Sinais da decadência

Recebi uma notícia “bombástica” este final de semana, cuja manchete dizia: “Sandy defende casamento homossexual, aborto e se diz contrária ao celibato”. O estopim de tudo isso foi uma entrevista que a garota deu recentemente ao jornal “O GLOBO”, onde ela revela as suas posições “polêmicas”.

Numa lista de internet da qual participo, alguém – comentando o fato – citou um livro do Mario Ferreira dos Santos. De acordo com o filósofo, estamos diante de um sinal da decadência de um povo quando este passa a dar ouvidos a artistas e atletas. E talvez o mais constrangedor aqui seja o fato de que nem precisaríamos ser filósofos de reconhecida envergadura intelectual para constatarmos esta verdade elementar.

Afinal de contas, quem é a Sandy? Lembro-me dela cantando “Maria Chiquinha” quando eu era criança; depois lembro-me da repercussão que houve quando ela declarou ser ainda virgem. Depois (um dia desses, aliás) foi a vez dela fazer um comentário embaraçoso sobre sodomia e prazer (!) e, agora, a sua língua rotatória se volta contra valores caros à Igreja Católica.

Tudo aqui é vergonhoso: desde a imprensa que se prostitui para produzir uma pauta com semelhante [ausência de] conteúdo, até a garota que se acha gabaritada para papagaiar em público suas opiniões levianas sobre estes temas morais e chegando até às pessoas que lerão esta notícia e levarão a sério as declarações clichês da Sandy, tomando-a talvez – de alguma maneira – por formadora de opinião.

Eu não vou nem comentar o absurdo que é a Sandy abrir a boca para se dizer “contra o celibato”, como se o celibato tivesse ainda que remotamente alguma coisa a ver com ela ou como se as pessoas tivessem o direito de ser “contra” as escolhas de vida dos outros e que não lhes dizem respeito. Mas vou deixar registrada a estupidez proferida com relação ao aborto, que se encontra na entrevista já citada:

ABORTO: “Aborto, sob o ponto de vista jurídico, é crime. Eu defendo a descriminalização, principalmente quando a gravidez representar risco para a mulher ou para o bebê.”

Entenderam? Matar um bebê é crime, mas ela defende que isso possa ser feito quando a gravidez representar risco para o bebê! Ou seja, se o bebê estiver em risco, a brilhante “solução” proposta pela ex-intérprete de Maria Chiquinha é matá-lo, certamente porque o risco cessa quando se realiza e uma vez que o bebê já esteja morto não estará mais em risco (!) e todos estarão felizes e satisfeitos! Este raciocínio faz sentido para alguém? No entanto, é exatamente este relincho que ganha destaque na grande mídia. É para repetir esta espécie de chavões que a Sandy aparvoa-se toda, sem perceber o papelão que está fazendo.

Dar ouvidos a este tipo de “opiniões” é um sinal de decadência; mas claro que é! E talvez seja um sinal de decadência ainda maior que um filósofo precise sentenciar o óbvio ululante e, mesmo assim, seja para todos os efeitos tratado como uma voz esgoelando-se no deserto. Mesmo assim, todos continuam agindo como se ninguém tivesse dito nada.

Cartada de mestre

[Trecho da narrativa do Edson de Oliveira sobre a manifestação pró-vida ocorrida na última semana em São Paulo, à qual o blogueiro esteve presente. Genial! Uma cartada de mestre realmente, e bastante significativa: os inimigos da humanidade não estão dispostos a assumirem corajosa e pacificamente a sua posição. Tudo o que eles querem é tumultuar; na hora em que são forçados à exposição pública e serena de seus pontos de vista, põem o rabo entre as pernas e saem de fininho.]

