Todos conhecem os vergonhosos índices que a Educação Brasileira vem repetindo, ano após ano, com constância e regularidade perturbadoras (o relatório trianual do PISA ainda não divulgou os dados de 2012, mas nada indica que teremos uma melhora significativa neste ranking). A percepção generalizada (facilmente alcançável por meio dos assustadores índices de analfabetismo funcional mesmo dos nossos estudantes com nível superior, ou das políticas do Governo Federal de reduzir as taxas de reprovação escolar dos níveis básicos através da simples aprovação indiscriminada de todos os alunos, entre outros exemplos) de que existe algo de muito errado com o sistema educacional brasileiro reveste-se de cores muito vivas para que se possa simplesmente ignorá-la. O que talvez não esteja ainda muito claro para todos é que estes frutos podres que o Brasil vem amargamente colhendo nos últimos anos são decorrência direta de uma concepção pedagógica deturpada e assustadoramente deficiente que, não obstante, tem sido alegre e hegemonicamente adotada por nossos educadores nas últimas décadas.
O artigo desta quinta-feira do Carlos Ramalhete fala sobre o nosso Patrono da Educação, Paulo Freire, de quem ser conterrâneo não me causa orgulho. As contundentes e verdadeiras palavras do articulista da Gazeta do Povo merecem ser lidas e meditadas: para que nós comecemos ao menos a reconhecer os erros passados, a fim de iniciarmos com eficácia o seu (lento e necessário) processo de correção.
Só o que fez este triste patrono foi descobrir que o aluno é um público cativo para a doutrinação marxista. A educação deixa de ser uma abertura para o mundo, uma chance de tomar posse de nossa herança cultural, e passa a ser apenas a isca com a qual se há de fisgar mais um inocente útil para destruir a herança que não conhece.
As matérias pedagógicas da licenciatura resumem-se hoje à repetição incessante, em palavras levemente diferentes, das mesmas inanidades iconoclastas. Os cursos da área de Humanas, com raras exceções, são mais do mesmo, sem outra preocupação que não acusar aquilo que não se dá ao aluno a chance de conhecer. O que seria direito dele receber como herança.
Os comentários sobre este assunto, como de costume, podem ser enviados à Gazeta do Povo. E, ainda, sob uma ótica mais especificamente católica, vale ler o sempre oportuno Dom Estêvão falando sobre o método Paulo Freire de alfabetização, de quem destaco:
Não há dúvida de que todo mestre há de ser aberto à aprendizagem de novas e novas verdades, como também à reformulação de seus conceitos; o progresso no saber é-lhe muitas vezes ocasionado pelo convívio com os próprios alunos.
Isto, porém, não quer dizer que o professor se deva julgar tão educando quanto o próprio discípulo. Um tal esvaziamento do conceito de mestre vem a ser nocivo aos alunos, pois estes precisam de sentir firmeza e segurança no seu orientador. A profissão da verdade deve ser efetuada com desassombro e sem subterfúgio, mas também com humildade. Pelo fato de ter descoberto a verdade sobre tal ou tal assunto, o mestre é devedor em relação aos seus alunos, e deve pagar-lhes a dívida, comunicando e demonstrando a verdade; proponha os pontos certos e indubitáveis como certos, e os pontos ainda discutíveis como discutíveis. Esta oferta da verdade, longe de ser desrespeito ao próximo, é precioso serviço prestado ao mesmo.
Por isto também não se pode aceitar a frase: “Ninguém educa ninguém” (Pedagogia do Oprimido, p. 79). Na verdade, os homens são dependentes uns dos outros para eduzir (educere > educar) as virtualidades latentes no seu íntimo. Em geral, são os pais, no lar, e os mestres, na escola, que educam os mais jovens; afirmar isto não significa “estar a serviço de algum sistema político opressor”. O desempenho da autoridade não é algo de vergonhoso que se deva banir, mas, ao contrário, é um serviço que não se pode extinguir e que faz eco às palavras de Cristo: “O Filho do Homem veio não para ser servido, mas para servir” (Mc 10,45).
