Reproduzo a notícia que o Taiguara de Sousa – editor da Revista Vila Nova – publicou ontem no seu Facebook. É uma notícia aliás até bem velha: da década de 30 do século passado. Mas é importante reproduzi-la agora por ser um serviço de utilidade pública, para tentar pôr freios à propaganda desinformativa que se transformou em lugar-comum quando se fala na história da Igreja Católica.
Sobre isto, explicou o próprio Taiguara:
Pessoal metido a historiador que vive rasgando as vestes porque a Igreja supostamente não teria feito nada contra o nazismo, deem um Google nos jornais da época, antes de saírem espalhando o que leram em qualquer blog por aí.
A notícia acima é do jornal The Milwaukee Sentinel de 21 de março de 1937 e a manchete é impactante: “Nazistas denunciados pelo Papa Pio como anticristãos”.
O texto que dei o print diz: “Concordata com Vaticano violada pela Alemanha, diz o Pontífice; Desfecho do confronto com a Igreja se precipita.
Por William Shirer.
O Papa Pio XI hoje em uma Encíclica de palavras afiadas aos católicos alemães abruptamente acusou o governo nazista de ter violado a concordata com o Vaticano e de favorecer movimentos anticristãos.”
Mas a notícia continua por colunas e pode ser conferida inteira neste link:
Há um momento na notícia em que se diz: “Pelos eventos atuais, um espetacular desfecho no longo conflito entre a Igreja Católica Romana e o Estado Nazista parece inevitável”.
Isto é, em 1937, antes mesmo da Segunda Guerra Mundial, a imprensa já noticiava um “longo conflito” entre a Igreja e o nazismo.
Logo em seguida, se fala que o Papa condena a política racial do nazismo e suas doutrinas neo-pagãs: “Isto pode ser ainda mais antecipado porque Sua Santidade, na Encíclica, denuncia energicamente a política nazista de supremacia da raça ariana e aponta o contraste entre os princípios católicos e as idéias ‘neo-pagãs’ nazistas”.
Segue a notícia relatando como a mensagem chegou aos católicos, sendo aventuradamente despachada em motocicletas para cada paróquia.
Historiadores de plantão que escavam “Papas de Hitler”, façam uma pesquisa nos jornais da época. O Google ajuda.
Além disso, entre diversos comentários interessantíssimos que foram publicados nesta foto, um deles em particular me chamou a atenção, do revmo. pe. Celso Nogueira, LC, e que merece ser reproduzido:
Essa carta [Mit Brennender Sorge] foi a única encíclica publicada em alemão. Para redigi-la, Pio XI contou com a ajuda do seu secretário de estado, que tinha sido núncio na Alemanha por muitos anos. O nome do secretário era Eugenio Pacelli, o futuro Pio XII. Além de condenar o nazismo, o comunismo e o fascismo, Pio XI denunciou o que ele chamou de “conspiração do silêncio” dos países democráticos antes da guerra, diante dos avanços do totalitarismo. Esses mesmos países que agora acusam a Igreja de ter silenciado…
Após a boa repercussão da matéria no Facebook, o próprio Taiguara aprofundou a pesquisa e nos brindou com este texto publicado no site da Revista Vila Nova, mais completo e com mais referências. Não deixem de acessar. E, enquanto alguns continuam reproduzindo as besteiras do Cornwell, façamos a nossa parte em divulgar o (abundante!) material verdadeiramente histórico que existe. Ao menos os que conservarem um pouco de honestidade intelectual não poderão mais continuar com a imagem da Igreja filo-nazista.
Daqui há pouco aparece o stefano666 para protestar e colocar suas “famosas” imagens… aliás, stefano666: que tal postar isso no seu querido Diário Ateísta?
Certamente ele vai mandar as mesmíssimas imagens de sempre, daqueles clérigos que apoiaram o nazismo, e vai vir com aquela mesmíssima conversa, de que a Igreja não excomungou tais clérigos e blá blá blá… Nada de novo. Nem liga, aquele lá só fala besteira e nem tem moral para falar, uma vez que defende o comunismo, que fez bem mais vítimas que o nazismo…
Muito bom.
Estão confundindo os Papas: Cornwell fala do Papa Pio XII – Cardeal Eugenio Pacelli (e não Pio XI – Cardeal Ambrogio Damiano Achille Ratti – este antecessor de Pio XII ).
Sim, o cardeal Eugenio Pacelli, núncio na Alemanha na época de Pio XI e – tcharam! – autor material da Mit Brennender Sorge da qual se está falando aqui!
Caro Lukas, por favor, releia, se tiver boa vontade:
“Para redigi-la, Pio XI contou com a ajuda do seu secretário de estado,
que tinha sido núncio na Alemanha por muitos anos. O nome do secretário
era Eugenio Pacelli, o futuro Pio XII.”
O cardeal Eugenio Pacelli (Pio XII), antes de se tornar papa, era secretário de estado de Pio XI. O cardeal Eugenio Pacelli ajudou o papa Pio XI a redigir a encíclica contra o nazismo. Entendeu?
Paz na Terra aos homens de boa vontade…
Sim, o mesmo Eugenio Pacelli que se tornaria Pio XII e ajudaria os nazistas por baixo dos panos!
No Vaticano, rabino diz que Pio XII traiu os judeus
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,no-vaticano-rabino-diz-que-pio-xii-traiu-os-judeus,254843,0.htm
Provas, Sérgio?
Historiador judeu revela: de maneira pessoal e encoberta Pio XII salvou milhares de judeus: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=22742
Pio XII salvou 11.000 judeus romanos: http://www.zenit.org/p-28585
As declarações dos líderes judeus:
1
– Albert Einstein: “Quando aconteceu a revolução na Alemanha, olhei com
confiança as universidades, pois sabia que sempre se orgulharam de sua
devoção por causa da verdade. Mas as universidades foram amordaçadas.
Então, confiei nos grandes editores dos diários que proclamavam seu amor
pela liberdade. Mas, do mesmo modo que as universidades, também eles
tiveram que se calar, sufocados em poucas semanas. Somente a Igreja
permaneceu firme, em pé, para fechar o caminho às campanhas de Hitler
que pretendiam suprimir a verdade.
