A respeito do Relatio post disceptationem do Sínodo dos Bispos nesta segunda-feira divulgado – e que, desde então, vem provocando o estardalhaço da mídia católica e laica -, é preciso dizer o quanto segue:
1. Existe a respeito dos homossexuais uma norma há muito vigente na Igreja Católica, e que parece infelizmente gozar de bem pouca eficácia nos dias atuais. Ela se encontra no Catecismo da Igreja e diz que os homossexuais «[d]evem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza»; e ainda que, para com eles, «[e]vitar-se-á (…) qualquer sinal de discriminação injusta» (CCE 2358). Tudo isso tem se tornado nos últimos anos verdadeira letra morta, obscurecido por um lado pelo mais abjeto relativismo moral e, por outro, pela tendência a se enxergar, em todo homossexual, um raivoso militante do movimento LGBT.
[A bem da verdade, aliás, o problema não se restringe aos que se sentem atraídos pela prática de atos sexuais contrários à natureza: nas nossas paróquias, a imensíssima maior parte das situações de pecado encontra ou a conivência cúmplice (disfarçada sob um dar de ombros condescendente que diz que, hoje, “o mundo é assim mesmo”) ou – até em reação a esta – o enxovalhamento puro e simples. Este é um mea culpa que nós precisamos fazer. Está cada vez mais difícil ser católico: parece haver um amplo e vasto espaço para os que estão já bastante satisfeitos consigo próprios, mas pouquíssimo lugar para os que conhecem (ou ao menos entrevêem) os próprios defeitos e desejam (ou gostariam de desejar) mudar para melhor por amor a Cristo.]
2. Para não fugir muito ao tema do post (para além do qual, apenas à guisa de citação, eu poderia falar dos divorciados recasados, dos consumidores contumazes de pornografia, dos namorados que vivem juntos, dos políticos corruptos et cetera), concentremo-nos nos homossexuais. Sério, qual a chance que um homossexual dos dias de hoje tem de levar uma vida santa em decorrência do ambiente paroquial brasileiro médio? Qual o auxílio que alguém com essas tendências recebe, de ordinário, de nossas paróquias? Quantos grupos sérios para ajudar os homossexuais a viverem a castidade à qual os chama o Catecismo existem? Eu conheço o Courage, somente. Em quantas paróquias brasileiras o Courage está presente? Eu não conheço nenhuma. E importa, sim, reconhecer que há algo de muito errado com isso. A Igreja de Cristo existe para levar a salvação às almas, e não é porque meia dúzia de gatos pingados, soi-disant representantes da “categoria” dos homossexuais, militam contra a Igreja de Cristo que Ela deve erguer as Suas muralhas de modo a deixar perecer do lado de fora aquelas pessoas que, possuindo tendências homossexuais, entendem que o que está errado e precisa ser mudado encontra-se nelas próprias, e não na Doutrina Católica.
3. O famigerado Relatio do Sínodo dos Bispos possui três parágrafos (50-52) dedicados ao acolhimento de pessoas homossexuais (Welcoming homosexual persons). Quero acreditar que o que lhes inspirou foram considerações afins às que fiz nos dois pontos acima; no entanto, o resultado foi um verdadeiro desastre. Traduzo livremente:
50. Homossexuais possuem dons e qualidades a oferecer à comunidade cristã; somos capazes de acolher essas pessoas, oferecendo-lhes um espaço fraterno em nossas comunidades? Frequentemente elas desejam encontrar uma Igreja que lhes ofereça um lar acolhedor. Estão nossas comunidades capazes de o oferecer, aceitando e valorizando sua orientação sexual [sic – accepting and valuing their sexual orientation], sem comprometer a Doutrina Católica a respeito da família e do matrimônio?
51. A questão da homossexualidade leva a uma séria reflexão sobre como elaborar caminhos realistas de crescimento afetivo e maturidade humana e evangélica, os quais integrem a dimensão sexual: isso surge, assim, como um importante desafio educacional. Outrossim, a Igreja sustenta que uniões entre pessoas do mesmo sexo não podem ser consideradas em pé de igualdade com o matrimônio entre o homem e a mulher. Além disso, não é aceitável que os pastores sejam pressionados ou que organismos internacionais tornem o recebimento de ajuda financeira dependente da introdução de regulações inspiradas na ideologia de gênero.
