eles já não têm mais uma “vida plena de vigor”, etc, etc, etc… ISSO SE CHAMA EUGENIA. SE HÁ UMA PALAVRA PARA DEFINIR ISSO É “DIABÓLICO”.
Só para constar: ISSO NÃO É UMA QUESTÃO RELIGIOSA, AO CONTRÁRIO DO QUE ESSA CORJA DE CRETINOS QUER FAZER PARECER; EXISTEM MUITOS PRÓ-VIDA QUE SÃO ATEUS OU AGNÓSTICOS. É uma questão de princípios: VIDA E CIVILIZAÇÃO OU MORTE E BARBÁRIE. Eu escolho a Vida!!!
Rafael, veja isso:
http://amadavitoriadecristo.blogspot.com.br/
Cada besteira que falam, nunca vi coisa igual. Claro que anencéfalos existem, e têm vida, mesmo que seja uma vida curta. Anencéfalos são seres humanos. Então quer dizer que anencéfalos devem ser eliminados só porque não têm uma parte do cérebro, só porque não vivem por longos anos? Então você é a favor da eliminação de inocentes, só porque são deficientes? Você quer o quê, uma sociedade perfeita? Se eu engravidesse e meu bebê tivesse anencefalia ou qualquer outra doença, eu levaria minha gravidez até o fim. E nem daria ouvidos a quem viesse com a proposta do aborto. Porque não acho que uma mãe tenha direito de eliminar uma criança inocente. E tenho dito.
Sobre o que o jurista Luiz Carlos Gonçalves, relator do anteprojeto de reforma do Código Penal Brasileiro, disse ao G1.
No final da reportagem, consta a seguinte fala do jurista:
É muito curioso! Pois no início da mesma matéria, Denise Gomes, a repórter do G1, já nos informa:
Concedamos que não se trata da “liberação do aborto”, tal como Luiz Carlos quer. Sabemos que também não se trata de “autorização pela justiça”, já que esta anda dando suas “autorizações” sem o resultado do julgamento no STF. Então se trata do que?! Alguém se habilita a explicar?
DEVEMOS nos manifestar para o Congresso Nacional!
Hoje,o Congresso “derrubou” a decisão do STJ sobre a Lei SECA! Devemos enviar emails para todos os senadores e deputados pró-vida!!!!
Não percamos a fé!!!!!!Aquele que venceu a morte está conosco!
Não é uma criança deficiente, é um ser inviável.
Também conhecido como “criança deficiente”.
Já que o estado é laico, porque os laicistas de plantão não reclamam dos que defendem a legalização do aborto, já que tal legalização é dogma da IURD?
Ser inviável e criança deficiente não são a mesma coisa. Mas não há porque discutirmos lógica e distorções, a decisão já foi tomada.
De facto. Deficiente é um conceito objetivo aferido facilmente pela observação da criança que possui a deficiência em comparação com as outras crianças normais. “Inviável” é um juízo de valor preconceituoso, utilitarista e calhorda que só poderia encontrar guarida nos próceres desta triste “idade das Trevas” em que vivemos hoje em dia.