Recebi por email as seguintes informações: a missa na Forma Extraordinária do Rito Romano, celebrada todo domingo às 17:00 na igreja de São Pedro de Alcântara, em Brasília, está suspensa por tempo indeterminado depois que o padre “recebeu um email desaforado no dia anterior”, enviado por um paroquiano, onde este “condenava as seguidas homilias (…) contra o ultratradicionalismo anti Concilio Vaticano II”. O referido sacerdote teria dito que só voltaria a celebrar depois que o autor do email se retratasse.
Acrescentem-se ainda as seguintes informações:
Fui informado que a missa era freqüentada por estes seguintes grupos:
1 – Membros e cooperadores da TFP Fundadores, que representam a maioria dos fieis na missa e mesmo tendo preferência pelo Rito Extraordinário aceitam e respeitam o Rito Ordinário. Os conheço muito bem e sei jamais criariam qualquer constrangimento ao Padre.
2 – Dois grupos da Monfort, que todos nos aqui sabemos muito bem a orientação que tem.
3 – Um pequeno grupo de ultra tradicionalistas sedevacantistas, que acreditam em um suposto “papa” em Santa Catarina !!! (fiqueis sabendo ontem da existência desses malucos).
4 – Um grupo de ultra tradicionalistas da Luziânia, cidade de Goiás próxima 40 km de Brasília, que chegaram a distribuir panfletos contra o CVII e o Rito Ordinário. Em função desta panfletagem eles foram duramente repreendidos pelo Pe. Givanildo.
5 – Fieis avulsos.
Sem entrar no mérito do acerto ou não desta atitude no que se refere aos fiéis católicos que se esforçam para serem fiéis à Igreja e ficaram, sem culpa própria, privados de uma celebração à qual têm direito, permito-me expôr a seguinte minha interpretação do Summorum Pontificum quanto ao(s) paroquiano(s) que causou(aram) toda a celeuma: o art. 5º §1 diz que o pároco que celebre a forma extraordinária do rito romano a pedido dos fiéis deve “procurar que o bem destes fiéis se harmonize com a atenção pastoral ordinária da paróquia, sob a direção do bispo como estabelece o cân. 392 evitando a discórdia e favorecendo a unidade de toda a Igreja” (grifos meus). O próprio papa Bento XVI já disse, na carta aos bispos que acompanha o motu proprio, que “[n]ão existe qualquer contradição entre uma edição e outra do Missale Romanum. Na história da Liturgia, há crescimento e progresso, mas nenhuma ruptura”; ora, se existem “fiéis” semeando a cizânia dentro da paróquia e opondo uma forma do rito à outra – i.e., contrariando frontalmente o que o Santo Padre diz -, parece-me que tais pessoas não têm nenhum direito à celebração da Santa Missa na forma extraordinária. Falo isso para antecipar as críticas – que já antevejo – de que, em Brasília, existe um padre que está desobedecendo ao Summorum Pontificum…
É de se lamentar que alguns católicos sejam imprudentes a ponto de se tornarem um empecilho à restauração da Liturgia na Igreja. Rezemos por Brasília; a fim de que os que amam verdadeiramente a Igreja possam unir forças para a solução da crise que atravessa a Esposa de Nosso Senhor. Que São João Bosco interceda pela capital do país.
P.S. [06 de maio de 2009]: conforme foi informado aqui, o pároco de São Pedro de Alcântara decidiu que vai continuar celebrando normalmente aos domingos a Missa Tridentina. Demos graças a Deus.
Senhor, tende piedade de nós!!
Essa notícia corrói o coração de qualquer católico.
Quando vejo essas coisas acontecendo, é que tenho a certeza de que estamos no fim dos tempos. Tantos ataques à Igreja, protestos, calúnias, et cétera…
Daqui uns dias estaremos proibidos até de assistir à Santa Missa.
Peçamos à Santíssima Virgem que interceda por Brasília. Peçamos também pelo padre e fiéis desta paróquia.
Santa Maria Mãe da Igreja, rogai por nós!
O caso repete o episódio do IBP. A Igreja vai ter muita dificuldade em normalizar a situação dos chamados católicos tradicionalistas, divididos em muitas correntes (lefebvristas, tefepistas, fedelistas, sedevacantistas) que vivem se atritando entre si e com as autoridades eclesiásticas. O problema é que eles tem dificuldades em aceitar o magistério da Igreja, preferindo seu entendimento pessoal; nisso muitas vezes eles se parecem com os modernistas.
Algumas pessoas, mesmo com boa intenção, acabam fazendo um desserviço para a missa tradicional.
Caros Jorge e demais,
Estive viajando e so agora fiquei sabendo dessa noticia chocante.
