Que assim seja o entardecer das nossas vidas

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Foi o professor Fedeli quem me disse, certa vez, que o entardecer era mais bonito que o alvorecer. Porque a agitação do dia levanta partículas que, em suspensão no ar, encarregam-se das mil-cores de que se costumam revestir os nossos ocasos: mas a explicação física não é tão importante quanto o simbolismo espiritual. O pôr do sol é mais bonito que o seu nascer para nos ensinar que uma boa morte é preferível a um berço de ouro: que, na verdade, não importam tanto as condições nas quais nós nascemos, mas sim o nosso estado quando deixamos este mundo.

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Sim, é belo o poente…! Que assim seja o anoitecer das nossas vidas. Que nos preocupemos mais com o fim do dia do que com início que há muito já ficou para trás – e com relação ao qual nada mais podemos fazer. Que a SSma. Virgem nos conceda almas mais inflamadas do amor de Deus do que este céu soteropolitano de fim de tarde. Que o bom Deus nos conceda um crepúsculo do qual nos possamos – no bom sentido – orgulhecer. Um que apraza a Nosso Senhor contemplar.

[Fotos em Salvador, no ligeiro mas agradável passeio em companhia do caríssimo Dionísio, a quem muito agradeço pela cordialidade.]

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

3 comentários em “Que assim seja o entardecer das nossas vidas”

  1. Nas palavras do Papa Francisco:

    “Deus diz-te: não tenhas medo da santidade, não tenhas medo de apostar alto, de te deixares amar e purificar por Deus, não tenhas receio de te deixares guiar pelo Espírito Santo. Deixemo-nos contagiar pela santidade de Deus. Cada cristão é chamado à santidade (cf Lumen gentium, 39-42); e a santidade não consiste antes de tudo em fazer coisas extraordinárias, mas em deixar agir Deus. É o encontro da nossa debilidade com a força da sua graça, é ter confiança na sua obra, que nos permite viver na caridade, fazer tudo com alegria e humildade, para glória de Deus e o serviço ao próximo. Há uma frase célebre do escritor francês Léon Bloy; nos últimos momentos da sua vida, ele dizia: «Só existe uma tristeza na vida, a de não ser santo».”

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