Ele não deixaria inacabada!

O Cristianismo é a religião do Verbo Encarnado, e esta é uma das suas características de conseqüências mais maravilhosamente radicais. Não significa simplesmente que Deus existe, que nos criou e nos ama; não significa apenas que Ele nos destinou a uma Bem-Aventurança superior àquela a que nós seríamos merecedores por natureza. Não quer dizer meramente que Ele Se revelou a nós, comunicando-nos à inteligência verdades sublimes sobre Si. Tudo isso é verdadeiro, mas a Encarnação é um acontecimento muito maior. Trata-se de algo muito mais misterioso e profundo, muito mais sublime e incompreensível: queremos dizer que Deus tomou por Sua a nossa carne, assumiu a nossa humanidade e, assim, fez-Se um de nós.

Fez-Se um de nós! O Deus Altíssimo, Criador dos Céus e da Terra, habitando eternamente em luz inacessível, dignou-Se revestir-Se das coisas criadas e, nos mais limítrofes rasgos de Sua Onipotência, confinou a Eternidade ao tempo e circunscreveu o Infinito ao ser humano. As reais dimensões desta verdade já incontáveis vezes a nós repetida encontram-se, não obstante, para muito além da nossa compreensão. Mas a Igreja Católica com freqüência nos possibilita um vislumbre da excelsa dignidade a que foi elevada a natureza humana e, por meio daquilo que festeja na terra, prepara-nos para o que nos aguarda no Céu.

Hoje é a festa da Gloriosa Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, da Imaculada e Sempre-Virgem Mãe de Deus. O dogma, todos sabem o que quer dizer; nas palavras da Munificentissimus Deus, significa que «a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial». Mas estas palavras já repetidas à exaustão podem nos fazer considerar de maneira leviana este dogma da Fé. Para uma melhor compreensão do que ele nos revela, é-nos útil considerar o que a Religião nos ensina sobre a relação entre o corpo e alma.

Segundo a antropologia cristã clássica, corpo e alma estão de tal maneira unidos que, juntos, perfazem uma unidade substancial. Isto atrela de maneira irredutível o destino de um ao de outro; a glorificação da alma, ao contrário do que postulam certas filosofias de influência espírita, exige e implica a glorificação do corpo. A primeira vez que isso me ficou claro foi quando um amigo traçava um paralelo entre o Pecado e a Redenção. O pecado arrastara o corpo à corrupção do túmulo e à morte; ora, se a salvação não fosse capaz de resgatar também o corpo humano desta desordem original, então haveria ainda um aspecto da existência humana que permaneceria sob o poder de Satanás a despeito do Sacrifício de Cristo. A culpa seria maior que a Redenção e, o Pecado, maior do que a Graça, o que é absurdo. Logo, também ao corpo humano – a este corpo humano que Deus quis assumir! – está destinada a Bem-Aventurança, também ele é capaz da Glória. Como exatamente se dará isso é-nos desconhecido; nas palavras do Apóstolo, trata-se daquilo que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração humano não imaginou. Mas sabemos, com certeza, que haverá olhos para ver e ouvidos para ouvir o que Deus tem preparado para os que O amam.

E a Assunção da Santíssima Virgem é motivo para que nos alegremos e, juntando-nos aos cristãos de todos os séculos, cantemos as glórias da Bem-Aventurada Mãe de Deus, d’Aquela que foi Imaculada desde o primeiro instante da Sua concepção; d’Aquela a Quem Deus, tendo tomado por Mãe quando desceu à terra, não permitiu que sofresse a corrupção do túmulo à qual Ela, não havendo tido jamais parte com o pecado, não estava por justiça sujeita.

Na verdade, a festa hoje celebrada é a coroação daquela outra que nós celebramos no dia oito de dezembro: é o cumprimento das promessas de Deus, a realização plena de Sua vontade, o arremate de Sua obra mais perfeita que Ele não deixaria inacabada! Porque parece que faltaria alguma coisa na História da Salvação se a Santíssima Virgem não tivesse sido elevada aos Céus: faltaria um troféu importante da vitória sobre a Morte e, sobretudo, faltaria uma graça que o Todo-Poderoso não teria concedido nem mesmo Àquela que foi chamada de “Cheia de Graça”, faltaria um agrado que o Senhor não fizera nem mesmo à Sua própria Mãe – e, se Ele tivesse negado a glorificação do Corpo Àquela que O carregou do ventre, nós outros, pecadores miseráveis, não poderíamos jamais ousar esperá-la para nós próprios. Mas o Deus Altíssimo não é mesquinho e, por isso, nós podemos ter esperança. Maria Santíssima foi assunta aos Céus, e a Vitória de Cristo está completa. Salve, ó Virgem Gloriosa! Lembrai-Vos de nós na presença de Deus. Rogai por nós, os pecadores. Sede em nosso favor. Alcançai-nos as graças de Deus. Sede nossa salvação.

Assumpta est Maria in caelum:
gaudent Angeli, laudantes benedicunt Dominum.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

31 comentários em “Ele não deixaria inacabada!”

  1. Bravo! Bravíssimo! Muito bom o artigo, Jorge!
    Viva a grande Mãe de Deus!

  2. Lindíssimo texto. Belíssima verdade. Graças à Deus meu entendimento tem se firmado sobre estas maravilhas, pois já houve tempo em que dei crédito as falácias espiritas. Impossível, não há possibilidade de conciliação.

  3. O dogma da assunção corporal aos céus de Maria foi ratificado em 1950 e se eu estiver errado eu aceito correções com a devida fundamentação.

  4. O dogma da Assunção da Ssma. Virgem foi promulgado em 1950, como consta no link que pus no texto, mas – e é exatamente isto que significa “dogma” – trata-se daquilo que sempre e em todos os lugares foi crido por todos os cristãos [quod semper, quod ubique, quod ab omnibus].

    Aliás, uma das maiores evidências disso é o fato de que os cismáticos orientais celebram, no mesmo dia 15 de Agosto, a mesmíssima festa cujo dogma foi definido 900 anos depois de que eles se separaram da Igreja de Roma:
    http://cristianismoeortodoxia.blogspot.com.br/2011/09/grande-festa-da-dormicao-da-santissima.html

  5. ” Sobre a Assunção corporal de Maria aos céus, diz o hipermariologista P. Carol: “Não existe nenhum documento do magistério anterior a Pio XII em que se declare oficialmente a assunção corporal da Virgem aos céus.”
    Não há vestígios no Ocidente da ideia, para não falar do dogma, até finais do século VIII.

