Dom José concedeu, nos últimos dias, duas entrevistas que ganharam repercussão nacional: uma à Época e outra à Veja. A primeira revista põe como título a frase do Arcebispo: “A excomunhão é automática”; a segunda, traz o título de “não reclamem ao bispo”. As entrevistas – refiro-me à parte do entrevistado – foram muito boas; mais uma vez, contudo, os órgãos da mídia não foram lá muito amigáveis, e o ranço anti-clerical é perceptível por sob as perguntas feitas e a forma como as respostas do Arcebispo foram apresentadas ao leitor.
Têm méritos as entrevistas? Sim, sem dúvidas, e pode-se citar ao menos dois: a própria oportunidade dada a Dom José Cardoso para que ele falasse e se defendesse em veículos de informação que têm alcance nacional; e a ênfase empregada em esclarecer que a excomunhão para quem realiza aborto é latae sententiae, i.e., automática, e por conseguinte independe do Arcebispo (aliás, isto está no título de ambas as entrevistas). Então, não há o que se reclamar das revistas? Ao contrário: há, sim, e muito.
A ÉPOCA insistiu em fazer perguntas maliciosas, virtualmente limitando-se a alfinetar o Arcebispo: questionou o fato do estuprador não ter sido excomungado, indagou se a “interpretação da lei de Deus ao pé da letra” era “compatível com os tempos atuais”, perguntou por que Sua Excelência “afastou tantos padres e párocos na sua gestão”, acusou-o indiretamente [“os seus críticos dizem que o senhor…”] de ser “muito rígido e muito conservador” e falou até mesmo sobre o fechamento do ITER (isto se deu há quase vinte anos!). Quase não houve assunto que, podendo ser usado para sujar a imagem do Arcebispo, não tenha sido trazido à baila nesta entrevista.
Acham que exagero? A mesma revista traz uma matéria chamada “As polêmicas de Dom Dedé”. Não sei quem é “Dom Dedé”, a despeito da revista assegurar ser assim “como é conhecido o arcebispo de Olinda e Recife”, e apesar de eu ser de Recife. Só vejo esta alcunha utilizada na pena dos inimigos do Arcebispo, para se referirem a ele pejorativamente. Mas isso é o de menos: o que deixa patente a má intenção da ÉPOCA na cobertura do caso são as coisas apresentadas pela revista como “polêmicas”. Ora bolas! Fechar o ITER? Extinguir a CPT? Negar comunhão a uma prefeita do PC do B? Afastar um padre TL [depois] amasiado? Oras, isso é exatamente o que se espera de um bispo católico! Dom José é “polêmico” porque insiste em ser católico, no mundo atual que é tão avesso à Religião Verdadeira e tão hostil à Igreja Católica.
A entrevista da VEJA apresenta o mesmíssimo veneno subjacente. A começar pela introdução da entrevista: “Ao longo de 2 000 anos de história, duas forças, ora conflitantes, ora complementares, moldaram a Igreja Católica: a doutrina do amor e o amor pela doutrina. Dom José Cardoso Sobrinho, arcebispo de Olinda e Recife, é sem dúvida um homem da segunda força”. Não sei de qual tratado de História da Igreja foi tirada esta definição besta; desconheço quem seja o autor do pueril jogo de palavras. Mas a apresentação prévia de Dom José como um homem que não segue “a força da doutrina do amor” é já suficiente para produzir no leitor uma natural repulsa, que o entrevistador só faz alimentar ao longo das linhas seguintes.
As perguntas da Veja são capciosas ao extremo! Observe-se a seguinte seqüência: “O que a Igreja e o senhor pessoalmente ofereceram à menina (…)?”; “Foram oferecidos abrigo, sustento material (…)?”; “O senhor esteve com ela alguma vez?”; “O senhor sabe como era a vida da menina dentro da casa onde ocorriam os estupros?”; “Qual é o nome dela?”. E quando, por fim, ninguém sabe responder o nome da menina – vale salientar que o nome dela em momento algum foi divulgado -, o circo está montado, o espetáculo, consumado, e a imagem do Arcebispo, apresentada – mais uma vez – como a de um homem insensível: afinal, ele não sabe nem mesmo o nome dela… ! E a cretinice não pára por aí, porque o entrevistador ainda teve a pachorra de perguntar se Dom José já havia feito sermões contra a pedofilia e contra o estupro! Com o veneno escorrendo desta maneira da boca do entrevistador, não é possível, em consciência, dizer que as entrevistas foram muito boas. Não foram. Foram armadilhas [incompetentes, sim, mas armadilhas] preparadas contra o Arcebispo; estavam desde o princípio enviesadas por um anti-clericalismo mal-disfarçado.
Ao final, resta a presença de espírito de Dom José Cardoso, que soube se aproveitar da má vontade dos entrevistadores para falar bem, e para esclarecer um pouco mais este assunto que foi tão mal-entendido nos últimos dias. E, no final, o desejo de Sua Excelência, por cuja não-realização ele lamenta, é também o lamento meu e – sem dúvidas! – o de tantos quanto acompanharam com angústia este trágico caso e, com lágrimas, o seu triste desfecho:
O senhor tem mais algo a dizer sobre o caso?
Sim, eu lamento não poder ter feito o batizado desses dois bebês. Eu estava planejando uma festa para esse dia, mas não aconteceu.