Antes
eu nunca havia experimentado um interesse particular pela Igreja, mas
agora sinto por ela um grande afeto e admiração, porque a Igreja foi a
única que teve a valentia e a constância para defender a verdade
intelectual e a liberdade moral.”
2
– Isaac Herzog: “O povo de Israel nunca se esquecerá o que Sua
Santidade [Pio XII] e seus ilustres delegados, inspirados pelos
princípios eternos da religião que formam os fundamentos mesmos da
civilização verdadeira, estão fazendo por nossos desafortunados irmãos e
irmãs nesta hora, a mais trágica de nossa história, que é a prova viva
da divina Providência neste mundo.” [Isaac Herzog, Gran Rabino da
Palestina, em 28 de fevereiro de 1944; “Actes et documents du Saint
Siege relatifs a la Seconde Guerre Mondiale”, X, p. 292.]
3
– Alexander Shafran: “Nestes tempos duros, nossos pensamentos, mais que
nunca, voltam-se com respeitosa gratidão ao Soberano Pontífice, que fez
tanto pelos judeus em geral… No nosso pior momento de provação, a
generosa ajuda e o nobre apoio da Santa Sé foram decisivos. Não é fácil
encontrar as palavras adequadas para expressar o alívio e o consolo que o
magnânimo gesto do Supremo Pontífice nos deu, oferecendo vastos
subsídios para aliviar os sofrimentos dos judeus deportados. Os judeus
romenos jamais esquecerão esses fatos de importância histórica.”
[Alexander Shafran, Gran Rabino de Bucarest, em 7 de abril de 1944;
“Actes et documents du Saint Siege relatifs a la Seconde Guerre
Mondiale”, X, p. 291-292]
4
– Juez Joseph Proskauer: “Temos ouvido em muitas partes que o Santo
Padre [Pio XII] foi omisso na salvação dos refugiados na Itália, e
sabemos de fontes que merecem confiança que este grande Papa estendeu
suas mãos poderosas e acolhedoras para ajudar aos oprimidos na Hungria”.
[Juez Joseph Proskauer, presidente do “American Jewish Committee”, na
Marcha de Conscientização de 31 de julho de 1944 em Nova York]
5
– Giuseppe Nathan: “Dirigimos uma reverente homenagem de reconhecimento
ao Sumo Pontífice [Pio XII], aos religiosos e religiosas que puseram em
prática as diretrizes do Santo Padre, somente viram nos perseguidos a
irmãos, e com arrojo e abnegação atuaram de forma inteligente e eficaz
para socorrer-nos, sem pensar nos gravíssimos perigos a que se
expunham.” [Giuseppe Nathan, Comissário da União de Comunidades
Israelitas Italianas, 07-09-1945]
6
– A. Leo Kubowitzki: “Ao Santo Padre [Pio XII], em nome da União das
Comunidades Israelitas, o mais sentido agradecimento pela obra levada a
cabo pela Igreja Católica em favor do povo judeu em toda a Europa
durante a Guerra”. [A.Leo Kubowitzki, Secretario Geral do “World Jewish
Congress” (Congresso Judeu Mundial ), ao ser recebido pelo Papa em
21-09-1945]
7
– William Rosenwald: “Desejaria aproveitar esta oportunidade para
render homenagem ao Papa Pio XII por seu esforço em favor das vítimas da
Guerra e da opressão. Proveu ajuda aos judeus na Itália e interveio a
favor dos refugiados para aliviar sua carga”. [William Rosenwald,
presidente de “United Jewish Appeal for Refugees”, 17 de março de 1946,
citado em 18 de março no “New York Times”.
8
– Eugenio Zolli: “Podem ser escritos volumes sobre as multiformes obras
de socorro de Pio XII. As regras da severa clausura cairam, todas e
cada uma das coisas estão a serviço da caridade. Escolas, oficinas
administrativas, igrejas, conventos, todos têm seus hóspedes. Como uma
sentinela diante da sagrada herança da dor humana, surge o Pastor
Angélico, Pio XII. Ele viu o abismo de desgraça ao qual a humanidade se
dirige. Ele mediu e prognosticou a imensidão da tragédia. Ele fez de si
mesmo o arauto da voz da justiça e o defensor da verdadeira paz”.
[Eugenio Zolli, em seu livro “Before the Dawn” (Antes da Aurora), 1954;
seu nome original era Israel Zoller, Gran Rabino de Roma; durante a
Segunda Guerra Mundial; convertido ao cristianismo em 1945, foi batizado
como “Eugenio” em honra de Eugenio Pacelli, Pío XII]
9
– Golda Meir: “Choramos a um grande servidor da paz que levantou sua
voz pelas vítimas quando o terrível martírio se abateu sobre nosso
povo”. [Golda Meier, ministra do Exterior de Israel, outubro de 1958, ao
morrer Pío XII]
10
– Pinchas E. Lapide: “Em um tempo em que a força armada dominava de
forma indiscriminada e o sentido moral havia caído ao nível mais baixo,
Pio XII não dispunha de força alguma semelhante e pôde apelar somente à
moral; se viu obrigado a contrastar a violência do mal com as mãos
desnudas. Poderia ter elevado vibrantes protestos, que pareceriam
inclusive insensatos, ou melhor proceder passo a passo, em silêncio.
Palavras gritadas ou atos silenciosos. Pio XII escolheu os atos
silenciosos e tratou de salvar o que poderia ser salvo.” [Pinchas E.
Lapide, historiador hebreu e consul de Israel em Milão, em sua obra
“Three Popes and Jews” (Três Papas e os Judeus), Londres 1967; ele
calcula que Pío XII e a Igreja salvaram com suas intervenções 850.000
vidas].
11
– Sir Martin Gilbert: “O mesmo Papa foi denunciado por Joseph Goebbels –
ministro de Propagando do governo nazista – por haver tomado a defesa
dos judeus na mensagem de Natal de 1942, onde criticou o racismo.
