Havia uma criança no banco da frente, e a pequena não parava quieta um instante sequer! Era Missa; e a frutuosa participação no Sacrifício de Cristo exige algumas disposições interiores de ordinário avessas à distração inevitavelmente provocada por uma criança irrequieta. Em poucas palavras, a gente precisa se concentrar pra rezar direito, e é difícil concentrar-se com uma criança chamando a sua atenção o tempo todo…
Lembrei-me de que “o problema” das crianças na Missa já fora abordado de um sem-número de maneiras. Há quem defenda que elas sejam simplesmente deixadas em casa. Há quem pugne pelo oferecimento de uma estrutura paroquial – uma salinha separada, a “acolhida das crianças” – para “tomar conta” dos pequenos enquanto os seus pais assistem à Missa. Há quem diga que os pais devem se impôr mesmo e fazer as crianças ficarem quietas, retirando-as do recinto sagrado se necessário for. Domingo, havia uma criança no banco da frente, e eu me peguei a pensar no assunto. E, curiosamente, a solução a que cheguei foi esta: é preciso deixar as crianças serem crianças. E deixar os pais serem pais.
A menina – era já um pouco grandinha, não sei, três anos… – olhava para tudo ao redor, com aquela curiosidade própria de quem tem um mundo inteiro a desbravar. Subia no banco. Descia do banco. Abraçava o pai. Segurava a mãe. Tinha uma voz estridente, de cujo volume as convenções sociais ainda não tivera tempo de aprender. Pegava o papel. Derrubava o papel. Ia de um lado para outro, para o braço de um e de outro. Olhava, sorria. Desinteressava-se. Falava. Ensaiava um choro. Um momento houve até em que, em pé no banco, começou a pisar forte e ritmadamente – com o insofismável fito de fazer barulho. (Neste instante, aliás, o pai a pegou no braço. E ela não fez escândalo. Em momento algum ela fez escândalo.)
Pela descrição, parece até que a igreja estava a ponto de vir abaixo; dir-se-ia um verdadeiro pandemônio instaurado no templo santo de Deus. Houve até um momento em que eu próprio olhei para a criança e me perguntei se não haveria algum fenômeno preternatural a explicar aquele incansável empenho infantil em roubar do Altar a atenção dos fiéis. Mas, na verdade, a impressão agora é ilusória, como o fora no decorrer da Missa. A criança não atrapalhava a celebração mais do que outras coisas com as quais a Igreja sempre conviveu – e é bom que conviva.
Li, há anos, em não me lembro agora qual historiador, uma descrição de uma provável Missa celebrada em um típico vilarejo medieval. Não havia os bancos que hoje nos acostumamos a encontrar, a fim de organizar os fiéis que se reúnem para a assistência do Santo Sacrifício; o espaço aberto da nave ocupava-se de maneira natural, orgânica, à medida que os católicos fossem chegando e na proporção do seu fervor religioso na ocasião. O povo também não se pejava de adentrar o templo do modo como se encontrasse; às vezes carregando um saco de frutas a vender na feira, ou dois patos adquiridos no caminho e que iriam servir de alimento à família. O ápice da Missa era – como ainda é – a Consagração; assim, no instante em que o sacerdote elevava a Hóstia Consagrada por cima de sua cabeça, todos se acotovelavam para, acima dos ombros uns dos outros, vislumbrar – por um instante fugaz que fosse – o Santíssimo Sacramento. E, imaginando as penas voando, o grasnar dos patos, a melancia espatifando-se no chão e um monte de gente se empurrando para ver melhor (que os outros) o altar… aquela criança no banco da frente da Missa de domingo passado parecia-me transmitir uma quietude elísia.
