* O título deste post não está “errado”, e sim em português arcaico: veja-se, p.ex., Camões n’Os Lusíadas ou estes versos de Nicolau Tolentino de Almeida: «Cuja alma não conhece vís mudanças, / Ou corrão tempestades, ou bonanças».
Todo mundo sabe que o fim do mundo está marcado para este mês e, portanto, qualquer coisa relativamente fora do comum que acontece é apresentada como um dos muitos indícios de que o mundo está acabando mesmo e só não vê quem não quer. Naturalmente, os melhores indícios do Fim são os apresentados em caráter lúdico. A nós, católicos, não interessa a hora exata em que o mundo vai acabar porque todos nós sabemos que podemos morrer a qualquer momento e, portanto, para cada um de nós o Juízo sempre pode ser nos próximos minutos. Mas isto não nos impede de saborear os memes.
Ontem morreu o Oscar Niemeyer, e a já proverbial longevidade do arquiteto carioca era uma piada pronta. Não pude evitar pensar que isto era mais um sinal de que estamos mesmo na iminência do fim do mundo, mas o pior ainda estava por vir. O verdadeiro sinal de que o Armageddon já começou e não nos avisaram é a celebração de uma Missa de corpo presente para o recém-falecido arquiteto ateu!
Ateu! Não estamos falando simplesmente de um “católico não-praticante” ao qual o repentino interesse pelas coisas divinas no ocaso da vida provoca nos céticos uma suspeição de hipocrisia. Muito diferente disso, aqui se trata de um ateu público e convicto! Qual o sentido de que se lhe celebrem exéquias católicas?
Não se trata, absolutamente, de sentenciar o pobre arquiteto a cruzar aquela Porta Terrível que, na Comédia de Dante, manda a todos os que por ela entram deixar fora toda a esperança. É claro que somente Deus é Juiz de todos e, portanto, qualquer pessoa, até mesmo um ateu de carteirinha, pode em princípio ter-se aberto à graça de Deus na hora da morte e partido deste mundo na amizade com Ele. É claro que devemos rezar pela salvação de todos os homens, não-católicos inclusive, cujo destino eterno não conheceremos até o Dia do Juízo Final. É claro que os familiares e amigos – aliás, qualquer pessoa que o deseje – podem rezar a Deus pela alma do Niemeyer: que o Todo Poderoso tenha dele misericórdia.
Acontece que as exéquias católicas são para os católicos, pois assim prescreve o Direito e isto tem uma razão de ser. Com efeito, lemos no Direito Canônico:
Cân. 1184 — § 1. Devem ser privados de exéquias eclesiásticas, a não ser que antes da morte tenham dado algum sinal de arrependimento:
1.° os apóstatas notórios, os hereges e os cismáticos;
2.° os que escolheram a cremação do corpo próprio, por razões contrárias à fé cristã;
3.° os outros pecadores manifestos, aos quais não se possam conceder exéquias eclesiásticas sem escândalo público dos fiéis.
Todo auto-declarado ateu é, por definição, um “apóstata notório”. Quando o ateu, além disso, é uma figura pública que sempre deu claras e ostensivas mostras do seu ateísmo, torna-se um “pecador manifesto” para o qual a celebração de uma Missa de Requiem provoca perplexidade e “escândalo público dos fiéis” – portanto, tal Missa não deveria ser celebrada. A questão aqui não é privar a alma do falecido da – necessária! – misericórdia divina, mas sim demarcar clara e publicamente o abismo que separa a Fé da Incredulidade. Afinal, se o culto público da Igreja de Deus não se destina aos Seus fiéis… o que ele é, então? Se celebram-se missas igualmente por católicos fervorosos e por ateus convictos, como convencer as pessoas de que não se trata de um “evento social” filantrópico qualquer que se realiza para qualquer um e por qualquer motivo? Se um ateu tem direito a uma Missa Pro Defunctis, como evitar que as pessoas percam de vista o significado profundo do Sacrifício Eucarístico?
Houve um tempo em que aos suicidas – mesmo os católicos! – era negada sepultura eclesiástica. E isto nunca teve nada a ver com afirmar a impossibilidade do arrependimento final “entre a ponte e o rio”: Deus sempre foi o único Juiz dos homens! Mas a sepultura da encruzilhada, embora não determine a sorte eterna do que lá jaz, tem um profundo valor catequético para os que cá ficam. Trata-se – como expôs brilhantemente Chesterton – de reconhecer no suicida «um homem que se preocupa tão pouco com tudo o que está fora dele que ele quer ver o fim de tudo». Trata-se simplesmente de testemunhar aos homens como se deve viver. E a morte, ainda que seja uma tragédia, não autoriza ninguém a mitigar a necessária força deste testemunho.
