A respeito da polêmica envolvendo a Sara Winter, as tatuagens e uma Missa do IBP em Brasília, conforme relatada pelo sr. Thácio Siqueira em três posts consecutivos (aqui, aqui e aqui), parece oportuno fazer algumas considerações.
1. A despeito de quaisquer boas intenções que possa ter havido de ambos os lados, o resultado é uma tragédia completa. Por um lado, uma recém-convertida saindo aos prantos de um templo católico por ter sido quase escorraçada de lá no meio de uma Missa; por outro lado, um «professor de Teologia e Filosofia, formado em Roma» publicando absurdos na internet e indispondo a opinião pública contra uma espiritualidade católica, santa e legítima. É difícil imaginar como as coisas poderiam sair pior.
2. Sobre as tatuagens, no mérito, eu confesso que não sei de onde foi tirada a informação de que fazê-las seria pecado mortal contra o Quinto Mandamento. O Catecismo não diz isso, nem o novo, nem o Tridentino. O Compêndio do Del Greco não tem um verbete “tatuagem” no índice remissivo. A Teología Moral para seglares do pe. Royo Marín não diz nada sobre o tema, nem o Compendio Moral Salmaticense. Desconheço, do mesmo modo, qualquer pronunciamento da Santa Sé, do Papa ou dos Dicastérios Romanos, a respeito do assunto. Não se compreende, assim, que “pecado mortal” seria esse que, desconhecido dos moralistas e dos documentos eclesiásticos, pode licitamente ser bramido em uma Missa contra uma recém-convertida que traz ainda em seu corpo as cicatrizes de sua vida pregressa — e aqui chegamos ao ponto seguinte.
3. Sobre as tatuagens, na forma, a coisa não podia ser mais desajeitada. Sinceramente! Conceda-se, ad argumentandum, que as tatuagens sejam pecado mortal; por conta disso se vai expôr uma fiel no meio da missa, uma visitante, diante de toda a comunidade reunida? Não se cogitou, se se julgasse realmente preciso, repreender em privado? Era mesmo necessário o julgamento em público, a crítica feita do alto do púlpito, a censura áspera e claramente endereçada diante de todos?
Mais até: o pecado é um ato que se pratica, e não uma condição que se adquire. A tatuagem não é um ato humano e sim uma marca, uma coisa; se houvesse pecado aqui, ele obviamente seria o de fazer a tatuagem, e não o simples fato de possuí-la. Concedendo portanto que um pastor de almas pudesse censurar e repreender um fiel que estivesse em vias de fazer uma tatuagem, não se pode transpôr essa mesma lógica para um fiel que possua uma tatuagem já feita. Como saber se a tinta na pele não é meramente o resquício de um pecado já há muito arrependido? Como inferir, dos desenhos no corpo feitos no passado (sabe-se lá o quão distante!), a presença de um vilipêndio em ato ao templo do Espírito Santo em que, pelo Batismo, se torna o corpo humano?
Finalmente, a exigência de se reverter as consequências dos pecados anteriormente cometidos não é absoluta. Quem rouba um relógio precisa devolver o relógio roubado ou o equivalente, sem dúvidas; mas quem amputa o próprio braço não está forçado a implantar um braço biônico, a quem comete um aborto não é exigido que adote uma criança, quem faz vasectomia não é constrangido a se submeter a uma segunda cirurgia para reverter a esterilidade provocada. Por que cargas d’água quem fez uma tatuagem — tudo isso considerando que fazer tatuagem fosse pecado! — estaria moralmente obrigado a removê-la?
Tudo isso parece um excesso de zelo totalmente desordenado. E tal falta de sensibilidade dos envolvidos nessa quixotesca cruzada contra as tatuagens — é o ponto seguinte — terminou por dar azo a que o sr. Thácio Siqueira denegrisse a imagem dos fiéis que aderem à espiritualidade católica tradicional, prestando um enorme desserviço à causa da Liturgia.
4. No afã de protestar contra o absurdo de que foi vítima a Sara Winter, o sr. Thácio terminou por voltar os seus canhões contra a própria espiritualidade católica tradicional, criticando a coisa certa pelas razões erradas e protagonizando um espetáculo tão contraditório quanto deplorável.