52. Sem negar os problemas morais ínsitos às uniões homossexuais, é preciso notar que há casos nos quais o auxílio mútuo – ao ponto do sacrifício – constitui um precioso apoio na vida dos parceiros (sic). Além disso, a Igreja presta especial atenção às crianças que vivem com casais do mesmo sexo [couples of the same sex], enfatizando que os direitos e necessidades destes pequeninos devem ser sempre priorizados.
[Os pontos acima destacados foram cotejados com a versão italiana, e quase não foram encontradas diferenças significativas: o texto na língua de Dante traz “accettando e valutando il loro orientamento sessuale”, “il mutuo sostegno fino al sacrificio costituisce un appoggio prezioso per la vita dei partners” e “coppie dello stesso sesso”. Digo “quase” porque, embora eu seja amador no italiano, ao que parece o verbo valutare não tem a conotação positiva que possui o “valorizar” português, que em italiano mais bem se diria valorizzare.]
É bem evidente que o texto pode ser catolicamente compreendido, às vezes com muita tranquilidade (é óbvio que as pessoas homossexuais possuem dons e qualidades), às vezes com menos (a única ótica sob a qual se pode “valorizar” – em aceitando essa tradução – uma orientação sexual objetivamente desordenada é a mesma segundo a qual se pode dizer “positiva” a concupiscência: é um dado da individualidade humana a partir de cuja mortificação os cristãos se santificam…). No entanto, preocupa, e muito, que os riscos da instrumentalização ideológica de um tal texto não tenham sido percebidos – ou tenham sido placidamente aceitos… – pelos seus responsáveis. Era evidente para além de qualquer evidência que o resultado da divulgação deste Relatio seria uma proliferação de manchetes do tipo «Documento do Vaticano defende mudança da Igreja em relação aos gays» mundo afora.
E assim fica difícil, tanto para os católicos que desejamos ser fiéis à Doutrina da Igreja quanto também (e talvez até principalmente) para os homossexuais que se esforçam todos os dias para vencer as suas más inclinações e levar uma vida como a a qual lhe chama o Evangelho de Jesus Cristo. Ora, para quê fugir do pecado? Para, depois, os pastores capitularem diante do lobby homossexual e dizerem (ou deixarem que os órgãos de mídia digam) que, bem, na verdade não era bem pecado e, portanto, se se quiser viver de tal ou qual maneira, bem, tudo bem? Sinceramente, isso é vergonhoso. É uma ofensa aos homossexuais sérios, aos quais este blogueiro desde já pede perdão e garante as suas pobres orações.
4. Como é bem óbvio, o documento não tem o menor peso doutrinal. Na verdade, não se trata nem de um documento stricto sensu, i.e., de um texto emanado de uma autoridade católica que tenha por destinatário uma porção do [ou todo o] povo de Deus; é, como o próprio nome diz, um relatório, uma ata de reunião, uma coletânea de assuntos tratados durante as assembléias sinodais. A própria Santa Sé julgou por bem precisá-lo, depois que uma enxurrada de protestos – dentre os quais o não menos relevante é o do prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé vociferando “indigno! Vergonhoso! Completamente errado!” – expôs o descontentamento generalizado. Mesmo entre os leigos, aqui e alhures, não faltou quem celebrasse o documento por um lado e, pelo outro, deplorasse-o enfaticamente. Só dois comentários.
Um, havia sinceramente alguma dúvida de que as coisas iriam se passar dessa maneira? Não era patente que, por um lado, a mídia – ávida por humilhar a Igreja – anunciaria vitoriosa uma mudança (ou sinal de mudança) na doutrina católica e, pelo outro, os católicos protestariam enfaticamente contra esta visão dos fatos? Não era óbvio que se iria instaurar esse conflito entre os católicos e os órgãos de imprensa? A troco de quê indispôr a Igreja com a opinião pública? Por qual motivo se desejou (ou se permitiu) esse deplorável espetáculo?