O quadro, dirão, é “pouco piedoso”. Ora, mas é claro que é pouco piedoso; é um quadro que retrata todas as mazelas e defeitos dos seres humanos de carne e osso para cuja salvação existe a Igreja! Mas não se trata sempre de pouco zelo; às vezes, há circunstâncias pessoais bem razoáveis a justificar certos comportamentos dos fiéis. E para as encontrar não é preciso retroceder a nenhum obscuro vilarejo medieval; basta pensar, por exemplo, nas missas celebradas em campanha. Ou alguém acha que em Iwo Jima não havia soldados fazendo a guarda, olhares apreensivos para todos os lados, tiroteios e ribombos de canhões ao fundo, essas coisas que costumam acontecer nas guerras?
Tampouco é preciso ir à guerra; vá-se a uma festa popular de maior monta. Aqui, em Recife, fui recentemente (como o disse) à de Nossa Senhora no Carmo. E havia crianças comendo, e gente mexendo no celular, e empurra-empurra na nave central (da qual, em talvez involuntária homenagem ao vilarejo medieval que referi acima, haviam retirado os bancos), e guardas-chuvas e capas pingando (sim, chovia lá fora), e pessoas chegando e saindo o tempo inteiro. Perto disso, repita-se mais uma vez, a criança no banco da frente da Missa de domingo passado transparecia a placidez de um mosteiro cartuxo.
O ponto, em suma, é o seguinte: não nos deve surpreender que a assistência à Missa revista-se dos elementos naturais da vida social. Mais até: quanto mais fortes forem esses elementos, mais isso significa que a religião está entranhada no dia-a-dia das pessoas, mais as pessoas a vêem com familiaridade. Atenção, que não se está aqui falando nada de Liturgia! A Liturgia é para ser sempre impecável, é evidente, como convém ser o culto prestado ao Deus Todo-Poderoso. Mas a forma como as pessoas assistem a este culto pode, sim, adquirir os rasgos de espontaneidade não-institucional que sejam socialmente aceitáveis e razoavelmente justificáveis. E é até bonito que assim se faça; chega a ser um testemunho da vitalidade do Evangelho, ao qual se curvam as necessidades sociais. Falo, por exemplo, de pessoas entrando e saindo da igreja durante a Missa, aproveitando o intervalo do horário de trabalho para assistir, se não a celebração inteira, ao menos o pedaço que conseguem. Falo de militares de serviço assistindo à missa de farda camuflada, quepe às costas. Falo de doentes tossindo. E, claro, falo de mães embalando seus filhos, ou retirando-se para lhes trocar as fraldas, e falo de crianças correndo e gritando.
Dir-me-ão que essas coisas são muito diferentes, e que nada tem a ver uma guerra com um feirante, ou com um pedreiro sujo de cimento, ou com uma criança mal-comportada. Eu digo que todas essas coisas têm muito mais em comum entre si do que parece à primeira vista: são, todas elas, exemplos de seres humanos tentando conciliar os seus deveres de estado com a prática religiosa. Assim como o soldado deve combater, e isso talvez lhe exija prestar atenção nos arredores do acampamento mesmo durante a celebração da Missa, assim o trabalhador deve prover o sustento da sua família – e isso talvez lhe exija levar à igreja os seus instrumentos de trabalho. Isto é um sinal de que a sociedade anda sadia e está ordenada; é um indício de que, apesar de tudo, as coisas estão indo bem.
Mas um soldado não é a sua patente e, um feirante ou pedreiro, não é o seu comércio ou sua construção civil. Uma mãe, contudo, é indissociável da sua maternidade. O soldado tem o seu dia de folga, onde ele não exerce o serviço de militar; um pai, contudo, não dispõe de um instante sequer onde esteja dispensado de seus serviços paternos. Nem aos domingos. Nem na igreja.