William,
Sou a mesma Sue lá do Orkut sim, tenho estado fora da NET por motivos particulares, um deles justamente tendo sido a doença e morte de meu pai e as subsequentes exigências legais de inventário e partilha. Mas acabei dando um jeito de voltar porque este assunto é sério e merece o esforço de todos no seu esclarecimento. Espero que goste de eu ter voltado :)
Senhor Eurípedes,
O senhor mesmo diz (eu me dei ao trabalho de copiar e colar para ser exata):
“A NÍNGUÉM É LÍCITO INTENCIONALMENTE, POR ATO VOLITIVO, SUBTRAIR A PRÓPRIA VIDA, A DE OUTREM, OU CONCORRER PARA TAL QUALQUER QUE SEJA O ESTÁGIO DE VIDA EM QUE SE ENCONTRE”
Então vejamos: o fato – sem qualquer julgamento de valor, neste momento – é que os médicos anestesiaram a criança e tiraram de dentro dela as duas crianças que ela gestava. Quando eles tiraram estas crianças, eles sabiam que o destino delas era a morte, já que o senhor diz que nenhuma criança sobreviveria fora do útero com 15 semanas (eu já soube de casos de sobrevivência de bebês de cinco meses, mas confesso não saber em que semana do mês eles estavam).
A morte da mãe era, então, uma possibilidade (não uma probabilidade, como William e outros já esclareceram aqui). A morte das crianças era uma CERTEZA. Os médicos então decidiram em tirar de duas crianças a vida. Executaram um procedimento cirúrgico para isto. COMO pode não haver intenção de matar estas duas crianças?
Aliás, o próprio procedimento cirúrgico envolve risco, pelo que eu saiba (os médicos por favor me corrijam se eu estiver errada), o que para mim torna duvidosa a teoria de que agiam em prol do bem-estar da criança-mãe. Mas que seja, vamos presumir que havia intenção de salvar a mãe. MESMO ASSIM, POR ATO VOLITIVO OS MÉDICOS SUBTRAIRAM A VIDA DE DUAS CRIANÇAS. Ponto. Ponto final, senhor Eurípedes. Foi feito, e foi feito com absoluta clareza do que se fazia, dado o treinamento dos profissionais.
Há algo AINDA a esclarecer?
Já disse aqui, me outros posts, que minha mãe se viu diante da mesma escolha na gestação de meu irmão mais velho. Ela estava grávida (há 47 anos atrás, em outra situação de medicina) quando foi descoberto que um cálculo que estava em sua vesícula deslocou-se e entupiu o canar biliar. A sotiação era de muita dor, e o excesso de bile no organismo somado ao uso constante de remédios para dor acabaram fazendo o fígado da minha mãe começar a inchar, e ela fez um quadro de hepatose.
Meu pai sempre contava que ela era visitada diariamente pelo clínico da família e o cirurgião do hospital. O cirurgião perguntava “vamos operar?”, ao que minha mãe respondia “não tiro meu filho”. O clínico então, conhecendo a fé católica de minha màe, examinava seu abdomem e comentava “ainda tem espaço para o fígado crescer; vamos esperar”.
Graças ao Bom Deus, meu irmão nasceu prematuro de sete meses, minha mãe foi operada em emergência e ficou mais três meses internada até receber alta. Ela poderia ter morrido em algum momento destes. Não morreu, nem meu irmão, e ela pôde dar a luz também a mim e à minha irmã. Mesmo que tivesse morrido, e eu não estivesse aqui para dar este testemunho, ELA TERIA AGIDO DE ACORDO COM OS ENSINAMENTOS DA IGREJA, e sua alma estaria em paz.
Não seria lícito salvar a vida de minha mãe às custas da vida de meu irmão. Não é lícito matar duas crianças para salvar a vida de uma.
Sue
Errata:
“Já disse aqui, EM outros posts”
“A SITUAÇÃO era de muita dor”
Não sabia qual tinha sido o procedimento exato do aborto, a aplicação de um remédio para provocá-lo me parece ainda mais arriscado para a saúde e o bem-estar da mãe-menina.
Paz e Bem
Sue
O senhor Eurípedes põe em dúvida a intencionalidade dos médicos na hora de fazerem o aborto? Será que eu entendi bem? Se for isso, é o cúmulo da inocência, ou da hipocrisia.
Jorge e Willian, vocês merecem o nobel da paciência por suportarem esse sofista tanto tempo.
Que a Paz esteja com vocês!