    Fonte: J.B. Carol (Dir.): Mariología. Madrid: BAC, 1964.

    Ou seja,se tal dogma foi promulgado apenas em 1950 e não há vestígios de tal crença desta doutrina na era apostólica não poderemos chama-la de doutrina apostólica.

    As únicas “provas” de tal dogma são um um sermão falsamente atribuído a Agostinho e de uma carta espúria de Jerônimo e alguns apócrifos do Novo Testamento não utilizadas nem mesmo pelo Vaticano.

  6. Jorge,segundo a Bíblia,Claro que a Mãe de Jesus está no céu, não está é em corpo e alma, porque a ressurreição dos corpos dos que morreram em Cristo só se dará na segunda vinda de Cristo, como diz o apóstolo Paulo: “Em Cristo todos serão vivificados. Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda” (1 Cor 15:22-23)

  7. Álvaro,

    Em primeiro lugar, cite direito as fontes das besteiras que publica. Este texto não é seu, é deste blog aqui:

    http://conhecereis-a-verdade.blogspot.com.br/2011/06/o-culto-maria-os-dogmas-marianos-e.html

    Em segundo lugar, tenha pelo menos a decência de conferir a referência citada, ao invés de somente copiar-e-colar a primeira mentira que encontra em sites protestantes. A “Mariología”, do pe. Carol, só pode ser esta aqui:

    http://www.obrascatolicas.com/livros/Teologia/Mariologia.pdf

    A frase citada está (como é óbvio) fora de contexto, em um ato cretino de patifaria intelectual nada incomum nos protestantes filhos do Demônio. Logo após dizer que a declaração do dogma foi feita em 1950, o pe. Carol cita uma longa lista de papas que ensinaram a Assunção. À guisa de exemplo:

    El papa San Sergio I (687-701) mandó que se recitase la letanía o precesión estacional en las cuatro grandes fiestas marianas: la Natividad, Anunciación, Purificación e fiesta de la Dormición. El nombre de «asunción» aparece por primera vez en Occidente en tiempos del Papa San Adriano I (772-795). Anteriormente se había llamado a esta fiesta la de la Dormición de Nuestra Señora. El papa mandó a Carlomagno un libro litúrgico, el Sacramentario Gregoriano, que contenía la oración Veneranda, en la que se leían las palabras: «… este día en el que la Santa Madre de Dios sufrió la muerte temporal, pero no para permanecer en ella aquella de quien había nacido tu Hijo, Nuestro Señor encarnado». [op. cit., p.30]

    Mais que isso: o pe. Carol volta ao argumento da festa litúrgica (que eu citei e você muito convenientemente ignorou por completo para copiar-e-colar a primeira porcaria que Satanás jogou no teu colo):

    La fiesta de la Dormitio o Koimesis, cuyo objeto era la muerte, resurrección y asunción de Nuestra Señora, estaba ya muy extendida em Oriente antes de fines del siglo IV. [op. cit., p.854]

    Como, então, existe uma festa já celebrada extensamente na Igreja antes do ano 400 (na mesma época, a propósito, em que era definido o cânon bíblico), e você vem me dizer que as únicas provas deste dogma são documentos espúrios falsamente atribuídos a Santo Agostinho e a São Jerônimo?! Você está mesmo lendo o que eu estou escrevendo aqui, ou está só papagaiando alucinadamente via ctrl+c e ctrl+v as já mil vezes refutadas mentiras do protestantismo?

  8. Álvaro, esta sua frase não quer dizer nada, uma vez que a Virgem SSma. estava ainda viva quando as cartas de São Paulo foram escritas, de modo que o Apóstolo obviamente não podia mencionar a Assunção d’Ela que ainda não havia ocorrido!

  9. Outrossim, do que absolutamente não há vestígio algum na Era Apostólica e nem em nenhuma época da História do Cristianismo até o Renascimento é do Protestantismo.

  10. Deve ser pelas falácias do Espiritismo que os espiritas possuem grau de escolaridade superior aos católicos e evangélicos. Pessoas com mais tempo de estudo devem ser mais ingenuas rsrsrsrsrsrs.
    Cada petulância que tenho que ler dos católicos desse blog, causa revolta e indignação que estas pessoas vivem para atacar a fé dos outros.

  11. Tu não tens que ler absolutamente nada, meu caro! Eu escrevo para quem quer. Ler-me nunca foi obrigatório pra ninguém.

  12. Cristo não agiria como o mais perfeito e o maior modelo dos filhos se não houvesse elevado sua mãe santíssima ao céu e permitisse que seu corpo APODRECESSE na terra como uma mulher pecadora comum
    Em relação a ressurreição da carne, como a alma e o corpo formam uma união substancial, resultando desta união a pessoa humana, a alma só sobrevive à morte do corpo porque está destinada à ressurreição. Se morresse junto com o corpo teríamos uma recriação, um clone e não uma verdadeira ressurreição. Para a maioria dos mortais a ressurreição se dará no final dos tempos. Mas isto não significa que muitos outros santos, do qual não sabemos os nomes, estejam no céu alem de Santíssima Virgem em corpo e alma.(Uma nota do Novo Testamento do Instituo Bíblico de roma afirma isto) Porem o que importa é o dogma é referente a Santíssima Virgem Maria. Quem não o aceita não pode mais se declarar católico. Lemos na epístola aos hebreus que 11, 5 que Henoc não provou a morte pois Deus o levou; aquele que livrou da morte um homem deixaria a mãe de sua Filho, a Filha mais fiel dele se corromper no pó da Terra? E se a mãe viu aflita a morte do filho porque não veria em pessoa toda a sua glória de filho de Deus sentado à direita do Pai? Pois por sua ressurreição e entronização no céus cumpriu-se em Jesus as palavras ditas a Maria pelo Anjo Gabriel (1,26ss). Sem duvida a Virgem Maria não teve o seu corpo transformado em pó, mas o mesmo unido à sua alma, foi elevado ao mais alto dos céus onde ela reina pelo Filho e com o Filho.