Enfim, está morto Niemeyer: que lhe possa ter valido a Virgem Soberana no instante derradeiro. Mas não nos é lícito pressupô-lo tão ligeira e levianamente, conferindo funerais católicos a quem viveu longamente como inimigo da Igreja. Em suma, que o Altíssimo não nos negue a ninguém a Sua Infinita Misericórdia da qual somos, todos, absolutamente necessitados. Supliquemo-Lha! Mas que isto não se faça às custas de semear o indiferentismo e disseminar ainda mais a confusão entre os homens do nosso tempo, que já vivem suficientemente longe da Igreja de Deus e para a Qual precisam voltar-se muito antes da sua Missa de corpo presente.
Caro Jorge Ferraz
“A neta do arquiteto, Ana Lúcia, disse que o avô, apesar de ateu, sempre pedia para que fosse celebrada uma missa quando algum conhecido ou parente morria.”(jusbrasil)
Amigos e familiares de Oscar Niemeyer participaram, na manhã desta quinta-feira (6), de missa em homenagem ao arquiteto, celebrada pelos padres Omar Raposo e Jorjão.(G1)
Terminou por volta das 9h15 desta quinta-feira (6) uma missa no Hospital Samaritano, no Rio, em homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer, (folha)
O Sacrifício cristão em homenagem a um ateu.. a um triste ateu.
Prezado Jorge, salve Maria.
Parabéns pela denúncia. Seu blog está sendo bastante lido, logo, sua responsabilidade aumenta bastante.
Pelo que tenho acompanhado, parece-me realmente que ele não foi ateu muito convicto, destes que quando o avião balançava juntava as mãozinhas. Realmente, rezemos para que naquele momento derradeiro ele tenha se arrependido e entrado no céu.
Que Deus também nos perdoe de nossos pecados.
Abraços,
Sandro
14 Dias Para O Fim…
Até o “Fim” pode ser catequético.
Jorge, seu site está fazendo propaganda de maçonaria? Se quiser eu te mando o printscreen…logo no banner abaixo da caixa de texto onde se digitam os comentários.
Comentando o post: alguns padres e/ou bispos estão mais preocupados com sua “carreira” política e com interesses pessoais, do que com a Igreja de Cristo. Aliás, talvez existam até alguns deles ateus, que usam da religião para seus meros e excusos interesses. Por isso a Igreja Católica é tão condenscendente com tudo que acontece de erro…ou você tem outra explicação.
Qualquer fato com o que há de mais ridículo com isso, nunca será mera semelhança.
É, mesmo, o fim do mundo. A igreja moderninha perdeu não so a vergonha, mas quiçá até o ES.
E ainda tem bispo como D. Walmor em BH, que havia contratado, pela arqudiocese, os $erviço$ do comuna apoiador de sanguinários para construir uma catedral, denominada Cristo Rei.
E pelo visto será mais uma dessas “catedrais” sem sentido, muito própria das formas sensuais de sua ridícula e ultrapassada arquitetura. É o fim do mundo!
Maranata!
O erro começou quando estes, o clero, sem duvida, mudaram a concecpção do que deveria ser um templo para gloria e adoração de Deus e o entenderam como um lugar encontro para celebração do homem, da humanismo. Por certo Niemeyer jamais teria projetado várias igrejas se estas fossem ainda no estilo gótico ou barroco; nem mesmo no neo classico. Para o clero modernista um padre que fez igrejas para um Deus que segundo ele nunca exitiu tambem teria direito a uma cerimônia que não passa de um evento social. Aliás, missa agora é em homenagem ao morto, não é mais pelo sufrágio de sua alma, com antes. Alguns chegam a dizer missa pela ressureição de fulano
.”de missa em homenagem ao arquiteto” desde quando missa é pra homegear um homem? Mesmo vivo? Missa é para Deus Pai. É culto de adoração e súplica para Deus por Cristo.