Dois, como muito bem disseram uns amigos, é incrível como os liberais dentro da Igreja parecem não perceber que o objetivo do mundo é coagir a Igreja à aceitação das imoralidades contemporâneas para, depois, relegarem-Na à irrelevância – como fizeram com a igreja anglicana. E é incrível também a desonestidade dos revolucionários que, no afã de fazer avançar a sua agenda impossível, pretendem que um documento “ata-de-condomínio” se sobreponha a uma miríade de outros documentos indiscutivelmente doutrinais que apontam a Doutrina da Igreja mil-vezes repetida sobre o homossexualismo…
5. Resumo da ópera. Segue o Sinodo Straordinario Sulla Famiglia, até o próximo domingo (19); e as boas conseqüências que dele poderiam advir – e as questões sérias do mundo moderno que lá poderiam ser tratadas – ficam completamente soterradas por essa estirpe de polêmica estéril e daninha, tão sobejamente anunciada e, no entanto, em relação a qual as autoridades da Igreja parecem agir com a mais angustiante leniência. É desalentador. No meio das trevas e da tempestade, contudo, no meio da fumaça de Satanás que irrita os olhos e conduz os homens a despencarem no abismo do erro e da mentira, importa aferrar-se com segurança e determinação à Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que permanece firme e inabalável – diz o lema cartuxo – enquanto o mundo dá voltas. Não passarão as palavras d’Aquele por Quem céus e terras foram criados. Deus vê…! Do Alto há-de vir o nosso socorro. Do Céu há-de orvalhar a Justiça de Deus; e, sobre os justos, Ele há-de fazê-la chover em profusão.
Não me surpreende. Eu já esperava esse tipo de dificuldade, quando lia, dias atrás, que o Papa estava dispensando o latim e pedia que os participantes do sínodo falassem sem rodeios. Dá nisso quando se descuida das palavras a empregar!
Sou menos do que um amador em qualquer outra língua que não seja o português. Mas o Google Tradutor me ofereceu a noção de “avaliar” para o “valutando” (italiano). Quero crer que o sentido pretendido é de “valorando”, invés de “valorizando”.
Maravilhoso Jorge, como sempre!
“Como é bem óbvio, o documento não tem o menor peso doutrinal”.
O Vaticano II também não é doutrinal, é pastoral, exatamente como a pastoralidade do Gasparzinho (little Kasper). É divertido ver a ginástica dos neocons (lembro sempre do sentido de “con” na língua de Descartes…) para justificar o injustificavel. E tome latinório e agora, também, se metem a falar do italiano, fazendo “profundas” análises baseadas no Google translator!!!
” pretendem que um documento “ata-de-condomínio” se sobreponha a uma miríade de outros documentos indiscutivelmente doutrinais”. Ué?? Não é isso que acontece com o Vaticano II, que se sobrepôs a uma miríades de documentos doutrinais e práticas (já que ele é “pastoral”) bimilenares? Vamos fazer mais ginástica para explicar o inexplicável.
Mas a melhor de todas foi: “É bem evidente que o texto pode ser catolicamente compreendido, às vezes com muita tranquilidade”. Os inúmeros cardeais e bispos que reagiram devem ser intelectualmente limitados e “furiosi” para terem reagido com tamanha indignação!! Já o “teólogo” recifense (doctor caput uacuum) é que entendeu a catolicidade do que, na sequência, ele chama de ata de condomínio…
Fica aqui o latinório tão a gosto dos neocons: ” Scio opera tua quia neque frigidus es neque calidus. Vtinam frigidus esses aut calidus, sed quia tepidus es et nec frigidus nec calidus, incipiam te euomere ex ore meo”.
Caro Jorge,
Concordo com sua conclusão. Aliás, me parece que desde a eleição de Francisco, as serpentes escondidas dentro da Santa Igreja vêm colocando a cabeça para fora e dançando ao som da flauta modernista. Já nos é bem claro quem são, onde estão e o que querem. É até oportuno que escrevam seus intentos escandalosos para que estes sejam esmagados pela Verdade que sustenta a Igreja e creio que Nosso Senhor, ao fim do sínodo, vai livrar a Igreja, como sempre fez ao longo da nossa história. As chaves do Reino estão nas mãos de Francisco e eu espero que ele confirme o depósito da fé apostólica. E se assim não fizer, Cristo o fará.