Desempenhou também um papel, que descrevo com alguns detalhes, no
resgate das três quartas partes dos judeus de Roma”. [Sir Martin
Gilbert, historiador judeu inglês, especialista no Holocausto e a
Segunda Guerra Mundial, em uma entrevista em 02-02-2003 no programa “In
Depth”, do canal de televisão C-Span]
12
– Paolo Mieri: “O linchamento contra Pio XII? Um absurdo. Venho de uma
família de origem judia e tenho parentes que morreram nos campos de
concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Esse Papa [Pio XII] e a
Igreja que tanto dependia dele, fizeram muitíssimo pelos judeus. Seis
milhões de judeus assassinados pelos nazistas e quase um milhão de
judeus salvos graças à estrutura da Igreja e deste Pontífice. Se
recrimina a Pio XII por não ter dado um grito diante das deportações do
gueto de Roma, mas outros historiadores têm observado que nunca viram os
antifacistas correndo à estação para tratar de deter o trem dos
deportados. Um dos motivos por que este importante Papa foi crucificado
se deve ao fato de que tomou parte contra o universo comunista de
maneira dura, forte e decidida.” [Paolo Mieri, periodista judeu
italiano, ex-diretor do “Corriere della Será”, apresentando o livro “Pio
XII; Il Papa degli ebrei” (Pio XII; O Papa dos hebreus), de Andrea
Tornielli, a 6 de junho de 2001.]
13
– David G. Dalin: “Pio XII não foi o Papa de Hitler, mas o defensor
maior que já tiveram os judeus, e precisamente no momento em que o
necessitávamos. O Papa Pacelli foi um justo entre as nações a quem há de
reconhecer haver protegido e salvado a centenas de milhares de judeus. É
difícil imaginar que tantos líderes mundiais do judaísmo, em
continentes tão diferentes, tenham se equivocado ou confundido a hora de
louvar a conduta do Papa durante a Guerra. Sua gratidão a Pio XII
permaneceu durante muito tempo, e era genuína e profunda.
[David G. Dalin, rabino de Nova York e historiador, 22 de agosto de 2004, entrevistado em Rímini, Itália]
Em
1942, o jornal Jewish Chronicle, de Londres, observou: “Uma palavra de
sincera e profunda apreciação é devida pelos judeus ao Vaticano por sua
intervenção em Berlim e Vichy em favor de seus correligionários
torturados na França… Foi uma iniciativa incentivada, honrosamente,
por um bom número de católicos, mas para a qual o próprio Santo Padre,
com sua intensa humanidade e sua clara compreensão das verdadeiras e
mortais implicações dos assaltos contra o povo judeu, não precisou ser
incentivado por ninguém.”
Quando
os Aliados libertaram Roma, uma Brigada Judaica afirmou em seu Boletim:
“Para a glória perene do povo de Roma e da Igreja Católica Romana,
podemos afirmar que o destino dos judeus foi aliviado pelas suas ofertas
verdadeiramente cristãs de assistência e abrigo. Mesmo agora, muitos
ainda permanecem em lares religiosos que abriram suas portas para
protegê-los da deportação e da morte certa.”
Um
sobrevivente, citado num diário hebraico de Israel, disse: “Se fomos
resgatados, se os judeus ainda estão vivos em Roma, venham conosco e
agradeçamos ao Papa no Vaticano.”
Um
Comitê da Junta Judaica Americana de Bem-Estar Social escreveu ao
próprio Pio XII: “Recebemos relatórios de nossos capelães militares na
Itália sobre a ajuda e a proteção dos judeus italianos pelo Vaticano,
pelos padres e pelas instituições da Igreja durante a ocupação nazista
do país. Estamos profundamente comovidos diante dessa extraordinária
manifestação de amor cristão – tanto mais porque sabemos dos riscos
corridos por aqueles que se prontificaram a abrigar os judeus. Do fundo
de nossos corações enviamos a V. Santidade a expressão de nossa
imorredoura gratidão.”
Os
veteranos de um campo liberado foram a Roma e apresentaram a Pio XII a
seguinte carta: “Agora que os Aliados vitoriosos quebraram nossas
cadeias e nos libertaram do cativeiro e do perigo, que nos seja
permitido expressar nossa profunda e devota gratidão pelo conforto e
ajuda que Vossa Santidade se dignou de nos garantir com paternal
preocupação e infinita ternura ao longo dos anos de nosso internamento e
perseguição… Ao fazê-lo, Vossa Santidade, como a primeira e a mais
alta autoridade na Terra, ergueu sua voz universalmente respeitada, em
face de nossos perigosos inimigos, para defender abertamente nossos
direitos e a dignidade humana… Quando estávamos ameaçados de
deportação para a Polônia, em 1942, Vossa Santidade estendeu sua mão
paternal para nos proteger, e deteve a transferência dos judeus
internados na Itália, com isto salvando-nos da morte quase certa. Com
profunda confiança e esperança de que a obra de Vossa Santidade será
coroada com sucesso continuado, expressamos nossos agradecimentos de
coração e rogamos ao Todo-Poderoso: Que Vossa Santidade possa reinar por
muitos anos na Santa Sé e exercer sua benéfica influência sobre o
destino das nações.”
Poucos
meses depois, o Congresso Judaico Mundial enviou um telegrama à Santa
Sé, agradecendo pela proteção dada “sob condições difíceis, aos judeus
perseguidos na Hungria sob domínio alemão”.
Moshe
Sharett, um eminente sionista, resumiu assim sua entrevista pessoal com
o Papa: “Eu disse a ele que meu primeiro dever era agradecer-lhe, e
através dele a toda a Igreja Católica, em nome do público judeu, por
tudo o que fizeram em todos os países para resgatar judeus — para
salvar as crianças e os judeus em geral. Estamos profundamente
agradecidos à Igreja Católica pelo que ela fez naqueles países para
salvar nossos irmãos.”
O
Dr. Leon Kubowitzky, do Conselho Mundial Judaico, ofereceu uma vasta
doação em dinheiro ao Vaticano, “em reconhecimento pela obra de Santa Sé
ao resgatar judeus das perseguições fascista e nazista”.
Raffaele
Cantoni, do Comitê Judaico de Bem-Estar Social da Itália, afirmou: “A
Igreja Católica e o papado deram prova de que salvaram tantos judeus
quanto puderam”.
“Sim, o mesmo Eugenio Pacelli que se tornaria Pio XII e ajudaria os nazistas por baixo dos panos!”
