Foram hoje pela manhã anunciados os nomes dos novos cardeais – dezenove, ao total – que serão criados pelo Papa Francisco no próximo consistório, marcado para o mês que vem (fevereiro). É o primeiro consistório do Papa Francisco. Os nomes dos que receberão a púrpura cardinalícia são os seguintes:
16 cardeais eleitores:
1 – Dom Pietro Parolin, Secretário de Estado.
2 – Dom Lorenzo Baldisseri, Secretário Geral do Sínodo dos Bispos.
3 – Dom Gerhard Ludwig Muller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
4 – Dom Beniamino Stella, Prefeito da Congregação per o Clero.
5 – Dom Vincent Nichols, Arcebispo de Westminster (Grã Bretanha).
6 – Dom Leopoldo José Brenes Solórzano, Arcebispo de Manágua (Nicarágua).
7 – Dom Gérald Cyprien Lacroix, Arcebispo de Québec (Canadá).
8 – Dom Jean-Pierre Kutwa, Arcebispo de Abidjã (Costa do Marfim).
9 – Dom Orani João Tempesta, O.Cist., Arcebispo do Rio de Janeiro (Brasil).
10 – Dom Gualtiero Bassetti, Arcebispo de Perúgia-Città della Pieve (Itália).
11 – Dom Mario Aurelio Poli, Arcebispo de Buenos Aires (Argentina).
12 – Dom Andrew Yeom Soo jung, Arcebispo de Seoul (Coreia).
13 – Dom Ricardo Ezzati Andrello, S.D.B., Arcebispo de Santiago do Chile (Chile).
14 – Dom Philippe Nakellentuba Ouédraogo, Arcebispo de Ouagadougou (Burquina Faso).
15 – Dom Orlando B. Quevedo, O.M.I., Arcebispo de Cotabato (Filipinas).
16 – Dom Chibly Langlois, Bispo de Les Cayes (Haiti).
3 cardeais não-eleitores (mais de 80 anos):
1 – Dom Loris Francesco Capovilla, Arcebispo emérito de Mesembria.
2 – Dom Fernando Sebastián Aguilar, C.M.F., Arcebispo emérito de Pamplona.
3 – Dom Kelvin Edward Felix, Arcebispo emerito de Castries.
Na minha vaticana ignorância, achei que os nomes estão dentro do que se devia esperar. D. Parolin é o novo Secretário de Estado; D. Müller e D. Stella, são prefeitos de importantes dicastérios romanos. D. Baldisseri foi criado cardeal à moda antiga, logo após o conclave que elegeu o Papa Francisco. O Rio de Janeiro sempre teve cardeais e, portanto, o nome de D. Orani não é nenhuma surpresa. Não conheço os outros nomes, mas eles estão bem espalhados pelos cinco continentes, sendo muitos de Sés Primaciais.
Talvez alguns tenham estranhado a ausência do nome do Primaz do Brasil, D. Murilo Krieger, Arcebispo de São Salvador da Bahia. Bom, sabe-se que há uma lei canônica não-escrita de que uma mesma Sé não tem dois cardeais-eleitores. O Card. Geraldo Majella só muito recentemente (no dia 19 de outubro p.p.) deixou de ser cardeal-eleitor, e – penso eu – essa lista já estava pronta três meses atrás. D. Krieger, assim, provavelmente receberá a púrpura cardinalícia num próximo consistório.
Quanto ao mérito dos novos Príncipes da Igreja… como disse, infelizmente não conheço a maior parte deles. D. Müller e D. Baldisseri, preciso dizer, deixam-me assaz desconfortável; mas, entre todos, esses dois nomes não são nenhuma surpresa, pelas razões já acima expostas. Agora é rezar para que os por mim desconhecidos superem estes contra os quais ao menos algumas objeções se poderiam levantar. E também – por que não? – para que o barrete vermelho faça milagres, e chame estes homens à responsabilidade que doravante lhes cabe. Que o Espírito Santo os faça santos cardeais. Que eles verdadeiramente sirvam – até ao sangue, se necessário, como simboliza o vermelho que passarão a ostentar – ao crescimento da Fé Cristã, à liberdade e extensão da Santa Igreja Católica Romana.
Na verdade, a ausência dos Patriarcas de Veneza e Lisboa me surpreende :P
Eu não disse que Bergoglio já está a começar a aprontar das suas!
Jorge, esses cardeais são pra lá de modernistas: Tipico da mentalidade revolucionária de Bergoglio.
Católicos conservadores populares, como vocês irão se arrepender em apoiar Bergoglio e em chamá-lo de Papa!
Amigo Jorge,
Analisa esta matéria, e perceba como a imprensa escreve as matérias:
http://www.estadao.com.br/noticias/vida,em-aceno-a-conservadores-papa-diz-que-aborto-e-horrivel,1117895,0.htm
Amigo Jorge,
Sendo um pouco mais didático, claro, quais “objeções” seriam essas? Eu não acompanhei relatos anteriores aqui do blog a respeito.
“D. Müller e D. Baldisseri, preciso dizer, deixam-me assaz desconfortável; mas, entre todos, esses dois nomes não são nenhuma surpresa, pelas razões já acima expostas.”
Tem como detalhá-las, caso não ocupe tanto seu tempo?
Amigo Jorge,
Vi esse artigo aqui do Reinaldo, tá muito bom.
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-papa-o-aborto-e-as-coisas-estupidas-que-se-escreveram-e-se-escrevem-a-respeito/
Amigo, quando puderes, dá um retorno aqui via blog, daquela dúvida que coloquei pra ti no comentário anterior.
Deus o abençoe e a Virgem Maria rogue pelo seu restabelecimento da saúde.
Jorge, veja essa sequencia de videos de alguns cardeais escolhidos pelo Bergoglio:
http://www.youtube.com/watch?v=8mxt3jwai-o&list=PLAphzRk3HtuF1MlhkeltnVswIJVqCAnAV&feature=share
E você ainda pediu para deixar Bergoglio em paz?
Não, rapaz. Bergoglio terá que ser combatido. Você querendo ou não.
Renato, vá combater o vigário de Cristo na tua própria pocilga. Na casa dos que querem ser católicos, não.
Ciao bambino!
[LIXO]
Em relação a D. Muller, a deriva à esquerda está tão forte que ele já é considerado um ultra-conservador. Ao que tudo indica, sua criação a cardeal é do tipo promoveatur ut amoveatur. E isso porque Bento XVI ainda está vivo.
http://wdtprs.com/blog/2014/01/leave-the-gun-take-the-cannoli-card-rodriguez-v-soon-to-be-card-muller/