Mas o que eu gostaria de destacar é a cartada de mestre contra um minúsculo grupo de feministas qye portavam um cartaz blasfemo (“Tirem os rosários de nossos ovários”) e que tentaram tumultuar a manifestação. Em certo momento, começou uma discussão entre elas e alguns participantes do evento. Quando a coisa começou a esquentar – o que só poderia favorecer as feministas que se ressaltariam, apesar de seu número insignificante -, um jovem que estava falando no microfone teve uma ideia brilhante:

20120325-102838.jpg

“Vamos todos nos ajoelhar agora, aqui na praça, e vamos rezar uma Ave-Maria. Só fica de pé quem for favorável ao aborto”. Todos obedeceram e, no meio de tudo, as cinco feministas ganharam o destaque que tanto desejavam. Ficaram isoladas, em pé, entre de 100 pessoas ajoelhadas rezando. Mas parece que não era bem esse o destaque de almejavam. Pois em questão de 2 minutos se retiraram para um canto da manifestação onde permaneceram mais uns 15 minutos e depois deixaram o local.

Realmente, foi uma cartada de mestre.

“Princípios e Atitudes” – Dom Fernando Rifan

PRINCÍPIOS E ATITUDES

Dom Fernando Arêas Rifan*

Em meio a tantos pareceres equivocados e diante da possibilidade da reforma do Código Penal descriminalizar o aborto, começando pelos fetos portadores de anencefalia, e a eutanásia, recordamos os princípios da doutrina católica e do direito natural sobre o assunto: A vida humana é sagrada, – não porque as leis e decisões judiciais humanas o determinam, – mas porque desde a sua origem ela encerra a ação criadora de Deus e permanece para sempre numa relação especial com o Criador. Só Deus é o dono da vida, do começo ao fim; ninguém, em nenhuma circunstância, pode reivindicar para si o direito de destruir diretamente um ser humano inocente (cf. CIC 2258 – Donum vitae, 5).

A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção até o seu fim natural. Desde o primeiro momento da sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida (cf. CIC 2270 – Donum vitae, I,1). Esses direitos inalienáveis da pessoa devem ser reconhecidos e respeitados pela sociedade civil e pela autoridade política, não dependem nem dos indivíduos, nem dos pais, pertencem à natureza humana e são inerentes à pessoa em razão do ato criador do qual esta se origina (cf. CIC 2272 – Donum vitae, 3).

A criança anencélafa é uma pessoa viva. A sua reduzida expectativa de vida não limita seus direitos e sua dignidade. Por isso, o aborto direto provocado, quer dizer, querido como um fim ou como um meio, em qualquer circunstância, é gravemente contrário à lei moral, pois se trata de tirar diretamente a vida de um ser humano inocente, o que nada pode justificar (cf. CIC 2271). Desde o início, o nascituro é uma pessoa própria, cujo círculo de direitos ninguém deve violentar, nem o Estado, nem o médico, nem mesmo a mãe. Se uma pessoa já não está segura no seio de sua mãe, onde então estará ela ainda segura neste mundo? Proteger a vida inocente pertence às mais nobres tarefas do Estado; se ele se furtar a esta missão, destrói ele próprio os alicerces do Estado de direito (cf. Youcat, 384). Nem ele pode se sujeitar a pressões de quaisquer organismos internacionais. Isso seria contra a sua soberania e o seu dever.

Por isso também, a eutanásia direta, que consiste em pôr fim à vida de pessoas deficientes ou de moribundos, sejam quais forem os motivos e os meios, é moralmente inadmissível (cf. CIC 2277).

Tais princípios e atitudes deles decorrentes provêm não só da doutrina católica, mas do próprio direito natural, da lei natural que obriga a todos os homens, em razão da sua natureza. Assim sendo, exortamos aos católicos, aos nossos políticos e a todas as pessoas de boa vontade e de influência na sociedade que se manifestem aos ministros do Supremo Tribunal Federal em favor da vida e contra qualquer decisão que possa acarretar a liberação do aborto. Se acontecer o mal, não o será com a nossa colaboração ou por causa da nossa omissão.

* Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

Starbucks apóia “Casamento Gay”

No último mês de janeiro, a conhecida rede de cafeterias Starbucks anunciou o seu apoio entusiasmado a um projeto de lei que pretende legalizar o “casamento gay” em Washington. Segundo o The Seattle Times, a companhia vem engrossar uma vasta lista de outras empresas (incluindo, p.ex., a Microsoft e a NIKE) que têm a mesma política sobre esta mudança (verdadeiramente revolucionária) na legislação americana.