Uma família com crianças é uma campanha militar permanente. E se deixamos sem maiores olhares de censura os soldados (ou os policiais, ou os médicos, ou os bombeiros) assistirem às nossas missas, mesmo que estejam fardados, mesmo que o rádio que levam à cintura possa eventualmente tocar, mesmo que precisem sair às pressas da celebração; se os deixamos e, ainda, sentimo-nos gratos porque eles protegem as pessoas, salvam vidas, cuidam de nós, e é bom tê-los por perto; se, até mesmo!, olhamos com admiração para essas pessoas que, no meio do serviço, fazem malabarismos para conciliar os seus deveres com algum tempo de oração e de agradecimento a Deus; por qual razão censuraríamos as famílias que vão à missa fardadas com bolsas e fraldas, e carrinhos de bebê, e mamadeiras?, e por qual motivo não agradeceríamos àqueles que, mesmo durante a Missa, não descuidam do cuidado dos seus filhos, que outra coisa não é que o cuidado com o nosso futuro?, e por quê, em suma, não olharíamos com admiração e reconhecimento para estas pessoas que, sem descuidar de seus deveres – mesmo a serviço! -, desdobram-se para dedicar um pouco de tempo à vida de oração e aos seus deveres públicos para com Deus?
A menina no banco da frente da igreja era uma criança. E isso significava três coisas: primeiro, que ainda há crianças no mundo, graças a Deus; segundo, que os seus pais não as deixavam de lado para estar na Igreja; e, terceiro, que eles tampouco deixavam a Igreja para cuidar de suas crianças. Foi o que eu percebi no domingo passado; e, perto disso, qualquer distração que a sua presença pudesse provocar era de pouca monta. Que Deus nos conceda igrejas repletas de crianças! Conviver com elas, afinal de contas, é um excelente sinal de que as coisas – graças a Deus! – ainda andam bem no mundo.
Muito bonito e animador Jorge, obrigado! Passo grandes apuros com os meus :D
Muito bom Jorge. Abraço
Não me comoveu. Se sabidamente atrapalham, deve-se buscar soluções como bancos mais discretos que permitam saídas rápidas. Os outros têm direito (e dever) à Missa.
Belo artigo!
Vale acrescentar que a criança revela no coração do homem (e no meu coração) a intolerância (quando a criança atrapalha ao ponto de eu ficar chateado) e até mesmo o egoismo (quando penso em pedir ao pai pra tirar a criança da Santa Missa para meu maior conforto.) Essa percepção, quando se dá na missa, me faz contristar ainda mais meu coração e pedir um sincero perdão por meus pensamentos débeis. No fim das contas a criança acaba sendo um instrumento de Deus que traz a tona minhas debilidades…
Não te comoveu, Tiago, pois você não pai. A mim também não me comoveria a três anos. A mim me soaria como complascência diante da falta de pulso dos pais. Hoje, porém, me comove e acalenta. Tenho dois filhos bem pequenos que se comportam relativamente bem na Missa, não andam pela Igreja, ficam no colo e não fazem escândalo. Mas, há inúmeras situações em que distraem aos outros e a nós também (quando é necessário dar mamá, trocar fralda, chamar a atenção, etc). Há algum tempo eu julgava um extremo absurdo pais muito permissivos na Missa. Hoje, eu os admiro, não pela postura como educadores, mas pela coragem em expor suas limitações e mesmo pela perseverança em continuar partipando do Santo Sacrifício, mesmo quando se torna um martírio pessoal (julgamento alheio, olhares tortos, insinuações maldosas, birra e choro incontroláveis).
Isso não quer dizer que os pais não têm culpa pelo mau comportamento das crianças e nem obrigação de contornar este problema. Isso é óbvio e indiscutível. Isso é apenas um apelo para olharmos com mais compaixão para aqueles que se abriram à vida e trazem seus frutos diante do altar de Deus(mesmo que eles tentem sair correndo…hehe).
Muito poético,mas na prática a questão é mais complicada.
Sim, Thiago, claro que devem procurar posições discretas, tanto os pais com crianças como os militares de serviço, os socorristas da JMJ etc. O ponto é que é bom que eles estejam lá.
Belo artigo, Jorge!
