Hoje a Igreja celebra os protestantes que estão no Céu

Santo é uma palavra equívoca dentro da doutrina católica. Pode significar aquela pessoa que, por ter levado uma vida terrena de extraordinária conformação a Cristo, merece ser apresentada aos fiéis católicos como um modelo a ser seguido — é o seu sentido aliás mais comum e corriqueiro; mas pode significar, também e igualmente, aquela pessoa que simplesmente (como se “simplesmente” fosse um modo aplicável aos novíssimos, mas enfim) ao final da vida se salvou e, tendo já purificado os seus pecados, encontra-se na Glória diante de Deus. São os santos no seu sentido mais lato, i.e., todas aquelas pessoas que alcançaram a santidade — que, em última instância, outra coisa não é que a salvação. É por isso, aliás, que as proposições “fora da Igreja não há salvação” e “fora da Igreja não há santidade” são equivalentes, e por vezes nós as encontramos na sua forma mais sintética quando se quer enfatizar este papel insubstituível da Igreja Católica: Ela é a Igreja de Cristo, fora da qual não há salvação nem santidade.

Santo, assim, significa duas coisas distintas. Há, como gosta de dizer um velho professor amigo meu, o santo do Céu e o santo de altar. Todos aqueles que estão no Céu junto a Deus são, no rigor do termo e com todo o direito, santos; mas nem todas as pessoas que alcançaram a graça da perseverança final levaram necessariamente uma vida externa digna de ser reverenciada e imitada. O mais empedernido pecador que tenha se arrependido na hora de morte, e de cujo arrependimento a notícia não chegou a ser humano algum, pode purgar os seus pecados no Purgatório e, depois, alcançar a Bem-Aventurança junto a Deus — e será santo por estar no Céu. Mas não poderá jamais, por razões óbvias, ser santo de altar, ser apresentado como modelo de vida à imitação dos fiéis, simplesmente porque a única parte da sua vida propriamente digna de imitação — o arrependimento final — é desconhecido de todos os homens.

Não obstante, santo é santo. Todas as almas bem-aventuradas que estão diante de Deus gozam, por assim dizer, dos mesmos privilégios, independente dos caminhos pelos quais tenham passado até chegar à presença do Altíssimo. São, assim, todos eles, membros da Igreja Triunfante — e por conseguinte da única Igreja de Cristo — e podem interceder pela salvação dos homens que ainda vivem aqui na terra, na Igreja Militante ou fora d’Ela.

Hoje a Igreja celebra a Solenidade de Todos os Santos e esta festa é particularmente dedicada a estes “santos ocultos” — a estas almas benditas que, não possuindo a glória dos altares, são todavia membros da Igreja Triunfante e com Ela intercedem junto a Deus pela salvação do mundo inteiro. E hoje o Santo Padre, o Papa Francisco, termina a sua viagem apostólica à Suécia — uma viagem de polêmico cariz ecumênico — justamente com a celebração da Santa Missa de Todos os Santos. A data não podia ser melhor escolhida. Trata-se de um dia extremamente propício para a realização de atos ecumênicos pela seguinte singela razão: hoje é o único dia do ano litúrgico em que a Igreja celebra os não-católicos que estão no Céu!

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Afinal de contas, quem são os que se salvam? São aqueles que, conservando ao longo da vida as vestes puras que receberam no Santo Batismo, mediante uma vida de graça e de amizade com Deus adquirem d’Ele o imerecido dom da perseverança final. Esta é a regra. Mas há uma importante exceção: também se salvam aqueles que, cumprindo retamente os ditames da Lei Natural, «sofrem de ignorância da verdadeira religião, se aquela é invencível» (Pio IX, Singulari Quadam). E os que se salvam fora dos limites visíveis da Igreja Católica por esta ignorância somente de Deus conhecida são santos também, com todas as prerrogativas das almas bem-aventuradas cuja festa nós hoje celebramos. O Dia de Todos os Santos é também o dia destes santos.

Não dá para saber exatamente quem são as almas que apenas na hora da morte descobriram que deviam ter sido católicas a vida inteira, nem quantas elas são. No entanto é certo que elas existem; e se elas existem, e se no momento da morte descobriram que a religião que seguiram a vida inteira mais as afastou que as aproximou de Cristo, e se sabem agora que deveriam ter desde sempre, desde a mais tenra infância, militado nas fileiras da Igreja Católica e Apostólica sob o estandarte do Papa e da Virgem Santíssima… não é então razoável imaginar que elas, no Céu, junto de Deus, intercedam particularmente pela conversão dos que vivem nas trevas do erro religioso? Do mesmo erro que quase lhes valeu a danação eterna?