Caro Sr. William,
Antes de ingressar sobre suas considerações analisemos as hipóteses abaixa sem quaisquer Juízos de valores:
Temos:
(1) Criança-mãe de 9 anos que gestava GÊMEOS de (15 semanas = menos de 4 meses);
(2) Os fetos GÊMEOS ligados umbilicalmente à criança-mãe, ou seja, as VIDAS deles estão diretamente ligados à da criança-mãe;
(3) Criança mãe vai ao hospital reclamando de DORES (fato esse declarado pela mãe à Polícia de que só soube das agressões do padrasto com a manifestação das DORES);
(4) Inviabilidade técnica de sustentar VIDA de (15 semanas = menos de 4 meses) em ambiente extrauterino;
Premissa-A: (coisa que vocês discordam e manifestam sofisma dos médicos)
Médicos afirmam que VIDA da criança-mãe corria risco de MORTE, havendo risco de hemorragia interna, por imaturidade dos órgãos para uma gestação GEMELAR;
Médicos manifestam convicção de impossibilidade de estender a gestação sobe pena de ÓBITO dos TRÊS pacientes;
Médicos decidem salvar a VIDA daquela que já se encontrava em ambiente extrauterino, pois os fetos NÃO teriam condições face a inviabilidade técnica de sustentação das Vidas fora do útero da mãe;
Consequencias da decisão médica:
Em virtude disso foi aplicado medicamento para estimular contração precoce NÃO-natural (Cytotec);
Feita posteriormente a Curetagem, ou seja, a higienização do aparelho reprodutor face à ministração de medicamento que provocou a contração NÃO-natural e consequente explusão dos FETOS do ventre materno;
Premissa-B (defendida por vocês e contrária à decisão dos médicos)
Haveria condições de postergar gestação, a fim de mais tarde proceder a uma cirurgia (cesária) para promover o nascimento dos GÊMEOS;
NÃO havia risco de MORTE da criança-mãe, porque os médicos que fizeram o PRIMEIRO atendimento liberaram a criança-mãe;
Publicam depoimentos de profissionais médicos sobre que manifestam possibilidade de prosseguimento da gestação sob acompanhamento;
MINHA ANÁLISE SOBRE OS FATOS ACIMA NARRADOS
1- Em relação a premissa-A, ou seja, sob a conclusão médica de que NÃO haveria condições de estender a gestação. Para avaliar essa decisão é necessário saber, p.ex. qual era o quadro clínico? por exemplo: qual era a pressão arterial? quais eram as informações outras que compunham o quadro clínico?). EU NÃO SEI. E, para não falar daquilo que NÃO sei; PORTANTO aguardo posição do Conselho de Ética Médica sobre a conduta dos médicos e informações sobre o real quadro clínico da criança-mãe naquele fatídico dia. ISSO É PRUDÊNCIA E NÃO RELATISMO.
2- A CONDUTA dos médicos, a ser confirmada pelo Conselho de Ética, pautou-se pela ÚNICA ação possível face ao diagnóstico. PORTANTO restava apenas a possibilidade de preservação da vida da Mãe. Para tanto se utilizaram de medicamento que estimulou a contração precoce NÃO-natural, o que sabemos todos induziria a uma contração precoce e a uma expulsão dos fetos do ventre materno. Mas sabemos todos que quer seja pelo método adotado (CYTOTEC), quer seja por CESARIANA os fetos não SOBREVIVERIAM em ambiente extrauterino. Assim sendo, face a todo sofrimento já passado pela criança a CESARIANA seria a PIOR das opções, ou seja, submeter a criança-mãe a uma cirurgia de CESARIANA;
É NECESSÁRIO SABER EM QUE SE RESPALDOU AS AÇÕES DOS MÉDICOS? FOI UMA DECISÃO OBJETIVA OU SUBJETIVA?
É NECESSÁRIO QUE OS ÓRGÃOS COMPETENTES SE MANIFESTEM SOBRE AS DECLARAÇÕES DOS MÉDICOS QUE SE PRONUNCIARAM NESSE BLOG;
AGUARDO A MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO DE ÉTICA MÉDICA SOBRE OS FATOS E SE FOREM DECLARADOS CULPADOS QUE SE APLIQUE AS SANÇÕES CABÍVEIS;
SÓ TEREI CONDIÇÕES DE ME MANIFESTAR SOBRE A CONDUTA DOS MÉDICOS APÓS PRONUNCIAMENTO DOS ÓRGÃOS COMPETENTES SOBRE OS QUESTIONAMENTOS E SEUS JUÍZOS SOBRE O ACONTECIDO. ISSO NÃO É RELATIVISMO, ISSO É RESPEITO, PRUDÊNCIA, O MESMO QUE ESTÃO A COBRAR DE DOM RINO FISICHELLA PARA COM DOM JOSE CARDOSO.
Quanto às suas respostas
1- Se o SENHOR AFIRMA ter evidências inequívocas da ação de ASSASSINATO dos médicos. Assim sendo É DEVER do SENHOR como cristão IMPETRAR AÇÃO JUDICIAL CONTRA OS MÉDICO! Já fizestes isso? Pois caso negativo NÃO PASSARÁ de pura RETÓRICA tais evidências inequívocas.
2- Se o CFM nada diz às consciências católicas, logo IGUALMENTE as consciências católicas NADA dizem às consciências NÃO-católicas. Outras coisa, o senhor ERRONEAMENTE mistura a Medicina e seus valores com a prática dos profissionais que a exerce. E, para conhecimento do senhor são coisas BEM distintas.
3- NÃO! NÃO é lavar as mãos; pelo contrário é SER PRUDENTE, é a mesma prudência utilizada pelo Papa quando aguarda manifestação de seus órgãos técnicos. Será que o PAPA estaria a lavar as mãos frente às declarações de Dom Rino Fisichella e outros;
4- Já respondido no item 3.
5- O senhor SOFISMA, pois a criança-mãe foi liberada para ser conduzida a outro hospital, tanto é que FOI direto para um hospital de Recife. Quantos em estado grave NÃO são transferidos de um hospital de menor porte para um de maior porte, ou seja, melhor preparado para tratamentos mais complexos.