Ele me lembrou uma frase do ex-ministro João Sayad que dizia ver na fila da comunhão o “desfile dos degredados filhos de Eva”. :)
Meu filho tem 2 anos (completos recentemente) e deixei de assistir à Santa Missa no Rito Tridentino pela falta de um salão para receber os pequenos. Em vez disto, preferimos assistir à Missa em outro lugar, com esta comodidade. Assisto à missa nova, liturgicamente bem celebrada, mas admito que mesmo para que eu pudesse me estabelecer espiritualmente dessa maneira (concentrado e assistindo à missa com a devida piedade), penei muito. Tenho uma esposa superprotetora (estou trabalhando isto nela) que sequer queria deixar o pequeno no salão com os demais. A preocupação dela é que não havia crianças na idade dele, apenas maiores. O preço que paguei em pouco mais de um ano segurando uma criança no braço ou deixando no chão na igreja foi bastante daninho para mim e minha família, porque meu filho saía do banco e andava a igreja, conversava e a mãe ia junto, dividindo a atenção com o altar e o filho. Confesso que ficava irritado com isso. Cheguei a estabelecer um imite no banco: eu numa ponta, minha esposa na outra e o guri andando no meio, entre um e outro. Funcionou por um tempo. E só em bancos grandes. Em missas que há espaço grande entre o banco da frente e o de trás ou em que ficamos acomodados em cadeiras plásticas isso não acontece. Quando uma criança anda, ela conversa, faz novos amigos e os adultos puxam assunto também. Nem os adultos, pais dos novos amigos nem nós próprios podíamos “dar a Deus o que é de Deus” dessa maneira. Assim, segui o conselho de meu sogro, que só levava os filhos à missa quando completavam 7 anos e se revezava com a esposa nos horários de assistir ao Santo Sacrifício. Concluí que sim, seria o melhor para todos não irmos à missa com ele.
Aí podem vir a me perguntar: mas e o ditado que diz que “é de pequenino que se torce o pepino”? Você não vai ensinar as coisas de Deus a seu filho e deixar ele entender o significado da Santa Missa? Digo que sim, vou. Mas só na idade da razão. Aos dois anos, para ele a igreja é um lugar para brincar com seus brinquedos, comer bolachas, tomar suco, conversar com a pessoa no banco de trás e, quando estiver entediado, andar por aí. “Papai do Céu está ali em cima” não é algo fácil de se compreender. Mesmo que ele veja uma imagem do Crucificado, o que ela – a imagem – faz? Nada. Não canta, não fala, não dança nem bate palmas, como ele está habituado a ser tratado e educado. Para que ele deveria dar atenção a Papai do Céu? Ele ainda não consegue entender. A oração que ele consegue fazer a Papai do Céu e entende (mais ou menos) é esta: “Papai do Xéu, obidado pela tomida. Pai, Filho, Pi Xanto. Amém”
Como consequência, eu estava constante e severamente irritado em casa e minha esposa uma pilha de nervos parecida. Desde que fizemos isto (deixá-lo no salão), conseguimos nos confessar direito (ele não parava e fazer exame de consciência era um sufoco), assistir à missa direito, rezar juntos e nos ouvirmos melhor.
Pelo meu relato, pode parecer para os que não têm crianças que meu filho é um pestinha. Não, graças a Deus ele não é. Sempre converso isso com minha esposa e agradecemos a Deus por isso. Se ele grita, basta olharmos e dizermos baixinho “não grite”, que ele liga o controle de volume. É relativamente obediente, na medida em que a idade o permite, claro. Se não obedecer, sabe o valor de ficar de castigo, sabe rezar a Ave-Maria e participa de nossos momentos de oração antes de dormir, ao acordar e antes das refeições.
Desde que nosso filho está sendo assistido no salão, tomei mais algumas atitudes importantes, tais como comer apenas à mesa, e não no sofá, e com a TV desligada, com a família, sempre que possível (às vezes chego tarde do trabalho). Como resultado, percebi que, mesmo com os dentinhos rasgando, ele tem comido melhor (está comendo TUDO o que se coloca no prato, come verduras e frutas), dormido melhor e está mais obediente.