  13. Similarmente, os calvinistas (atualmente presbiterianos) apelavam pra própria riqueza com o objetivo de vender suas falácias…
    (Você não é o primeiro espírita que vejo fugindo da argumentação com o papo de “escolaridade”! Os neoateus também fazem isso)

  14. Gustavo

    Minha critica foi para a Adriana pela alfinetada que ela deu sem necessidade nenhuma. Se o Jorge acho que foi para ele, saiba que não foi. Eu me referia a católicos que tentam desesperadamente colar rótulos negativos aos espiritas.
    Um exemplo foi uma católica que frequenta o Blog (Cristiane Pinto) que falou em outro post que os espiritas são satânicos. Me refiro a esse tipo de discurso de ódio, que não trás nada de bom, pelo contrário, só mancha a imagem dos católicos.

  15. , Gustavo,Você tem o dom da onisciência? Sabe qual o meu grau de escolaridade? De qualquer forma isto para mim não tem a relevância que você quer dar.Não se fie cegamente em pesquisas, não se fie cegamente em sua inteligência, em seu grau de escolaridade. Somos falhos, somos criaturas e não criadores, não somos deuses e nem temos características divinas. Dentre os católicos temos pessoas com o mais variado nível escolar que você possa imaginar, desde o analfabeto até o mais instruído acadêmico. Não somos clube privado, não somos elite e não somos turminha seleta. Entre nós estão filhos de Deus de qualquer capacidade intelectual e física (entendo que esta é uma das características do termo “católico”).Grau de escolaridade nada tem a ver com entendimento de Deus ou de um sistema religioso, nada tem a ver com maturidade emocional ou capacidade intelectual, muito menos com ingenuidade ou não.Aliás, ai reside uma das táticas espíritas: fazer as pessoas acreditarem que são inferiores espiritual, pscicológica e cognitivamente caso não “entendam” (aceitem) os princípios espíritas; e colocar os espíritas no topo da “escala evolutiva” (egolatria). Existiram e existem pessoas com alto grau de escolaridade, com formação acadêmica brilhante e que, no entanto, cometem barbaridades e não possuem nenhuma capacidade de entender princípios religiosos de que crença for. Isto não me leva a dizer que quanto mais estudo mais distante de Deus a pessoa está e com menos capacidade de entender qualquer sistema religioso.Veja bem, não estou fazendo apologia ao analfabetismo e nem condenando os estudos e as ciências. Muito pelo contrário.Será que você entende que a confiança do cristão (aquele que professa a fé de que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Senhor e Salvador) está em Cristo? Que a nossa confiança não está em nossa inteligência, nem na ciência, nem na filosofia (apesar de que tudo isto só existe por permissão de Deus)? Eu, por mim mesma, nada sou e há lugar nenhum eu chego.O que eu disse é antes de tudo um “ataque” a mim mesma (ao entendimento que eu estava tendo) e à doutrina espírita (conjunto de princípios religiosos e ditos científicos). De forma alguma é um ataque ou condenação a uma pessoa específica ou a sua fé (fé é individual, intima e pessoal).Neste blog, que é de um católico, o que você vai encontrar são artigos em defesa da doutrina católica e, vez ou outra, com certeza, encontrará pontos que vão diretamente de encontro a outros princípios religiosos. Com certeza, também, encontrará testemunhos de pessoas que, ao estudar a Bíblia, ao estudar os ensinamentos de outros católicos, ao se colocar na presença de Deus, ao serem conduzidas pelo Espírito Santo, encontraram a luz, a verdade, a confiança e o conforto Naquele que é O Caminho, A Verdade e A Vida. Vai encontrar pessoas que passaram a enxergar e a entender que existem “falácias” em outros princípios religiosos e a ter a firme convicção da impossibilidade de seguirem vários caminhos. Assim, optaram por seguir O Caminho e não um caminho. Optaram por seguir O Evangelho de Cristo e não um outro evangelho ditado por um monte de “espíritos” aos quais o próprio Kardec disse que não se podia dar crédito.Uma vez que os artigos do blog e os testemunhos lhe incomodam, causam-lhe revolta e indignação, uma vez que ferem sua superioridade intelectual e escolar, simplesmente não acesse o site. Não somos nós que estamos invadindo a sua intimidade, não estamos fazendo proselitismo, você que está, livre e espontaneamente, buscando-nos.Mas se o incomodo é porque está abalando suas próprias crenças e pretensa superioridade, continue lendo, pesquisando e debatendo.Paz de Cristo
    Gustavo,
    Você tem o dom da onisciência? Sabe qual o meu grau de escolaridade? De qualquer forma isto para mim não tem a relevância que você quer dar.
    Não se fie cegamente em pesquisas, não se fie cegamente em sua inteligência, em seu grau de escolaridade. Somos falhos, somos criaturas e não criadores, não somos deuses e nem temos características divinas.
    Dentre os católicos temos pessoas com o mais variado nível escolar que você possa imaginar, desde o analfabeto até o mais instruído acadêmico. Não somos clube privado, não somos elite e não somos turminha seleta. Entre nós estão filhos de Deus de qualquer capacidade intelectual e física (entendo que esta é uma das características do termo “católico”).
    Grau de escolaridade nada tem a ver com entendimento de Deus ou de um sistema religioso, nada tem a ver com maturidade emocional ou capacidade intelectual, muito menos com ingenuidade ou não.
    Aliás, ai reside uma das táticas espíritas: fazer as pessoas acreditarem que são inferiores espiritual, pscicológica e cognitivamente caso não “entendam” (aceitem) os princípios espíritas; e colocar os espíritas no topo da “escala evolutiva” (egolatria).
    Existiram e existem pessoas com alto grau de escolaridade, com formação acadêmica brilhante e que, no entanto, cometem barbaridades e não possuem nenhuma capacidade de entender princípios religiosos de que crença for. Isto não me leva a dizer que quanto mais estudo mais distante de Deus a pessoa está e com menos capacidade de entender qualquer sistema religioso.
    Veja bem, não estou fazendo apologia ao analfabetismo e nem condenando os estudos e as ciências. Muito pelo contrário.
    Será que você entende que a confiança do cristão (aquele que professa a fé de que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Senhor e Salvador) está em Cristo? Que a nossa confiança não está em nossa inteligência, nem na ciência, nem na filosofia (apesar de que tudo isto só existe por permissão de Deus)?
    Eu, por mim mesma, nada sou e há lugar nenhum eu chego.
    O que eu disse é antes de tudo um “ataque” a mim mesma (ao entendimento que eu estava tendo) e à doutrina espírita (conjunto de princípios religiosos e ditos científicos). De forma alguma é um ataque ou condenação a uma pessoa específica ou a sua fé (fé é individual, intima e pessoal).
    Neste blog, que é de um católico, o que você vai encontrar são artigos em defesa da doutrina católica e, vez ou outra, com certeza, encontrará pontos que vão diretamente de encontro a outros princípios religiosos.
    Com certeza, também, encontrará testemunhos de pessoas que, ao estudar a Bíblia, ao estudar os ensinamentos de outros católicos, ao se colocar na presença de Deus, ao serem conduzidas pelo Espírito Santo, encontraram a luz, a verdade, a confiança e o conforto Naquele que é O Caminho, A Verdade e A Vida.
    Vai encontrar pessoas que passaram a enxergar e a entender que existem “falácias” em outros princípios religiosos e a ter a firme convicção da impossibilidade de seguirem vários caminhos. Assim, optaram por seguir O Caminho e não um caminho. Optaram por seguir O Evangelho de Cristo e não um outro evangelho ditado por um monte de “espíritos” aos quais o próprio Kardec disse que não se podia dar crédito.
    Uma vez que os artigos do blog e os testemunhos lhe incomodam, causam-lhe revolta e indignação, uma vez que ferem sua superioridade intelectual e escolar, simplesmente não acesse o site. Não somos nós que estamos invadindo a sua intimidade, não estamos fazendo proselitismo, você que está, livre e espontaneamente, buscando-nos.
    Mas se o incomodo é porque está abalando suas próprias crenças e pretensa superioridade, continue lendo, pesquisando e debatendo.
    Paz de Cristo