6- Em virtude a premissa-A a ser avaliada pelo Conselho de Ética Médica, haviam duas possibilidades: (a) realizar CESARIANA; (b) aplicar medicamento (cytotec), que nada mais é que um indutor de contrações. Se aplicado precocemente conduz à óbito de fetos e ele foi aplicado DENTRO das circunstâncias da premissa-A e NÃO a qualquer pretexto; Portanto NÃO FOI UMA AÇÃO DE PARTO MAS SIM DE SALVAMENTO DA VIDA DA CRIANÇA-MÃE;
CONCLUSÃO
OS SENHORES QUE AFIRMAM TER ELEMENTOS INEQUÍVOCOS DE ASSASSINATO TEM O DEVER COMO CRISTÃOS DE IMPETRAR IMEDIATAMENTE CONTRA OS MÉDICOS E O HOSPITAL QUE CONDUZIRAM AO ASSASSINATO DAS DUAS VIDAS INOCENTES; CASO CONTRÁRIO TAIS EVIÊNCIAS INEQUÍVOCAS SE CONSTITUIRÃO EM MERA RETÓRICA.
Paz e Bem
Euripedes Costa
Que a Paz esteja com vocês!
Cara Srª. Assunção Medeiros,
Inicialmente gostaria de dizer que NÃO tinha conhecimento da história de VIDA da sua Mãe. De fato é uma história bonitas e que SÓ faz crescer o bom orgulho que vocês DEVEM possuir de seus pais e, de modo particular, de sua querida Mãe. É uma história muito bonita de superação das dificuldades enfrentadas por sua Mãe durante a gestação de seu irmão mais velho. Parabenizo-a de todo coração!
Agora vou realizar uma introdução suscinta para posterior comentário de sua resposta.
Assunção, uma coisa que tem que ficar claro é que DEVEMOS separar religião de Ciência. São coisas distintas em escopos próprios. E, você poderia me perguntar: E onde se encontram? Elas se encontram nos parâmetros Éticos. Só que esses parâmetros Éticos esbarram no aspecto técnico. Vou te dar um exemplo: Os Israelitas acreditam que a Vida se inicia quando o óvulo fecundado se fixa na parede uterina. Já os católicos acreditam que a Vida se inicia no momento da fecundação. Ambas as religiões citadas defendem a Vida, porém cada qual tem uma interpretação sobre a origem da vida.
A sociedade é formada por diversas compreensões religiosas onde cada qual se julga DETENTORA da VERDADE. Por isso torna-se imprescidível que as manifestações sejam proferidas por um colegiado Ético, o qual representará o pensamento consensual.
É por isso que órgãos de conceituação Ética permeiem os organismos técnicos que no caso da criança-mãe é a Medicina. É a Medicina a responsável, dentro do conhecimento humano, em postergar ao máximo a Vida dos seres humanos. Seus valores se pautam em conceitos Éticos, os quais definem as balizas de conduta dos seus profissionais.
Isto posto, vamos as suas considerações:
Assunção diz: “eles sabiam que o destino delas era a morte, já que o senhor diz que nenhuma criança sobreviveria fora do útero com 15 semanas (eu já soube de casos de sobrevivência de bebês de cinco meses, mas confesso não saber em que semana do mês eles estavam).”
Euripedes: Realmente já sabiam, assim como SABIAM que o quê estavam a realizar NÃO era um parto, POIS JÁ TINHA A CONVICÇÃO formada de que NÃO daria mais para postergar a gestação sob pena de vir a Óbito as 3 Três Vidas, conforme relato que fiz das premissas dos médicos ao responder ao William. Se as premissas dos médicos SÃO falsas ou NÃO, é o Conselho de Ética quem deve se manifestar para que possam então formar Juízo a respeito, ouvindo aos envolvidos diretos mas também às declarações dos médicos que aqui se manifestaram.
Assunção diz: “A morte da mãe era, então, uma possibilidade (não uma probabilidade, como William e outros já esclareceram aqui). A morte das crianças era uma CERTEZA. Os médicos então decidiram em tirar de duas crianças a vida. Executaram um procedimento cirúrgico para isto. COMO pode não haver intenção de matar estas duas crianças?”
Euripedes: SIM, a morte da Mãe era uma possibilidade, porém os médicos avaliaram que a PROBABILIDADE de MORTE da Mãe era BEM MAIOR do que a de VIDA se NÃO interviessem. (Se tal conclusão é certa ou não caberá ao Conselho de Ética se manifestar)
Assunção diz:”Aliás, o próprio procedimento cirúrgico envolve risco, pelo que eu saiba (os médicos por favor me corrijam se eu estiver errada), o que para mim torna duvidosa a teoria de que agiam em prol do bem-estar da criança-mãe. Mas que seja, vamos presumir que havia intenção de salvar a mãe. MESMO ASSIM, POR ATO VOLITIVO OS MÉDICOS SUBTRAIRAM A VIDA DE DUAS CRIANÇAS.”
Euripedes: (a) Toda cirurgia apresenta risco, porém constitui-se num risco calculado. A probabilidade de vir a falecer na cirurgia foi menor do que a manter sob estado de gestação, conforme premissa médica. (b)ERRADO, a senhora subtraiu a INTENCIONALIDADE, manipulando assim o preceito em favor de sua tese, ou seja, o ATO VOLITIVO, portanto a vontade (intenção) dos médicos, conforme manifesto deles face ao diagnóstico, ERA DE SALVAR a criança-mãe. Como a Mãe está UMBILICALMENTE ligada aos fetos a CONSEQUENCIA dessa tentativa à 15 semanas de gestação foi a MORTE das duas inocentes VIDAS. É o que se chama de DUPLO-EFEITO (o qual me manifestarei com maiores detalhes ao comentar o artigo do padre da Pró-Vida). Quanto ao diagnóstico dos médicos (observe o plural) requer uma manifestação do Conselho de Ética.