Creio desta forma e aguardo a decisão do nosso Papa confiando e sabendo que ele conhece a verdade. Espero não me decepcionar com o atual vigário de Cristo.
Oficialmente temos:
“Nuestras comunidades están en grado de serlo, aceptando y evaluando su orientación sexual, sin comprometer la doctrina católica sobre la familia y el matrimonio?”
Tradução correta:
“Nossas comunidades estão em grau de sê-lo (acolhedoras), aceitando e avaliando sua orientação sexual, sem comprometer a doutrina católica sobre a família e o matrimônio?”
Entre avaliar e valorizar existe um abismo. Valorizar seria inaceitável. O termo “Avaliar” a meu ver é apenas um eufemismo que foi utilizado, uma vez que “avaliar” um comportamento sexual desordenado, implicaria necessariamente em condená-lo.
Olhando-se com coragem, este Sínodo foi apenas uma jogada da militância duma anti igreja, de consciente má fé, a favor da destruição da Igreja, que a anti igreja vem fazendo, sistematicamente, deliberadamente. Nenhum daqueles atores presentes no evento ignora o que é mídia, mensagem implícita, orquestração, guerra semântica, ambiguidade, atratores ideológicos no campo psico social, demônio, mentira, pecado, dissimulação e hipocrisia.Os textos foram lançados com plena consciência de suas ambiguidades propositais. É muito mais fácil supor que a Cosmovisão, a Doutrina e as Ideologias que, juntamente com práticas litúrgicas e estruturas hierárquicas clericais, vem sendo chamadas, há milênios, Igreja Católica Apostólica Romana seja um conjunto de sandices, absurdidades, proposições e rituais arbitrários, que acreditar que os autores dos textos divulgados não saibam o que realmente propõem, os resultados que querem realmente obter, e as reações dos meios de divulgação, com os quais estão devidamente articulados por vários grupos e movimentos ocultos e poderosos, e que se surpreendam com ” interpretações errôneas” de ” atas de condomínio”..
Quando uma ” ata de condomínio” diz que as casas dos condôminos serão convertidas em bordeis ” inclusivos e acolhedores” dentro de seis anos e meio, assim como que cada condômino terá que cortar a mão esquerda, ninguém vai considerar que isto é ” apenas uma impropriedade, sem valor doutrinário”, mas vai reagir energicamente, em defesa do que considera de valor. Estes ” documentos” são, ao mesmo tempo, balões de ensaio de engenheiros sociais, para testar o grau de imbecilização do público católico romano, como injeções dosadas e medidas de veneno, de ” fumaça de satanás”. Estes traidores da Igreja, alienados, tentando o impossível( vencer Deus!) merecem nossa total, global e enérgica rejeição, não porque sejamos puros e santos, mas porque eles são nojentos, falsos, mal intencionados e plenamente conscientes do que estão fazendo.Paciência tem limites, e retardamento mental também.Ninguém é tão burro, nem tão ” angelicamente alienado”, que não veja que textos que recomendam delicadeza, acolhimento e valoração( ou valorização, ou qualquer outra palavra que tenha o mínimo significado positivo) de doentes mentais, em geral pecadores impenitentes, empedernidos, obstinados e fanáticos, está propondo que acolhamos nossos irmãos ladrões e assassinos, pecadores como nós, entendendo-os tanto naquilo que possuem de bom por serem obra de Deus como nos ” valores” próprios de suas ” opções”, validando, respeitando, compreendendo o quanto de arte, criatividade, dedicação a objetivos , possa se conter em seus modos desonestos e tanáticos de ser, pois que somos nós para julgar?Fosse eu mais moço, deixaria escapar umas palavrinhas a mais.E para as quais reivindicaria acolhimento e compreensão da hiperplástica misericórdia seletiva cristã.