O que eu quero dizer com isto? O salão das crianças é uma panaceia? Evidente que não. Jorge, gosto muito dos teus textos, mas prefiro discordar deste aqui em específico. Não sei se já tens filhos, mas se eles tiverem a idade de 1ou 2 anos é possível que você sinta o mesmo incômodo que eu senti a cada missa, repetidas vezes, todos os domingos. É possível que você seja mais resiliente, mas o que eu sempre dizia à minha esposa era: não estamos assistindo à missa e nem ninguém do lado. Compreendo o que você quis dizer com o que acontecia na Idade Média, contudo estamos numa sociedade com frágeis bases de catolicidade e o máximo que eu puder fazer para não atrapalhar uma pessoa que passou 10, 15, 20 anos sem pisar numa missa de voltar à Igreja eu prefiro fazer.
Ivo, vou comentar sua resposta como mãe de dois (Joana de 2 anos e Francisco de 9 meses). A Missa, como você deve saber, é muito mais do que um culto de louvor, ou ainda adoração. É o próprio Sacrifício de Cristo atualizado para nós. Dela provém inúmeras graças. Faz sentido privar nossos filhos dos inúmeros benefícios da Missa? Falo de algo muito mais sublime e elevado do que saber se comportar na igreja ou conhecer as orações. Falo da comunhão íntima com Deus e com toda a Igreja Celeste a cada Santa Missa. Essa reflexão vale para mim também, porque desde que me tornei mãe, tenho participado bem menos da Missa em dias de semana. Acabo tentando acalmar minha consciência com argumentos do tipo “eles dormem cedo, é melhor evitar sair nesse horário” ou “Talvez não consiga atender os dois sozinha” ou ainda “A obrigação é só aos domingos e dias de preceito”. O fato é que no fundo sabemos que estamos privando nossos filhos e a nós mesmos da maior graça que existe deixando de ir à Missa em outros dias da semana.
Quando a Joana era bem pequena dava muito trabalho e chorava bastante, inclusive na Missa. Eu sempre dizia ao meu marido que sentia muito por ela atrapalhar as pessoas que estavam na igreja e isso me desanimava bastante. Ele me alertou que o que me desanimava mesmo era o fato de ela nos envergonhar em público. Devemos refletir se nossas ações como pais não são movidas pelo nosso amor próprio e pela vaidade.
Na prática, o que fazemos com nossa crianças é mantê-las no colo e orientar. Não dar atenção a graças ou conversas desnecessárias e não ceder a manhas.
É importante ressaltar que tudo que deixamos para pagar depois, vem com juros. Seu filho pode estar mais resistente às graças do Santo Sacrifício quando estiver mais velho. As investidas do inimigo são firmes e contundentes. Se queremos conduzir nossos filhos no caminho de Deus, não há tempo a perder e seu atalho perfeito é a participação na Missa.
Quem se incomoda a presença de crianças tem que começar a desconfiar se de fato está apto a herdar o Reino dos Céus (para mim, esse incomodo é falta de caridade), tendo em vista que Nosso Senhor já nos advertiu que são delas o seu reino.Ao meu ver, a sua concentração e sua comodidade são irrelevantes em frente a sublime beleza da presença dos pequeninos em frente ao altar da Santa Missa. Concordo com o texto: – “Que Deus nos conceda igrejas repletas de crianças! Conviver com elas, afinal de contas, é um excelente sinal de que as coisas – graças a Deus! – ainda andam bem no mundo”
Parabéns! Belo texto!
Concordo que as crianças devem desde cêdo permanecer na igreja,é o melhor lugar para elas estarem desde cedo.Porém sejamos cientes que, uma criança que não consegue ficar um pouquinho quietinha na missa os pais devem achar um meio de não contê-las, e não atrapalhar a concentração dos fiéis….Sim, não por falta de caridade.Nem pensar!!!
Mais a realidade é que se isso acontece, me desconecta, nem só a mim como ao próprio padre,gente.
É criança, Sim é criança….mais convenhamos é uma hora de imenso silêncio, aonde só devemos ouvir a voz do padre, que ali é o próprio Cristo.Desculpem-me os pais, e não é por que eu não seja mãe. Sou.