O Catholic Vote explica melhor a situação. Segundo ele, há este projeto de lei tramitando em Washington. A governadora, Christine Gregoire, católica, disse que assinaria a lei caso ela passasse pelas duas casas legislativas – o que parece que vai acontecer. Ainda segundo o blog:

Em outras palavras, eles [a Starbucks] aguardaram corajosamente até que a legislação se tornasse popular e tivesse os votos necessários para ser aprovada para então se jogarem na crista da onda [then jumped on the bandwagon]. É quase heróico.

A National Organization for Marriage lançou uma campanha contra a rede de cafeterias. “A Starbucks tomou, corporativamente, a decisão de dar apoio político à redefinição do casamento para toda a sociedade. Nós não vamos tolerar que uma companhia internacional tente impôr os seus valores desordenados aos cidadãos. A maior parte dos americanos – e praticamente todos os seus consumidores em alguns países nos quais a Starbucks está presente – acredita que o casamento é entre um homem e uma mulher. Eles não ficarão satisfeitos em saber que seu dinheiro está sendo utilizado para apoiar o casamento gay na sociedade”. A notícia de primeira mão está no site da NOM.

Drop Starbucks é uma campanha contra a rede de cafeterias, por ela ter anunciado apoio institucional ao "Casamento Gay"A campanha é a Dump Starbucks. “Tomando esta atitude, a Starbucks declarou uma guerra cultural a todas as pessoas de fé (e a milhões de outras) que acreditam que a instituição do casamento entre o homem e a mulher é algo que deve ser preservado. Uma parte [do dinheiro] de cada copo de café comprado na Starbucks em qualquer lugar do mundo vai financiar esta investida da companhia contra o casamento”.

A questão que se nos apresenta é complexa e já fora delineada no texto do Catholic Vote: consumir os produtos da rede de cafeteria contitui-se, então, cooperação [ao menos indireta ou remota] com o mal? Há o dever de evitá-lo, nem que seja apenas para evitar o escândalo?

Os princípios da moralidade (dos quais o ato humano tira a sua bondade ou maldade) são três, segundo Del Greco: o objeto, as circunstâncias e o fim. Parece-me claro que o objeto (o café) e o fim (satisfazer o paladar) são perfeitamente lícitos no caso em pauta; o problema, se houver, está nas circunstâncias. É a partir delas que é possível falar em colaboração (material, se houver, porque formal não é o caso – a menos que alguém passe a comprar na Starbucks precisamente por causa desta política da empresa de apoiar o “casamento gay”) próxima ou remota, direta ou indireta, etc.

Eu não sei a resposta a estas questões. O que sei é que é significativo que coisas como essa alcancem a grande mídia. O que acontece quando os interesses de grandes corporações chocam-se com os das pessoas que as mantêm? O que nós, enquanto católicos engajados na luta pela Família, podemos e devemos fazer em situações assim? A guerra cultural, antes travada em trincheiras e armadilhas, em conchavos e perfídias, às ocultas, agora se desenrola em campo aberto e à vista de todos. E isto, sem sombra de dúvidas, é um grande bem e uma vantagem para nós, que não temos nada a esconder. É já uma vitória.

Fotos da Manifestação contra o aborto em São Paulo

Publico as fotos da manifestação ocorrida ontem em São Paulo. Recebi-as de S. E. R. Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, junto com este texto publicado no seu blog. Faço coro ao pedido do senhor bispo: não tenhamos medo! O Brasil é de Jesus Cristo. Esta é a Terra de Santa Cruz.

“A mentira perdeu” – Dom Luiz Gonzaga Bergonzini

[Bela nota! O Wagner Moura me mandou a imagem por email no fim da tarde; e a transcrição eu encontrei depois no site de Dom Bergonzini. Sim, a mentira perdeu. Nós somos muitos, somos jovens, cheios de sonhos e de vontade de mudar o mundo. À nossa frente marcha Aquela Senhora Terrível como um exército em ordem de batalha; ao nosso redor, todos os santos e anjos de Deus. É Ele que nos sustenta e anima. Marchemos pois com confiança sob o estandarte do Crucificado. Nas fileiras do Senhor dos Exércitos. À vitória.]

