Em tempos onde fazer um filme amador ridicularizando a figura de Maomé provoca violentos protestos mundo afora, em cuja decorrência já foram mortas pelo menos 50 pessoas, é no mínimo curioso ver a recente capa da revista Placar onde uma imagem de um jogador de futebol pregado numa cruz faz uma debochante referência a Cristo Crucificado.
[A propósito, independente das minhas considerações abaixo, vale a pena seguir a recomendação do texto acima linkado: «[a]cessem a página da revista Placar em que se encontra a notícia da capa e deixem seu comentário. Divulguem para outras pessoas e peçam que façam o mesmo. Não deixem isso passar em branco. E vamos esperar para ver se nossos amigos politicamente corretos dedicarão suas excelsas atenções a esse fato».]
Vou até admitir que o autor da peça publicitária tenha querido apenas fazer uma simples jocosidade inocente. É possível. O que sem dúvidas não é possível, a menos que a capa tenha sido obra de um alienígena ou de alguém recém-saído de um coma profundo que não teve tempo de passar a vista pelos jornais mundiais, é imaginar que esta capa não tenha nenhuma relação com a “guerra santa” que os muçulmanos estão neste momento travando contra o Ocidente por conta do filme de Maomé.
É como se fosse uma tentativa infantil de auto-afirmação. Os [auto-intitulados] Iluminados da Razão gostam de debochar da fé alheia (isto, aliás, faz parte do plano deles de minar a influência religiosa nos povos por meio da dessacralização midiática das coisas sagradas, o que torna os homens menos susceptíveis a levá-las a sério; mas isto é um outro assunto) e, quando os muçulmanos gritaram mais alto e todo mundo começou a ficar pianinho, com medo e com o rabinho entre as pernas, eles se sentiram humilhados e não gostaram. E já que não têm cojones para peitar o fundamentalismo islâmico, vêm aliviar a sua consciência por meio destes pogrons pseudo-intelectuais contra o Cristianismo. Como se dissessem uns para os outros “viu, a gente não precisa se preocupar, a gente ainda pode fazer piada com a religião dos outros sim, está tudo sob controle”.
A cena me parece comicamente com aquela do início de “Procurando Nemo”, onde o peixe emburrado vai nadando em direção à âncora só porque seu pai lho proibiu, e toca-a com a barbatana unicamente para desobedecer ao pai que acabara de lhe dizer que não a tocasse. É como se alguns meninos tivessem sido atacados por lobos selvagens nos quais brincavam de atirar pedras, e aí voltam pra casa e vão chutar os cães de guarda dos seus pais para, por algum processo de substituição psicológica, vingar nestes a dor das mordidas que sofreram daqueles. Acontece que é uma péssima idéia maltratar os cães domésticos da casa quando há lobos raivosos à ronda. Mesmo que as crianças mimadas não percebam isso.
Isto é muita falta de respeito com a fé alheia ! O pior de tudo é que não tem ninguém na mídia que saia em defesa dos cristãos……Além de escrever para a “Placar”, devemos também boicotar todas as publicações da Editora Abril.
Embora a capa tenha sido de mau gosto, cabe lembrar que muitas pessoas foram crucificadas e não somente Jesus. Além disso, se reparar bem verá que eles não colocaram a coroa de espinhos na cabeça do Jogador, que é um símbolo da crucificação de Jesus.
Eu só queria que a CNBB ou algum de nossos bispos entrassem com processos na justiça. Afinal os pastores é para zelar do rebanho. Nesse caso o rebanho está sendo zombado e ridicularizado, com grande danos à fé católica.
Petição contra a revista:
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N29501
A imagem não depõe contra Jesus, não fere nem prejudica a crença, de forma nenhuma. A revista parece usar um argumento muito comentado no blog – o Brasil tem origem católica – para chamar a atenção. O uso da cruz é marketing, não menosprezando a religião mas sim concentrando a ideia de que um jogador que sobressai absorve a agressividade direcionada à um grupo.
A revista é brasileira e seu marketing é local, ou seja, utiliza elementos que tenham apelo à população local. Esta mídia específica não teria porque falar de muçulmanos, a mídia mundial não é feita de um corpo só. Os que querem “brincar” lá fora não são os mesmos que “brincam” aqui dentro. A publicidade nacional apenas está ligada no momento.
Há muçulmanos que interpretam o alcorão com extrema tranquilidade, são pacíficos. Infelizmente há os radicais. O maior problema são justamente os Estados onde os muçulmanos são governo, as teocracias, ditatoriais e agressivas, o que mostra quão negativa é a religião misturada ao poder.
E isso não é inédito, pois em 2001 a Placar fez a mesma capa, só que com o Marcelinho Carioca, que estava sendo praticamente expulso do Corinthians pelo Luxemburgo.
Mas o que esperar de uma editora abertamente anticristã e anticatólica?
Esperar que alguma autoridade da Igreja solte uma nota de repúdio ao deboche feito ao nosso maior símbolo católico. Perdeu-se o respeito pelo sagrado. Isso é consequência do que disse Sua Santidade o Papa Paulo VI. “A abertura ao mundo transformou-se numa verdadeira invasão da Igreja pelo modo de pensar da materialidade mundana. Nós fomos, talvez, demasiado fraco e imprudente”.
É uma falta de respeito com o sentimento religioso das pessoas! Totalmente desnecessário!
Jorge, julgo muito pertinentes suas colocações analógicas envolvendo crianças, lobos e cães de guarda. Também vejo como prejudicial existir peças publicitárias como esta da revista Placar. Por outro outro, penso que seja muito provável você estar “maldando demais” das intenções desse publicitário. Não necessariamente ele faz parte do “exército de debochadores da religião”. Com certeza a ação dele teve influência de demônio(s), mas isso pode muito bem ter sido apenas por “ausência de estado de graça” sem toda a malícia suposta. Prefiro ver as coisas assim do que ficar julgando maus os corações humanos que eu não conheço.
gente sem preconceito mais na minha opinião Maomé veio ao mundo só para trazer a discórdia. Os radicais islâmicos são a vergonha do mundo civilizado. esses países árabes tem que respeitar a fé de cada um, e não impor a ninguém as suas ideologias banais que não leva a lugar nenhum, muito menos a vida eterna.