E quando levava minhas filhas a igreja quando crianças, sabia fazer o meu papel de mãe e cristã para com os meus irmãos.
Não concordo dos pais deixarem de ir à Santa missa por este motivo,tudo tem um jeitinho, e se os pais não conseguirem participar ativamente da Santa Missa por conta disso.Deus sabe do por quê, e será como se vocês pais não tivessem saído por um instante da santa Missa.
Graças a Deus, eu conseguia ter controle da situação, embora não precisava muito ,porque sempre fiz desde pequeninas o sinal de silêncio, dizia a elas papai do céu….silêncio…mais as vezes era inevitável, e eu já de olho, quando via a necessidade me retirava, acalmava ela lá fora por minutos , e retornava..
Acho que o artigo se resume nessa frase:
“Mas a forma como as pessoas assistem a este culto pode, sim, adquirir os rasgos de espontaneidade não-institucional que sejam socialmente aceitáveis e razoavelmente justificáveis.”
Parabéns! Muito bom!
Ivo Alves, concordo com vc quanto ao fato de não querer atrapalhar ninguém. Meu bebê tem 7 meses e longe de mim prestar esse deserviço a Deus.Acredito que temos que ponderar sempre, um pouco fe paciência não faz mal a ninguém também. Mas educação é uma base importante assim como o exemplo.
Enfim, todos temos que ponderar! A PAZ E BEM A TODO! QUE O ESPÍRITO SANTO NOS GUIE.AMÉM!
Parabéns, a Igreja real é assim
Muito bom o artigo. Lembro que eu também sou mãe e eu e meu marido,sempre levamos nossas filhas para Igreja. Durante a semana,sempre que tínhamos oportunidades, conversávamos com elas sobre o silêncio que se deve fazer dentro da Igreja no momento da Santa Missa…Antes de sair de casa, as lembrava de novo que deveria ficar quietinhas…antes de sair,perguntava se queriam ir ao banheiro,porque lá na Igreja não deveriam sair, só se fosse em último caso. Mandava tomar água se estivesse com sede,para não precisar sair…Com esses ensinamentos,nunca tivemos problemas…Na Igreja uma ficava sentadinha perto do Pai, a outra comigo.A mais nova era hiperativa,então dormia no colo do pai ou no meu durante a Santa Missa.A mais velha ficava atenta a tudo que se passava.
Hoje, a mais velha é uma jovem que é assessora da IAM(infância e adolescência missionária)
A mais nova aos 18 anos já fazia um trabalho com jovens e Equipe de cantos da Igreja,mais, essa Deus a levou para cantar junto aos anjos no céu.
Pais, ensinem seus filhos começando em casa…eles vão aprender.
Muito bom texto!
Na maioria das vezes as encontro durante minhas idas a igreja. Presencio inquietação, e as retribuo com um belo sorriso como que agradecida pelas presenças. Elas sorriem cabisbaixo como se entendessem o que quis dizer.
Amei o artigo!!! Tenho 2 filhos e, graças a Deus sempre se comportaram, dentro da igreja, de maneira impecável! Mas concordo com tudo que foi colocado no texto. Particularmente nunca gostei de “cantinhos para as crianças brincarem” na hora da Missa. Sempre acreditei que devemos habituá-las a PARTICIPAREM da Santa Missa, desde o colo (coloco a palavra “participarem” em maiúscula pois este é um ponto que gostaria que as pessoas atentassem: não ASSISTIMOS a Santa Missa. PARTICIPAMOS dela). A Missa é o momento mais importante da nossa caminhada como cristãos. Momento em que renovamos o sacrifício da Cruz e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Jamais devemos privar nossas crianças desse momento tão especial! Não seria justo com elas! “Deixai vir a mim as criancinhas” (Mt 19,14) já dizia o Mestre…
Grande e fraternal abraço para todos! Fiquem na Paz do Senhor e no amor de Maria.