Imagine-se um protestante que tenha ido ao Céu — quer por ter se convertido verdadeiramente no último suspiro, quer porque viveu a sua vida inteira na mais cândida ignorância da verdadeira religião. Esse protestante há de ter se arrependido amargamente de toda a insubmissão na qual consumiu a vida inteira; há de ter pensado em como a sua vida teria sido mais fácil se ele acorresse com frequência aos sacramentos, se se valesse diariamente da invocação do nome da Santíssima Virgem Mãe de Deus. Há de aquilatar como não teria sido mais santo, e com muito mais facilidade, se tivesse à sua disposição os meios que Cristo instituiu para a santificação das almas. Ora, este protestante não há de se compadecer particularmente do risco terrível que correm os seus correligionários? Não há de consumir o seu Céu especialmente a serviço deles — para que não corram os mesmos riscos que correu e para que alcancem o quanto antes, ainda em vida!, a graça que ele só abraçou no instante derradeiro?

Façamos um pequeno exercício especulativo. Imaginemos que Lutero, na hora derradeira, após gravar nas paredes do seu quarto o agônico e blasfemo pestis eram vivens, moriens ero mors tua, papa, tenha se arrependido. Imaginemos que, por uma graça insólita da Virgem Mãe de Deus (pela qual, ao que parece, o Heresiarca conservou sempre um resquício de devoção), ao último suspiro o monge louco caiu em si e se arrependeu. Tal portento, que a História não registrou, se de fato ocorreu há de ficar oculto dos homens até a Segunda Vinda de Cristo. Mas semelhante graça, se existiu, aproveitou à pobre alma atormentada do monge alemão. Se tal tiver acontecido, o monge rebelde estará no Céu e não poderá ser jamais santo canonizado — porque a sua vida inteira foi um completo anti-exemplo de Cristianismo. Mas, se tal tiver acontecido, o único dia em que ele poderá ser de algum modo celebrado é o dia de hoje, Primeiro de Novembro, o day-after da Reforma. Seria uma deliciosa ironia.

Lutero certamente pode não ter se salvado. Mas algum protestante que tenha vivido nestes últimos quinhentos anos provavelmente se salvou; e este protestante que gastou a sua vida na heresia e que consumiu seus anos distante de Deus tem hoje a chance de suplicar uma melhor sorte para os seus companheiros de infortúnio. Hoje a Igreja celebra todos os protestantes que a despeito do protestantismo tenham alcançado a salvação; é, portanto, um dia adequado, adequadíssimo, para suplicar a unidade de todos os cristãos sob o báculo do Vigário de Cristo. Ao Papa Francisco juntam-se hoje os santos do Céu; e entre os santos do Céu há alguns que em vida foram protestantes até o suspiro derradeiro.

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Hoje, na Suécia, o Papa Francisco rezou junto com os hereges, e a cena tinha certos contornos escatológicos. Porque hoje — especialmente hoje! –, no Céu, rezam juntos os católicos e os [que em vida foram, ao menos materialmente,] protestantes. Para que esta cena terrestre se reproduza um dia no Céu, no entanto, é preciso que todos, católicos e protestantes, estejam dentro da única Igreja de Cristo — fora da qual não há salvação e nem santidade. Isto já o perceberam todos os protestantes que estão no Céu. E todos estes hoje, diante de Deus, rezam para que também o percebam, e o quanto antes!, os protestantes que ainda estão na terra — as ovelhas tresmalhadas, moribundas e exânimes, ao encontro das quais nestes últimos dias o Papa Francisco moveu toda a Igreja.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

15 comentários em “Hoje a Igreja celebra os protestantes que estão no Céu”

  1. “Mas há uma importante exceção: também se salvam aqueles que, cumprindo retamente os ditames da Lei Natural, «sofrem de ignorância da verdadeira religião, se aquela é invencível» (Pio IX, Singulari Quadam).”

    E para isso é necessário que também tenham fé em certo conteúdo da Revelação, posto que a fé é absolutamente necessária para a justificação dos adultos. A lei natural cumprida apenas enquanto à substância não implica na elevação à ordem sobrenatural, indispensável à salvação.

  2. Alguém pode negar, ser contra, ou achar que não é possível, se Deus em sua onipotência decidir que nenhum católico deva entrar na vida eterna e que lá estarão, todos os protestantes, todos os ateus, todos de todas as religiões excetuando-se os católicos e mesmo satanás será premiado pela vontade divina. É claro que Deus sendo Deus pode tudo, e não cabe recurso.