No dia em que a Igreja deixar de ser um espelho de duas faces (uma de entidade estado e outra de entidade religiosa), esse tipo de coisa deixa de acontecer, pois, enquanto ela mantiver essa dupla personalidade (estatal e religiosa), nenhum pedido de representante de qualquer entidade estatal poderá ser negado, ou, até, a própria Igreja poderá sentir-se na contingência de prestar essa homenagem em obediência ao protocolo social, em decorrência de sua outra face.
Além disso, acho esse tipo de colocação uma falta de consideração para com uma personalidade que fez projetos de igrejas como a Capela da Pampulha e a Catedral de Brasília, o que me faz indagar: Por que a “santa madre”, que aceitou projetos elaborados por um ateu de carteirinha, sem ônus para ela, iria negar-se a prestar uma homenagem a uma pessoa, que nunca tomou uma atitude contra ela, igreja? Ao contrário, até contribuiu para o seu engrandecimento, com os seus projetos…
Além disso, não devemos nos esquecer de que Deus não faz acepção de pessoas, conforme Pedro diz em Atos 10,34-35: “34. Então Pedro tomou a palavra e disse: Em verdade, reconheço que Deus não faz distinção de pessoas, 35. mas em toda nação lhe é agradável aquele que o temer e fizer o que é justo.”
Será que essa atitude tomada pelo escalão superior da Igreja reduziu, ou, ao contrário, elevou seu conceito, ao tomar uma atitude tipicamente cristã?
Será que esse site não está querendo ser mais realista do que o rei?
Abraços. Frazão
A transcrição sobre a declaração da neta do arquiteto, contida no comentário feito pelo Wilson Ramiro, demonstra, claramente, a tolerância do ateu Niemeyer, em relação às convicções religiosas dos outros, mais do que aqueles religiosos que se dizem cristãos, em relação às convicções dos outros, a ponto de mandar celebrar missas pelos seus amigos falecidos.
E depois, quando alguém ataca algum ponto fraco do catolicismo, a primeira coisa que se alega em sua defesa é a liberdade de crença. Mas que convicção sobre a liberdade de crença é essa, que não aceita que os outros não tenham convicção religiosa?…
Abraços. Frazão
Caro Fábio.
Oxalá, todos, cristãos ou não, tivessem o senso de irmandade e de solidariedade que têm os mações; esse mundo seria bem melhor, independentemente de credo religioso…
Abraços. Frazão
Frazão, a questão principal não é a idoneidade e fraternidade dos maçons. Mas sim sua ideologia espiritual e convicção religiosa que passa a passos largos do catolicismo. O catolicismo defende que só uma fé é verdadeira, a fé ensinada pela Igreja Católica Apostólica Romana: isso necessariamente leva a conclusão lógica de que, se apenas uma religião é verdadeira, as outras necessariamente não são -> são falsas, apesar de conterem sementes de verdade (na medida em que concordam com a Igreja Católica Apostólica Romana). A maçonaria defende o oposto, defende que todas as religiões podem ser boas e que todas foram criadas pelo homem, não importando portanto se o fiel é budista, islã, católico, espírita dentre outros. Por mais que as religiões em sua maioria preguem o amor ao próximo, isso não faz delas religiões de igual valor para Deus (apenas para a lei civil, essa sim dos homens). Isso é um erro terrível, porque a filantropia e a atenção com o próximo em si, só tem valor se tiver como fim último dar glória à Deus. Por isso o ateu não tem salvação caso não se arrependa até seu último momento de vida (doutrina da Igreja), independente de suas obras. Uma doutrina ou seita que prega o contrário, deve ser condenada pela Igreja -> e assim acerta corretamente à Igreja Católica, que diz que um católico filiado à maçonaria não pode se aproximar da comunhão estando em PECADO GRAVE. No caso desse blog e essa propaganda, acredito que seja um banner de propaganda genérico da estrutura do site que o Jorge usa, não mostrando portanto sua vontade de divulgar a maçonaria (o que seria lamentável).
Caro Fabio.
Você esquece que a maior lição dada por Jesus foi mostrar que, para efeitos de agradar a Deus, o amor ao próximo é o que interessa? E que Ele citou como exemplo justamente a atitude de um samaritano, considerado pelos judeus como um povo sem religião? Se religião, para Jesus, tivesse o valor que atualmente se pretende dar, será que Ele teria mandado um “doutor da lei” proceder da mesma maneira que procedeu o samaritano?