Amei seu texto. Sou catequista e sofro muito com as pessoas reclamando das crianças, principalmente nos primeiros dias delas na missa.
Um padre uma vez falou pra mim, qdo fui comungar com meu filho agarrado em meu pescoço que eu estava usando o colar mais precioso do mundo. Falo sempre isso para as mães que vejo com os filhos nos braços.
Percebi que as crianças que vão desde pequenas são as que melhor se comportam nas missas da catequese.
Obrigada
Me emocionei ao concluir a leitura. Diante de tantos olhares para conosco, maes de crianças extremamente ativas e sobretudo saudáveis, me faz gosto perceber que existem pessoas capazes de expressar com palavras tamanha sensibilidade
Belo texto, mas ainda pergunto-me: Se a criança vai ser criança (graças a Deus), precisa ficar no banco da frente? Os pais não podem se sacrificar um pouco mais e participar/assistir a missa em locais que chamem menos atenção (no fundo da igreja, por exemplo)?
Afinal, todos nós, soldados, operários, pais e mães, empresários preocupados com a crise, desempregados, funcionários temendo desemprego etc podemos nos ajudar a viver melhor o sacrifício, o milagre de amor de Deus por cada um de nós. Não é?
Muito bem! em primeiro lugar se Deus nos deu os filhos, ELE sabe que as crianças são barulhentas, irrequietas…Elas também tem o seu lugar na igreja, eu acho que o mal começa em todos nós e, por exemplo:onde o autor diz ” assistir á missa” eu diria: Participar na Eucaristia ou missa, como lhe queiram chamar, isso sim, se participássemos em vez de assistirmos e logo desde o colo materno ou paterno, isso sim, seriamos cristãos católicos mais praticantes!
Quando Jesus estava no calvário,realizando Seu sacrifício redentor,as pessoas assistiam ou participavam desse ato salvífico?
… “Houve até um momento em que eu próprio olhei para a criança e me perguntei se não haveria algum fenômeno preternatural a explicar aquele incansável empenho infantil em roubar do Altar a atenção dos fiéis”…
Evidente que os pais deveriam chamar a atenção da criança e lhe dizer: “se continuar assim, barulhenta, iremos embora e em casa ameaçar com um castigo se da próxima vez não se comportar bem, com o devido cuidado, adequado à idade da criança.
Mas fez me lembrar, por outro lado, já que a infancia hoje tem sua vida atormentada até dentro da escola, no lar, por alguns pais não darem bons exemplos, relapsos ao catecismo, ou ao permitirem certos programas da midia, como desenhos “infantis”, novelas e afins, amizades e ambientes com certas famílias de comportamento alheio à fé etc., comprometedores da boa educação na fé católica da criança.
De qualquer forma, recordemos as profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso para a segunda metade do século XX adiante, em plena execução, de intensa atividade satânica, bem á vista de todos:
Para manter esta corrupção geral, ela se concentrará principalmente sobre as crianças.
… “Aí das crianças dessa época! Será difícil receber o sacramento do batismo, assim como o da confirmação. As crianças só receberão o sacramento da confissão se elas continuarem nas escolas católicas, pois o diabo se esforçará para destruí-la por meio de pessoas em posição de autoridade. O mesmo ocorrerá com a santa comunhão”. (dada nas mãos, partículas caindo ao chão e Jesus pisoteado; e realmente, isso sucede por esse detestável inconveniente de comunhão nas mãos!)!
Não recorda aqui a autoridade da peste comunista dos psicopatas do PT com sua ideologia de gênero, dentre mais, querendo perverter as crianças desde tenra idade nas escolas para o diabolismo?
… “Nesses tempos lastimáveis, haverá uma luxúria desencadeada que arrastará as pessoas ao pecado e conquistará inumeráveis almas frívolas que serão perdidas. Quase não se achará mais inocência entre as crianças, nem modéstia entre as mulheres. Nesse supremo momento de necessidade da Igreja, aqueles que deveriam falar ficarão em silêncio”!
