Nos últimos dias, grande parte da mídia tem se empenhado em divulgar uma imagem de oposição (totalmente artificial e forçada, diga-se de passagem) entre o Papa Francisco e o Papa Bento XVI. Com a profundidade de consultores de moda analisando as últimas tendências das novelas da Globo, uma multidão de especialistas tem se dedicado a mostrar que o Papa Francisco é muito diferente de Bento XVI por conta da cor dos sapatos que eles usam ou das diferenças em como um e outro envergam suas vestes corais.
O expediente é francamente ridículo, mas tem o fito mal-disfarçado de predispôr as pessoas a acreditarem que o novo Papa poderá tomar posições opostas às de Bento XVI nos assuntos que são os queridinhos da mídia contemporânea: aborto, relativismo moral, laicismo desenfreado, “casamento” gay, divórcio, sexo fora do casamento, et cetera, et cetera. A mensagem implícita transmitida no meio de mozzette e cruzes peitorais é justamente essa: se o Papa Francisco faz tanta questão de se distanciar de seu predecessor na forma como se veste e como se apresenta em público, por que não poderíamos esperar uma divergência proporcional entre os pensamentos de ambos?
Um excelente artigo da Gazeta do Povo de hoje – leiam lá! – aborda justamente este assunto. E revela que, na tentativa de construir a todo custo uma imagem do novo pontífice em tudo contrária à do seu predecessor, a imprensa age de maneira assustadoramente seletiva, beirando a manipulação da verdade:
Francisco se sente muito à vontade entre a multidão, mas é até injusto comparar um pontífice com décadas de experiência pastoral com um acadêmico introvertido que fez praticamente toda a sua carreira eclesiástica em universidades e na Cúria Romana. E, mesmo assim, Bento nunca fugiu dos fiéis ou nunca se mostrou avesso ao contato com as pessoas. O “abraço coletivo” que ganhou dos dependentes de drogas na Fazenda Esperança, em Guaratinguetá (SP), é um dos momentos mais tocantes de sua visita ao Brasil, em 2007.
Especificamente sobre o Papa Francisco, a propósito, é fato público e amplamente conhecido por todos que ele possui as mesmíssimas posições morais (como não poderia deixar de ser) dos seus antecessores. Dos seus 265 antecessores, aliás, talvez valha a pena frisar. E assim nós seguiremos, até a consumação dos séculos: na defesa intransigente dos valores religiosos e morais pelos quais vinte séculos de cristãos deram a própria vida, independente de quem seja o homem que a Divina Providência permita calçar as Sandálias do Pescador. A palavra de Deus não passará e nem mudará, por mais artimanhas sofistas que a mídia empregue contra a Igreja de Cristo.
A mídia é de tal modo seletiva, que esquece de mencionar a insistente menção ao Papa Emérito em praticamente todas as comunicações do Papa Francisco desde a sua eleição, sempre de modo respeitoso, afetuoso e até reverente.
A mídia se acha superior a tudo, porém se utiliza dos mais baixos artifícios para transformar mentiras em verdades. Depois de viver 53 anos e ter presenciado tantos momentos da história do meu tempo, chego a conclusão que a verdade dos fatos deve ser creditada por outras fontes mais fidedignas, o que se joga na mídia tem que ser muito bem filtrada, além de ser apresentada com muita superficialidade, induz a opinião pública a seguir o que seja mais conveniente aos interesses não nobres da verdade dos fatos.
“Já não existe mais Bergoglio, mas sim Francisco”?
http://intribulationepatientes.wordpress.com/2013/03/22/ja-nao-existe-mais-bergoglio-mas-sim-francisco/#more-1240
A igreja sobrevive sem a midia, porque ela diz a verdade e prega a verdade, a midia não sobrevive sem os fatos que a igreja prega, porque quando a midia não compreende a verdade, ela prefere destorcer a verdade em ves de procurar a compreender do que se trata o assunto que a igreja esta pregando. midia dentro da igreja não serve pra nada.