Seletiva, pois não a vejo solicitada para os fascistas, nazistas, membros da Fraternidade São Pio X, mal chamados homofóbicos, militante do Instituto Plínio Correa de Oliveira, anti sionistas, denunciadores das torturas dos norte americanos em Guantanamo, invasores ocidentais de países do Oriente, devotos da Missa de Sempre, leitores da Imitação de Cristo, seguidores de D. Antônio de Castro Meyer,devotos de N.Senhora de Fátima, Missionários Católicos em África e Ásia,admiradores de Jair Bolsonaro, mas somente para setores que, de um modo ou outro, favorecem a comunistização do mundo pelo caminho de Antônio Gramsci
Quanto ao resto do post, concordo com o autor. A verdade é que o acolhimento de homossexuais é praticamente inexistente no Brasil. Outro ponto que é ignorado é a existência de seminaristas efeminados e com tendências homossexuais que foram e estão sendo ordenados e que frequentemente escandalizam os leigos católicos, ao dar impressão que a Igreja tolera tais desordens; sendo que o próprio papa emérito Bento XVI havia escrito que os mesmos não deveriam ser ordenados.
Não fiz qualquer profunda análise. Pelo contrário, declarei-me menos do que um amador em qualquer outra língua diferente do português. De latim, eu sei NADA. Só me resta acreditar em alguém que sabe. E acredito.
Foi muito de leve que eu arroguei alguma serventia para o Google Translate.
Torre Queimada, reconhecendo-me menos do que um amador na língua de Descartes, peço-lhe que por gentileza faça uma exposição sobre o sentido de “con”. Ensine-me um pouco! Realmente não faço ideia do que você está falando e isso não é ironia nem falsa modéstia.
Mas é interessante… que o Rodrigo chegou com um texto em espanhol, supostamente oficial, corroborando o imprestável Google do Translate e o analfabeto aqui.
Synod14 – Undécima Congregación general: “Relatio post disceptationem“ del Relator General, Cardenal Péter Erdő, 13.10.2014
Mas é declaradamente uma “traducción no oficial”.
* corroborando o imprestável Google Tradutor e o analfabeto aqui.
De fato é não oficial, peço desculpas pelo falta de atenção. Em suma, “avaliar” foi a tradução dada pela ACI, “valorizar” foi a tradução divulgada no fratres in unum.
Dá enjoo ler uma coisa dessas:
Muito provavelmente faz-se uma referência equivocada e trocada ao Catecismo da Igreja Católica, e não a um documento próprio do cardeal Ratzinger. Certamente a um texto que na realidade falava dos atos homossexuais [como intrinsecamente desordenados], não das pessoas homossexuais. É outra coisa, completamente diferente!
Sob o título “Reuters desinforma sobre o ‘intrinsecamente desordenados’ dito pela Igreja Católica”, acabo de submeter ao editor deles o seguinte:
Que concordar, faça também, ou parecido. O e-mail é só um e-mail entre muitos. Que o editor leia algum e o considere!
* Melhorem a qualidade do canal Reuters
* Quem concordar
Rodrigo e demais leitores, aquela tradução não oficial está em press.vatican.va, e na página não se menciona a ACI.
“Como é bem óbvio, o documento não tem o menor peso doutrinal”
Um Sínodo de Bispos, convocados pelo Papa, que vai efetivamente nortear a prática da Igreja, sem peso doutrinal?
O próprio Papa vai aprovar, louvar, citar, estimular a leitura e a prática das diretrizes ali contidas, e o documento e não tem peso doutrinal?
Realmente vivemos em mundos diferentes.
Flávio,
(Estou lhe devendo uma resposta no outro post, a propósito; não esqueci, só não tive tempo. Desculpe-me.)
Não é o Sínodo que não tem peso doutrinal, e sim o relatório das sessões do Sínodo que não tem.
Além de isso ser óbvio, a própria Santa Sé o reafirmou após a polêmica:
Abraços,
Jorge
Jorge, gostei do seu post.
Realmente ainda é só um relatório. Mas não podemos esquecer que tudo isso está sendo estimulado pelo papa Francisco, que se tornou um verdadeiro lider partidário, aprovando e as vezes até liderando manobras para fazer passar a heresia kasperita. É só um relatório, mas para que isso não vire algo oficial, dependerá da capacidade de resistência de “reacionários” como Burke, Muller e outros… Bergoglio está com Kasper e Bruno Forte, você sabe. Tanto que nomeou, contra o que estava pré-estabelecido, uma comissão de 6(seis!) progressistas para flanquear o relator na redação do relatório final. Evidentemente o cardeal Erdo, caso tenha boas intensões, será engolido pelos 6. E o trabalho dos círculos menores pode muito bem ser ignorado pela comissão relatora.
