Considerações sobre a ignorância

A Igreja Católica e Apostólica é o único caminho instituído por Deus para que os homens sejam salvos. A salvação de cada homem, assim, só é possível no grêmio da Igreja de Cristo, «fora da qual não há salvação» (extra ecclesiam nulla salus). O dogma é pouco conhecido e pior compreendido, muitas vezes mesmo por aqueles que têm alguma compreensão do que significa ignorância invencível.

O engraçado é que não tem como ser diferente. Dado que existe uma única natureza humana da qual todos os homens participam, dado que esta natureza humana encontra-se ferida após a Queda dos nossos primeiros pais, dado que nenhum homem finito é capaz de, por conta própria, reparar as ofensas causadas à Majestade infinita de Deus, dado que Nosso Senhor Jesus Cristo, sendo simultaneamente Homem e Deus, é o único que pode oferecer à divindade a propiciação de que a humanidade necessita, dado que Ele instituiu pessoalmente uma Igreja para continuar na História a Sua obra salvífica, enfim, levadas em consideração todas essas coisas, a conclusão não pode ser outra: para que a pessoa alcance o Céu ela precisa receber a salvação deste canal de graças que é a Igreja. Nenhuma outra teoria é capaz de manter a coerência do sistema. O “fora da Igreja não há salvação” nem precisava ser um dogma, uma vez que é corolário imediato da cosmovisão cristã.

A consequência disso é simples: quem sustenta que possa haver salvação independente da Igreja de Cristo é porque não compreende a própria cosmovisão evangélica. Não se trata de um erro periférico e escusável; é um engano somente possível se a pessoa desconhecer elementos básicos da Doutrina Católica (como o fato de que a natureza humana não é por si só capaz da visão beatífica), ou deles discordar. Que haja uma multidão (mesmo de católicos!) para a qual este dogma cause estranheza, isso só atesta que as pessoas não conhecem a Revelação ou n’Ela não acreditam. Não se trata de engano de pouca monta, mas de erro grave.

Todo erro é erro, toda heresia é heresia, e a negação pertinaz de qualquer verdade que se deva crer com Fé Divina acarreta, ipso facto, a perda de toda a Fé. Assim é. Mas há certas verdades que, por sua sofisticação, por sua especificidade, impõem não poucas dificuldades à pertinácia concreta em sua negação. Por exemplo, a Doutrina Católica crê e professa que em Jesus Cristo existem duas naturezas, a humana e a divina, unidas perfeitamente em uma só pessoa e uma só hipóstase: assim reza o Concílio de Calcedônia. O monofisismo, assim, é uma heresia condenada. Acontece que a profissão do monofisismo com a assertividade necessária à sua caracterização como negação pertinaz das definições de Calcedônia, ao menos aqui no Ocidente pós-cristão, é uma coisa bastante rara e difícil: na prática as pessoas não pensam nessas coisas, e aliás geralmente nem sequer dispõem da bagagem teológica necessária para formular o problema — muito menos para lhe dar resposta contrária à definida pelo Magistério. Em uma palavra, é possível não saber nada sobre um determinado ponto do dogma cristão sem, com isso, quebrar o vínculo da Fé. É possível até mesmo sustentar, por ignorância, posição contrária, de modo leviano e irrefletido, sem que isso consista formalmente em uma heresia capaz de destruir a Fé (digamos, é possível que alguém, por saber que Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, pense, equivocadamente, que n’Ele há apenas uma única vontade, sem nunca dar maior importância ao problema: tal pessoa permaneceria assim integralmente católica).

Aquela «hierarquia das verdades da Fé» da qual fala o Catecismo (CCE, §90) e o Vaticano II (Unitatis Redintegratio, 11) obviamente não significa que algumas verdades são “mais verdadeiras” do que outras; diz respeito, tão-somente, ao modo de compreensão de determinadas verdades, à forma como elas podem ser conhecidas: se defluem imediatamente dos rudimentos do anúncio evangélico ou se, diferentemente, exigem maior aprofundamento doutrinário e teológico para serem compreendidas.

