Salve, ó Rainha assunta aos Céus!

Se temos dificuldades em perceber os efeitos maléficos do pecado na nossa vida, que o dia de hoje sirva ao menos para deles fornecer-nos um vislumbre. Hoje é o fim terrestre d’Aquela com quem jamais teve parte o pecado; o Seu último ato neste mundo, antes de ser elevada à glória de Deus, foi precisamente a Sua maravilhosa Assunção.

Corpo e Alma elevados a Deus! Se é verdade que temos naturalmente que morrer, não é verdade que a corrupção do túmulo nos estava originalmente assinalada. Sim, a nossa peregrinação terrestre sempre esteve fadada a terminar um dia; mas entre terminá-la na podridão do túmulo ou na glória da Assunção, que diferença gigantesca! Eis aí para que nos serve o pecado: para nos prender à terra quando deveríamos voar para Deus. Eis o salário do pecado, eis o aguilhão da Morte, descortinados à nossa frente n’Aquela que não os sofreu. Se é na doença que se percebe o valor da saúde, é contemplando a Assunção que percebemos com todo o horror a chaga causada em nós pelo pecado.

Salve, ó Virgem Gloriosa, Rainha assunta aos Céus! Salve, esplendor da Criação. Salve, glória da nossa humanidade. Rogai por nós a Deus; para que não nos acostumemos jamais com a miséria do pecado. Para que não desistamos jamais de lutar por uma parcela daquilo que hoje refulge em Vós.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

Um comentário em “Salve, ó Rainha assunta aos Céus!”

  1. PORQUE A SS VIRGEM MARIA É BEM AVENTURADA!
    Há relatos que os apóstolos e discípulos assistiram à morte, melhor seria passagem de Maria, entre os citados estavam S. Dionísio Aeropagita, discípulo de São Paulo e primeiro Bispo de Paris, sendo atribuídos os relatos desses fatos aos antigos padres da Igreja, “que narram que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite anterior ao desenlace da Virgem Maria” e que “Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé pedindo para ver o corpo de Nossa Senhora.
    Porém, retirada a pedra do túmulo, o corpo não mais ali se encontrava: Nossa Senhora fora ressuscitada ao terceiro dia, coincidindo em tempo com o Cristo ressurreto ao terceiro dia: os anjos retiraram o seu Corpo Imaculado e o transportaram para o Céu. Esse mistério foi relatado no Concílio de Calcedônia em 451 – em Bitínia, daí gerando toda a tradição que culminou em proclamação do dogma da Assunção da SS Virgem Maria aos Céus, uma unanimidade da Igreja desde seus primórdios, e agora oficialmente formalizado.

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