Acho que vale a pena ler o novo artigo de Marco Tosatti, traduzido pelo Rorate-Caeli, sobre as pressões que estão sendo feitas sobre os círculos menores. http://rorate-caeli.blogspot.com/2014/10/synod-fathers-under-intense-pressure.html
Confesso que estou curioso para ver a reação daqueles que se acostumaram a tentar justificar tudo que o papa faz, especialmente do grupo que controlava o antigo VS, caso algo semelhante ao relatório se torne um documento formal.
Tenho a impressão que os radicais ‘trads’ estão mais irritados com as críticas dos que eles chamam “neo-cons” ao documento do que com o próprio conteúdo da ‘Relatio’.
Lamartine Hollanda Junior, seria mais fácil defender sua tese se fosse para aplicá-la um indivíduo ou grupo bem pequeno (super sincronizado). Em grupos maiores que se expressam, é normal passar coisas indesejáveis mesmo por uma maioria.
Jorge,
Você não está errado nas suas análises. O Católico atual é obrigado a procurar dividir espiritualmente e intelectualmente “o joio do trigo” pois a mistura é grande. Mas é muito cansativo o tempo todo termos que nos preocupar com algo que parece que o próprio clero não se importa. Ora, não já está provado que uma linguagem dúbia é uma das maiores armas do demônio para mudar a praxis e a cultura Católica ( que ainda existe…) nas sociedades?
Uma pessoa instruída como você e a maior parte dos seus leitores, saberão fazer uma análise mais ponderada. Mas e o povo no geral? E o líderes de pastorais, catequistas, músicos, etc das nossas paróquias que conhecem pouco de doutrina em meio às balburdias Litúrgicas?
Seja o documento “sindical”,”prévio” ou “amador”, mostra que muitos o odeiam e o amam. A pergunta é uma só: o Papa Francisco, está de que lado?
“La «Relatio» recoge diversos puntos de vista para proporcionar una base de trabajo a los Círculos menores, se han sugerido algunas ideas adicionales.” — InfoCatólica
DE COMO DEVEM ESTAR MUITO SATISFEITOS SÃO OS ADEPTOS DA RELIGIÃO FABIOMELISTA!
Creio estarem vibrando – acabou a repressão – mas se acaso eu estivesse imiscuído numa união irregular, no homossexualismo ou correlatos, jamais teria coragem de me aproximar da S Comunhão por ter havido flexibilização de parte do Vaticano – para mim seria outra religião – e permaneceria acompanhando a Igreja de sempre, mas até certo ponto, pois eu teria me excluído, não ao contrario, sem admitir esse relativismo de “acolhimento, misericórdia”, mais se parecendo complacência com o erro para alienar e dividir o povo cristão.
As situações do dia a dia, as nossas ações e tudo mais teriam de serem conferidas à luz no Catecismo Católico se prevalecerem as liberalidades para com os “coitadinhos” dos em “uniões estáveis” e homossexuais.
Se continuarem a pregar dessa forma – seria a meta – o relativismo a partir de dentro da igreja prevaleceria e seria como nas seitas: o pastor profere a homilia mas cada um a aceitará integral ou parcial, de acordo com seus pontos de vista, isso graças à cúpula hierárquica que assim o quereria; aliás, protestantizar a Igreja seria uma das metas!
Se Mino Peccorelli estivesse entre nós, seu listão estaria bem maior, inclusive na esquerdista CNBB há vários serios candidatos ao posto, suspeitos, e o nada confiável Cardeal Walter Kasper encabeçaria a lista.
Se no tempo do saudoso Bento XVI o colocassem numa revista mundana como FAIR PLAY, GLBTs etc., aguardariam as duras repreensões; ao inverso, o papa Francisco não reage sentindo-se envergonhado ao incluírem-no como ídolo na mídia promiscua e alguns cardeais, como o grande Cardeal Leo Burke e outros afins já se manifestam como explícitos opositores a certas ideias e planos estranhos à fé católica tradicional combatidos nesse Sínodo.