  16. Gustavo, desculpe-me se você leu meu testemunho como “alfinetada”. Não quero e nem pretendo destilar ódio e nem criar rótulos. Até porque o que escrevi nem tem estar carga.
    Senti vontade de escrever o que escrevi porque é a minha vivência atual do entendimento a duas doutrinas, meu entendimento de que há erros no espiritismo e de que não há possibilidade de se seguir os dois, são incompatíveis.
    Comentei, inclusive porque no texto fala-se de doutrinas de influência espiritualista que são contrárias à doutrina católica. Discordar de princípios religiosos não é destilar ódio, nem criar rótulos negativos ou positivos.
    Paz de Cristo.

  17. Prezado,
    Segundo a Bíblia o que temos é escritos que segundo sua cabeça você os interpreta.

    Pare de tentar falar de forma Dogmática e Católica e passe a assumir através da sua escrita o relativismo inerente a sua escolha.

  18. Jorge Ferraz,

    Devo desculpas à você também. Acabei fazendo um comentário que não foi diretamente relacionado ao tema central do seu artigo e este comentário por fim gerou uma discussão, por conseqüência, fora do foco central.
    Peço desculpas também porque, a princípio, pensei que o comentário do Gustavo era dirigido aos católicos de modo geral e não apenas a mim e ao meu comentário, assim na minha resposta acabei falando pela coletividade e ao final falei em seu nome.
    Vigiarei meus futuros comentários a fim de evitar o que ocorreu. Você compreendendo que algum comentário meu esteja gerando ódio, discriminação, agressão, fugindo do propósito, por favor, não o publique, retire-o, chame minha atenção, não me ofenderei e não farei qualquer questionamento.
    E que Deus me oriente e tire de mim a vaidade pela vã discussão e pela simples demonstração de conhecimento e capacidade de argumentação (esteja eu certa ou errada).

    Quanto ao tema, Dormição e Assunção da Virgem Santíssima, sobre a possibilidade da transformação do corpo corruptível para corpo incorruptível antes da Segunda Vinda de Cristo, seria o relato bíblico de Mateus 27, 50-53 uma indicação desta possibilidade? Ou ali apenas estariam falando sobre pessoas que experimentaram o mesmo retorno ue Lázaro teve?

    “Jesus de novo lançou um grande brado, e entregou a alma. E eis que o véu do templo se rasgou em duas partes de alto a baixo, a terra tremeu, fenderam-se as rochas. Os sepulcros se abriram e os corpos de muitos justos ressuscitaram. Saindo de suas sepulturas, entraram na Cidade Santa depois da ressurreição de Jesus e apareceram a muitas pessoas.”

    Paz de Cristo

  19. Adriana

    Teu primeiro comentário fez parecer que os espiritas são pessoas ingênuas, que acreditam em falácias, foi por isso que falei dos dados do IBGE que apontam os espiritas como os religiosos com maior grau de escolaridade.
    Aceito suas desculpas já que não foi tua intenção atacar quem acredita nos princípios espiritas e eu também te devo desculpas.
    Se você ler matérias de pessoas que morreram por alguns minutos vai ver que fecha com os ensinamentos espiritas. Vou me limitar apenas a isso porque estou em um site católico e não tenho a pretensão de converter ninguém. Um dia todos nós vamos morrem e poderemos descobrir com quem estava a verdade.

  20. Ué?Virou censura agora? Não se pode dizer que o Espiritismo é uma falácia?Eu digo o mesmo do mormonismo, do adventismo, das testemunhas de jeová, do neopetencostalismo e afins. Muito antes dessas coisas existirem o catolicismo já existia e, portanto, há os referenciais da verdade. O cristianismo sempre creu e definiu que só morremos uma vez (Hb 9, 27) e quando morremos iremos para a morada eterna e não com espiritos desencarnados ou reencarnaremos.Sim, este é um blog católico, com defesa apologética católica, com fontes católicas, o que esperar?Nunca vamos usar materiais de Chico Xavier, Alan Kardec ou Divaldo Franco como fonte de estudo, o que seria um acinte a bíblia e o magistério da Igreja.
    Quero deixar uma frase de Santa Teresinha:

    “‘Nada me perturbe, nada me amedronte, tudo passa, só Deus não muda. A paciência tudo alcança. A quem tem Deus, nada falta. Só Deus basta!’