Nota de Dom Bergonzini sobre a militância virtual católica

A MENTIRA PERDEU (Nota oficial)

Nas eleições de 2010, a candidata Dilma Vana Rousseff e sua coligação pediram a apreensão do documento “Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras” sob o argumento de infringir a lei eleitoral por debater o aborto. Também nos atribuíram a “mentira” de Dilma Vana Rousseff e o PT serem a favor da liberação do aborto. Provamos que o PT e Dilma Rousseff eram e continuam sendo a favor da liberação do aborto.

A Vice-Procuradora Geral Eleitoral, Dra. SANDRA CUREAU, encarregada do parecer sobre a apreensão dos impressos, assim se pronunciou: “Aliás, é natural e saudável que temas como esse sejam debatidos durante o período eleitoral, pois isso permite que os candidatos se posicionem, assumam compromissos, esclareçam suas idéias e pactuem com seus eleitores os termos de sua ação política. Em uma sociedade verdadeiramente democrática e plural, o período eleitoral deveria ser justamente o ápice desse tipo de discussão.”

O Tribunal Superior Eleitoral determinou a devolução dos “panfletos”, que podiam ser distribuídos e o serão durante nos próximos meses. Outros documentos novos poderão ser redigidos e impressos, assinados por nós, para serem distribuídos. A morte não pode vencer a vida.

Na época das eleições, e posteriormente, fomos acusados de criminoso por várias pessoas e veículos de comunicação. Hoje, estamos ajuizando açao de indenização por danos morais contra a entidade “Catolicas” pelo Direito de Decidir. Ordenamos aos advogados que busquem outros artigos ou matérias, passadas ou futuras, ofensivas à nossa honra e reputação, para que sejam ajuizadas novas ações. É hora de buscar a Justiça!

A mentira perdeu. A mentira nunca prevalecerá.  Hoje daremos o ABRAÇO DA VERDADE, no Forum João Mendes Júnior, da Justiça de São Paulo.  A data 21.03.2012 poderá ser o marco da mudança do Brasil, para o BRASIL DA VERDADE.  Queremos a CPI da VERDADE sobre o ABORTO, JÁ!

A partir de agora, o Cristianismo conta com um exército virtual de Blogueiros e Internautas da Verdade de Cristo, que mudarão o Brasil.

Jesus Cristo nos disse:

“O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (Jo 10,10)  “Eu sou o caminho a verdade e a vida.” (Jo 14,6)

Chegou o tempo do Brasil da Paz e do Bem, do Brasil da Verdade e da Vida, do Brasil de Jesus Cristo!

O Brasil dos Blogueiros e Internautas de Cristo!

São Paulo, 21 de março de 2012.

Dom Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo Emérito de Guarulhos
Jornalista MTb 123
www.domluizbergonzini.com.br

Convocação – Manifestação Pública contra o aborto dia 21/03

É amanhã! Certamente a maior parte dos meus leitores já o sabe – afinal, além de estar bombando nas redes sociais, o assunto ganhou destaque na “grande mídia alternativa” religiosa (ACIDigital) e secular (Reinaldo Azevedo) -, mas faço questão de fazer coro ao chamado de S. E. R. Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo emérito de Guarulhos: por uma “CPI da verdade sobre o aborto”!

O pedido está oficialmente publicado no site de Dom Bergonzini. A idéia é manifestar a insatisfação popular com as políticas assassinas que vêm sendo – há anos! – consistentemente adotadas pelos nossos poderes públicos. É cobrar por transparência, por verdade, por decência; é pedir para que os nossos governantes deixem de ser subservientes a interesses estrangeiros e passem a governar os brasileiros em conformidade com os valores do povo brasileiro. Que é – nunca é demais repetir – maciçamente contra o aborto.

Não se compreende por que uma ideologia assassina (generosamente financiada por fundações internacionais) deva prevalecer sobre os valores do povo do Brasil. Não obstante, é exatamente assim que as nossas autoridades têm nos governado: escamoteando os legítimos anseios dos brasileiros para promover uma agenda ideológica estrangeira. É sobre isto, afinal de contas, o pedido de Dom Bergonzini: pelo fim desta pouca-vergonha. Políticos brasileiros, parem de promover o aborto no país! Nós não o queremos. Não o aceitamos.