E mais: se aparecer um líder católico apoiando movimentos de solidariedade, sem fazer distinção de credo religioso, elogiando, por exemplo, o trabalho assistencial da entidade chamada A Cidade da Luz, dirigida por José Medrado, que é espírita, será que esse líder católico não irá ser considerado uma pessoa que está “se desviando do caminho de Deus”, para não dizer que ele está pretendendo abandonar “a verdadeira religião de Deus”?
Veja, meu caro Fábio, que não é só a fé que salva; se assim fosse, Jesus não teria dado o exemplo do samaritano e mandado o “doutor da lei” fazer o mesmo…
Quanto ao fato de não se pretender divulgar a Maçonaria, mas aceitar essa divulgação se for “um banner de propaganda genérico da estrutura do site que o Jorge usa,…”, esclareço que, se a fé católica decorrer de convicção, e for do tamanho que vocês alardeiam, desliguem-se desse site e esperem aparecer outro, pois Deus proverá o aparecimento de um site que não tenha “banner de propaganda genérico”, na sua estrutura.
Aí, poderemos pensar na salvação decorrente de um simples ato de fé.
Abraços. Frazão
Apenas para esclarecimentos, não havia “divulgação genérica de maçonaria” nenhuma por aqui. O que apareceu foi uma propaganda de uma livraria que estava oferecendo um livro sobre a maçonaria.
Mas como a chamada estava estranha e eu não tenho interesse em divulgar livros sobre a Maçonaria (a menos que fosse para refutá-la, o que não era o caso), eu já bloqueei aquela propaganda.
– Jorge
O Bom Samaritano.
Jesus escolheu algo execrável, um samaritano, que fazendo o bem é melhor que um sacerdote indiferente. Cristo de forma proposital escolheu algo que embora muito ruim, pode mesmo assim ser melhor que um sacerdote que não segue sua Religião de forma correta, veja o quanto a religião é importante para Cristo!
Cristo não veio abolir a lei, mas confirmá-la.
Caro Wilson Ramiro.
Será que a “santa madre” vai punir o sacerdote celebrante da missa, ou vai “deixar por isso mesmo” e só na existência de uma eventual crítica mais cáustica, que possa afetar a sua imagem perante a opinião pública, vai alegar que realizou a missa por um ato de caridade cristã?
E aí, aqueles católicos, que querem parecer mais católicos do que os que integram a hierarquia da Igreja, vão ter que “aceitar”, caladinhos, as suas “explicações”. E ainda vão ter que aguentar algumas possíveis gozações de outros, por terem pretendido ser “mais realistas do que o rei”…
Pense nisso, meu caro.
Abraços. Frazão
Caro Wilson Ramiro.
Raciocine só um pouquinho: se Jesus desse tanto valor à religião (fé) em detrimento das obras (atitude), não teria escolhido como exemplo a atitude de uma pessoa sem religião, como eram considerados os samaritanos, a ponto de ter mandado o “doutor da lei” fazer a mesma coisa que o samaritano fez, para herdar a vida eterna.
Abraços. Frazão
Será que algum deles atenderia esse pedido de Jesus, constante do link abaixo, ou agiria conforme o que lá está escrito?
Abraços. Frazão
http://www.facebook.com/photo.php?fbid=141172502698276&set=a.111188435696683.19951.111184855697041&type=1&relevant_count=1
1) Punir
Da mesma forma como dizia aos meus filhos, quando eram pequenos, “somente aplicaria uma punição a um filho meu se ele mesmo pedisse isto com muita insistência”, também assim age a Igreja.. No caso desta celebração cabe ao bispo questionar o celebrante e decidir o que fazer. A igreja sempre se preocupa com qualquer ato que possa vir a escandalizar as pessoas mais simples. Em casos mais agudos o Código de Direito Canônico é a referencia mais adequada.
Cristo NÃO disse seja como o samaritano e não tenha religião, Ele disse “use de misericórdia..” como até um samaritano faz. O samaritano, pessoa sem religião, foi a coisa pior que Cristo poderia ter usado como exemplo para um “doutor da lei”, para identificar o procedimento a ser seguido.
Qualquer pessoa que tenha religião tem que ser melhor, é uma consequência necessária para ser definido como religioso de verdade, que qualquer coisa sem religião. Simples, não? Ser misericordioso define o religioso, é preciso ser aquilo para se afirmar isto com sinceridade.
36Qual destes três parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?
37. Respondeu o doutor: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Então Jesus lhe disse: Vai, e faze tu o mesmo.(Lucas 10)
Caro Wilson Ramiro.