    Quem tem Deus não precisa de anexos, não precisa viver sincretismos, nem de ensinamentos espiritas.

    Quanto a escolaridade, é muito curioso. O que faz crer que as pessoas que mais estudos sejam mais inteligentes e não seja ingênuos.É a mesma coisa dizer que quem os antipetistas sejam todos tucanos ou do DEM e que todos os contrários ao aborto sejam cristãos, não faz sentido. Alias, os que tem mais estudo são muito mais inclinados ao agnosticismo e ao narcisismo.Eu tenho nível superior, mas não caí nessa, fui uma exceção.Eu conheço várias pessoas que tem nível básico, fundamental ou até analfabetos que são muito mais expertos e conseguiram ficar ricos; Steve Jobs e Bill Gates que o digam.

    Agora, quando digo essas coisas não quero fomentar brigas ou querelas, mas relembrar quem somos, somos a maioria católica aqui e é isso que devemos defender.

  21. A questão não é colar rótulos negativos, é que doutrina espirita é uma coisa, doutrina cristã católica é outra. Uma coisa não tem a ver com a outra, ou seja, as duas não se misturam. Pela primeira vez, eu concordo que não se deve chamar de satânicos os espiritas, acho pesado e sei também que vocês seguem isso com reta intenção, mas isso não significa que são incriticáveis.

  22. Gustavo,

    Sem ressentimentos, desculpas aceitas de minha parte também.

    Já tive
    este desejo de ao morrer descobrir com quem estava a verdade. Mas hoje, cada vez mais, ganha espaço em mim a
    vontade de que ao morrer eu possa estar junto Àquele que é A Verdade (Jesus
    Cristo).

    Que nosso bom e misericordioso Deus nos fortaleça em nossa jornada para que sejamos
    ouvintes e cumpridores da Sua Palavra a fim de, quando de nossa morte, sermos merecedores de estarmos à direita de Nosso Senhor Jesus Cristo.

    Paz de Cristo.

  23. Não é censura nenhuma, só que se vai falar que o espiritismo é uma falácia, pelo menos comente porque tu pensa isso.
    Não concordo contigo, mas pelo menos tu explicou porque tu pensa assim e eu tenho que aceitar teu modo de pensar.
    Outra coisa, é lógico que uma pessoa que faz um doutorado tende a ter um senso crítico mais apurado, em relação a alguém que só concluiu o ensino médio. Não estamos falando de inteligencia, mas vivencia de estudo e senso crítico.

  24. Não esquenta, Adriana. Não tenho nada contra a tua primeira intervenção, que considero oportuna e verdadeira. Não te preocupes tanto com os melindres de alguns comentaristas.

    Abraços,
    Jorge

  25. Nem sempre uma pessoa com doutorado tem senso crítico mais apurado, eu citei o exemplo do Bill Gates e Steve Jobs, não fizeram faculdade e se tornaram gênios da informática. No Brasil, várias pessoas que mal concluiram o ensino básico e se tornaram grandes empresários, Silvio Santos que o digam. Quanto o espiritismo ser ou não uma falácia, é curioso, desde aquele post que falava sobre o espiritismo, apresentamos fontes, referências, dados, estatísticas, mas vcs, aparentemente, não cedem, assim fica difícil, caro, gustavo.

  26. Se pegarmos de forma aleatória 10.000 pessoas com apenas o ensino médio e 10.000 pessoas com doutorado e fizermos uma avaliação que resultado tu espera disso? Tu quer uma pesquisa que comprove que o estudo desenvolve a pessoa intelectualmente?

  27. Caro senhor Leniéverson.
    Pelo menos identifique o post para que possamos conferir as informações a que o senhor se refere; essa prática de fazer “afirmações” vagas, sem suporte, vale para quem se julga o dono da verdade, que não é o teu nem o meu caso.
    Portanto, a cada afirmação temos que, pelo menos, argumentar ou, no caso de citações, indicar e identificar a
    fonte, para que, quem quiser, possa confirmar o afirmado.
    Abraços. Frazão

  28. Gustavo e
    Frazão,

    Sei
    que é comum no meio espírita a idéia de que seguir o catolicismo é sinônimo de ausência
    de senso critico (capacidade de raciocinar e questionar de forma inteligente).
    Católicos são tidos como pessoas dotadas apenas de senso comum, ou seja, pessoas
    sem opiniões conclusivas e desprovidas de fundamento, pessoas que aceitam a imposição de dogmas e
    doutrinas sem fazerem qualquer questionamento, e ainda, que todo o ensinamento
    da Igreja Católica não é a interpretação correta e nem é a verdade.

    O
    Gustavo diz que senso crítico nada tem a ver com inteligência, mas não é isto o
    que o conceito do termo apresenta.

    Diz
    que pessoas com maior grau de escolaridade tendem a ter mais senso critico.
    Concordo, a tendência, o que se espera, é que tenham. Mas curso superior,
    doutorado não significa que, necessária e indubitavelmente, as pessoas consigam
    desenvolver este senso critico e, muito menos ainda, que consigam direcioná-lo e
    usá-lo da maneira correta.

    Ademais,
    falta de escolaridade ou baixa escolaridade, do mesmo modo, não significa,
    necessária e indubitavelmente, ausência de senso critico.

    Lembrem-se,
    Nosso Senhor Jesus Cristo escolheu pescadores, coletores de impostos, homens
    simples e humildes que não tinham estudo para serem os divulgadores de sua
    mensagem. Ele, sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, capacitou a todos.

    Junto
    à Cristo não havia nenhum sábio e letrado judeu, nenhum filósofo grego, nenhum
    estudioso romano, nenhum iniciado das escolas ocultistas do Egito, da Índia ou
    sei lá mais de onde. Nenhum destes fazia parte de seu colégio apostólico e nem
    de seu grupo de discípulos.

    Pouquíssimos
    sábios, letrados e pensadores da época foram os que se deixaram tocar pela
    mensagem do Senhor e conseguiram apreender, compreender e seguir as verdades
    por Ele reveladas. E, dentre estes, um número mais reduzido ainda teve a
    ousadia e a coragem de assumi-lo publicamente.