É mesmo? Afirmou, agora vai ter de provar. E quais as fontes que você citaria para provar isso? Não adianta citar John Cornwell não! E não adianta citar nenhum blog anti-católico. Não adianta citar nenhum dos autores anti-católicos, eu quero fontes insuspeitas, não vale fonte de amigos nem de inimigos da Igreja. Quero ver você citar um documento da Igreja apoiando o nazismo…
Sim, existem rabinos contra Pio XII, mas também existem judeus que defendem Pio XII…Essa notícia aí não prova nada, meu caro. Nesta mesma notícia que você citou, os próprios judeus dizem que Pio XII ajudou os judeus em segredo. Há judeus que defendem Pio XII, que inclusive até publicaram livros sobre isso. Esse rabino aí só acusa Pio XII de ter se mantido em silêncio. Mas o fato de Pio XII ter se mantido em silêncio não prova nada. Foi até melhor ele não ter dito nada, do contrário os nazistas iriam perseguir ainda mais os judeus e os católicos também…
Repito meu comentário resposta devido à formatação. Espero que agora esteja mais organizado.
Historiador judeu revela: de maneira pessoal e encoberta Pio XII salvou milhares de judeus: http://www.acidigital.com/noti…
Pio XII salvou 11.000 judeus romanos: http://www.zenit.org/p-28585
As declarações dos líderes judeus:
1
– Albert Einstein: “Quando aconteceu a revolução na Alemanha, olhei com confiança as universidades, pois sabia que sempre se orgulharam de sua devoção por causa da verdade. Mas as universidades foram amordaçadas.
Então, confiei nos grandes editores dos diários que proclamavam seu amor pela liberdade. Mas, do mesmo modo que as universidades, também eles tiveram que se calar, sufocados em poucas semanas. Somente a Igreja permaneceu firme, em pé, para fechar o caminho às campanhas de Hitler que pretendiam suprimir a verdade.
Antes eu nunca havia experimentado um interesse particular pela Igreja, mas agora sinto por ela um grande afeto e admiração, porque a Igreja foi a única que teve a valentia e a constância para defender a verdade intelectual e a liberdade moral.”
2 – Isaac Herzog: “O povo de Israel nunca se esquecerá o que Sua
Santidade [Pio XII] e seus ilustres delegados, inspirados pelos princípios eternos da religião que formam os fundamentos mesmos da civilização verdadeira, estão fazendo por nossos desafortunados irmãos e irmãs nesta hora, a mais trágica de nossa história, que é a prova viva da divina Providência neste mundo.” [Isaac Herzog, Gran Rabino da Palestina, em 28 de fevereiro de 1944; “Actes et documents du Saint Siege relatifs a la Seconde Guerre Mondiale”, X, p. 292.]
3– Alexander Shafran: “Nestes tempos duros, nossos pensamentos, mais que nunca, voltam-se com respeitosa gratidão ao Soberano Pontífice, que fez tanto pelos judeus em geral… No nosso pior momento de provação, a generosa ajuda e o nobre apoio da Santa Sé foram decisivos. Não é fácil encontrar as palavras adequadas para expressar o alívio e o consolo que o magnânimo gesto do Supremo Pontífice nos deu, oferecendo vastos subsídios para aliviar os sofrimentos dos judeus deportados. Os judeus romenos jamais esquecerão esses fatos de importância histórica.” [Alexander Shafran, Gran Rabino de Bucarest, em 7 de abril de 1944; “Actes et documents du Saint Siege relatifs a la Seconde Guerre Mondiale”, X, p. 291-292]
4– Juez Joseph Proskauer: “Temos ouvido em muitas partes que o Santo Padre [Pio XII] foi omisso na salvação dos refugiados na Itália, e sabemos de fontes que merecem confiança que este grande Papa estendeu suas mãos poderosas e acolhedoras para ajudar aos oprimidos na Hungria”. [Juez Joseph Proskauer, presidente do “American Jewish Committee”, na Marcha de Conscientização de 31 de julho de 1944 em Nova York]5– Giuseppe Nathan: “Dirigimos uma reverente homenagem de reconhecimento ao Sumo Pontífice [Pio XII], aos religiosos e religiosas que puseram em prática as diretrizes do Santo Padre, somente viram nos perseguidos a irmãos, e com arrojo e abnegação atuaram de forma inteligente e eficaz para socorrer-nos, sem pensar nos gravíssimos perigos a que se expunham.” [Giuseppe Nathan, Comissário da União de Comunidades Israelitas Italianas, 07-09-1945]
6– A. Leo Kubowitzki: “Ao Santo Padre [Pio XII], em nome da União das Comunidades Israelitas, o mais sentido agradecimento pela obra levada a cabo pela Igreja Católica em favor do povo judeu em toda a Europa durante a Guerra”. [A.Leo Kubowitzki, Secretario Geral do “World Jewish Congress” (Congresso Judeu Mundial ), ao ser recebido pelo Papa em 21-09-1945]
7- William Rosenwald: “Desejaria aproveitar esta oportunidade para render homenagem ao Papa Pio XII por seu esforço em favor das vítimas da Guerra e da opressão. Proveu ajuda aos judeus na Itália e interveio a favor dos refugiados para aliviar sua carga”. [William Rosenwald, presidente de “United Jewish Appeal for Refugees”, 17 de março de 1946, citado em 18 de março no “New York Times”.8– Eugenio Zolli: “Podem ser escritos volumes sobre as multiformes obras de socorro de Pio XII. As regras da severa clausura cairam, todas e cada uma das coisas estão a serviço da caridade. Escolas, oficinas administrativas, igrejas, conventos, todos têm seus hóspedes. Como uma sentinela diante da sagrada herança da dor humana, surge o Pastor Angélico, Pio XII. Ele viu o abismo de desgraça ao qual a humanidade se dirige. Ele mediu e prognosticou a imensidão da tragédia. Ele fez de si mesmo o arauto da voz da justiça e o defensor da verdadeira paz”. [Eugenio Zolli, em seu livro “Before the Dawn” (Antes da Aurora), 1954; seu nome original era Israel Zoller, Gran Rabino de Roma; durante a Segunda Guerra Mundial; convertido ao cristianismo em 1945, foi batizado como “Eugenio” em honra de Eugenio Pacelli, Pío XII]
9 – Golda Meir: “Choramos a um grande servidor da paz que levantou sua voz pelas vítimas quando o terrível martírio se abateu sobre nosso povo”. [Golda Meier, ministra do Exterior de Israel, outubro de 1958, ao morrer Pío XII]
10 – Pinchas E. Lapide: “Em um tempo em que a força armada dominava de forma indiscriminada e o sentido moral havia caído ao nível mais baixo, Pio XII não dispunha de força alguma semelhante e pôde apelar somente à moral; se viu obrigado a contrastar a violência do mal com as mãos desnudas. Poderia ter elevado vibrantes protestos, que pareceriam inclusive insensatos, ou melhor proceder passo a passo, em silêncio. Palavras gritadas ou atos silenciosos. Pio XII escolheu os atos silenciosos e tratou de salvar o que poderia ser salvo.” [Pinchas E. Lapide, historiador hebreu e consul de Israel em Milão, em sua obra “Three Popes and Jews” (Três Papas e os Judeus), Londres 1967; ele calcula que Pío XII e a Igreja salvaram com suas intervenções 850.000 vidas].