Quais são os sacerdotes hoje em dia que interpelam no presente com severidade os cristãos: Pe Fabio de Melo, Marcelo Rossi etc?
… “O quarto motivo da extinção da lamparina do santuário é que, após ter se infiltrado e se apoderado de todas as classes sociais, a seita tentará, com grande habilidade, penetrar no coração das famílias, para corromper até as crianças. O diabo se glorificará por se alimentar da deliciosa delicadeza do coração das crianças. Durante esses tempos lamentáveis, a inocência infantil subsistirá com grande dificuldade”.
A atividade acima das hostes infernais está na cada vez mais frequente no crescente número de crianças delituosas, até prestando relevantes serviços ao mundo do crime organizado, o qual é assecla de Satanás!
Ótimo texto. Todo mundo que é responsável pela liturgia tem de ouvir vez ou outra a reclamação de um chato que não entende que as crianças no templo, agindo como crianças, são um sinal de saúde na vida eclesial. Obviamente, casos extremos tem de ser alvo de repreensão dos pais, pois, como diz o ditado popular, “é de pequeno que se torce o pepino”.
Uma curiosidade, em algumas igrejas da antiguidade também havia uma parte considerada mais apropriada para as famílias com crianças pequenas, como pode ser lido neste texto:
http://blog.adw.org/2014/08/the-ancient-mass-in-the-house-churches-was-not-as-informal-as-many-think/
não concordo.
Sou mãe de 3. Nunca atrapalharam ninguém de PARTICIPAR da missa. Temos que desde pequenos educar. Há lugar e hora para tudo. hora de comer, hora de brincar e hora de rezar. Lugar sagrado e de respeito. Igreja, praça, parque, praia cada lugar tem o seu comportamento.
Precisamos ensinar limites e respeito que é o que está faltando nessa geração.
Sou mãe de uma jovem de 16 anos,desde bebê a levava as missas,claro com alguns brinquedos que não faziam barulho e formava a turma do fundão e conseguia participar da Missa,hoje ela continua nos acompanhando;graças a Deus não desisti,porque nessa idade de 16 anos é muito mais difícil,usei o exemplo e a persistência.
Emocionado!… e, de certa forma, agradecido, com a beleza e a precisão do texto. Sou pai de 5 filhos, que se comportam – guardando suas ‘infantilidades’ – muito bem na Missa. Por vezes até chegam a dormir. Não atrapalham com traquinagens, e, se distraem alguém de forma a atrapalhar são devidamente e discretamente corrigidos. Acho que Deus, em sua misericórdia, concede aos seus filhos a graça que lhes é necessária, segundo sua condição: se é solteiro, se namora e se não tem filhos, a graça de participar da Missa de forma mais integral e mais ativa; e aos casados, com seus deveres familiares, como se essa graça lhes alcançasse, compensando essa “passividade” imposta pelo dever de cuidar da prole. Sem polemizar, não acho que seja um texto para se concordar ou discordar, porque tudo foi dito aí. Basta a quem não entendeu que peça a Deus uma hermenêutica mais apurada e um pouco mais de misericórdia, e aos que não vivem a paternidade, que orem para que Deus lhes conceda, segundo a sua vocação, essa bênção de gerar filhos para Ele – dentro do matrimônio, claro.
Deus te abençoe, abundantemente, Jorge.
Minha admiração mais uma vez se justifica.
Pertenço a uma comunidade de SANTA RITA DE Cássia Eem BARRA Mansa e lá vão crianças que durante a Santa Missa, andam, correm, falam e ninguém se incomoda e todos os celebrantes ,leigos e Padres dizem a mesma coisa . Que bom que a nossa Igreja acolhe os pequenos dando ouvidos ao que Jesus disse,” Deixai vir a mim os pequeninos” E o interessante é que na hora do abraço da paz eles fazem questão de subir ao Presbitério e abraçar o celebrante.Isso comove a todos e não nos incomoda. Temos que aprender a não prestar atençao nos ruidos exteriores quando estamos em oração.A Paz de Jesus.