O primeiro relato é este aqui. O desdém do professor pelas formas clássicas da liturgia perpassa todo o texto, a começar pelo título onde chama a Missa Tridentina de “algo muito estranho”. Critica as normas de vestimenta, o uso do véu, até o latim do sacerdote. Chama o rito tridentino de “pouquíssimo acolhedor”. Chega ao ponto de chamar o Santo Sacrifício celebrado segundo as rubricas de 62 de “missa”, assim entre aspas (!):
Começou a “missa”. Tudo em latim. Legal! Mas, não dava pra entender nada por falha de dicção do sacerdote.
O segundo relato é inteiramente dedicado a denegrir, em público e com uma dose bastante ácida de ironia, o pároco da referida paróquia, o próprio Instituto Bom Pastor e, indiretamente, todos os fiéis que cultivam a espiritualidade tradicional. Percebam, o sujeito confessadamente não conhece nada do rito, a sua única experiência foi no último domingo e, mesmo assim, ele se julga no direito de desabonar todos os católicos do mundo que de algum modo participam da liturgia gregoriana:
O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas, o Bom Pastor deixa as noventa e nove ovelhas e vai em busca da que ficou para trás, o Bom Pastor carrega a ovelha no colo, o Bom Pastor não humilha alguém em público.
Confesso que não conhecia esse Instituto Bom Pastor até o acontecido no último domingo, mas a maioria das pessoas que comentaram no meu site defendendo tal Instituto demonstraram uma animosidade que me assustou.
Serão assim todos os seguidores de tal rito?
Por fim, o terceiro relato é um mero mosaico desconexo de copiar-e-colar textos sobre a Forma Extraordinária do Rito Romano. É o mais equilibrado dos três, provavelmente por ser o que contém menos texto próprio do sr. Thácio.
5. A atitude do sr. Thácio, conquanto motivada por uma causa justa, é toda de se censurar. Primeiro que ele não tem direito algum de tratar de maneira assim tão desdenhosa — debochada até — um rito católico legítimo, aprovado e autorizado pela Igreja. Segundo: não tem lógica nenhuma, nem é justo de nenhuma maneira, utilizar uma única experiência particular — realizada uma única vez na vida e em uma única igreja específica — para lançar em público a pecha da suspeição sobre todos os sacerdotes e leigos que integram o IBP (um instituto canônico regularmente erigido pela própria Santa Sé), nem muitíssimo menos sobre todos os católicos que, não pertencendo ao IBP, todavia sentem-se de algum modo ligados à Forma Extraordinária do Rito Romano (os «seguidores de tal rito», como ele se refere acusadoramente a nós). Terceiro, é assustadoramente contraditório protestar contra a exposição pública dos supostos pecados de uma fiel católica na igreja… expondo publicamente, na internet, os alegados defeitos de um sacerdote católico! Quer dizer, o padre fazer isso na igreja é inadmissível, mas o leigo fazer o mesmo na internet está tudo bem? Que loucura é essa?
6. Por fim, registre-se aqui o nosso duplo desagravo. Primeiro, aos católicos tradicionais, cuja imagem foi manchada pelo “tradicionalismo” de um lado e pelo “anti-tradicionalismo” do outro. Não aceitamos a pecha da arrogância, do sectarismo, da falta de acolhimento: se alguns católicos possuem algum ranço jansenista isso é lá com eles, não sendo justo extrapolar os defeitos de particulares para um grupo não-uniforme de católicos e nem muitíssimo menos para um rito legítimo da Igreja enquanto tal. E segundo, e principalmente, a Sara Winter, pessoa que por sua história de vida é digna de toda a nossa compreensão e que pela boa vontade que vem demonstrando merece as portas de todas as igrejas abertas de par em par para si. Sara, o autor dessas linhas não tem nada a ver com a igrejinha de Brasília de onde você saiu em lágrimas no domingo passado; mas, na qualidade de católico, venho aqui oferecer as minhas desculpas, a minha solidariedade e as minhas orações.
Jorge,
Faltou dizer que quem expôs primeiro o referido sacerdote foi a própria Sara Winter (o perfil dela possui quase 5.000 amigos). Ela fez duas postagens, uma primeira que apagou; e a segunda, compartilhando o artigo do teólogo e censurando o sacerdote na descrição.
Há relatos de pessoas que estavam na Missa dizendo que a crítica não foi direcionada à ela…
Por último, o teólogo escreveu mal seu texto – a começar pelo título -, mas acredito que ele nada tem contra a Missa tridentina, a julgar pelas explicações que deu nos comentários de seus artigos e num grupo do facebook. Ou seja, ele deu uma impressão errada pela escrita. Mas de fato errou em expôr padre.
Abs.
Salve Maria, Jorge.