Quero dizer, assim, que o simples erro a respeito de alguns pontos do dogma católico não tem, por si só, força suficiente para elidir a chama da Fé na alma de quem assim erra. O erro do herege é um erro qualificado pela pertinácia. Quero dizer, também, que essa qualificação — essa pertinácia — não está facilmente ao alcance das pessoas menos esclarecidas: quanto mais sofisticado o dogma, e quanto menos instruído o católico, mais difícil lhe é negá-lo com a pertinácia exigida para a caracterização da heresia.

Mas essa, digamos assim, exceção da heresia somente se dá na medida do (des)conhecimento do fiel sobre o assunto. Em outras palavras, o fiel escapa de ser herege precisamente porque não compreende que precisa(va) aderir a tal ou qual ponto com Fé Divina e Católica. Disso decorrem duas coisas: primeiro, que a medida é sempre a capacidade de compreensão concreta do fiel acerca do ponto do dogma objeto da discordância; segundo, que não é possível, para o fiel ignorante, racionalizar a própria ignorância: quanto mais ele medita sobre o assunto e nele se aprofunda, mais expande a sua capacidade de compreensão — mais se afastando portanto da ignorância, e mais lhe passando a ser exigido.

O que tudo isso tem a ver com a salvação fora da Igreja daqueles que estão em ignorância invencível? Ora, a mesma lógica se aplica lá e cá. Primeiro, que há uma “hierarquia de ignorâncias”, uma vez que as coisas nas quais uma alma concreta deve acreditar derivam por assim dizer da realidade de maneiras diferentes: umas mais próximas (por exemplo, “há um Deus que recompensa os bons e pune os maus”), outras, mais remotas (como a verdade histórica do Cristianismo). Isso significa que é sempre preciso matizar: não reconhecer a origem divina da Igreja Católica, por exemplo, é sem dúvidas mais culpável para um professor da Sorbonne à época de São Luís do que para o adolescente médio sob as metrópoles brasileiras contemporâneas. Não dá para dizer que alguém é certamente culpável do seu erro.

Segundo, que a medida da escusabilidade não é o que a pessoa conhece, e sim o que a pessoa pode conhecer. O que exime de responsabilidade é a ignorância invencível, é uma ignorância qualificada, e não o simples fato de se ignorar algum aspecto da realidade. Da mesma forma que os aspectos mais imediatos da realidade obrigam a consciência com mais vigor, aqueles mais sofisticados, ou mais ocultos nas circunstâncias concretas, impõem-se com mais ampla margem de dispensabilidade — é certo. Mas mesmo estes, quanto mais meditados, menos “ignoráveis” se tornam. Se é verdade que não há como demarcar a linha para além da qual o fulano está certamente negando a verdade conhecida como tal, do mesmo modo não dá para dizer que está tudo bem em não ser católico na situação X ou Y. Em princípio, o (re)conhecimento da Igreja pode ser exigido a qualquer pessoa que vive onde Ela está presente. As situações extraordinárias (que certamente serão julgadas com Justiça pelo Todo-Poderoso) exigem condições também extraordinárias e não podem, absolutamente, ser pressupostas. Não dá para afirmar que alguém esteja certamente escusado do seu erro.

Terceiro, que não é possível racionalizar a ignorância. Não é possível diagnosticar alguém em ignorância invencível para se furtar ao dever de o evangelizar; não é também possível se auto-diagnosticar ignorante para, assim, estabelecer os deveres naturais mínimos que se estaria obrigado a observar. A ignorância é por sua própria natureza desconhecida, não podendo ser identificada com certeza nem em si mesmo, nem no próximo; depois, a ignorância é inconstante, alargando-se ou se encolhendo conforme a pessoa tenha menores ou maiores condições de se debruçar sobre o problema religioso; por fim, a ignorância é periclitante, tendendo sempre para a sua superação na verdade do Evangelho.

De todo o exposto decorre que se é verdade que muitos se salvam por serem ignorantes, não é no entanto possível erigir a ignorância à categoria de caminho de salvação.

Há um outro aspecto da ignorância que merece ainda duas palavras. É a respeito da ignorância quanto à própria situação de pecado. Sabe-se que o recurso ao Sacramento da Penitência exige o arrependimento de todos os pecados mortais; da mesma forma, o acesso à comunhão eucarística pressupõe o estado de graça. É possível a alguém encontrar-se em situação objetiva de pecado sem o saber — portanto, sem pecar formalmente. Mas a isso se aplica também tudo o que se falou acima.