Assunção diz:”Já disse aqui, me outros posts, que minha mãe se viu diante da mesma escolha na gestação de meu irmão mais velho. Ela estava grávida (há 47 anos atrás, em outra situação de medicina) quando foi descoberto que um cálculo que estava em sua vesícula deslocou-se e entupiu o canar biliar. A sotiação era de muita dor, e o excesso de bile no organismo somado ao uso constante de remédios para dor acabaram fazendo o fígado da minha mãe começar a inchar, e ela fez um quadro de hepatose.”
Euripedes: São casos completamente distintos. Sua Mãe era ADULTA, com os órgãos plenamente formados, preparados em plenitude para a maternidade. Sua mãe não gestava GÊMEOS, enfim entre outras coisas. Portanto cada caso é um caso e aproveito para PARABENIZAR sua Mãe pelo enfrentamento às dificuldades apresentadas durante a gestação.
CONCLUSÃO
ENCONTRO-ME AINDA INCAPACITADO DE FORMAR ESSE JUÍZO QUE OS SENHORES POSSUEM DOS MÉDICOS QUE ATUARAM NO CASO DESSA MENINA.
HOUVE UMA CITAÇÃO DO WILLIAN DE QUE HAVIA MÉDICO QUE IRONIZOU A EXCOMUNHÃO. POIS BEM A EXCOMUNHÃO É AOS CATÓLICOS; PORTANTO SE O MÉDICO NÃO O FOR PRA ELE A EXCOMUNHÃO NÃO TEM SENTIDO ALGUM.
OU NÓS CONFIAMOS NA JUSTIÇA DIVINA OU NÃO!
UMA COISA EU TENHO CERTEZA DE QUE AS CRIANÇAS (ANJOS) ENCONTRAM-SE NA PRESENÇA DO PAI CELESTIAL, QUER COISA MELHOR QUE ISTO!
A IGREJA DIZ QUE NÃO MORREMOS, MAS SIM QUE NASCEMOS PARA A VIDA ETERNA AO RETORNARMOS À PRESENÇA DO PAI QUE É BOM, JUSTO E AMOROSO.
Paz e Bem
Euripedes Costa.
Que a Paz esteja com vocês!
CAUSA DE DUPLO-EFEITO
Análiserei do artigo do Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, publicado no site da instituição Pró-Vida de Anápolis e considero suficiente para a análise o trecho que se segue:
Assim inicia o artigo: “No ano 70 d.C., a cidade de Jerusalém foi sitiada pelo general Tito, em represália a uma rebelião dos judeus comandada pelo partido dos zelotes. Flávio Josefo, chefe militar da Galiléia, foi capturado pelos romanos. Escreveu com detalhes os horrores daquela guerra, e tentou, em vão, fazer com que seus compatriotas se rendessem. O texto a seguir refere-se ao cerco de Jerusalém: ‘Josefo, cuja própria família sofreu com os sitiados, não recuou nem mesmo diante dum episódio desumano que prova que o desespero da fome já começava a turvar a razão dos israelitas.
Os zelotes percorriam as ruas em busca de alimento. Duma casa saía cheiro de carne assada. Os homens penetraram imediatamente na habitação e pararam diante de Maria, filha da nobre família Bet-Ezob, extraordinariamente rica, da Jordânia oriental. Maria tinha ido como peregrina a Jerusalém para a festa da Páscoa. Os zelotes ameaçaram-na de morte se não lhes entregasse o assado. Perturbada, a mulher estendeu-lhes o que pediam, e eles viram, petrificados, que era um recém-nascido meio devorado – o próprio filho de Maria’.
Poder-se-ia tentar justificar a atitude da mulher faminta, com o seguinte argumento: se ela não tivesse matado o próprio filho, ambos teriam morrido; ao matá-lo para saciar sua fome, pelo menos uma das vidas foi poupada. No entanto, matar diretamente um ente humano inocente é um ato intrinsecamente mau, que não pode ser justificado nem pela boa intenção, nem pelas possíveis boas conseqüências, nem sequer pelo estado de extrema necessidade. Nunca é lícito matar diretamente um inocente, nem sequer para salvar outro inocente. No repugnante caso acima, a morte do bebê era um meio para salvar a vida da mãe. Analogamente, se durante uma gestação o aborto fosse um meio para salvar a vida da gestante — e ainda que fosse o único meio — tal ato seria gravemente imoral. É dever do médico salvar mãe e filho, mas não se pode salvar um deles por meio da morte do outro. O fim, por mais nobre que seja, não justifica um meio mau utilizado para alcançá-lo.”
Euripedes: A analogia e o raciocínio ESTARIAM CORRETOS em relação ao CASO DA CRIANÇA-MÃE DE 9 ANOS, NÃO FOSSEM OS SEGUINTES ASPECTOS: (a) Nesse caso ocorrido em Jerusalém a Mãe NÃO POSSUÍA UMA ligação DIRETA DE VIDA com seu bebê, porque este NÃO ESTAVA UMBILICALMENTE ligado a ELA, ou seja, A VIDA dos filhos que gestava estão diretamente ligados à sua Vida. (b) A Mãe para saciar sua fome poderia se mutilar: Tentar uma fuga mesmo que isso pudesse acarretar na sua morte; mas sua INTENÇÃO estaria voltada no SALVAMENTO DE SUA VIDA E NA DE SEU BEBÊ da ação dos Zelotas, a ação foi tomada para SALVAR a vida da criança-mãe, segundo diagnóstico médico, diretamente ameaçada pela gestação DE GÊMEOS. (c) Nesse caso do cerco à Jerusalém, DE FATO a ação direta da Mãe para salvar a própria Vida via morte da vida de seu bebê; JÁ NO CASO DA CRIANÇA-MÃE não havia outra escolha, conforme diagnóstico médico.