Sou de Brasília, esta é a primeira vez que posto em um blog, embora lhe acompanhe a bastante tempo, mais precisamente, quando Orlando Fedeli ainda estava entre nós. O motivo de publicar é ajudar a esclarecer alguns pontos do seu artigo. Acho que o senhor, salvo engano, é de Recife, e talvez, a distância lhe tenha atrapalhado em algumas observações. Não vou entrar no mérito sobre as tatuagens, temos a doutrina católica para isso. Com relação ao que o padre falou, ele só repetiu os aviso dominicais, não há nada de especial. O que foi falado no domingo passado é, quase sempre, repetido todo santo domingo. O mesmo ocorre em relação à adesão à direita, ao culto de personalidade, à modéstia no vestir e outros temas, independente de quem possa estar na capela, enfim não há nada de especial no que ele falou. As pessoas que parecem criar uma categoria de pessoas especiais. Não existe esta polêmica. Você verá.
Um abraço e fique com Deus.
Jorge,
Abaixo colaciono um link com um texto sobre tatuagem e sua moralidade escrito pelo Padre Daniel do IBP que é um dos padres da capela, o texto, salvo engano, foi publicado em 2013. Acho que será proveitosa a leitura do texto para entender a posição exposta pelo Padre.
https://scutumfidei.org/2013/10/28/a-tatuagem-e-sua-moralidade/
Uma coisa,a tatoagem exposta na Missa pode sim causar escândalos nos fieis se a pessoa estiver vestida inadequadamente.E isso pode gerar uma situação chata.Nem tudo está na Bíblica diretamente,mais ela mesmo pode nos dar morais para o ensinamento da Igreja.Até agora os padres são claros que a tatoagem é mutilação e está inserido no 5° mandamento.Até aí o Padre deu uma orientação que todos explicam.
Salve Maria! Não foi falado que tatuagens é um pecado mortal. O teólogo que inventou isso. Leia sobre o que realmente o padre fala sobre tatuagem, aí verá que este teólogo joga baixo. No texto que o Bernardo postou acima. https://scutumfidei.org/2013/10/28/a-tatuagem-e-sua-moralidade/
Jorge, você está mal informado. O padre não disse, no aviso, que era pecado MORTAL. Tampouco ele fez o aviso direcionado exclusivamente à Sara. Esses avisos sobre tatuagens, dentre outros temas, são lidos desde 2015, pelo menos. Frequento a capela desde o início e falo com propriedade. Eu fui à missa no último domingo e ouvi o mesmo aviso. Vou falar contigo em particular, pra esclarecer no que for necessário. Abraço! Fique com Deus.
Eu frequento a capela do IBP, neste dia fui à missa da manhã, e com a reta intenção digo que o padre não expôs ninguém no mesmo aviso que ocorreu na parte da manhã. Pelos testemunhos de quem foi à missa de noite, o padre não encarou a Sara Winter ao dizer o aviso.
Os sermões e avisos dos padres são escritos e preparados antes mesmo de Domingo, então não tinha como eles saberem que ela estaria lá e foi diretamente para ela. Acontece que os bons pastores da Capela N. Sra. da Dores nunca deram um aviso e sermão se dirigindo diretamente à alguém e humilhando alguém. Os sermões e avisos são para todos, se um não cometeu tal erro então está avisado para que não cometa e não desagrade a Deus. Se cometeu o erro, então agora que sabe vá atrás do perdão de Deus. Se por acaso já ocorreu humilhações naquela capela, foram as nossas consciências nos acusando ao perceber o erro e pecado do qual nós vivíamos.
“O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas, o Bom Pastor deixa as noventa e nove ovelhas e vai em busca da que ficou para trás, o Bom Pastor carrega a ovelha no colo, o Bom Pastor não humilha alguém em público” disse o professor.
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Mas o Bom Pastor aponta os erros e os meios para sair dele. O Bom Pastor não se compraz com pecados e erros, ele odeia o pecado mas não o pecador por isso não desiste de suas ovelhas mesmo que elas caiam no pecado. Não há caridade sem verdade, para que haja verdadeira conversão é preciso contrição e a verdadeira contrição só se pode ter se for apoiada na verdade.
1.https://scutumfidei.org/2013/10/28/a-tatuagem-e-sua-moralidade/
2.https://missatridentinaembrasilia.org/2016/10/05/sermao-nem-direita-nem-esquerda-nem-centro-sejamos-catolicos/
Os dois sermões explicam sobre os avisos dos quais a moça e o professor se sentiram inconformados e saiu.