11 – Sir Martin Gilbert: “O mesmo Papa foi denunciado por Joseph Goebbels – ministro de Propagando do governo nazista – por haver tomado a defesa dos judeus na mensagem de Natal de 1942, onde criticou o racismo. Desempenhou também um papel, que descrevo com alguns detalhes, no resgate das três quartas partes dos judeus de Roma”. [Sir Martin Gilbert, historiador judeu inglês, especialista no Holocausto e a Segunda Guerra Mundial, em uma entrevista em 02-02-2003 no programa “In Depth”, do canal de televisão C-Span]
12 – Paolo Mieri: “O linchamento contra Pio XII? Um absurdo. Venho de uma família de origem judia e tenho parentes que morreram nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Esse Papa [Pio XII] e a Igreja que tanto dependia dele, fizeram muitíssimo pelos judeus. Seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e quase um milhão de judeus salvos graças à estrutura da Igreja e deste Pontífice. Se recrimina a Pio XII por não ter dado um grito diante das deportações do gueto de Roma, mas outros historiadores têm observado que nunca viram os antifacistas correndo à estação para tratar de deter o trem dos deportados. Um dos motivos por que este importante Papa foi crucificado se deve ao fato de que tomou parte contra o universo comunista de maneira dura, forte e decidida.” [Paolo Mieri, periodista judeu italiano, ex-diretor do “Corriere della Será”, apresentando o livro “Pio XII; Il Papa degli ebrei” (Pio XII; O Papa dos hebreus), de Andrea Tornielli, a 6 de junho de 2001.]
13 – David G. Dalin: “Pio XII não foi o Papa de Hitler, mas o defensor maior que já tiveram os judeus, e precisamente no momento em que o necessitávamos. O Papa Pacelli foi um justo entre as nações a quem há de reconhecer haver protegido e salvado a centenas de milhares de judeus. É difícil imaginar que tantos líderes mundiais do judaísmo, em continentes tão diferentes, tenham se equivocado ou confundido a hora de louvar a conduta do Papa durante a Guerra. Sua gratidão a Pio XII permaneceu durante muito tempo, e era genuína e profunda. [David G. Dalin, rabino de Nova York e historiador, 22 de agosto de 2004, entrevistado em Rímini, Itália]
Em 1942, o jornal Jewish Chronicle, de Londres, observou: “Uma palavra de sincera e profunda apreciação é devida pelos judeus ao Vaticano por sua intervenção em Berlim e Vichy em favor de seus correligionários torturados na França… Foi uma iniciativa incentivada, honrosamente, por um bom número de católicos, mas para a qual o próprio Santo Padre, com sua intensa humanidade e sua clara compreensão das verdadeiras e mortais implicações dos assaltos contra o povo judeu, não precisou ser incentivado por ninguém.” Quando os Aliados libertaram Roma, uma Brigada Judaica afirmou em seu Boletim: “Para a glória perene do povo de Roma e da Igreja Católica Romana, podemos afirmar que o destino dos judeus foi aliviado pelas suas ofertas verdadeiramente cristãs de assistência e abrigo. Mesmo agora, muitos ainda permanecem em lares religiosos que abriram suas portas para protegê-los da deportação e da morte certa.”
Um sobrevivente, citado num diário hebraico de Israel, disse: “Se fomos resgatados, se os judeus ainda estão vivos em Roma, venham conosco e agradeçamos ao Papa no Vaticano.” Um Comitê da Junta Judaica Americana de Bem-Estar Social escreveu ao próprio Pio XII: “Recebemos relatórios de nossos capelães militares na Itália sobre a ajuda e a proteção dos judeus italianos pelo Vaticano, pelos padres e pelas instituições da Igreja durante a ocupação nazista do país. Estamos profundamente comovidos diante dessa extraordinária manifestação de amor cristão
– tanto mais porque sabemos dos riscos corridos por aqueles que se prontificaram a abrigar os judeus. Do fundo de nossos corações enviamos a V. Santidade a expressão de nossa imorredoura gratidão.”
Os veteranos de um campo liberado foram a Roma e apresentaram a Pio XII a seguinte carta: “Agora que os Aliados vitoriosos quebraram nossas cadeias e nos libertaram do cativeiro e do perigo, que nos seja permitido expressar nossa profunda e devota gratidão pelo conforto e ajuda que Vossa Santidade se dignou de nos garantir com paternal preocupação e infinita ternura ao longo dos anos de nosso internamento e perseguição… Ao fazê-lo, Vossa Santidade, como a primeira e a mais alta autoridade na Terra, ergueu sua voz universalmente respeitada, em face de nossos perigosos inimigos, para defender abertamente nossos direitos e a dignidade humana… Quando estávamos ameaçados de deportação para a Polônia, em 1942, Vossa Santidade estendeu sua mão paternal para nos proteger, e deteve a transferência dos judeus internados na Itália, com isto salvando-nos da morte quase certa. Com profunda confiança e esperança de que a obra de Vossa Santidade será coroada com sucesso continuado, expressamos nossos agradecimentos de coração e rogamos ao Todo-Poderoso: Que Vossa Santidade possa reinar por muitos anos na Santa Sé e exercer sua benéfica influência sobre o destino das nações.” Poucos
meses depois, o Congresso Judaico Mundial enviou um telegrama à Santa Sé, agradecendo pela proteção dada “sob condições difíceis, aos judeus perseguidos na Hungria sob domínio alemão”.