A foto acima é de uma edição do Jornal do Brasil que hoje completa 48 anos. É de 20 de março de 1964 e mostra a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu em São Paulo meio milhão de pessoas. Diante da mesma Catedral da Sé em cuja fronte, amanhã, nos reuniremos para protestar contra o aborto. A ocasião é por demais propícia, e o elemento motivacional é bastante forte. Não deixemos passar a oportunidade! Os dados da manifestação, conforme constam no site de D. Bergonzini, são os seguintes:

CONVOCAÇÃO – CPI da VERDADE sobre o ABORTO, JÁ!

CPI  da VERDADE  sobre o  ABORTO, JÁ

PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO PÚBLICA

Convocamos as crianças, os jovens, os adultos, os idosos, os CRISTÃOS, de todas as denominações,  os NÃO-CRISTÃOS, todos DEFENSORES DA VIDA para, no dia 21.03.2012, comparecerem e  participarem da MANIFESTAÇÃO – CPI DA VERDADE SOBRE O ABORTO, JÁ!

DATA:   21.03.2012

HORÁRIO DO INÍCIO: 12:30 horas

CONCENTRAÇÃO:  a partir das 11:00 h, na escadaria da CATEDRAL DA SÉ – SÃO PAULO

LOCAL da MANIFESTAÇÃO: em frente ao FORUM JOÃO MENDES, na Praça João Mendes, Centro, São Paulo

CAMISETAS: haverá distribuição de camisetas para os primeiros 500 participantes (dependendo da numeração)

LEVAR : APITOS, FAIXAS E CARTAZES:  ABORTO NUNCA MAIS – CPI DO ABORTO, JÁ – ABORTO NÃO – os grupos podem imprimir suas próprias camisetas

Quem não puder comparecer, pode se manifestar no dia por outras formas:

TWITTAÇO:  dia 21.03.2012  – a partir das 13h  – #abortonuncamais – @SenadoresBrasil – @CamaraDeputados – @AssembleiaSP

EMAILS:  dia 21.03.2012, a partir das 10:00 – enviar emails para a Câmara Federal e Senado (os nomes e emails dos parlamentares podem ser retirados nos portais da Câmara e do Senado)

TELEFONE:  telefonar a partir das 13:00 – Câmara – 0800.619.619 / Senado – (61) 3303-1211

Vamos lá! Cumpre defender o nosso país dos inimigos que o querem tomar de assalto; importa levantar a nossa voz em defesa daqueles que não podem se defender sozinhos. Uno-me particularmente à convocação do Wagner Moura: “Agora é pra valer: não queremos saber de clínicas, não queremos saber de venda de abortivos, muito menos sobre quem são as mulheres que abortam. Nós queremos abrir a caixinha das ONGs abortistas para termos, afinal, TRANSPARÊNCIA sobre o financiamento e sobre a informação que elas recebem da Ford Foundation, da McArhur e Rockefeller”.

Os que estiverem em São Paulo, diante da Catedral da Sé amanhã! Os que não estiverem, que se lancem sobre as redes sociais, os emails e os telefones. E todos, os presentes e os ausentes, não deixem de empunhar o terço amanhã por esta santa causa. Que São Miguel Arcanjo nos defenda neste combate, e que o Imaculado Coração de Maria livre o Brasil da maldição do aborto. Nossa Senhora Aparecida, salvai o Brasil!

“Embrião humano é pessoa, sim senhor” – Ogeni Luiz Dal Cin

[Reproduzo conforme recebi por email, pedindo ampla divulgação. O artigo traz boas verdades: “Ora, o suprassumo dos preconceitos é o preconceito daquele que se julga não ter preconceito. Como não admitem a defesa do direito à vida dos nascituros, do alto de sua prepotência, declaram que todos os demais são preconceituosos”. O auotr – o dr. Ogeni Luiz Dal Cin – é advogado (OAB-SP) e já escreveu outros textos sobre o mesmo assunto, como p.ex. “Raízes metafísicas do aborto” e “O aborto no paraíso terrestre”.]

EMBRIÃO HUMANO É PESSOA, SIM SENHOR.

 Ogeni Luiz Dal Cin*

Originalmente, no mundo antigo, pessoa significava a máscara do ator que representava uma personagem ou o papel do indivíduo nas representações sociais, sempre algo exterior. Aparência. Tanto num caso como noutro, pessoa era pura exterioridade, o que aparecia para os outros, ocultando a verdadeira subjetividade, o fundamento do ser.