CONCLUSÃO
A interrupção da gravidez da criança-mãe NÃO FOI PENSADA COMO MEIO (fato contestado pelos senhores), FOI REALIZADO sob uma AVALIAÇÃO CLÍNICA, feita por médicos, que chegaram a seguinte conclusão: A manutenção da gestação frente à manifestação de DORES da criança-mãe, assim como o quadro clínico, idade, gestação de gêmeos, conduziria à MORTE das TRES VIDAS. A ação tomada pelos médicos, foi no SENTIDO de PRESERVAÇÃO daquela vida que era possível SALVAR, e em virtude disso procederam ao prodecimento de trazer os fetos à ambiente extrauterino. Isso poderia se dar de duas formas: ou via cirurgia Cesariana ou via estímulo medicamentoso (Cytotec) à contração NÃO-espontânea e consequente expulsão dos fetos do ventre da mãe. Os médicos optaram pelo uso do Cytotec, o que acarretaria num TRAUMA menor do que a CIRURGIA CESARIANA. PORTANTO, a ação NÃO FOI DE PROMOVER UM PARTO MAS SIM DE SALVAR A VIDA DA MÃE.
PORTANTO DIANTE DE TUDO O QUE FOI EXPOSTO É SIM UM CASO DE DUPLO-EFEITO FACE À LIGAÇÃO UMBILICAL E AO DIAGNÓSTICO CLÍNICO (lamento Jorge mas não tenho o mesmo raciocínio céu sobre o duplo-efeito neste caso da criança-mãe até se prove contrário que os médicos ERRARAM INTENCIONALMENTE no diagnóstico).
Enfim, se o diagnóstico clínico foi INTENCIONALMENTE ERRADO e caberá aos órgãos competentes trazer á Luz os argumentos técnicos dos profissionais que atenderam efetuando as arguições necessárias (tanto dos diretamente envolvidos quanto dos indiretamente envolvidos e dos médicos que aqui se manifestaram) e apresentar seus Juízos, bem como os elementos de que os levarão a formar tais convicções, para que AI SIM EU CONSIGA FORMAR MELHOR JUÍZO SOBRE OS FATOS.
QUESTIONAR OS MÉDICOS É LOUVÁVEL, PORÉM, FACE ÀS CIRCUNSTÂNCIAS, CONCLUIR APENAS, SEM QUE ESTES FATOS SE CONSTITUAM EM PROVAS (LEMBRETE FATOS SÃO DIFERENTES DE PROVAS) CONTRA OS MÉDICOS ACUSADOS DE AÇÃO DIRETA E INTENCIONAL DE MATAR OS GÊMEOS VÃO QUILÔMETROS DE DISTÂNCIA.
A AUTO CONSTITUIÇÃO EM ÓRGÃO APURADOR, JULGADOR E EXECUTOR É MANIFESTAÇÃO TÍPICA DE DITADORES E TOTALITÁRIOS DO QUAL ME EXCLUO.
TENHO A CONVICÇÃO QUE DEUS FARÁ JUSTIÇA SOBRE AS CONSCIENCIAS QUE ATUARAM NO CASO E REPOUSA EM MIM A PAZ EM TER A CONVICÇÃO DE QUE ESTÃO EM COMPANHIA DO PAI CELESTIAL, QUE TUDO VÊ, OBSERVA E QUE FARÁ A SUA JUSTIÇA! PORQUE ELE É JUSTO E ENXERGA MENTES E CORAÇÕES!
QUE DEUS ILUMINE A TODOS NÓS!
Paz e Bem
Euripedes Costa.
Caríssimos,
Só para constar, porque tenho certeza de que todo mundo – à exceção do sr. Eurípedes – já entendeu:
No caso da hipótese (e não “premissa”) A aventada, continua sendo aborto, continua sendo assassinato de dois inocentes, continua sendo imoral e continua sendo inaceitável.
É o que nós dizemos, é o que diz a Igreja, e é o que temos obrigação de denunciar, ao contrário do que faz a tagarelice anti-católica do sr. Eurípedes.
Abraços,
Jorge
Ah! Sr. Eurípedes,
A “análiserei” do artigo do pe. Lodi publicada pelo senhor é simplesmente estúpida.
Está fora de qualquer cogitação que, mesmo na melhor das hipóteses para os médicos abortistas – a “hipótese” (e não “premissa”) A pelo senhor trazida -, o aborto foi, sim, um MEIO para “salvar a vida” da menina. Isso é evidente de toda a evidência.
Se o senhor nega isso, então o senhor não faz a mínima idéia do que seja Moral Católica e nem muito menos do que sejam conceitos básicos de filosofia como causa-efeito e meio-fim. Portanto, não tem condições nenhuma de discutir.
NÃO EXISTE DUPLO-EFEITO ONDE O EFEITO MAU É OBTIDO DIRETAMENTE E É CAUSA, POR SUA VEZ, DO EFEITO BOM. Isto é óbvio. O artigo do pe. Lodi é claríssimo, os exemplos por ele trazidos são de tal maneira que até uma criança entende.