Mas quem disse que na passagem do samaritano Jesus disse para o “doutor da lei” ser igual ao samaritano?
Vou repetir o que eu escrevi no meu comentário ao Fábio:
“Você esquece que a maior lição dada por Jesus foi mostrar que, para efeitos de agradar a Deus, o amor ao próximo é o que interessa? E que Ele citou como exemplo justamente a atitude de um samaritano, considerado pelos judeus como um povo sem religião? Se religião, para Jesus, tivesse o valor que atualmente se pretende dar, será que Ele teria mandado um “doutor da lei” proceder da mesma maneira que procedeu o samaritano?”.
Veja, mau caro Wilson, que eu não escrevi que Jesus tenha dito para o “doutor da lei” ser igual ao samaritano, mas, sim, que o “doutor da lei” procedesse da mesma maneira que procedeu o samaritano; ou você não sabe o significado de proceder?
Para evitar qualquer dúvida vou transcrever o que diz o Dicionário Aulete, constante do Portal UOL:
“(pro.ce.der) v. 1. Agir, fazer (de determinada maneira). [int. : Como proceder para adotar uma criança?: Se procederes bem, irás à excursão.]
Portanto, meu caro, não venha deturpar o que foi dito, visando dar uma conotação diversa do que eu disse, pois isso é falsear a verdade, coisa que não foca muito bem para uma pessoa que se diz cristã, mas que não cumpre o que Jesus manda fazer em Mateus 5,37: “37. Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno.”
Abraços. Frazão
“Se religião, para Jesus, tivesse o valor que atualmente se pretende dar,”
– – – Do que estamos falando, que valor se pretende dar hoje em dia, que religião( ligação com Deus) não tivesse desde sempre?
Atualmente, cristianismo e sociedade, sabes qual é a posição da Igreja?
Pergunta — A discrepância entre a fé e a sociedade provém, provavelmente , também do fato de a sociedade, hoje, procurar analisar a plausibilidade da Igreja, da história da Igreja e da doutrina da Igreja. Mas será que este ponto de partida é completamente errado?
Resposta– Não está errado, quando se tenta encontrar certa compreensão da fé. É, desde o início, uma parte do anúncio cristão. A fé só pôde penetrar no mundo graças ao trabalho missionário, porque era algo que se podia compreender e que parecia ser claro às pessoas. São Paulo pôde falar nas sinagogas não só com os judeus, mas também com os chamados tementes a Deus, que dizer, com os pagãos que tinham reconhecido o verdadeiro Deus no monoteísmo de Israel. Fez com que compreendessem, ao argumentar que só com Cristo é que o judaísmo e o paganismo monoteísta, influenciado pelo judaísmo, chegavam a seu desenvolvimento pleno. Nesse sentido, o esforço do cristianismo em se tornar uma resposta compreensível é até essencial. Mas caso se entenda o conceito de plausibilidade num sentido estreito, ao ponto de só aceitar no cristianismo o que se amolda aos nossos hábitos de vida momentâneos, então banalizamos o cristianismo, e é precisamente nessa altura que nós não valemos nada.
(O Sal da Terra, Ratzinger)
Frazão,
Acredito que não há a necessidade de debatermos sobre um tema que, deveria ser claro para todos os cristãos em geral: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, é o maior mandamento de todos. Não apenas amar o próximo, mas amar a Deus. Um homem que ama as pessoas na Terra mas não crê na existência de Deus, não cumpre portanto o maior dos mandamentos. Ajudar o próximo tem valor quando se enxerga no próximo a semelhança de Deus.
Muitas religiões ajudam o próximo, e por isso devemos ver o mérito dessas religiões também (nesse sentido), que de acordo com o próprio Conc. Vaticano II, ajudam a edificar o Reino de Deus na medida em que ajudam na construção de um mundo melhor, menos violento, mais caridoso, dentre outros.
Contudo, não podemos nos esquecer, que seguir os passos de Jesus não consiste apenas em ajudar o próximo. Consiste também em observar seus preceitos morais, crer na Igreja que Ele mesmo fundou, consiste em crer na Ressurreição (e assumir como mentira a reencarnação), consiste em crer na Trindade Santíssima (Pai, Filho e Espírito Santo), consiste em crer em Maria, como mãe e Senhora Nossa, e assim por diante.
