Alguém denuncia: o Papa Francisco I dá uma mãozinha à teologia da libertação (marxista). Nesta fonte, leio que «[o] Papa Francisco I prepara-se, assim, com Óscar Romero, para canonizar a teologia da libertação (marxista); e só lhe fica bem porque demonstra a sua coerência». Perturbador, não?
Nem tanto. Sobre os outros dois nomes citados no texto eu não sei dizer nada. Mas de D. Romero eu posso falar sim: ao que me conste, viveu como devoto filho da Igreja, como se depreende das fontes primárias das quais dispomos. Da carta que consta nesse link, enviada ao Papa em favor de S. Josemaría Escrivá (durma-se com um barulho desse: acusam de ser da Teologia da Libertação um bispo que se rasga de elogios ao Opus Dei!), destaco só duas passagens, curtas mas bem representativas do senso de prioridades do falecido bispo de San Salvador (grifos do original):
Conheço faz muito tempo o trabalho do Opus Dei aqui em El Salvador, e posso testemunhar o sentido sobrenatural que o anima e a fidelidade ao magistério eclesiástico, que caracteriza este trabalho.
[…]
Neste mundo tempestuoso, invadido por insegurança e dúvida, a excelente fidelidade doutrinária que caracteriza o Opus Dei é um sinal da graça especial de Deus.
Parece-me evidente, assim, que a canonização de um homem desses não pode jamais ser vista como uma chancela à Teologia da Libertação de cunho marxista, já incontáveis vezes condenada pela Igreja Católica. Ressuscitar este cadáver já putrefato, como já expliquei aqui, seria claramente retroceder os ponteiros do relógio da História – coisa que o Papa Francisco já deixou bem claro que não gosta de fazer.
Jorge, inclusive, historiadores de renome, como Ricardo de La Cierva (Las Puertas del Inferno e La Hoz y la Cruz) e Robert Royal (Os Mártires Católicos do Século XX) desfazem o mito de que Oscar Romero pertencia a Teologia da Libertação. Sua diocese foi atacada pela Teologia da Libertação e Dom Oscar Romero foi instrumentalizado pelo movimento após seu assassinato. Em vida, por algum tempo, tentaram ludibriá-lo, até que Roma o chamou para que “abrisse os olhos”. Era de mentalidade conservadora.
Um grande abraço,
Daniel.
Parece que há uma espécie de expressão matemática que muitos católicos utilizam (alguns de boa-fé, outros, nem tanto) para classificar algum sacerdote como expoente da Teologia da Libertação:
TL = defesa dos pobres + denúncia do autoritarismo + sangue latino
Pelo visto, o pensamento materialista já impregnou tanto os fiéis da Igreja que mesmo alguns dos mais próximos da ortodoxia foram contaminados.
Tudo que li leva-me a crer que D. Oscar não fosse da linha marxista da TL.
Mas quer D. Oscar fosse ou não TL, o fato óbvio é que sua canonização dará um impulso à ala esquerda da Igreja.
Tal como a condenação da Ação Francesa por Pio XI e o “ralliement” de Leão XIII, a canonização de D. Oscar será a coisa certa na hora errada.
O assassinato de D. Romero desencadeou a sangrenta guerra civil em El Salvador.
gente ele apenas desbloqueou o processo. nao significa que va beatificar. mas há que salientar que FRANCISCO ira canonizar – isso já é um fato certo – JOÃO PAULO II. QUANTO A BERGOGLIO, hoje PAPA, acho que realmente não é da teologia da libertação, porem, acho que esta sendo influenciado por dois cardeais que são da teologia da libertação, um deles é DOM CLAUDIO HUMMES, e outro o de HONDURAS. tanto que colocou o ultimo como presidente do conselho que vai reformar a curia. ISTO NÃO É BOM, DOIS CARDEAIS QUE NÃO SÃO DE TANTA ORAÇÃO ASSIM. MAS ENTREGUEMOS NAS MÃOS DE DEUS.