Peço que reconsidere esse texto que você escreveu. Não foi excesso de zelo desordenado e nem falta de sensibilidade. Quem lê esse texto tem a tendencia de formar uma ideia errada da atitude dos bons padres da Capela e o fato de serem padres tradicionais já é o suficiente para levarem consigo, por causa dos que não conhecem realmente a tradição, a mentira de serem fariseus, fundamentalistas e outras tantas bobagens. Não queremos propagar mentiras sobre tão grandes instrumentos de Deus, que são os padres, ainda mais quando eles são zelosos com suas ovelhas.
Salve Maria!
Corrijo
*Os sermões e avisos dos padres são escritos e preparados antes mesmo de Domingo, então não tinha como eles saberem que ela estaria lá e fazerem diretamente para ela.
Caro Jorge,
Seria mais prudente de sua parte retirar esse texto, pelo menos até você se informar de maneira adequada e justa do que realmente aconteceu. Você está levando em conta somente o relato de uma das partes envolvida e isso é muito sério e perigoso, ainda mais pelo fato de várias testemunhas atestarem que a descrição dos fatos narrada pelo Thácio não condiz com a verdade. Perceba que você está caindo no mesmo erro do qual acusa o Thácio:
“é assustadoramente contraditório protestar contra a exposição pública dos supostos pecados de uma fiel católica na igreja… expondo publicamente, na internet, os alegados defeitos de um sacerdote católico! Quer dizer, o padre fazer isso na igreja é inadmissível, mas o leigo fazer o mesmo na internet está tudo bem? Que loucura é essa?”
É justamente o que você está fazendo com esse seu texto! Está expondo publicamente, na internet, os supostos defeitos de um sacerdote católico, sem suficiente conhecimento do caso. Com isso você só está piorando a situação.
Caro Jorge,
Acompanho seu site já há bastante tempo, apesar de nunca ter comentado aqui.
Li sobre esses acontecimentos, e, em minha opinião, o que parece é que tudo foi um grande mal entendido. (Um muito infeliz mal entendido).
Comecei a frequentar a Santa Missa na referida capela há poucos meses. Mas o que já me impressionou desde o início foi o fato de os padres não terem receio de falar a verdade e defender a Fé Católica tal como ela é, sem rodeios.
Neste último domingo, estive na Missa da manhã (a Sara, tudo indica, foi à noite). Foi dado esse mesmo aviso da tatuagem pelo Pe. Daniel, que não foi quem celebrou à noite, pelo que li.
Quanto à tatuagem ser pecado, eu não tenho conhecimento para dizer. Digo apenas que não é a primeira vez que ouço isso de um padre. Escutei isso ainda criança, assistindo a TV Canção Nova com minha mãe, da boca do Pe Léo (ou Pe José Augusto, agora não me recordo exatamente quem foi).
Mas em nenhum momento o padre, na Capela, disse se tratar de pecado grave, ou que as pessoas tatuadas não era bem vindas lá. O que ele disse, mais ou menos, é que fazer tatuagens era um pecado contra o quinto mandamento, pois seria uma mutilação do corpo sem motivo proporcionalmente grave. E que as pessoas que, em decorrência de sua vida passada, possuem tatuagens, devem tentar removê-las ou procurar cobri-las para que não apareçam.
Foi isso o que eu ouvi, e sei que o padre não fez direcionamento nenhum; até porque, em todas as missas, os padres não falam de improviso, mas leem o papel que já deixaram no púlpito/ambão.
E, na hora, entendi que não se tratava de uma obrigação, mas de se fazer na medida do possível. Exemplo, se alguém tem tatuagem no rosto, que não dá pra esconder, paciência, pode até ser um testemunho de sua conversão. Mas, caso seja possível esconder, que se procure esconder.
Aliás, esses avisos sobre modéstia são bem frequentes. Uns dois ou três domingos atrás, estava sentado perto do púlpito, e o padre se referiu à modéstia masculina, que os adornos eram essencialmente femininos, por isso não cabia aos homens usar brincos, falou a respeito do cabelo e da roupa etc. Como eu olhava para o padre, e nessa hora ele me olhou, ali perto, tive impressão de que ele falava comigo. Me olhei e vi que aparentemente eu não estava em desacordo, mas ainda resolvi confirmar com minha esposa após a Missa, que me disse que devia ter sido só uma impressão minha mesmo.