O sujeito que vive more uxorio com alguém que não é sua esposa legítima é bastante análogo ao fulano que se encontra fora da Igreja Católica. Um e outro estão em uma situação que, considerada em si mesma, priva-os do caminho da salvação. Um e outro podem ter a sua responsabilidade individual mitigada pela ignorância em que se encontram. Mas essa ignorância não pode ser transformada em pastoral eclesiástica nem em um caso, nem no outro. Tudo isso é por demais evidente para quem mantenha intacta a sua visão do todo.

Dizer simpliciter que os divorciados recasados não precisam abandonar os seus cúmplices é o equivalente ao Cimi dizer que os índios não precisam se converter ao Evangelho. Do fato (verdadeiro) de ser possível que um índio específico não seja aos olhos do Senhor culpado por não se ter feito batizar não segue que se possa institucionalizar um órgão da Igreja para prestar assistência ao paganismo enquanto tal. Do mesmo modo, o fato (verdadeiro) de uma concubina específica poder não ser ré de adultério perante o Justo Juiz não autoriza a Igreja a internalizar a extra-conjugalidade como uma expressão legítima de vida cristã. Uma coisa não tem absolutamente nada a ver com a outra, e a confusão atual que se vem fazendo entre ambas é coisa verdadeiramente de se deplorar.

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

26 comentários em “Considerações sobre a ignorância”

  1. Gostei da exposição em geral. Muito ortodoxamente católica. Alguns pontos onde me ocorrem dúvidas sobre a precisão de certos conceitos não me parecem que devam ser comentados por mim, por falta, em mim, de alguma maior perfeição lógica, filosófica ou espiritual, resultando a exposição, a explicitação dos mesmos talvez prejuízo para alguns, e possivelmente nenhum benefício para mim.

  2. Há uma confusão a respeito da ignorância invencível da qual padecem alguns católicos. A ignorância escusa uma falta cometida, mas ela nunca serve de meio para se alcançar um bem sobrenatural. Assim, ninguém se salva só porque está em ignorância invencível. No máximo dos máximos da ignorância eximir-lhe de todos os pecados graves, ainda assim não iria para o céu, sem a graça e a fé sobrenaturais. Também não iria para o inferno, nessa situação meramente hipotética, por não ter pecados graves.

    Em termos concretos, contudo, ninguém deixa de ir para o céu ou para o inferno, mas esse exemplo hipotético mostra exatamente qual é o papel da ignorância no destino final do homem.

  3. Nâo sou o Jorge, mas “conscienca invencivelmente errônea” e algo muito subjetivo, para dizer que não se aplica, ainda que se misture a alguma parte de consciência vencivelmente errônea. Ninguém possui um “conscientiômetro”!

  4. Eu também gostei muito dessa postagem do Jorge. É das melhores.

    Mas tenho minhas ressalvas em relação à comparação abaixo, embora concorde inteiramente com a conclusão que o autor tira.

    “O sujeito que vive more uxorio com alguém que não é sua esposa legítima é bastante análogo ao fulano que se encontra fora da Igreja Católica.”

    Índios pré-cabralinos, camponeses da mongólia, esquimós etc. estão fora da Igreja sem culpa própria. Eles podem, com toda razão, alegar que jamais ouviram falar em Nosso Senhor. Podem alegar também que não receberam Graças que lhes permitissem discernir a lei natural.

    Um católico adulto, que fez catecismo e primeira comunhão, que casou-se na Igreja, que recebeu inúmeras graças por meio do batismo, da penitência, da eucaristia e do matrimônio, mas ainda assim espontânea e habitualmente faz sexo com quem não é sua legítima esposa só pode alegar ignorância se for um caso clínico de psicopatia. Ou então duvidamos dos efeitos da graça e dos sacramentos.

    Também não entendi porque só agora deplora a “confusão atual”. Ela não era facilmente previsível? Aliás, a confusão atual não foi ela mesma criada e desejada por Francisco?