Com o cristianismo, a pessoa passa a significar o próprio conteúdo substancial escondido atrás das aparências exteriores e das representações teatrais ou sociais do ser humano. É a essência substancial constitutiva do ser humano, a fonte da dignidade.

A mudança do conteúdo do conceito de pessoa deu-se em razão do esforço teológico cristão de chegar a compreender um pouco mais a respeito do Deus revelado: um só Deus em três Pessoas da mesma natureza. E como o homem foi criado “à imagem e semelhança” desse Deus, o conceito de pessoa passa a ser a chave definidora do ser humano também, através da filosofia antropológica. Ora, essa ‘imagem e semelhança’ está sob a máscara, não é a máscara; a máscara expressa, mas não esgota a absoluta dignidade constitutiva da ontologia subjetiva da pessoa humana. Ou seja, a pessoa humana transcende a todos os demais seres e não pode ser violada por nenhum poder humano, porque ela traz em sua substância uma constituição ontológica que não decorreu exclusivamente do humano ou da natureza, mas do Criador. Sem Deus não há como salvar o homem. Nossa Constituição foi promulgada ‘sob as bênçãos de Deus’, mantendo-se dentro da tradição personalista que plasmou nossa história.

Nesse sentido, pouco importam a exterioridade, as diferenças, as fases da vida, a idade, pois o que importa, antes de tudo, é que há uma pessoa, ser original que transcende o mero dado, fundamento ôntico da igualdade, cuja substância é de natureza racional, não querendo significar, com isso, que a racionalidade deva estar em ato o tempo todo e em todas as suas etapas de desenvolvimento. Desde que haja uma vida de natureza humana, não importa o grau de desenvolvimento em que se encontra, nem o grau de consciência própria, aí há uma pessoa humana portadora de uma dignidade absoluta, cujo dever do Estado é de zelar, defender, proteger e promover as condições de seu desenvolvimento. Naturalmente, então, o direito à vida estende-se da concepção até a morte natural, protegida pelo “não matarás” garantido pelo Estado. É antinatural aceitar que a régua do tempo ou o período de desenvolvimento da pessoa, independentemente dos nomes que lhes são dados, tornem-se critérios legais concedentes de poder absoluto ao Estado para reduzir ou aniquilar o direito à vida da pessoa humana.

O interesse de controlar o direito à vida da pessoa humana, ditado por interesses multinacionais, financiando a propaganda do aborto, subjugando a alma nacional, é prática de eugenia da natureza humana dos excluídos sociais porque visa, em concreto, por meio de clínicas abortivas, instaladas preferencialmente nas periferias das grandes cidades, a controlar a demografia dos pobres e dos negros, como declarou, nessa senda, a Deputada Fátima Pelaes. Mas os políticos alheios à defesa da soberania nacional nesta grave questão dos nascituros, não investigam a entrada do dinheiro destinado à promoção de crimes contra a natureza humana dos nascituros, nem se preocupam com a discriminação, que daí pode decorrer, em relação aos pobres e negros, cuja população subliminarmente passaria a ser melhor controlada. Será que preferem, ao invés, proteger interesses escusos? O que é que faz compensar tais omissões? Por que os políticos não querem discutir o problema com os seus eleitores, enganando-os depois? Por que aquela mídia preconceituosa em relação ao direito à vida dos nascituros parte da crença de que todo aquele que defende a vida da natureza humana desde a concepção, defende apenas uma ideia religiosa, sem respaldo na realidade, como se matar nascituros humanos não tivesse nada a ver com o direito à vida e como se a religião não fosse um fato natural do homem? Os promotores da morte dos nascituros e a preconceituosa mídia têm suas crenças centradas em que quem defende a vida dos nascituros são pessoas preconceituosas. Ora, o suprassumo dos preconceitos é o preconceito daquele que se julga não ter preconceito. Como não admitem a defesa do direito à vida dos nascituros, do alto de sua prepotência, declaram que todos os demais são preconceituosos. Não bastasse isso, por que falsificar dados para criar uma falsa justificativa para matar os nascituros humanos? Mas igual decreto de morte não pode ser aplicado a alguns animais irracionais (criminalização da destruição de ovos de tartaruga). Ou seja: nenhum nascituro humano teria o direito à vida, enquanto alguns animais o teriam garantido pelo Estado, com a força da lei. Colocam-nos abaixo dos animais em valor e dignidade. Bem, até o direito de mentir para melhor promover o aborto é mais importante que o direito à vida dos nascituros! Por que romper a multissecular história da pessoa humana fundadora da cultura ocidental para justificar uma escusa prática de eugenia dos excluídos sociais? Ora, se as pesquisas atestam que mais de 70% dos brasileiros são francamente contra o aborto, por que, mesmo assim, uma pequena minoria, sem legitimidade popular, a serviço de interesses internacionais escusos tudo fazem para introduzir o aborto? Por que temem tanto uma CPI do aborto? Por que não revelam suas razões de fato, não as aparentes? A verdade sempre estará do lado da vida, a mentira do lado da morte.