Acho que foi isso que aconteceu com a Sara Winter. Como falaram que ela estava sentada bem na frente, perto do ambão, o padre deve ter olhado pra ela enquanto lia o aviso que estava escrito, aí ela teve essa impressão. Eu não estava lá, então não tenho como afirmar, mas me parece ser isso. Mas acho difícil acreditar que o padre tenha tentado humilhá-la, desse jeito. Sei lá, não me parece verossímil que ele tenha falado isso só por falar.
De qualquer modo, um último comentário: não sei como ela estava vestida, mas: se ela não estava vestida modestamente, ou de maneira a esconder as tatuagens que poderiam ser escondidas, então não era esse o objetivo do aviso do padre? (que coincidiu com o fato de ela estar lá). Não como algo pessoal, mas como um aviso geral em que vemos que “a carapuça serviu”?
Mas se ela estava com as tatuagens escondidas, então realmente poderia ver que não se tratava dela pessoalmente, uma vez que é bastante plausível que o padre possa nem sequer saber quem ela é.
Não quero julgar nem ofender ninguém, quis apenas expor meu ponto de vista, porque pra mim isso não passou de um mal entendido, as que me deixou meio triste, de certa forma, depois de ter vistos tantos comentários maldosos contra a capela, o padre e o Rito Extraordinário em geral (como no próprio texto do Sr Thácio Siqueira).
Desculpas pelo texto (muito) longo.
Fique com Deus!
Já é difícil levar as pessoas a missa tridentina, quando vão, acontece isso.
Quem estiver enfezadinho pode ir no culto do “padre” Rabo de Mel. Lá pode tudo.
Só quem não conhece o bondoso Pe. Tiago pode dizer que ele seria capaz de humilhar alguém em público dessa forma. Esses avisos são dados sempre na Capela e, inclusive, ja havia sido proferido na Missa da manhã. Acredito que essa moça, junto com o tal teólogo, se acham o centro das atenções, como se tudo girasse em torno deles. Daí esses arroubos de falso vitimismo.
Não fale assim Marcos Leite. Somo católicos e sabemos como é grande a dignidade sacerdotal. Se por um caso infeliz um padre não honra a dignidade que Cristo lhe deu, honremos nós então e rezemos para que ele perceba o infeliz erro que comete. Sem falar no escândalo que podemos causar falando de maneira tão grosseira de um padre.
Não defendo como esse padre se comporta, na verdade é digno de horror e indiferença quanto ao comportamento dele mas não será assim que as coisas melhorarão.
Bom, ainda parece haver uma grande confusão sobre os fatos. Repito, como é de costume antes de preferirem os Sermões os Padres SEMPRE leem alguns conselhos e observações já PREVIAMENTE preparados. No domingo passado os Padres alertaram dentre outras coisas acerca das tatuagens e sua moralidade, acerca dos erros contidos na nova “direita”, etc, ocasião em que a Sara esteve presente.
Ora, o que foi dito na Missa matutina foi o mesmo repetido na Missa noturna, à qual Sara assistiu. Não há como os Padres saberem quem vai ou não às Missas. Assim, todas as orientações são feitas de modo genérico, à quem delas necessitar.
Frequento a Capela há algum tempo e JAMAIS vi alguma pessoa, (independente de quem quer que seja, de como esteja trajada, etc) não ser acolhida em função disso.
Após a Missa os Padres sempre se colocam à disposição dos fiéis.
É lamentável como a Sara interpretou mal a exortação, que foi dirigida à quem dela precisasse. Gostaria muito que ela soubesse que nada foi dirigido à ela em especial.
As exortações têm como finalidade precípua o bem das almas. E aqui deixo meu testemunho pessoal, como têm feito bem à mim e à minha família.
Lamento a forma como os fatos foram e têm sido expostos, de modo a distorcer as exortações dos Padres.
Quanto à postura inicial da Sara, apesar de ser compreensível devido aos muitos sofrimentos pregressos à conversão e à inicial caminhada na fé, devemos admitir que foi muito infeliz.
Desejo muito que ao estar por aqui em Brasília, ela retorne à Missa na Capela e tenha oportunidade de conversar com Padres que certamente a acolherão como o Bom Pastor à uma ovelha.
Lamentável ver esse tipo de situação, onde pessoas saem por ai gritando aos 4 ventos coisas das quais não se informaram direito.
o Thácio sai julgando e criticando sobre o que não sabe.
Você, com seu texto, sai julgando e criticando o Thácio e o padre (e depois percebeu que faltou algumas informações importantíssimas antes de escrever o texto).