No momento, seria um teste inicial até que, insistindo, conseguissem gradualmente à Gramsci implantarem o relativismo…
SUTIL, LENTA E GRADATIVAMENTE!
Muito bom. Esse é o Jorge que andava sumido.
A discussão de assuntos polêmicos é sempre positiva, e quanto mais aberta a discusão e quanto maior for o apoio que cada lado tiver, maior peso terá a condenação do erro. Quanto ao sigilo pedido no sínodo… creio que seria melhor obtido em convenção de lavadeiras.
Erros que estavam sendo disseminados a muitos anos e não “perturbavam” ninguém agora terão que ser debatidos.
(recasados)
.” Efetivamente, quem recebe a comunhão espiritual é uma só coisa com Jesus Cristo.”
(criação do ….Kasper)
O cardeal Kasper transformou a “comunhão espiritual” que na relaidade é adoração do Santíssimo, se estando na igreja e impossibilitado de receber o sacramento, ou um ato de contrição, caso afastado da celebração, em união em pecado e com Cristo. A comunhão espiritual nos aproxima de Cristo, mas nunca antes do Cardeal Kasper foi anunciado pela igreja que a comunhão espiritual nos faz uno com Cristo, justamente porque ela é possível até mesmo a não católicos. E quanto recasados era possível contar nas filas da comunhão eucaristica?
(casamento)
Quantos casamentos, entre homem e mulher, descartavam a possibilidade de gerar prole? Estes casamentos apenas com função social ou diletantismo, sempre foram por muitos católicos aceitos sem restrições. Que diferença destes casamentos e “outros” que também não podem gerar prole? Quantos que agora se revoltam com a possibilidade da tal união gay, por outros motivos já tinham transformado o casamento em conveniência social hetero??
Casamento é para ter sexo e sexo procria, sexo que não procria é masturbação, é a busca do prazer solitário/homo/hetero >> é masturbação.
Os dois problemas estão intimamente ligados, o casamento é a união indissoluvel de um homem e uma mulher para gerar uma prole e por ela serem até o fim da vida responsáveis.
Não importa que um padre/bispo/papa celebre a união de duas coisas que não procriem, isto jamais será casamento, nem mesmo um sínodo altera isto.
A questão restringe as circunstâncias: Para começar, a estranha e, espero que acidental, frase: ” Quem sou eu para julgar”. Pior. A desastrosa a omissão, numa época que a pressão a favor do aborto era forte para a sua aprovação sem restrições, não ter ocorrido nenhum pronunciamento marcando a posição da Igreja. No meio de tudo isto, emite-se o resumo do relatório do Sínodo da família. É a tática da esquerda: Avançar dois passos para recuar um, até atingir o objetivo, no caso a destruição não só da família, como a tentativa (e vai ficar só na tentativa) para destruir a Igreja
Dom Damasceno foi exprimido como uma laranja, mas fez bonito, na minha opinião. Infelizmente O Globo propagara o erro de Reuters. Parece que alteraram a tradução para o inglês. Estou procurando-a. Reuters e O Globo sinalizam o que foi mudado.
Alexandre,
Vi a entrevista de Dom Damasceno ao Globo e me surpreendi positivamente. Espero que Dom Damasceno continue assim.
A quem interessar possa:
a) tirado de http://angueth.blogspot.com.br:
Cardeal Burke abre o verbo!
Cardeal Burke, até então Prefeito da Nunciatura Apostólica, acaba de declarar publicamente em Roma que o Papa Francisco está causando danos à Igreja e que o Sínodo, que transcorre sob sua supervisão, foi planejado para enfraquecer o ensinamento da Igreja acerca de sua disciplina. Isto é seríssimo e só Deus sabe o que virá depois.
b) vídeo com a informação em: https://www.youtube.com/watch?v=ZLS3cOxfkJw
Quem estiver com a virtude da Esperança em dia talvez queira assistir ao vídeo abaixo para entender como andam as coisas. Os demais abstenham-se, pois podem acabar cortando os pulsos:
https://www.youtube.com/watch?v=PHZXduBEqrU&list=UUX17igkZ9JhU64JoTBVSWeQ&index=14
Ficam bem claro como a “agenda gay” se infiltrou na Igreja, com a complacência de bispos…