    Reitero, não estou fazendo apologia ao analfabetismo ou ao pouco estudo. Estou
    dizendo, tão somente, que nem todo o estudo do mundo será capaz de nos fazer
    amar à Deus e de reconhecermos à Sua Palavra e de nos tornarmos obedientes e
    submissos à Ele. Estudo nenhum nos dará o entendimento e o poder que só
    pertence à Deus. Se a confiança em nós
    mesmos, se nosso ego suplantar Deus estaremos perdidos.

    O
    reconhecimento de que todo nosso
    raciocínio é perdido sem nos pautarmos em Jesus Cristo e nas Sagradas Escrituras, isto sim, nos faz capazes de vivermos com espírito critico direcionado para o
    nosso grande objetivo, que é estarmos próximos a Deus e de sermos obedientes a
    Sua Palavram.

    Esta
    humildade e grande reverência à Deus, provavelmente, será mais fácil encontrarmos
    em pessoas com pouca instrução do que nos grandes cientistas e doutores que são
    doutrinados a pensarem que são deuses.

    E
    isto é fato, pois quantos intelectuais, filósofos, médicos, cientistas,
    matemáticos, físicos existem que nem acreditam em Deus. Quantos se acham capazes de
    dominar todas as leis naturais (e nem ao menos podem determinar a quantidade de
    anos que viverão), que pensam que eles próprios foram criados por um caos. Que
    pensam não haver lei natural, espiritual ou moral a que devam pautar seus atos?

    Enfim,
    entendo que nível de escolaridade não é condição suficiente e necessária para
    aquisição de senso critico, muito menos para uso correto e produtivo dessa
    capacidade aos olhos de Deus.

    Mas
    acho que no meio espírita o entendimento que acaba predominando é mais ou menos
    assim:

    Nível
    escolar elevado ou baixo – seguidor do
    catolicismo = pessoa desprovida de senso critico.

    Nível
    escolar elevado ou baixo – seguidor qualquer outra religião que não o
    catolicismo = pessoa com senso critico em desenvolvimento.

    Nível
    escolar elevado ou baixo – seguidor do espiritismo = pessoa de elevado senso
    critico.


    ouvi de espíritas que a fé católica é irracional, é uma fé desprovida de
    sentido lógico e racional. Mas é muito o contrário, nós católicos raciocinamos,
    questionamos e experimentamos tendo como parâmetro a palavra de Deus e a
    orientação do Espírito Santo. Simples assim, nosso objetivo primeiro e último é
    Deus.

    Como
    disse São Tomás: fé é “a adesão da inteligência às verdades reveladas por Deus”
    ou como disse São Paulo: fé é “o fundamento das coisas que se esperam e uma
    demonstração das coisas que não se vêem”

    Para
    nós, católicos, a revelação começou com o Antigo Testamento, chegando em sua
    plenitude com Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus que se fez carne para
    redenção da humanidade e que anunciou as Boas Novas. Cristo delegou a
    propagação e os ensinamentos do Evangelho aos seus simples, humildes e até
    iletrados apóstolos e discípulos, os quais prepararam novos propagadores e assim sucessivamente até os dias atuais. Doutrina permanente, completa e plena.

    Não
    há terceira revelação, nada nas Sagradas
    Escrituras a indica.

    Não
    há fenômenos físicos ou espirituais, argumentações filosóficas ou científicas
    que serão verdadeiros se da Palavra de Deus se afastar ou se tentar refutar
    esta Palavra.

    “Se, pois,
    alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; porque hão de surgir falsos cristos e
    falsos profetas, e farão grandes
    sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os
    escolhidos. Eis que de antemão vo-lo tenho dito. “ (Mateus 24:23-26)

    “Não vos voltareis para os necromantes, nem consultareis os
    adivinhos, pois eles vos contaminariam. Eu sou o Senhor, vosso Deus.”
    (Levítico, 19,31);

    “Quando entrares na
    terra que o Senhor, teu Deus, te há de dar, guarda-te de querer imitar as
    abominações daquelas gentes. Não se ache entre vós quem purifique seu filho ou
    sua filha, fazendo-os passar pelo fogo, nem quem consulte os advinhos ou observe sonhos e agouros, nem quem use
    malefícios, nem quem seja encantador, nem quem consulte os necromantes, ou
    advinhos, ou quem indague dos mortos a verdade. Porque o Senhor abomina
    todas essas coisas, e por tais maldades exterminará esses povos à tua
    entrada” (Deuteronômio 18: 9-12)

    Não
    devemos e não podemos abandonar o Magistério da Igreja instituída por Cristo
    porque fora dela há grandes riscos:

    “Pois
    os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em
    apóstolos de Cristo. E não é de
    admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. Não é muito,
    pois, que também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça;
    o fim dos quais será conforme as suas obras. (2 Coríntios 11:13-15)

    “Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a
    sua astúcia, assim também sejam de
    alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade e
    da pureza que há em
    Cristo. Porque, se alguém vem e vos prega outro Jesus que nós
    não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro
    evangelho que não abraçastes, de boa mente o suportais!” (2 Coríntios 11:3-4)

    “Todavia, se eu tardar, quero que saibas como deves
    portar-te na casa de Deus, que é a Igreja
    de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade” (1TM 3,15)

    Via
    de regra, espíritas não freqüentam a Igreja Católica, não dão o mínimo valor
    aos ensinamentos ali existentes, abominam o estudo das Sagradas Escrituras (é
    um livrinho qualquer cheio de erros, dizem), não tem Jesus como Deus, negam a Santíssima Trindade, não estudam as
    obras católicas, dentre outras contrariedades.

    Somente
    alguns católicos (entre os quais eu me incluía) é que tentam, ilusória e equivocadamente, conciliar as duas
    doutrinas, é que tentam construir uma colcha de retalhos e de duas uma: ou
    pouco a pouco vão caindo em uma frieza espiritual tamanha, em desobediência
    completa às leis de Deus e sem saber quem o está orientando; ou
    acabam, por fim, se dando conta do caminho tortuoso de desobediência que
    estavam seguindo e retornam ao Único Caminho.

    E
    não estou argumentando no vazio. Vejam as palavras do grande codificador do
    espiritismo:

    “Chegará a ocasião em que o catolicismo, seus dogmas e
    práticas não serão mais do que vagas reminiscências quase apagadas da memória
    dos homens, como o são para nós os paganismos romanos e escandinavos.” (Leon Denis. Depois da morte. p.80).