E no fim temos um monte de pessoas machucadas nessa historia.
Ninguem teve intencao de ofender a Sara foi um mal entendido e, diga-se de passagem, o proprio Thácio disse que na hora do fato alguem saiu para acolher a Sara e explicar.
Pois bem, o ponto em questao eh a tatuagem ou a ofensa a Sara?
Acho q o que motivou o Thácio foi a situacao da sara, principalmente.
Pois bem, pergunto, se não eh licito ao padre ofender alguem em publico, mesmo que nao tenha sido intencional, eh licito ao Thácio ofender um Padre bem intencionado? Ou toda uma comunidade? Ofender intencionalmente e publicamente. Quem tem maior pecado?
Pois bem, ele com aquela postura e vc reproduzindo essas coisas, so geraram dor e confusao. E não digo só por nós da Capela, mas por aqueles que veem o relato de fora e entendem errado.
O que eu vejo na Capela eh um padre tentando levar os coracoes para o Alto, e que mal ha nisso? Desejar para aqueles que amamos um grau de santidade maior, uma intimidade perfeita com Deus e com Sua vontade, isso eh pecado? Pois eh disso que se Trata tudo isso, um padre que ama seus filhos e quer que saiam do nivel do “isso eh pecado, isso nao eh”, e entrem na Medida do “Amar a Deus sobre todas as coisas”. Me digam, vocês que são teólogos e doutos, é moralmente errado ou pecado um padre conduzir seus próprios fiéis a buscarem a perfeição ?
Sinceramente, o que nós devíamos desejar uns para os outros são os mais altos graus de santidade, para a glória de Deus e salvação do mundo.
Portanto, dar uma paulada na cabeça de alguém toda vez que ele tenta voar, não é produtivo.
Olhem os discursos dos Santos, o que eles fazem e o que eles fazem, eles estão muuuuito acima do nível de certo e errado. Eles estão entregando tudo, inclusive o que e lícito.
Então, sinceramente, eu te pergunto, Jorge, com toda honestidade, qual o efeito do seu texto? O que você quer ao escrever isso?
Estimular que as pessoas façam tatuagens, pois assim estarão amando mais a Deus?
Francamente, se posso te pedir uma caridade, peço de todo coração, tira esse texto do ar, que bem ele produz na sua alma ou na das outras pessoas? O quanto ele te aproxima ou aproxima os outros da santidade?
Faça isso em consideração a toda uma comunidade que foi desrespeitada. Não de mais ibope pra esse thacio, pq ele nem merece.
Falemos do que eh bom, do que louva e da glórias a Deus.
E vc, sabemos que é um católico fiel, portanto, não precisa desse texto queimando seu filme.
Mas bem , vc é livre.
Esse é meu pedido sincero, e se puder acolher, terá minha gratidão e minhas orações, é o que posso oferecer.
Por fim, suplico a todos nós só uma coisa:
“Corações ao alto!”
Ficar aqui discutindo o que é ou não pecado, se algo evidentemente não está trazendo benefícios pra alma, só mostra que estamos voando baixo, e ainda longe da santidade.
Deus abençoe.
Fique com Deus
e com o meu respeito.
Muito grata, Luciana Guth
Agora que li os comentários e vi que não fui a unica que pediu que você retirasse o texto. Pois bem, seria realmente um grande ato de heroísmo e coragem sr vc o fizesse. Até pq, qdo vc escreveu o texto vc não tinha algumas informações sobre o aviso, e agora tem. Portanto, seu texto fica mal…
Na primeira vez que entrei nessa Igreja, nunca havia ido à uma missa tridentina, no entanto me senti super acolhida, coloquei o véu e me senti como qualquer outra pessoa. Me sentiria intimidada e constrangida, caso eu eu fosse a única usando véu. No entanto, eu estava como qualquer outra pessoa lá, o que me deixou super à vontade.
Como já falado em comentários acima, as homilias são preparadas anteriormente, não há como o Padre saber que a Sara ia naquela missa.
Esse tipo de aviso é dado constantemente, assim como outros avisos, visando a nossa melhor participação da missa.
Se é recomendado evitar roupas com estamparias e extravagantes, afinal a atenção na missa deve ser toda voltada para Cristo e deve-se evitar o que possa nos distrair, acho justo o Padre solicitar que quem tenha tatuagem a cubra, na medida do que for possível, é claro.
O aviso foi direcionado a todos, no entanto ela infelizmente achou que era para ela.
Espero que tudo seja esclarecido.
Salve Maria.