    No passo que estamos indo, as portas do inferno não prevalecerão sobre a religião católica, não que não pudesse, mas sim por puro desinteresse de satanás.

    Ou a Igreja católica é santa e atraí todos para a santidade e isto tem que ficar marcado na vida da humanidade como uma luz a ser seguida, ou não adianta deixar os primeiros bancos para os filhos do mal, mesmo estes bancos ficarão vazios.

  3. Simpatizo a candura de Ferraz, porém mesmo sendo eu muito imperfeito, sou atraído pela talvez ilusão de muitos de nós humanos, de que a lógica e a evidência servem para alguma coisa, não sendo somente uma brincadeira de Deus.Daí que me parece REAL( embora, de fato, seja apenas evidente para mim e para nós) que nenhum Bispo estará ajudando protestantes a despertarem rezando em conjunto com hereges e homenageando, de modo solene,em ato público e oficial, um Heresiarca Mor, um Patriarca da Heresia, num dia dedicado, exatamente, à sua separação da Igreja, ao ato formal de divisão e negação. Fazendo isto, tal Bispo estará, de modo psico-político-pedagógico, induzindo os outros a erro, ao irenismo, ao indiferentismo, ao relativismo e outros ismos.Mormente se tiver sido eleito Bispo de Roma.Filhinhos, amai-vos uns aos outros, não somente EM PALAVRAS, mas em Espírito e em Verdade.
    Será que Deus Uno e Trino tinha e tem noção claríssima de linguagem não verbal, de mensagem implícita, de impulso social humano, de arquétipos como O Chefe , o Velho Sábio, o Herói, o Tesouro? Ou Deus ainda não teve tempo de meditar sobre o assunto, ou de ler Carl Gustav Jung, e outros pensadores, antigos e novos?

  4. Rapaz, cada dia você se supera nas suas reflexões. ESSE TÍTULO ESTÁ EQUIVOCADO TOTALMENTE, ASSIM TAMBÉM O TEXTO QUANDO FALA PROTESTANTE NO CÉU. A FÉ CATÓLICA NOS ENSINA QUE PARA SER SALVO É PRECISO SER CATÓLICO, OU SEJA, ACEITAR OS DOGMAS, CRER NAS VERDADES DE FÉ DO CATOLICISMO. PORTANTO, NO CÉU NÃO EXISTE PROTESTANTE. SE EM VIDA ELE FOI PROTESTANTE, E ESTE POR VENTURA ESTÁ SALVO, COM TODA CERTEZA, NOS ÚLTIMOS DIAS, HORAS, OU MINUTOS DE VIDA, CERTAMENTE ELE FOI CONVERTIDO NA VERDADEIRA FÉ. NINGUÉM AQUI NESTE MUNDO SABE COMO ISSO ACONTECE, EXISTEM ESFORÇOS TEOLÓGICOS DE SE EXPLICAR, MAS O CERTO É QUE HOUVE CONVERSÃO, HOUVE A ACEITAÇÃO DAS VERDADES DE FÉ, OU SEJA, ESSAS ALMAS ACEITARAM POR EXEMPLO, QUE MARIA É MÃE DE DEUS, IMACULADA, VIRGEM, E ASSUNTA AO CÉU.
    TENDO CONHECIMENTO DE COMO LUTERO MORREU, SEGUNDO UM AUTOR DA SUA BIOGRAFIA, QUE CONTA COMO O CORPO DELE FEDIA E ESTAVA COM UMA FISIONOMIA FACIAL HORRIPILANTE, COM SINTOMAS DE QUEM MORRERA EM FEDOR DE IMORALIDADE, É MUITO DIFÍCIL DIZER QUE TENHA SIDO SALVO. AFINAL FORAM ANOS E ANOS PREGANDO CONTRA A JESUS CRISTO E CONTRA SUA IGREJA.