Moshe Sharett, um eminente sionista, resumiu assim sua entrevista pessoal com o Papa: “Eu disse a ele que meu primeiro dever era agradecer-lhe, e através dele a toda a Igreja Católica, em nome do público judeu, por tudo o que fizeram em todos os países para resgatar judeus — para salvar as crianças e os judeus em geral. Estamos profundamente agradecidos à Igreja Católica pelo que ela fez naqueles países para salvar nossos irmãos.”
O Dr. Leon Kubowitzky, do Conselho Mundial Judaico, ofereceu uma vasta doação em dinheiro ao Vaticano, “em reconhecimento pela obra de Santa Sé ao resgatar judeus das perseguições fascista e nazista”.
Raffaele Cantoni, do Comitê Judaico de Bem-Estar Social da Itália, afirmou: “A Igreja Católica e o papado deram prova de que salvaram tantos judeus quanto puderam”.
Isso sem falar nos criminosos de guerra que Pio XII ajudou em sua fuga para a América do Sul:
“Mas já não há dúvida de que ele ajudou nazistas católicos a escapar da Europa para Buenos Aires, na Argentina. A rota de fuga foi armada, logo após a Segunda Guerra, pelo Vaticano, a Igreja Católica argentina e o governo de Juan Domingo Perón (1895-1974). É o que afirma o jornalista argentino Uki Goñi, que rastreou o plano em arquivos da inteligência americana, da Cruz Vermelha e de países europeus. “Documentos que encontrei no Escritório de Registro Público de Londres demonstram que o papa sabia da fuga e intercedeu para evitar que alguns criminosos croatas chegassem à Justiça”, diz Uki, que conta essa história no livro A Verdadeira Odessa. A rede funcionava basicamente assim: o Vaticano pagava as passagens e dava passaportes com pseudônimos aos criminosos de guerra, e Perón lhes garantia o visto para entrar na Argentina. A Cruz Vermelha fornecia os passaportes. Os Estados Unidos e a Inglaterra não se intrometiam, mas as autoridades suíças foram além. Permitiram o trânsito ilegal dos nazistas por dentro de seu território. Foi graças a esse plano que Adolf Eichmann (1906-1962), Josef Mengele (1911-1979), Erich Priebke e outros genocidas encontraram um porto seguro na América do Sul. Eichmann só foi preso em 1960, em Buenos Aires (e enforcado depois pelo governo de Israel). Priebke foi localizado em 1991 no mesmo país (e condenado por tribunal italiano à prisão domiciliar). E Mengele morreu afogado em 1979, sob nome falso, no Brasil”.
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/pio-xii-bendito-ou-maldito-479969.shtml
Pelo o que eu li no link que você postou, é apenas as palavras dos que acusam Pio XII contra os que defendem Pio XII. O que não quer dizer que os que acusam Pio XII (em sua maioria, ex-seminaristas, ex-padres, ou seja, ex-católicos ou “católicos” constatários. Isso quando não são protestantes, ou comunistas, ou seja, todos anti-católicos e no mínimo suspeitos para falar da Igreja) estejam com a verdade absoluta.
Eu prefiro ficar com a palavra dos defensores de Pio XII, que têm melhor argumentação. Prefiro ficar com a palavra de inúmeros judeus que testemunharam e que são gratos a Pio XII. Porque os judeus são completamente insuspeitos, todo mundo sabe que os judeus (com toda a razão, claro) são sensíveis quando o assunto é o holocausto, até porque eles foram algumas das maiores vítimas do nazismo, e jamais defenderiam um Papa se o Papa tivesse apoiado de fato o nazismo. E os judeus nunca foram de puxar o saco da Igreja Católica… Eu não duvido e nem nego que alguns clérigos tenham de fato apoiado o nazismo ou até ajudado os nazistas a fugirem. Mas também houve muitos clérigos que eram contra o nazismo (o link que você postou confirma isso) e pagaram com a vida com isso. Duvido que o mesmo papa que ajudou os judeus e que ajudou a redigir a encíclica Mit Brennender Sorge, condenando o nazismo, tenha ajudado nazistas a fugir. Nem adianta demonizar Pio XII, ele sempre foi contrário ao nazismo e isso é fato.
Além do mais, duvido que esse tal Uki tenha pesquisado os arquivos do Vaticano.
oquei, Jorge, há exagero na história do envolvimento da Igreja com os Nazistas. mas não dá para negar que houve concordata. e que a ascenção do Nazismo foi possivel porque houve a colaboração ativa de partidos e grupos vinculados à igreja catolica alemã.
Quintas, você não se cansa de passar atestado de analfabetismo funcional, não é mesmo, “estoriador”? A concordata foi assinada pelo ESTADO alemão com o ESTADO Vaticano, e cumpre observar, por imposição do governo nazista, que condicionou (mentirosamente, aliás) a liberdade de culto católico no país à retirada de cena de partidos ditos católicos. Quanto a estes – mais exatamente o Zentrum -eles não tinham vínculo com a Igreja Católica, assim como qualquer partido político atual que se denomina “católico” ou “cristão tampouco têm.
ue, eduardo, a concordata aconteceu assim mesmo. mas por curiosidade, uma vez que tua Igreja diz ser representante de Deus, porque esta acatou ou aceitou a imposição do governo nazista? eduardo, a “eleição” do Reich foi possivel porque não apenas haviam partidos catolicos, mas também houve a participáção ativa do clero da igreja catolica alemã. negar não vai explicar.
Anacronismo é uma droga, né, Quintas?
A eleição alemã de 1932, que deu maioria parlamentar ao NSDAP, foi um processo democrático típico. Naquele ano, o povo alemão não estava elegendo um ditador que deflagraria uma guerra de proporções mundiais com mais de 40 milhões de vítimas. Ele elegeu seus representantes, como em nosso país o nosso povo elege os seus, não impedindo isto de colocar políticos que no futuro abrigarão esquemas de corrupção ou promoverão medidas totalitárias.
Daí, seu Quintas, se ALGUNS clérigos (foi algo MUITO distante do que você insinua ter sido uma participação ativa do clero católico alemão) participaram da campanha que sufragou a maioria nazista, eles não podem ser culpados pelo que viria a acontecer quando da usurpação do poder por essa mesma maioria, a não ser por uma cretinice que imputa ao povo as culpas dos governantes eleitos, uma tese que seria bastante cara a vigaristas como Daniel Goldhagen e John Cornwell.