  5. Prezado Jorge, salve Maria.

    Lembrando que alguém que não tenha culpa de desconhecer a fé católica só pode se salvar se cumprir fielmente os dez mandamentos que estão impressos em sua alma…mas o que quero te perguntar é o seguinte: partindo do princípio de que Paulo VI permitiu que os cismáticos ortodoxos comungassem em determinados casos, desde que cumprissem determinadas condições e demonstrassem as devidas disposições, por que então agora os recasados não poderiam comungar baseados neste mesmo critério?

    Ora, a própria Igreja Católica que teria levantado a proibição eclesiástica que impedia cismáticos (portanto, pecadores públicos e hereges) de comungar seria a mesmíssima Igreja Católica que estaria levantado a proibição eclesiástica que impedia recasados (portanto, pecadores públicos) de comungar.

    E sendo assim, nada impediria esta suposta Igreja Católica de levantar o impedimento de comungar de homossexuais e de tantos outros.

    Parece-me claro: ou reconhece-se que Paulo VI iniciou a obra nefasta, a qual Bergoglio apenas dá continuidade, ou reconhece-se que Bergoglio, enquanto Papa, tem poder para permitir que recasados comunguem sem que isso ofenda e afete a fé católica…

    Que lhe parece?

    Cordialmente,

    Sandro Pelegrineti de Pontes

    Feliz 2018!

  6. Não sou o Jorge, mas a mim me parece bastante coerente.

    Só um adendo: os dez mandamentos são obrigatórios para todos, mas a fé católica é indispensável para a salvação dos adultos. Todos os dogmas católicos, de alguma maneira, têm que estar implícitos nesta fé, e a questão é qual é o conteúdo mínimo que deve ser crido de maneira explícita. Assim, alguém que desconheça, por exemplo, o mistério da Igreja, deve crer, contudo, nele de maneira implícita.

    Santo Tomás ensina que se deve crer de modo explícito nos mistérios da Trindade, da Encarnação e da Redenção. Alguns conceituados manuais e sumas de teologia dão que é necessário crer de maneira explícita apenas na existência de Deus e na retribuição futura como prêmio sobrenatural.

  7. JB,

    O silvícola pré-Descobrimento é o caso fácil de ignorância invencível. O caso difícil é quando o sujeito vive no meio da civilização, é alfabetizado, tem acesso aos meios de comunicação, sabe que existe uma instituição chamada “Igreja Católica” e, ainda assim, não A reconhece (= não é capaz de A reconhecer) formalmente. Por força da Singulari Quadam, não acho que seja possível excluir, a priori, um tal sujeito de estar sob ignorância inculpável. De toda sorte, a tranposição dessa realidade para o fulano que pratica um pecado objetivo sem, contudo, ser subjetivamente responsável, é analógica e não direta — devendo ser feita mutatis mutandis.

    (…) Ou então duvidamos dos efeitos da graça e dos sacramentos.

    Não necessariamente. A graça pressupõe a natureza, e todas as circunstâncias que podem razoavelmente servir de obstáculo à compreensão natural das coisas podem, também, servir de empecilho às iluminações da inteligência ou moções da vontade em que consiste a Graça, sem que seja necessário negá-la.

  8. Sandro,

    [P]artindo do princípio de que Paulo VI permitiu que os cismáticos ortodoxos comungassem em determinados casos, desde que cumprissem determinadas condições e demonstrassem as devidas disposições, por que então agora os recasados não poderiam comungar baseados neste mesmo critério?

    Penso que a situação é bastante análoga sim. Justamente: tanto em um caso quanto em outro, pressupõe-se que o indivíduo esteja em candura de consciência (mesmo contra as aparências externas) para lhe facultar o acesso aos Sacramentos da Graça.

    Aliás, mesmo o dispositivo legal exigindo apenas que os cismáticos peçam espontaneamente os sacramentos e estejam suficientemente dispostos (CIC, Cân. 844, §3º), eu entendo que isso deve ser lido à luz do parágrafo imediatamente precedente: tal só se pode fazer quando “a necessidade o exigir ou a verdadeira utilidade espiritual o aconselhar, e desde que se evite o perigo de erro ou de indiferentismo” (CIC, Cân. 844, §2º). Ou seja, não é canonicamente permitido que haja cismáticos comungando ordinariamente em paróquias católicas.