  5. SER PROTESTANTE É ATESTADO PÚBLICO DE IGNORANCIA RELIGIOSA E NÃO POSSUIR RACIOCINIO!
    Como poderá, em principio, santificar-se um herege, ir pra o Céu e desprezar a Mãe de Jesus, N Senhora?
    De como santificar-se um protestante se não tem os sacramentos e Jesus nada tem a ver com essas fundações humanas?
    A saber: ficam o tempo todo “lendo” a biblia, mais se parecendo decorebas, mas não raciocinam sobre o conteúdo, o que parece, pois jamais descobrem que a Igreja católica é a extensão do SS Corpo de Cristo, como em Col 1,18:
    Ele é a cabeça do corpo,
    que é a igreja;
    é o princípio e o primogênito
    dentre os mortos,
    para que em tudo tenha a supremacia.
    Idem em Col 1 24:
    Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja.
    O mesmo, dentre mais em Ef 1 22-23:
    Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja.
    Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja(Ecclesiam meam) Mt 16,18.
    Como poderia estar a verdade numa das cerca de 30 000 ou mais seitas relativistas, invencionices a partir do devasso Lutero que as montou para tentar nela se justificar de seus erros?
    As igrejas protestantes são revolucionarias: nelas, cada um é o auto espírito santo a se iluminar, nem ao pastor dão ouvidos se não convier, nenhuma dessas seitas têm magisterio definido e cada qual decide pelo livre arbitrio – que alienação doutrinaria é essa, hem?
    Se alguém fundar uma seita qualquer hoje, valerá o mesmo que a luterana, a mais antiga – todas invencionices humanas!
    Todas as vezes que discuti com esses pastores e obreiros e que não conseguiram saída, depois passam longe e nem mais querem papo; nas conversas, dizem que depois que passaram para essas igrejas estão muitos satisfeitos, exs.:
    1 – Um me disse: depois que passei para evangélico, minha mulher mudou um tanto comigo…
    2 – Outro: depois que passei parra evangélico minha situação financeira melhorou um tanto…
    3 – Um sra me disse o mesmo acima.
    4 – Outro, foi numa igreja que conheci minha esposa…
    5 – Depois que passei para evangélica o mestre me aparece de branco no meu quarto e me diz que agora estou na verdadeira igreja..
    6 – Não quero me misturar a esses catoooooólicos!…. Etc. etc.
    Cuidado com Satã trabalhando os pontos fracos de cada um, gente!…

  6. O sr. Lamartine, no meu ponto de vista ,está coberto de razão.

    Atitudes como essas do Bispo de Roma,além de não converter nenhum protestate,ainda serve para levar os católicos que ainda são praticantes,ao relativismo religioso.

    Destrói o espírito missionário da Igreja…Ou seja,toda essa política eclesiástica não acredito que seja algo inspirado pelo Espírito Santo.

  7. Lutero postou suas 95 testes na porta da igreja de Wittenberg no dia 31 de outubro possivelmente para obter o máximo de publicidade à sua disputatio já que esta igreja é precisamente dedicada a Todos os Santos (se verdadeiro for o episódio).

    Em outro tópico, há abundantes notícias relatando que Francisco não intencionava rezar missa alguma na Suécia. Apenas o fez pressionado pelos fiéis desse país, o que ilustra bem quais são as prioridades de nosso Pontífice em sua busca de ovelhas desgarradas pelos fiordes geladamente socialistas daquele triste país.

    “At first, Pope Francis did not want to celebrate a Catholic Mass in Sweden in order to preserve Monday’s ecumenical witness at the joint Catholic-Lutheran commemoration of the Reformation in Lund, he revealed in an interview released today.

    He later changed his mind after reflecting on his role as pastor of the Catholic community, and in response to a request from the local Church. But he put the Mass on the following day, Tuesday, in order to “avoid confusing” the ecumenical event with the Catholic one.

    The pope revealed his decision-making process in an interview with the Swedish Jesuit journal Signum released in English October 28 on the website of Civiltà Cattolica magazine.”

    https://cruxnow.com/vatican/2016/10/28/pope-explains-reluctance-celebrate-mass-sweden/

    Mas já que o Jorge aprecia coincidências temporais, gostaria de lhe sugerir uma postagem sobre a destruição, por um terremoto, da Basílica de São Bento de Núrcia, o padroeiro da Europa, precisamente na véspera da viagem do Santo Padre à Suécia. Outra coincidência que merece ser explorada, é o derrame sofrido por D. Piero Marini, um dos arquitetos da missa nova, precisamente no dia 31 último.

    Sinal? Castigo?

  8. Teólogo recifense, o que você tem a dizer sobre isso:

    “Enquanto o Papa se unia a Protestantes em Lund, na Suécia, para recordar os 500 anos da revolução protestante, Católicos faziam uma procissão pelas ruas da cidade. Em seus cartazes, frases como: “Como pode uma celebração da revolta trazer unidade?”, “A verdadeira paz vem do céu, ouça Nossa Senhora de Fátima” e “Não esconda a verdade Católica”. No sábado, 30 de outubro, o grupo entregou o panfleto “Deveriam os Católicos celebrar Martinho Lutero?” na porta da única paróquia Católica da cidade.”

    https://fratresinunum.com/2016/11/03/como-pode-uma-celebracao-da-revolta-trazer-unidade/#comments

  9. Impressionante como a realidade é muito diferente, e triste, da mostrada pelo teólogo recifense…!

  10. cgtenisarlos,

    Não é necessário fé explícita em todos os dogmas para ser salvo. Para muitos, basta a fé implícita (a negação material do dogma se dá sob ignorância invencível, possibilitando a sua aceitação formal implícita).