Não estou dizendo que quem não crê já está condenado. Estou dizendo que, aquele que está dentro da Igreja tem a obrigação de seguir a Deus com todo seu coração e ENTENDIMENTO. Temos a obrigação de buscar saber a verdade de Deus, aquilo que Deus quer pra nós como norma de conduta e de vida. E Ele nos fala isso através de sua Igreja, Santa, Católica e Apostólica.
Portanto, quem crê e não segue, porque talvez ache que tem mais discernimento e razão do que a Igreja de Cristo que tem mais de 2 mil anos de existência, guiada pelo Espírito Santo, esse sim está no caminho da perdição.
Por crer nas verdades da Igreja, sei que não posso me filiar à maçonaria, tampouco frequentar templos espíritas e/ou de outras religiões que contradizem a minha fé em vários pontos. Ajudar o próximo é um bem que quase todas as religiões fazem, mas as verdades de fé são essenciais à salvaçaõ. Não fosse assim não precisariamos ser batizados, receber a Eucaristia, etc -> seria só fazer o bem aos outros e ponto final.
Me despeço aqui, sem mais. Forte abraço, fique com Deus.
Caro Wilson Ramiro.
Teu comentário de 13/12/2012 at 11:41.
Gostaria de saber em que sentido você aplicou a frase “Atualmente, cristianismo e sociedade, sabes qual é a posição da Igreja?”, pois, da forma como ela está, fica difícil saber o que você quis dizer com ela; a não ser que eu ainda não tenha atingido o grau de evolução religiosa para entender seu significado.
Quanto à tua colocação sobre “A discrepância entre a fé e a sociedade provém, provavelmente , também do fato de a sociedade, hoje, procurar analisar a plausibilidade da Igreja, da história da Igreja e da doutrina da Igreja. Mas será que este ponto de partida é completamente errado?”, talvez pelo mesmo motivo de não ter atingido o grau de evolução religiosa, esclareço que, também, não consegui entendê-la.
Consequentemente, não posso concluir nada sobre o que você escreveu como resposta, abordando o aspecto fé, principalmente em virtude de você falar em cristianismo, quando você pertence à Igreja Católica, que é um dos ramos do cristianismo, a exemplo dos vários seguimentos protestantes; e não me venha com a estória de que o catolicismo é mais antigo como religião, pois o Judaísmo é mais antigo do que a tua, e que é a religião mais antiga do que hoje se considera mundo ocidental, cujo Deus todas as religiões cristãs adotaram. Logo, meu caro, antiguidade por antiguidade, o judaísmo ganha do catolicismo, de onde este se originou, já que Jesus nasceu, viveu e morreu professando a fé judaica; tanto assim que ele disse que não veio abolir a lei e os profetas, mas, sim, fazê-los cumprir. (Mt 5,17)
Agora, quanto a você vir com essa de paganismo monoteísta, influenciado pelo judaísmo, eu vou utilizar uma expressão que ouvi em um programa da TV Diário do Ceará, em que uma entrevistada deu uma resposta que não tinha nada a ver com a pergunta feita, e a entrevistadora pediu a opinião de outra das entrevistadas e esta apenas disse: transcende a subjetividade; o mesmo digo eu, com relação a essa tua colocação, já que o meu questionamento se refere ao exemplo dado por Jesus com base na atitude do samaritano, tendo Jesus mandado o “doutor da lei” fazer a mesma coisa que fez o samaritano, para que o “doutor da lei” pudesse herdar a vida eterna.
Como se vê, meu caro, você não está respondendo coisa com coisa, como se diz no popular, motivo pelo qual continuo aguardando teu comentário.
Abraços. Frazão
Caro Fábio.
Igualmente para você.
Frazão
Frazão,
A Tv Diário é daqui da minha terrinha….”transcende a subejetividade”…..kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…até já imagino quem seja…
Caro Álvaro.
Como não sei quem és?!
Até já usei essa expressão em um comentário a um teu, em uma situação semelhante a essa, lá em “Os dogmas sem sentido do Espiritismo” que, por sinal, está parado em 29/09/2012 at 16:50, restando sem respostas dois comentários meus a ti dirigidos em 05/06/2012 at 22:48 e 05/06/2012 at 23:33, sendo que no meu de 05/06/2012 at 22:48 fiz cobrança de resposta a dois outros de 02/02/2012 at 17:14 e 02/02/2012 at 17:19.
Continuo aguardando…
Abraços. Frazão
Frazão, qual é o seu conceito de amor Cristão?Só pode ser o superficial. Na minha próxima intervenção, vou me aprofundar na questão.