Ademais, a prova de que o pe. Lodi interpreta o artigo dele da forma como todos nós aqui interpretamos (e não com a hermenêutica rocambolesca e acochambrada que o senhor inventou para justificar o injustificável) é o fato de ele ter escrito a Dom José cumprimentando Sua Excelência por sua atitude e fazendo exatamente alusão a este texto, após o qual diz que “nunca é lícito matar diretamente um inocente, nem sequer para salvar outro inocente”. Portanto o próprio pe. Lodi, que é uma pessoa sensata e não um Eurípedes qualquer, sabe muito bem que o assassinato ocorrido em Pernambuco não foi uma causa de duplo-efeito, como é evidente.
Sinto-me, portanto, inclinado a deixar de considerar os disparates pelo senhor proferidos como sendo frutos de burrice, como vinha fazendo até então, para passar a considerá-los fruto de má-fé e desonestidade intelectual; portanto, fique desde já avisado que futuras tagarelices sobre este assunto serão simplesmente enviadas para a lixeira que lhes convém.
Passar bem, e bem longe daqui.
– Jorge
Muito bem, Jorge.
Já era tempo.
Sr. Eurípedes:
Tuas hipóteses são vazias, e assim o são porque ja foi DOCUMENTADO que uma menina de menor idade ainda deu à luz sem problemas. Ou seja, os médicos falarem que a menina corria risco de morte por causa da gravidez é mentira. E, mais uma vez, o senhor “esquece-se” disto em tua abordagem tão sofisticada. Sofisticada para quem cai em sofimas e falácias… Para os que têm o mínimo de atenção, o senhor realmente, como todos aqui falaram desde o início, só faz um blá-blá-blá enorme.
Da mesma forma o senhor “esquece-se”, mais uma vez, que a menina foi liberada sem problemas por um outro conjunto de médicos exatamente porque não apresentava qualquer problema.
E mais… O que o senhor chama de “consequências da decisão médica”, é um ABORTO DIRETO, coisa que é completamente proibida segundo os ensinamentos católicos desde os primeiros tempos. Ou seja, pouco importa que o senhor esteja disposto a ficar passando a mão na cabeça de médicos abortistas, acreditando que eles fazem o melhor para suas “pacientes”, pois do ponto de vista católico o que eles fazem em nada difere de um “médico” que executa um aborto em uma mulher que está grávida e perfeitamente saudável apenas porque esta brigou com o namorado e não quer o “fardo” de criar uma criança sozinha. Ambos os casos são gravemente errados do ponto de vista católico.
E sua análise peca exatamente por querer defender este absurdo que é o aborto procurado, que não deve ser feito EM HIPÓTESE ALGUMA. Vem daí que o Jorge traz um texto claríssimo do ensinamento do Magistério, um texto que não admite outra interpretação, e o senhor, falaciosamente, sai de fininho, dizendo que o problema é a interpretação do que diz o Magistério. Repito o que o Jorge muito apropriadamente citou:
“A Igreja Católica exclui “claramente todo e qualquer aborto directo, ou seja, aquele que é intentado como um fim ou como um meio para o fim””
Diga lá qual é a interpretação possível para isto de forma que um médico possa, mesmo dizendo procurar preservar a vida da mãe, fazer um aborto. Aliás, é bom que fique claro a todos, talvez não ao senhor que dá voltas para justificar um ato hediondo como o aborto, que fique claro que isto de falar que busca a preservação da saúde da mãe é um item colocado por TODOS os abortistas. Sim… Em primeiro lugar sempre vem a justificativa de que é a saúde física da mãe que o feto ataca; depois, vem a saúde psicológica; por fim, vem as causas sociais. Ou seja, no final de todo o processo as mulheres, *e seus médicos*, estão justificando o aborto por causa da perda de um período na faculdade. Até que um político mais realista vem e diz o que todos esperam: “Não seria mais fácil liberar geral?”. É só olhar para os países escandinavos e para o campo de provas do demônio — a Holanda — para ver o “paraíso” dos abortistas.
E tudo isto começa quando? Quando aparece gente que fica dando voltas para justificar um aborto direto dizendo que o fruto da concepção passou de filho a agressor de sua mãe. Esta é a grande mudança que é desejada pelos abortistas na mente de todos… Quando as mães passam a olhar seus filhos como agressores, seja de sua saúde, seja de sua vida social, aí é que começam os problemas. Em primeiro lugar, retiram das mães o instinto materno; o resto vem em seguida.
E isto começa quando há gente disposta a procurar justificativas para tal ato hediondo.
Volto a dizer, e me manifesto aqui sempre para católicos, embora, se o público deste blog fosse outro, nosso discurso poderia ser perfeitamente adaptado, pois a posição católica é a posição universal, volto a dizer que aos católicos pouco importa o que um “órgão competente” vai dizer. A nós, nosso “órgão competente” já se pronunciou há muito, há quase 2000 anos. E, da mesma forma, não levo em consideração órgãos que se mostram infestados de gente com a agenda do abortismo. E isto, sim, é prudência, pois é minha — e de todos os católicos — jamais aceitar uma legislação que atinja nossas convicções.
Quem aceita tal coisa, o que faz, como já escrevi, é lavar as mãos.