    Todos os manuais de teologia vão lhe dizer isso: é absolutamente necessário crer na existência de Deus e na retribuição futura com fé explícita (nem a ignorância invencível é capaz de dispensar essa necessidade para a salvação). Santo Tomás e outros autores adicionam também os mistérios da Trindade, da Encarnação e da Paixão e Ressurreição de NSJC.

  11. Por Fé e lógica,especialmente considerando a onipotência de Deus, sabemos que todas estas ” “novidades” passarão, e todos os aspectos e princípios da ” nova ordem” se extinguirão, e a Vitória final de Deus será total, completa, absoluta.
    Porém, algumas vezes me ocorre: tem MESMO algum mau padre, algum mau Bispo, pelo mau exemplo, pelas palavras heréticas implícitas ou implícitas, a capacidade de jogar uma só pessoa que seja no inferno? Alguém pode ter que vivenciar, eternamente, o desespero, porque foi enganado, ou não alertado?Alguém fraco na fé, porque os fortes nem chegariam a ser afetados?Não haveria aí uma certa injustiça?Quem é TOTALMENTE alerta de todas as verdades, de todas as suas consequências, de todas as suas decorrências e variações? Isto me ocorre pensar, mas não encontro solução plena para a questão.Porém um leigo ou um sacerdote tem que agir certo, pensar certo, dar exemplos bons, claros, não porque isto vá ‘ danar” alguém, mas pelos Direitos próprios da Verdade e de Deus, pela Retidão e Glória da Verdade em si, mesmo que, no concreto, por conta de atenuantes, ignorâncias, misericórdia de Deus, NINGUÉM tenha penas eternas, mas somente ” purgatoriais”.Mesmo que nenhuma mãe assassina vá para o inferno, é uma tragédia ‘ infinita” matar um bebê indefeso e sem culpa, aumentada pelas palavras ambíguas de Bispos falando benevolamente sobre quadrilhas de assassinas que se intitulam ” católicas pelo direito de decidir”. É um desprezo ” infinito” ao amor e à Majestade de Deus.
    Nota ” infinito” e outras palavras entre aspas é um modo de indicar que tais palavras estão usadas imperfeitamente( por exemplo: jamais uma tragédia poderia ser, rigorosamente, infinita, composta de um conjunto infinito MESMO de tragediazinhas pontuais).

  12. O texto está errado mesmo. Não existe protestante no céu. E sim ex-protestantes. Ex-budistas. Ex-muçulmanos. No céu somos todos CATÓLICOS.

  13. Lutero era um tremendo e assumido satanista, pareceria que fôra dominado por uma legião de Espiritos da Trevas, do mais poderosos das hostes infernais, a saber:
    * A suposta “Reforma” protestante, vista já em perspectiva histórica, não foi outra coisa que uma ruptura doutrinal no seio mesmo da Igreja, e dizemos “ruptura doutrinal” porque, atualmente, nenhum historiador sério,coerente com os escritos de Lutero à vista, dirá que o motivo da separação se baseou apenas nos abusos do clero ou na pregação das indulgências em ordem a construir a Basílica Vaticana; do contrário, o mesmo Lutero estaria ali para desmenti-lo:
    “Eu não impugno a imoralidade e os abusos, mas a substância e a doutrina do Papado (…). Eu nunca deixei de atacar às duas colunas do Papado: os votos monásticos e o Sacrifício da Missa”.4. ALFREDO SÁENZ, La Nave y las tempestades. La Reforma Protestante, Gladius, Buenos Aires 2005, 90. De especial interesse é o prólogo do Pe. Horacio Bojorge

  14. Para conhecimento de todos: excomunhão de Lutero pela igreja. Muito esclarecedor. Pena que o Papa atual não “sabe” ou então não sei qual outro motivo de não se aproximar de uma instituição criada por um herege. Buscar ovelhas perdidas não significa que deve-se celebrar algo numa instituição criada por um herege. Como faziam os santos e missionários católicos pregação e exortação á verdade

    http://espelhodejustica.blogspot.com.br/2016/11/bula-de-excomunhao-de-martinho-lutero.html?m=1

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