    “É preciso que nos tornemos
    compreensíveis. Se alguém tem uma convicção bem arraigada sobre uma doutrina, mesmo
    falsa, é necessário que o desviemos dessa convicção, mas pouco a pouco; por
    isso nos servimos, frequentemente, de suas palavras, e nos damos o ar de
    aprofundar em suas idéias, a fim de que não se ofusque de repente, e não cesse
    de se instruir conosco.

    Aliás, não é bom contrariar muito bruscamente os
    preconceitos; esse seria um meio de não ser mais ouvido; eis porque os
    Espíritos falam, com frequência, no sentido da opinião daqueles que os escutam,
    a fim de conduzi-los pouco a pouco para a verdade. Apropriam sua linguagem às
    pessoas, como tu mesmo o farias, se és um orador um pouco hábil; por isso, não
    falarão a um chinês ou a um maometano, como falarão a um francês ou a um cristão,
    porque estariam bem seguros de serem repelidos.”

    (Allan
    Kardec, Livro dos Médiuns, Cap. XXVII no.301).

    Muito
    cheia de senso, muito critica, eu diria até mais, muito ardilosa a doutrina
    espírita. Uma doutrina que usa de subterfúgios, de táticas ardilosas, de
    mensagens dúbias, que, inicialmente, esconde suas intenções, se disfarça, para
    pouco a pouco ir minando a fé das pessoas.

    Uma
    doutrina que orienta aderir a outras doutrinas ainda que falsas, ou a destruir uma
    doutrina verdadeira não é nada pautada em senso critico, nada conduzida de
    maneira reta, digna e honesta.

    É,
    pelo jeito o “espírito” que conduz tal doutrina não é o mesmo que conduz o
    cristianismo, não é o mesmo Espírito Santo prometido por Cristo. Pois Jesus
    nunca teve medo de que alguém deixasse de se instruir com ele por causa das
    suas palavras, as quais muitas vezes eram duras e de difícil compreensão. As Palavras de Cristo não fingiam aceitar esta ou aquela doutrina, porque eram palavras
    retas e imutáveis, que levavam as pessoas à reflexão do seu próprio eu e a se
    enxergarem pecadoras e necessitadas da Graça Divina e a obedecerem a Palavra já revelada. Palavras que levavam a
    conversão, a mudança de vida e à obediência.

    Se
    ter senso critico é renegar Cristo como Senhor e Salvador, se é me afastar de
    sua Igreja, se é desprezar a revelação contida nas Sagradas Escrituras, desprezar
    o Magistério da Igreja, que Deus retire de mim tal senso.

    Prefiro
    confiar e permanecer nos ensinos de Cristo, que sempre foi o mesmo, afinal Ele
    é Deus e Deus não muda (Eu Sou O que Sou). Cristo que não tinha meias palavras,
    Cristo que condenava os erros, que expunha a verdade, que exortava todos a obediência e não se utilizada de
    linguagem dúbia e ardilosa. Prefiro crer na Palavra de Deus revelada na Bíblia e
    seguir nos ensinamentos da Igreja Católica, instituída pelo Nosso Senhor e
    conduzida pelo Espírito Santo:

    “O Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros,
    alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a
    doutrinas diabólicas”
    (1º Tim. 4,1)

    “Porque virá tempo em que os
    homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias
    paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si.”
    (2º Tim. 4,3)

    “Mas, ainda que alguém – nós
    ou um anjo baixado do céu – vos anunciasse um evangelho diferente do que vos
    temos anunciado, que ele seja anátema.” (Gal. 1,8)

    Bem aventurado és tu,
    Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas teu Pai, que
    estás nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra
    edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra
    ela.” (Mateus 16, 13-18)

    Usem
    o senso critico de vocês, façam um propósito, saiam do lugar comum e das
    informações distorcidas sobre a Igreja Católica, sobre os ensinamentos de
    Cristo. Façam uma experiência.

    Por
    um tempo, deixem de lado os ensinamentos espíritas, deixem de lado livros
    psicografados que dizem contar os fatos históricos de maneira correta, deixem
    de lado práticas espíritas. E, de maneira livre de pré conceitos, estudem a
    palavra de Deus, estudem os ensinamentos dos doutores e doutoras da Igreja,
    estudem a história da Igreja, há muitos e muitos documentos do início da Igreja
    até hoje.

    Antes
    de iniciar os estudos peçam que Deus os oriente, que Ele, somente Ele, os
    conduza nesta caminhada.

    Como
    eu já disse, mesmo sendo católica, mesmo tendo feito anos de preparação para primeira
    comunhão e crisma, acabei por curiosidade (alguns dirão, por senso critico) buscando
    me alimentar nas paragens da doutrina espírita. Li, estudei muitas e muitas
    obras, até mesmo o “pentateuco” que são as obras bases.

    Não
    teve jeito, ensinamentos espíritas são paragens desertas, dúbias, não sustentam,
    não fortalecem. Senti muita falta do verdadeiro alimento, senti muita falta de
    Deus, de Jesus Cristo e do Espírito Santo.

    E,
    por mais que alguns ensinamentos espíritas sejam simpáticos, doces, inflem o
    meu ego, que sejam aparentemente caridosos (colônias espirituais, muitas e
    muitas chances, inexistência de inferno, inexistência do demônio, salvação puramente
    pelos meus méritos, conversar com entes queridos já falecidos) em comparação às palavras de Deus na Bíblia e
    no Magistério da Igreja (existência do inferno, existência do anjo caído, única
    vida, única oportunidade, salvação por Cristo, não consultar os mortos) não
    posso e não devo desobedecer as leis de Deu.