Não para o senhor, sr. Eurípedes, que está mais preocupado em defender uma posição ridícula como a de que médicos que fazem aborto com Cytotec não procuravam o aborto direto dos bebês, mas para os que nos lêem, é que respondo, mais uma vez, às suas sandices. E que fique claro, mais uma vez, que o senhor continua trazendo nada de novo, mesmo após já ter sido mais do que refutado…
1) Não, não é retórica. Considero o aborto um assassinato. O senhor não? Isto é lá com o senhor. Infelizmente, as interpretações de nossos juízes e dirigentes levou ao absurdo de que uma grande parcela de nossa população ache que o aborto é legal em 2 casos. Não é, como bem já explicou o Pe. Lodi. E quem lê o que o Dr. Celso Galli Coimbra já escreveu, assim como outros juristas, vê o absurdo constitucional que foi criado. E é este absurdo jurídico que foi criado que levou ao estado atual, no qual médicos podem fazer abortos sem que isto seja encaixado nos Crimes contra a vida.
Bem… Eu faço o que me é possível, com minhas poucas forças e parcos talentos. E o senhor faz o que mesmo? Gasta o tempo defendendo que os médicos que fizeram o aborto não queriam fazer o aborto?
2) Como eu disse anteriormente… Mais uma vez… Este é um blog — até onde sei, e Jorge me corrija se eu estiver errado — que é o confronto da Verdade da Igreja, verdade imutável, com aquilo que lhe é contrário, para que a Verdade possa brilhar. Dito isto, é minha obrigação aqui, mostrar o quanto certas organizações vão contra o que a Igreja prega, e, por isto mesmo, dizem nada para um coração católico.
3) Beira o irreal o senhor comparar tua posição à de D. Fisichella, que, segundo minha opinião, foi realmente imprudente e precipitado. Diga-se porém, que o arcebispo mostrou desconhecimento de vários fatos do caso. O mesmo não pode ser dito do senhor… Repito: o senhor, ao deixar a decisão de aborto nas mãos de médicos e órgãos, move a instância moral para um local que nada diz às mentes católicas, que — mais uma vez… — sempre rejeitou o aborto procurado. E ao mover esta instância moral, na qual a Igreja é A mestra, o senhor está sim lavando as mãos.
5) O senhor desconhece o que aconteceu, e, mesmo assim, quer posar de prudente… Fica claríssimo a todos sua tergiversação sobre um assunto seríssimo. O senhor, mais uma vez, “esquece-se” de que a menina saiu de hospital, no qual os religiosos e até mesmo os primeiros tutores estavam acompanhando de perto a menina, embora fossem, a partir de um momento, impedidos de estar lado dela. O estado dela era grave? Ok. Diga o senhor se ela foi de ambulância para a clínica onde foi feito o aborto. Diga o senhor se ela estava sob cuidado intenso. Diga o senhor se ela estava entubada. Não é isto que o senhor diz, que ela estava estado grave? Sofisma? O senhor realmente entende do assunto.
6) Meu senhor… E ainda quer falar de sofismas? O Cytotec é um mero indutor de contrações? Não… É um medicamento utilizado primeiramente no tratamento de problemas gástricos e que tem tal contra-indicação:
“CYTOTEC pode pôr em risco a gravidez e seus efeitos sobre o feto humano em desenvolvimento não são conhecidos. Portanto, CYTOTEC não deve ser usado pela mulher grávida. As mulheres devem ser orientadas no sentido de não engravidarem enquanto estiverem tomando CYTOTEC. Se acontecer de uma delas engravidar, quando em uso de CYTOTEC, e administração do produto deve ser imediatamente interrompida.”
Ou seja, qual médico que vai aplicar Cytotec em uma grávida e não sabe o que realmente está fazendo? O seu “nada mais é que um indutor de contrações” é lá coisa de quem diz ser prudente ou de quem lava as mãos?
Aliás, finalmente o senhor sai do blá-blá-blá e disse o que a todos está claro já há um bom tempo:
“NÃO FOI UMA AÇÃO DE PARTO MAS SIM DE SALVAMENTO DA VIDA DA CRIANÇA-MÃE”
Ou seja, o senhor realmente acredita que o que foi feito foi um salvamento da vida da menina sob os cadáveres de seus filhos. Finalmente teve a coragem de admiti-lo! Onde está a prudência mesmo? Onde está aquele que não se convencia entre as duas posições? Se o senhor fizesse, como outros que apareceram aqui e em vários outros lugares, uma defesa de tal posição desde o início, poderia ter poupado um bocado de falação. Aliás, a partir desta frase toda a falação faz muito sentido… Tem nada de prudência, tem, sim, de procurar distorcer os fatos para que caibam em suas escolhas.
Sobre tua “conclusão”, o senhor considera o aborto o que? Eu considero a morte direta de um ser inocente e frágil. E o senhor? Se meu governo dá garantias a quem comete tal ato de forma que não caiba um processo criminal — é… o senhor “esqueceu-se” de mencionar isto, não? — eu devo, como cristão, achar que o que creio ser um crime passou subitamente a coisa aceitável? Ou seja, sera que o seu cristianismo ou o que o senhor siga, é submisso ao que o Estado legisla, mesmo quando este legisla contrário ao primeiro de todos os direitos, que é o direito à vida?
[]’s
Que a Paz do Senhor esteja com vocês!
Caro Jorge,
[BESTEIROL CENSURADO]
Que a Paz esteja com você!
Lamento profundamente o que, ENFIM, acabastes de REVELAR… SEM MOTIVO PLAUSÍVEL…
Eu te PERDOO meu irmão!
Paz e Bem
Euripedes Costa.