A semeadura já dura décadas, a colheita já foi realizada por diversas vezes, e a péssima qualidade destas safras já se nos revela mais do que evidente. O Brasil merece mais que isso. Já passou da hora de lançarmos fora estas sementes de joio e passarmos a investir em uma educação verdadeiramente de qualidade: uma educação que possa promover um desenvolvimento integral e (este sim!) verdadeiramente libertador do ser humano, ao invés de transformá-lo em marionete de um processo revolucionário cuja existência ele não é sequer capaz de perceber.
Quem nos dera que Paulo Freire tivesse sido minimamente levado a sério nas formulações curriculares nacionais ou mesmo dentro de alguma escola que fosse. A questão é que o método de Freire estava voltado para alfabetizar aqueles que o sistema educacional brasileiro – com a ajuda de um sistema social e político injusto – não deu conta de pelo menos alfabetizar. Vocês já leram algum livro do cara? Já estudaram alguma coisa sobre ele a não ser por meio do Olavo de Carvalho? Já ouviram falar de uma experiência de Educação Popular? Já participaram de alguma para ver como é? Parece que não. Me digam, em que sentido o sistema educacional brasileiro é orientado por sua pedagogia. Nunca foi e, muito provavelmente, nunca será.
só mesmo sendo petista e/ou comunista para defender esse escarnio chamado Paulo Freire
Eu li, sou professor com PHD e mestrado e acho o paulo freire um doutrinador barato, além de plagiador e usado para manter nossos alunos num estado de letargia e sub desenvlvimento cultural degradado. O slogan “Patria Educadora” carrega em si uma mentira! Quem educa é a familia. A função do professor é ensinar! É o ensino. O conhecimento!!
Quando os defensores dessa pedagogia fracassada são confrontados com os constrangedores índices educacionais brasileiros, costumam contorcer as palavras tentando justificar o injustificável, e aparece aquela frase: “Paulo Freire nunca foi aplicado no Brasil!”.
Iniciarei o curso de Letras no próximo mês e já me vejo sendo confrontado com as idéias (com acento mesmo!) do Paulo Freire e penso que não é benéfico que a faculdade ensine apenas aos seus alunos as idéias do Paulo Freire como se fosse o suprasumo da educação. Mas infelizmente as faculdades precisam – se quiserem ter os seus cursos aprovados – seguirem os padrões de qualidade do MEC quando vão criar um novo curso. E para atingir esse padrão se faz necessária a compra de livros para a biblioteca por exemplo, que tratam justamente das idéias do santíssimo Paulo Freire! Veja bem não estou dizendo que devemos banir o Paulo Freire das universidades, no entanto é necessário que nos sejam mostradas as diversas correntes de pensamento sobre a educação! Obs: sei um pouco do que estou falando pois trabalho em uma biblioteca universitária e parece-me, até o momento, que os alunos de pedagogia por exemplo são doutrinados (e não ensinados) com as idéias do tal Paulo Freire.
Não entendi qual o ponto objetivo da crítica à Paulo Freire. Se ele era um militante comunista e levou sua ideologia para a educação brasileira, cadê os pontos a serem reformulados? Só vi criticas muito abertas e nenhuma citação direta ao patrono da educação. Os videos que vi dele sendo entrevistado, demonstraram ser uma pessoa muito segura do que falava, mas quero saber qual o ponto chave deste texto todo. Em qual ponto e como Paulo Freire “destruiu” a educação brasileira!?
Eu não ensino nada a ninguém, ao contrário, oriento para o que o individuo na escolha de seu caminho a partir de suas convicções e liberdade de pensamento.Essa limitação doutrinária que tanto falam vem de onde? E como ela influi no pensamento do outro ao ponto de instiga-la a seguir pela direita ou pela esquerda,se é vermelho ou azul,capitalista ou comunista?De onde tiram tantas ideias desse tipo?Pelo que vejo de meus alunos o futebol é a maior doutrina que conheço nesse país.Até matam pessoas por ela!