Logicamente, quem condena o nazismo, não pode justificar o direito de matar nascituros humanos, renovação do holocausto. E, paradoxalmente, “todos os que são a favor do aborto já nasceram”.

O embrião humano é uma pessoa humana, sim senhor. Não é o Estado que faz a pessoa humana; a pessoa humana inicia-se na concepção. Fora dessa perspectiva antropológica personalista, o Estado torna-se um ditador, um senhor prepotente da pessoa humana e dos seus direitos. E, sem o primado da pessoa humana, todos os demais direitos passam a depender da vontade volúvel que se instala no exercício do Poder político.

* O autor é advogado e filósofo. Foi membro da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB/SP.

Autorizada ampla divulgação, respeitados o texto e o nome do autor.

A hipocrisia da mídia americana: dois pesos e duas medidas do New York Times

[Tradução do texto do Bill Donohue cujo original pode ser encontrado aqui. É sobre a hipocrisia do The New York Times, que publicou recentemente um anúncio muçulmano anti-católico [p.s.: encomendado por um grupo ateu] mas se recusou a publicar um anúncio idêntico que se dirigia contra os muçulmanos. O anúncio original na íntegra pode ser encontrado aqui. Sobre o assunto, vale a pena ler também o Reinaldo Azevedo.]

The New York Times se curva aos muçulmanos

Anúncio anti-católico publicado pelo The New York Times

O presidente da Catholic League, Bill Donohue, comentou [o assunto] conforme segue:

No dia 9 de março, o New York Times publicou um perverso [viciously] anúncio anti-católico encomendado pelo grupo ateísta radical Freedom From Religion Foundation (FFRF); para lê-lo, e a nossa réplica a ele, clique aqui. Em resposta, a ativista anti-islâmica Pamela Geller resolveu submeter um anúncio para o Times que imitava [that played off] o da FFRF [apenas] trocando as palavras, a fim de fazê-lo parecer um ataque ao Islam. Por exemplo, ela pedia aos muçulmanos para abandonar sua religião porque ela oprimia muitas pessoas.

Neil Munro do The Daily Caller escreveu hoje um esplêndido artigo sobre a corajosa jogada [gambit] de Geller [clique aqui para lê-lo]. Ela foi rejeitada [turned down] pelo Times. O artigo foi recusado, eles disseram, porque “os efeitos colaterais [the fallout] de publicar este anúncio agora poderiam colocar as tropas e/ou os civis americanos da região [do Afeganistão] em perigo”.

A razão do Times para negar o anúncio de Geller é prudente [is sound]: como um veterano, eu me oponho a colocar, desnecessariamente, nossas forças armadas em perigo. Mas eu imagino por que é necessário o medo para impedir o New York Times de veicular anúncios fanáticos. A ética não seria suficiente? Ela certamente não foi, quando eles decidiram publicar o anúncio da FFRP que agredia os sentimentos [religiosos] dos católicos [assaulting Catholic sensibilities].

Seria errado nos limitarmos ao Times. Precisamos de uma ampla discussão nacional sobre a forma como a grande mídia [elite media] está conferindo uma posição privilegiada para alguns setores da sociedade, enquanto falha em fornecer a mesma proteção para outros setores.