    Vejam,
    Eva que foi enganada pela astúcia da serpente:

    “Deu-lhe este preceito: “Podes comer do fruto
    de todas as árvores do jardim; mas não comas do fruto da árvore da ciência do
    bem e do mal; porque no dia em que dele comeres, morrerás indubitavelmente.”
    (Gênesis 2: 16-17)

    “A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos que o Senhor Deus
    tinha formado. Ela disse a mulher: É verdade que Deus vos proibiu comer do
    fruto de toda árvore do jardim?” A
    mulher respondeu-lhe: Podemos comer do fruto das árvores do jardim. Mas do
    fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: Vós não comereis dele,
    nem o tocareis, para que não morrais.” “Oh, não! – tornou a serpente – vós não
    morrereis! Mas Deus bem sabe que, no dia
    em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses,
    conhecedores do bem e do mal.” A mulher,
    vendo que o fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e mui
    apropriado para abrir a inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também
    ao seu marido, que comeu igualmente.” (Gênesis 3: 1-6)

    E
    qual foi o resultado da desobediência: Adão e Eva experimentaram a morte, sua
    descendência está sujeita a morrer; foram expulsos do paraíso, ficaram
    distantes de Deus; Mas, por amor, Cristo os resgatou.

    E o
    que ficou evidente:

    Deus jamais
    mente. Tampouco Ele faz proibições sem razão.

    Caríssimos espíritas, sei que a serpente, o fruto
    proibido, tudo é sentido figurado, o autor da narrativa usa do recurso de
    figuras de linguagem. Mas o que cada coisa representa, a grande mensagem e a
    revelação realizada por Deus nesta passagem é muito profunda, coerente e séria.
    E, mesmo tendo o ensinamento da Igreja, demorei para me dar conta disto.

  29. Cara Adriana.
    Embora neste teu comentário você também tenha mencionado meu nome, acho que o teu recado não se aplica a mim, pois eu jamais critiquei a igreja em questão de fé religiosa, pelo menos aqui neste tópico; apenas pedi ao senhor Leniéverson, e só a ele, que ele identificasse o post para efeitos de conferência das informações por ele feitas, dizendo eu que a prática de fazer “afirmações” vagas, sem suporte, vale para quem se julga dono da verdade, que não é o caso dele nem meu, e ainda complementei que a cada informação temos que, pelo menos, argumentar ou, no caso de citações, indicar e identificar a fonte, para que, quem quiser, possa confirmar o afirmado.
    Se fosse só sobre o meu comentário, eu pararia por aqui;entretanto, como você menciona “O Livro dos Médiuns”, fazendo referência ao procedimento nele sugerido por Kardec, no sentido de que, para se fazer compreendido por aqueles que têm “convicção bem arraigada sobre uma doutrina, mesmo falsa, é necessário que o desviemos dessa convicção, mas pouco a pouco”, sinto-me na obrigação de dizer algumas palavras, já que você conclui, a respeito desse procedimento sugerido por Kardec: “Uma doutrina que orienta aderir a outras doutrinas ainda que falsas, ou a destruir uma doutrina verdadeira não é nada pautada em senso critico, nada conduzida de maneira reta, digna e honesta.”
    Ora, minha cara, qual a técnica de aproximação hoje adotada pelas pessoas encarregadas de convencer os toxicômanos a deixar o vício para eles tentarem se recuperar de sua dependência? É na base do enfrentamento, ou do convencimento, falando a mesma linguagem deles e, até, de proceder como eles, inclusive se vestindo como eles, como forma de maior facilidade na aproximação e tirá-los das garras do vício?
    Tal entendimento, visto sob esse ângulo, leva-nos a deduzir que Kardec estava, pelo menos, século e meio adiantado em relação às formas de abordagem, não visando convencer, como procuram divulgar seus detratores, mas, sim, de como começar um diálogo sem afrontar o interlocutor e continuar o diálogo, já que o convencimento fica a cargo de cada um que recebe a mensagem.Se assim não fosse, só existiria uma única religião, fosse ela catolicismo, maometismo, espiritismo, hinduísmo e outros que tais.
    Veja, o que aconteceu com a própria igreja católica, pelo menos pelos meus parcos conhecimentos de sua história como instituição; em determinada época de sua existência ela tentou a conversão à sua fé, na base da violência, como nos tempos da “santa inquisição”, tendo, graças ao bom Deus, mudado nos tempos atuais para a fase do convencimento, adotando métodos semelhantes ao sugerido por Kardec, embora negue essa prática.
    E esse tipo de abordagem está tão disseminado que até em relação aos animais está sendo adotado sob a denominação de doma racional, principalmente em relação a animais como os cavalos, pratica essa que foi objeto de várias reportagens do Globo Rural.
    Ora, minha cara, se vale para os animais considerados irracionais, com mais razão vale para o ser humano, que é considerado pela Ciência como racional e que o cristianismo prega que foi criado à imagem e semelhança de Deus.
    Continuando; em uma parte do teu comentário você diz:
    “Muito cheia de senso, muito critica, eu diria até mais, muito ardilosa a doutrina espírita. Uma doutrina que usa de subterfúgios, de táticas ardilosas, de mensagens dúbias, que, inicialmente, esconde suas intenções, se disfarça, para pouco a pouco ir minando a fé das pessoas.
    Uma doutrina que orienta aderir a outras doutrinas ainda que falsas, ou a destruir uma doutrina verdadeira não é nada pautada em senso critico, nada conduzida de maneira reta, digna e honesta.”
    Veja, minha cara, que você critica uma sugestão de Kardec, a de se igualar ao destinatário da mensagem, e esquece uma atitude de Deus, adotando o mesmo critério a nós sugerido por Kardec, ou seja: Deus, há dois mil anos, tornou-se carne, igualando-se a nós, pobres mortais, para poder nos transmitir um novo entendimento a respeito da Sua doutrina, seguida pelo judaísmo; no entanto, essa atitude por Ele adotada é divulgada como se fora a maior demonstração de amor em relação ao ser humano, já que Ele veio morrer por nós, conforme divulgam as doutrinas católica e as protestantes e os milhares de seguimentos ditos evangélicos, enquanto a sugestão de Kardec você a considera como ardilosa; há incongruência maior, minha cara?!
    Fico por aqui, pois não é minha intenção discutir fé com ninguém, pois cada um tem a sua, achando ser ela a verdadeira, em detrimento das demais.
    Finalmente, esclareço, mais uma vez, que o meu comentário foi dirigido ao senhor Leniéverson, pelo simples fato dele fazer afirmações sem embasá-las em argumentos próprios ou em citações de terceiros que, diga-se de passagem, até hoje o referido senhor não se pronunciou.
    Abraços. Frazão

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