Em toda minha vida escolar,jamais vi ou ouvi professor meu dizer como seguir o caminho da capitalismo e do comunismo,do vermelho ou do azul, do capitalismo ou do comunismo. Se Paulo Freire em questão, é uma ameaça ou uma influência positiva para as grandes mudanças.Nunca vi meus antigos professores me doutrinarem a forma que hoje em dia pensam ser uma escola com partido,imagine ela sem partido.Será que vai fazer alguma diferença?Ora, antes não havia tanta exposição a essa justificativa de doutrinação?!Estou começando a achar que os professores com altas titulações e com suas verdades tem é que estudar mais e analisar friamente a situação antes de ficarem apontando o dedo para os culpados do fracasso de nossa educação que por sinal é excludente em termos de estrutura e acesso de qualidade, e que também deviam, vivenciar as realidades da escola e dos alunos que dela, raramente, buscam um sentido e uma maneira de se sobressair aos percalços que a vida oferece.Se isso não basta,então voltemos às condições de nomadismo que os nossos antepassados viviam, porque dessa maneira, desculpas do porquê foi predado vai ficar mesmo com aquele que morreu para alimentar os leões.
Se nem os médicos, em alguns casos, não conseguem ser mais humanos no trabalho. Imagine o professor que não entende o sistema a qual trabalha e que dela apenas sabe reclamar do salário e das condições sem que na sua formação faz questão de ignorar
Olá, gostaria de saber se alguém poderia me indicar leituras e/ou outras correntes de pesamento sobre a educação. Até então só conhecia a do Freire, infelizmente, por isso queria algumas indicações, agradeço!!
Prezados,
Quem tiver interesse em se aprofundar na crítica a Paulo Freire, recomendo o trabalho do prof. Thomas Giulliano que pode ser encontrado no link abaixo:
https://acivilizacaocursos.com/cursos/desconstruindo-paulo-freire/
Marina Oliveira pesqusa por Pestalozzi
Quase fui expulso da faculdade quando disse que o comunismo escraviza e aliena e que Paulo Freire era um comunista oportunista. O professor disse que eu não sabia nada, batemos boca e quase sobrou pra mim.
Nunca li tanta besteira em um único texto! Sinto pena, isso mesmo pena das pessoas que não defendem tudo que Paulo Freire fez pela educação.
há claro, ruim é o ensino militar, veja as escolas militares como são terríveis, alunos robotizados por um sistema opressor que visa unicamente a manutenção do status quo da sociedade oligárquica, patriarcal e opressora. Pobres crianças que aprendem a respeitar e seguir as normas de uma sociedade capitalista judaico-cristã retrógrada e reacionária.
Por favor… sejamos práticos. Paulo Freire não deu resultados… pronto… exclua do ensino. Ou melhor deu resultados sim, pois sabemos que seu objetivo era imbecilizar a população e criar massas capazes de se revoltar com o sistema “opressor” e subverter a ordem de nossos atuais padrões e com isso realizar a revolução cultural e por fim estabelecer uma sociedade comunista/socialista.
por favor, leiam sobre marxismo cultural. Ah, marxismo cultural existe sim, não é conto para assustar criancinha.
O Mobral também alfabetizou muita gente em poucos dias. Meu pai teve poucos meses de aula e escrevia legível (cursivo), lia e contava perfeitamente. Isto, porque tinha ordem. Hoje, quebro cabeça todo dia com alunos que não querem aprender ler nem escrever e não aprendem com método nenhum. Não falo de Paulo Freire como se fosse salvador da educação brasileira, pois até suspeita de plágio envolvendo seus métodos existe.
Eu não consigo entender onde isso deu certo? è claro que podemos utilizar melhor a tecnologia, propor mais ensino prático, mas ao menos o alicerce todos tem que ter. Depois que mudaram ate o método de alfabetização, o Famoso B, A, bá a maioria das crianças da minha familia nao estava conseguindo aprender a ler. Precisamos que algumas mães ensinassem daquela maneira antiga, como aprendia-se na década de 60. E quer saber? As crianças acharam fácil e finalmente engrenar na leitura. Assim como não adianta jogar os ingredientes todos e misturar sem qualquer orientação não faz um bolo, não adianta jogar o conteúdo e achar que a criança vai absorver por simbiose