    Essa interpretação vai justamente ao encontro do que escrevi aqui e em outro lugares: a Amoris Laetitia não autoriza que se faça uma pastoral de comunhão para adúlteros nem admite que os pecadores públicos possam, agora, comungar ordinariamente. O acesso aos sacramentos de quem está em situação objetiva de pecado deve ser sempre exceção e nunca a regra, e deve revelar sempre uma situação transitória e não definitiva.

  9. “todas as circunstâncias que podem razoavelmente servir de obstáculo à compreensão natural das coisas podem, também, servir de empecilho às iluminações da inteligência ou moções da vontade em que consiste a Graça”

    Ou seja, mesmo fulano sendo adulto, dotado de razão e recebido os sacramentos, há circunstâncias em que a graça é ineficaz para mover a vontade humana, permanecendo esta inculpável…

  10. Olá, Jorge, salve Maria.

    Sendo assim, temos o seguinte cenário: lá atrás Paulo VI permitindo cismáticos de comungar em determinados casos e em circunstâncias específicas, agora Francisco permitindo recasados de comungar em determinados casos e em circunstâncias específicas, e em um futuro próximo o mesmo Francisco (ou quem vier depois dele) permitindo homossexuais de comungar em determinados casos e em circunstâncias específicas (lembrando que depois que os candidatos passam pelo crivo dos padres e bispos eles passam a comungar ordinariamente).

    Não se espantem os católicos se encontrarem, daqui uns tempos, o Pabllo Vittar, em corpo e alma, na mesma fila de comunhão…afinal, quem analisa os requisitos e as predisposições morais daqueles que se encontram em necessidade de comungar são os padres e os bispos, e não os fiéis.

    Abraços,

    Sandro Pelegrineti de Pontes

  11. DE CARA, POR SEU INTERESSANTE ARTIGO, CONCLUIMOS QUE…
    1 – Lutero e todos que compartilham com ele – seus discipulos pastores de cabritos e obreiros pró heresias, enfiados em mais de 30001 seitas estão em principio fora da salvação, muito mais que os pagãos doutros países que jamais tiveram a biblia nas mãos, como muçulmanos não terroristas, sem acesso a ela!
    2 – Também, Lutero nunca foi ou é Testemunho do Evangelho, nem seus asseclas acima, portanto com um pezinho todos esses hereges desde já dentro do inferno, se não se converterem a tempo, mesmo católicos que compartilham com eles, piores ainda.
    A não ser que vão para o “ceu” de Lutero…
    3 – Nem também essa tal de pastoral do DISCERNIMENTO atendente a certos casos pontuais de adúlteros, a qual corresponderia a “método para inventar uma justificativa para violar os Mandamentos da Lei de Deus “sem culpa”…
    Se tanta coisa está errada hoje em dia – BRASIL, GOVERNADO PELOS FILHOTES DO DRAGÃO COR DE FOGO – tratar-se-ia de nossos bispos em geral, caso CNBB que não denunciarem essa flanges satãnicas, assim como nem exortam os sacerdotes a falar, péssimos exemplos comportamentais – salvas as poucas exceções em contrario – daí incidirem no que disse N Senhora do Bom Sucesso, sendo que os sacerdotes devem nos repassar as verdade da fé católica, sem lenitivos, sendo-nos os pára-raios da Ira Divina, porém…
    “O Menino Jesus revelou a Madre Mariana que muitas almas religiosas e sacerdotais “querem servir-Me às meias, conservando seus caprichos e gênios, em tudo satisfazendo suas vontades e tomando liberdades incompatíveis com seu estado e profissão. Eu não as tolero; nada pela metade me agrada. Eu as abandono e deixo que sigam todos os desejos de seu coração pervertido para desconhecê-las diante de Meu Pai Celeste. Ai daqueles e daquelas!” (II, 93).
    Calar-se-á quem devia falar:
    “Quase não se encontrará a inocência nas crianças nem pudor nas mulheres, e nessa suprema necessidade da Igreja, calar-se-á aquele a quem competia a tempo falar” (II, 7).
    Como não se insurgirem em bloco os bispos do Brasil contra as devassas redes de tvs, caso da Globo, perversora oficial da familia brasileira, que faz de seu lar um quarto de motel com cenas direto de dentro deles, não é fato, assim como via BBBs, A FAZENDA de “seu” bispo Edir, além doutras imundicies doutras redes?
    Essa grave omissão é repetida por Nossa Senhora na aparição seguinte, em 2 de fevereiro de 1610:
    “Campearão vícios de impureza, a blasfêmia e o sacrilégio naquele tempo de depravada desolação, calando-se quem deveria falar” (II, 17).
    Os que deveriam defender os direitos da Igreja dão as mãos aos seus inimigos
    E Nossa Senhora faz à sua dileta filha esta declaração terrível:
    “Tempos funestos sobrevirão, nos quais …. aqueles que deveriam defender em justiça os direitos da Igreja, sem temor servil nem respeito humano, darão as mãos aos inimigos da Igreja para fazer o que estes quiserem” (II, 98).
    Não é o com que nos deparamos, parecendo a maçonaria mandar na direção da CNBB?