Aliás, não se nega que mesmo na fase de acirramento do regime nazista, alguns clérigos tanto católicos como (e principalmente) luteranos emprestaram apoio incondicional à “causa ariana”, até o fim da guerra. Daí a estender esse apoio – POR OPÇÃO PESSOAL – a um alegado colaboracionismo entre Igreja e nazismo é de uma patifaria intelectual ímpar.
E mais: ainda sobre a concordata, por que vocês, tão ciosos de uma dita “ajuda” católica a Hitler, ignoram estupidamente que os seus termos não duraram nem seis meses, inclusive a Igreja – corajosamente, como observaria mais tarde Einstein – firmando uma oposição declarada ao regime, mesmo tendo todas as prensas quebradas, os seminários proibidos de atuar, as igrejas depredadas pelos vândalos da Juventude Hitlerista e os “pensadores” do regime já imaginando a solução para o “segundo problema” depois do judeu: os cristãos, como relata o historiador (judeu) Robert Wistrich.
Por fim: engraçado você falar em negação e explicação. Para quem vive em sites católicos desfiando uma bateria de acusações imbecis, escoradas em baboseiras tipo “partidos e grupos vinculados à Igreja Católica alemã”, diria que você tem muito material, de sua própria produção para explicar e, se honesto, negá-lo. Estivesse você imbuído de uma sincera busca da verdade e de um cordial espírito de debate já teria feito essa reflexão há muito tempo.
Tiane
Tu se esqueceu de uma coisa, uma pessoa é inocente até que se prove o contrário. Mas com a Igreja Catolica é o contrario, ela é culpada ate que prove sua inocencia.
“Mas com a Igreja Catolica é o contrario, ela é culpada ate que prove sua inocencia.”
Por que será? Pois é, e isso só mostra o quanto os anti-católicos são desonestos. Isso só mostra a patifaria dos anti-católicos. Porque qualquer pessoa acusada de um crime é inocente até que se prove o contrário, seja qual for o crime que tenha cometido, então porque com a Igreja é diferente? Dois pesos e duas medidas? Se um médico faz alguma coisa errada, a culpa é do médico ou da medicina? Seria desonestidade eu colocar a culpa na medicina, não é mesmo?
O que as pessoas não entendem, meu caro, que o fato de alguns bispos, por livre opção deles, terem apoiado o nazismo, não significa que a Igreja toda tenha apoiado. Houve alguns que apoiaram o nazismo, infelizmente, mas também houve aqueles que eram contra e que morreram por isso. Até mesmo hoje existem alguns membros do clero que apóiam o comunismo, como é o caso dos adeptos da Teologia da Libertação. Esses clérigos podem ser comunistas, mas a Igreja não é comunista, a doutrina da Igreja condena o comunismo… E nem todos do clero são comunistas. Seria desonestidade dizer que todos os membros do clero, sem excessão, são comunistas. Esse é o problema dos anti-clericais, eles misturam tudo, colocam todos os clérigos no mesmo saco, não sabem separar as coisas…
Isso tudo não é é levado em conta pelos anti-católicos, não é mesmo? Além do mais, a Igreja não deve ser acusada de ter apoiado o nazismo coisa nenhuma, pois existe até uma encíclica condenando o nazismo. A questão aqui é que até hoje os anti-católicos acusam Pio XII de ter apoiado o nazismo, mas existem várias testemunhas que dizem o contrário.
du dudu edu: ”
Para quem vive em sites católicos desfiando uma bateria de acusações imbecis, escoradas em baboseiras tipo “partidos e grupos vinculados à Igreja Católica alemã”, diria que você tem muito material, de sua própria produção para explicar e, se honesto, negá-lo. Estivesse você imbuído de uma sincera busca da verdade e de um cordial espírito de debate já teria feito essa reflexão há muito tempo.”
não obstante, aconteceu…sambou, sambou e ficou no lugar. dudu, a verdade está fora de tua Igreja. se houvesse alguma verdade, não haveria tanto trabalho por este revisionismio historico, para apagar os erros da inquisição, das cruzadas, do holocausto…só falta apagar os erros do genocidio praticado nas colonias portuguesas e espanholas às custas de tua Igreja…
se o Jorge deixar e o sr for mais claro, podemos ver essa minha produção que o sr quer explicação.
Puxa! Que grande “argumento”: “não obstante, aconteceu”. Está criada a falácia “ad Quintam”.
Olha, Quintas, tô é me lixando se você diz que sambei, sambei, e fiquei no lugar. Quando respondo a pilantras intelectuais da sua laia, sei, por constatação em todos os sites católicos onde você posta bobagens “ao desespero”, que não se vislumbra em você um mísero indício de sincera busca pelo debate honesto e pela verdade.
Revisionismo histórico – e da forma mais vigarista que se pode conceber – é essa tentativa de associar Igreja Católica ao regime nazista, o mesmo que deplorou essa Igreja ao ponto de se planejar uma tomada de ações contra elas, num segundo momento da implantação do III Reich.
Essa sua acusação leviana de revisionismo acaba por ser endereçada, principalmente, aos historiadores do nazismo e do próprio antissemitismo. Vá se ver com eles. Quanto a mim, apenas reafirma um mau caratismo de um bobalhão na sua raivinha demente do Cristianismo.
Quanto ao material de sua produção, sequer é preciso ir longe. Um “bom” vigarista sempre dá elementos de sobra para seu desmascaramento. Vou descontar as suas muletinhas anticatólicas de inquisição, cruzadas e (pasmem!) holocausto e lhe pedir que PROVE que esses alegados genocídios de portugueses e espanhóis foram “às custas” da Igreja Católica.
Voltando às citadas muletas, pode continuar berrando à vontade suas baboseiras. Está enganado se pensa que vou ficar raivinha por provocações de um sujeitinho doentio.
Analfabetismo funcional não me causa raiva, apenas tristeza. Coitadinho de você.
argumentos para sustentar seu comentário que é bom, nada, dudu. eu estou lendo “o vaticano e hitler” e estou aperfeiçoando meus conhecimentos. eu não sei se o Jorge leu ou daria boas referencias a este livro. ao contrario do dudu, eu leio e muito, mesmo livros que desafiam minhas convicções. poxa, dudu, nem mesmo a simples pergunta sobre ser mais claro sobre minhas produções o sr se faz de entendido? help, Jorge!
