Nunca tinha ouvido falar na Rede Jubileu Brasil Sul. Trata-se de “uma rede ampla e plural de movimentos sociais, organizações populares, religiosas e políticas, comunidades e campanhas da América Latina, do Caribe, África, Ásia e Pacífico”, segundo consta no “Quem Somos?” do site. À primeira vista, pareceu-me apenas mais uma associação esquerdista de doentes mentais, repetidores de chavões comunistóides vazios como “repúdio coletivo ao pagamento da dívida externa e interna”, “reconhecimento (…) de uma grande dívida histórica, social e ecológica” e “[c]onstrução de uma nova ordem econômica mundial que seja eqüitativa, solidária, justa em termos de gênero, sustentável e democrática”.
Também não sabia o que era a Cúpula dos Povos do Sul; segundo esta notícia (Adital), “[c]om a Cúpula, as organizações e os movimentos sociais querem pressionar e dialogar com as autoridades a fim de aprofundar o debate sobre o desenvolvimento e a integração”. Reuniu-se em Salvador, de 12 a 15 de dezembro. A mesma notícia diz que a tal “Jubileu Sul – Brasil e Américas” estava presente no encontro; no seu site [do Jubileu Brasil] há inclusive um convite aos “movimentos sociais de todos os países da região, particularmente os do Nordeste, em especial os da Bahia, para as atividades de mobilização e discussão da Cúpula dos Povos”.
Pois bem. Na Declaração da Cúpula dos Povos do Sul – disponível também no site do “Jubileu Brasil” -, como se poderia esperar, é feita uma vergonhosa defesa do aborto. O documento diz, textualmente:
[P]ropomos como alternativas a partir dos povos:
[…]
5. Denunciar a criminalização das mulheres em sua luta pela autonomia e pelo direito a decidir sobre seus corpos e suas vidas na luta pela legalização do aborto.
[…]
15. Exigimos a liberdade e o fim da perseguição das feministas nicaraguenses presas por defender os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.
Acontece que, entre os membros da Coordenação do Jubileu Sul, constam (entre outros) os seguintes nomes:
Entidade | Pessoa de Contato | |
4º SSB | Ir. Magnólia | ssb@cnbb.org.br |
Cáritas Brasileira | Claudio Madela | mandela@caritasbrasileria.org |
CIMI | Paulo Maldos | assessoriapolitica@cimi.org.br |
CNBB | Dom Demétrio Valentin | domdemetrio@melfinet.com.br |
IBRADES | Pe. Bernardo Lestienne | blestienne@ccbnet.org.br |
Pastoral Social / CNBB | Ir. Delci Franzen | pastoralsocial@cnbb.org.br |
Pastoral Operária Nacional | Antonia Carrara | po.nacional@ig.com.br |
Serviço Pastoral dos Migrantes | Luiz Bassegio | gritoexcluidos@ig.com.br (sic) |
Não existe nenhuma justificativa para que esta gama de entidades / movimentos / organizações católicas ou ligadas à Igreja constem como “membros” de uma rede que faz clara e aberta apologia ao aborto. Peço, aos que puderem, que enviem emails (respeitosos) às pessoas acima listadas, protestando contra este escândalo. É uma vergonha que os nomes de católicos constem junto aos de movimentos abortistas, como se os apoiassem ou referendassem. Que a Virgem de Guadalupe, protetora dos nascituros, livre o Brasil da maldição do aborto.