  12. Pela lógica, existe uma ignorância invencível, uma ignorância que é culpável venialmente, e uma ignorância culpável mortalmente. Os casais em segunda união podem cair numa ignorância venialmente culposa. Sto. Tomás dá a entender essa distinção na S. Th., IaIIae, q.76 a.4, co., inclusive dando como exemplo de ignorância voluntária que diminui a culpa quando alguém, simplesmente, não quer fatigar-se no estudo.

    Ninguém que não tenha usado todas as capacidades para descobrir a verdade, mesmo por indiferença, não recai numa ignorância culposa mortal.

  13. A última frase ficou confusa. O que eu quis dizer é: “Alguém que não tenha feito uso de todas as suas capacidades para descobrir a verdade, mesmo por indiferença, não recai, necessariamente, numa ignorância culposa mortal.

  14. Sim, Rui, mas aí o casal em questão tem contato com o Padre e este deve alerta-lo cristalinamente sobre sua condição, e sendo assim acabou qualquer possibilidade de uma ignorância venialmente culposa ou qualquer outra expressão que se queira usar. O casal recasado não tem como comungar justamente porque ele saberá, pelo Padre, que está em pecado mortal (porque convive maritalmente).

  15. “Os casais em segunda união podem cair numa ignorância venialmente culposa.”

    Suponho que seja esse o caso de muitos que vão à missa ocasionalmente e comungam porque todos os demais também comungam.

    Mas, nesse mesmo artigo, São Tomás diz também que aquele que permanece ignorante para pecar mais livremente torna suas más ações mais voluntárias e mais graves.

    Considerando a gravidade da matéria e as tais sessões de discernimento/acompanhamento, preconizadas pela Amoris Laetitia, não vejo como tal ignorância possa continuar sendo involuntária num indivíduo que tem sua jornada espiritual acompanhada de perto por um sacerdote/diretor de almas.

    Se o divorciado e recasado ignora os dados básicos de nossa Fé, em vez de se lhe dar a comunhão, ele deveria é ser instado a retomar as aulas de catecismo.

  16. Além disso, seguindo a mesma q. 76, todos têm obrigação moral de conhecer os deveres de seu estado. Ignorar seus deveres de estado consiste por si só pecado de omissão, que suponho será grave se a matéria for grave.

  17. Isso é inevitável. É só uma questão de tempo.

    https://www.lifesitenews.com/news/vp-of-german-bishops-conference-proposes-blessing-for-homosexual-couples

    É interessante que a argumentação dos bispos alemães (do porta-voz e do presidente da conferência episcopal alemã, nada mais) é a mesma levantada em defesa da comunhão dos divorciados: Estar numa situação objetiva de pecado mortal não implica necessariamente em ausência de graça.

    Naturalmente, o mesmo raciocínio aplica-se a divorciados, juntados, duplas gays, abortistas notórios etc. e assim o conceito de “situação objetiva de pecado mortal” torna-se obsoleto, inútil.

  18. Será que esse conceito de situação objetiva de pecado em estado de graça se aplicaria a alguém que, de ‘boa vontade’ , explora os pobres ou os imigrantes?

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