Eu não conheço o livro do Peter Godman (supondo que seja o dele a que tu te referes), não sei o que dizer dele.
Se queres ler algo interessante, lê isso aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/Special:BookSources/0306814684
Que tem em português aqui:
http://www.zahar.com.br/catalogo_detalhe.asp?id=1050
Abraços,
Jorge
Que tal ler sobre um bispo Católico que se dedicou ao nazismo?
http://en.wikipedia.org/wiki/Alois_Hudal
“ao contrario do dudu, eu leio e muito, mesmo livros que desafiam minhas convicções.”
Quem disse que ele não lê? Como pode saber se ele lê ou não? Nós, católicos, lemos sim, caro Quintas. Estudamos sim a história da Igreja, mesmo obras de autores NÃO-CATÓLICOS, mas que são historiadores sérios, honestos e não patifes como alguns autores anti-católicos como John Cornwell e outros tantos… Acontece que, ao contrário de você, não acreditamos em qualquer coisa que escrevem a respeito da Igreja, até porque escrever qualquer um escreve qualquer coisa e por aí está cheio de autores ao estilo de Dan Brown e não damos crédito a qualquer um…
“ao contrario do dudu, eu leio e muito, mesmo livros que desafiam minhas convicções.”
Quem disse que ele não lê? Como pode saber se ele lê ou não? Nós, católicos, lemos sim, caro Quintas. Estudamos sim a história da Igreja, mesmo obras de autores NÃO-CATÓLICOS, mas que são historiadores sérios, honestos e não patifes como alguns autores anti-católicos como John Cornwell e outros tantos…
Acontece que, ao contrário de você, não acreditamos em qualquer coisa que escrevem a respeito da Igreja, até porque escrever qualquer um escreve qualquer coisa e por aí está cheio de autores ao estilo de Dan Brown e não damos crédito a qualquer um… Muitos autores que escrevem sobre a Igreja nem historiadores são…
Muitos autores que escrevem contra a Igreja (porque sabem que livros que falam sobre os “podres” da Igreja vendem muito) nem historiadores são, e por aí o que não falta são autores ao estilo Dan Brown…
E ninguém aqui está tentando apagar erro nenhum. Até onde eu sei, ninguém aqui, nem mesmo o Eduardo, está negando que houve Inquisição, Cruzadas ou o Holocausto… Nós apenas procuramos esclarecer as coisas, contar os fatos como realmente ocorreram, e para isso é necessário conhecer o contexto mental, histórico, cultural e político da época em que ocorreu determinado fato histórico. Qualquer historiador sério leva isso em consideração.
O maior de todos os erros ao se analisar este assunto é querer julgar
fatos ocorridos há séculos usando os nossos padrões de moral de hoje.
Esse é um dos erros que muitas pessoas, inclusive o senhor Quintas,
cometem. Isso é um erro crasso, para não dizer desonestidade, má-fé.
E de fato, não se pode negar que houve mesmo certo exagero e distorção dos fatos ocorridos no passado. Vários especialistas afirmam isso e você mesmo, caro Quintas, admitiu que houve exagero na história da relação da Igreja com o nazismo…
Jorge, de fato Peter Godman assinou um título chamado “O Vaticano e Hitler”, que – para infelicidade do estoriador de quintas categorias – eu tenho e li.
O livro tem sua cota de interesse, mas não deixa de desenvolver-se segundo a tese que o autor buscou provar, tomando como pressuposto (aí, residiu o seu problema) o que ele considera um erro dos papas Pio XI e Pio XII, nas suas ações cautelosas em relação ao nazismo.
Ocorre que Godman não apenas está longe de ser a última palavra sobre o assunto, inclusive ELE MESMO ERRA, como no assunto da excomunhão de Hitler, sem falar que desconsidera completamente dados relevantíssimos e essenciais para a compreensão do enfrentamento da Igreja Católica com o regime nazista, caso muito especial da ameaça que pairou sobre Pio XII desde o início de seu papado até durante toda a guerra. Esse assunto é abordado por Dan Kurtzman, no livro “Conspiração contra o Vaticano”.
Não se ignore, ainda, a farta pesquisa empreendida pelo vaticanista Andre Tornielli, condensada em “Pio XII O Papa dos Judeus”.
Por fim, o que considero o melhor de todos eles, brasileiro inclusive: Joaquim Blessmann e sua obra intitulada “O Holocausto Pio XII e os Aliados”.
No livro de Blessmann, são finalmente abordadas questões que os detratores do pontífice – e, por extenso, da Igreja Cátólica, como muito bem frisa o autor – passam nas entrelinhas. Uma delas tornou-se uma das MENTIRAS mais bem difundidas em livros didáticos e paradidáticos de história, a do alegado conhecimento que o Vaticano, na pessoa do Papa, teria acerca da solução final do “problema judeu”. Numa canalhice que ironicamente cresceu às custas de aplicação da máxima de Goebells (Uma mentira repetida mil vezes adquire contornos de verdade), dizia-se que Pio XII sabia (alguns engraçadinhos preferiram escrever “há indícios de que sabia”) do que acontecia dentro dos campos de concentração, num absurdo indizível, posto que nem mesmo a totalidade da Estado Maior nazista o sabia!
Blessmann, magistralmente, analisa as razões dos ataques que se fizeram aos Papas do período, demonstrando o que já se desconfiava: a real intenção é fazer uma associação cretina da Igreja Católica com o nazismo, insinuando uma cumplicidade principalmente em relação ao chamado Holocausto. O autor é incisivo em ressaltar que os detratores “esquecem” que aos milhões de judeus assassinados deve-se juntar uma cifra nada modesta de católicos – intelectuais e clérigos, em particular, que tiveram o mesmo fim por um regime que AMAVA O PAGANISMO E ODIAVA A IGREJA!
Voltando a Godman, que o analfabeto funcional vangloria-se de estar lendo (eu o li já faz uns dois anos – ele tá bem atrasado, rs), é importante salientar que apesar da tese do livro ele não comunga com a difamação dos pontífices e muito menos com essa tentativa de ligar nazismo e catolicismo num abraço fraterno. Outro erro dele é a importância exagerada que ele dá às concordatas assinadas com Berlin e Roma, como se a postura prudente dos dois papas adviesse do que ele chama “esperanças sobre esperanças”. Mas, frise-se, outra tese bastante discutível.