Antecipo logo que não sou o autor do e-mail desaforado recebido pelo Padre
Givanildo. Ate ja pensei em mandar a ele uma mensagem esclarecendo nossa posição, pois todas as homilias do Pe. Givanildo são sempre atacando brutalmente aqueles que, apoiados no motu proprio, optam pela pureza e riqueza litúrgica da forma extraordinária. Pe. Givanildo e o Sr. Arcebispo sempre nos negam os demais sacramentos no rito tradicional e só admitem a Missa aos domingos e jamais nos outros dias de preceito. De modo que vejo esse incidente como um pretexto para abolir a Missa tridentina na capital do Brasil. Aqui ha outros padres que querem rezar a Missa e dar aos catolicos os outros sacramentos na forma extraordinário, mas são proibidos pelo Arcebispo. Os que ousam fazê-lo são imediatamente transferidos para paróquias distantes, como vigários, ou simplesmente ficam sem paróquia. Após a publicação do motu proprio, o Sr. Arcebispo, muito rapidamente, elegeu a paróquia São Pedro de Alcântara como capelania do rito extraordinário, proibindo qualquer outra paróquia de rezar essa missa. Imagine-se o que isso significa numa região com dois milhões e meio de pessoas. Algumas têm que pegar três ônibus e viajar horas para cumprir o preceito dominical.
É lamantável que o Padre esteja punindo centenas de fiéis por causa da imprudência de apenas um. Coisa muito suspeita…
E é uma pena que você, Jorge, mesmo dizendo não querer entrar no mérito da questão, e sem conhecer toda a situação, já tenha tomado o partido dos que querem o fim da Missa Tridentina.
Só nos resta rezar.
Um abraço.
Carlos.
Não atacando diretamente o CV II e a Missa Nova que se vai conseguir o Rito Tridentino… É com paciência, parcimônia e sem extremismos! Claro que eu vejo o CV II como uma ruptura! Claro que a Missa Nova é, como disse o próprio papa quando ainda era cardeal, um “produto efêmero do momento”, que foi “fabricada por peritos” e que tem elementos inquietantes, mas não é agindo desta forma que se consegue a restauração litúrgica! E como dizia Santa Teresa D´Ávila:
Eleva o pensamento, ao céu sobe,
por nada te angusties,
Nada te perturbe.
A Jesus Cristo segue com peito grande,
e, venha o que vier,
nada te espante.
Vês a glória do mundo?
É glória vã; nada tem de estável,
tudo passa.
Aspira às coisas celestes, que sempre duram;
fiel e rico em promessas,
Deus não muda.
Ama-O como merece, Bondade imensa;
mas não há amor fino
sem a paciência.
Confiança e fé viva mantenha a alma,
que quem crê e espera
Tudo alcança.
Do inferno acossado muito embora se veja,
burlará os seus furores
Quem a Deus tem.
Advenham-lhe desamparos, cruzes, desgraças;
sendo Deus o seu tesouro,
Nada lhe falta.
Ide, pois, bens do mundo,
Ide, ditas vãs;
ainda que tudo perca,
Só Deus basta.
Santa Teresa de Jesus
Carlos,
Negativo, caríssimo, negativo. Não me atribua esta carapuça, pois a rechaço com veemência. A minha posição referente à Liturgia da Igreja (que já expus diversas vezes por aqui) é diametralmente oposta a daqueles “que querem o fim da Missa Tridentina”.
A única posição que assumo aqui é a que já assumi em diversos outros lugares: há alguns católicos que mais atrapalham do que ajudam. Este triste caso é só mais um exemplo disso.
Sim, rezemos pela restauração da Sagrada Liturgia.
Abraços,
Jorge
Errata: Não é atacando diretamente o CV II e a Missa Nova que se vai conseguir o Rito Tridentino…
Antes que me julguem mal, eu não disse que não se deveria atacar o CV II, apenas entrevejo que isto deve ser feito paulatinamente e com parcimônia, como questionar o “porquê da crise da Igreja”, a “mundanização do clero”, as deserções dos sacerdotes, a fuga em massa dos fiéis e o conteúdo inquietante de documentos do CV (Lumen Gentiu, Gaudium et Spes etc), como eu disse, isto em doses homeopáticas para não matar o doente ou afastá-lo do tratamento!
Mais uma errata: conteúdo inquietante de documentos do CV II(Lumen Gentium, Gaudium et Spes etc), como eu disse, isto em doses homeopáticas para não matar o doente ou afastá-lo do tratamento!
Caro Jorge,
Está certo. Acredito sinceramente que você não está do lado dos que querem o fim da missa tridentina. Peço desculpas, pois realmente me expressei mal. Lendo seus escritos percebo que você é um bom católico e tem sincera simpatia pela liturgia tradicional.
Mas ao dizer que por causa de alguns fiéis que estariam espalhando a cizânia o padre agiu corretamente em suspender a missa, você se colocou concretamente, neste caso, do lado errado (em minha insignificante opinião, claro).
Nas missas novas também deve haver fiéis que espalham cizânias e heresias. Você apoiaria um padre que suspendesse a celebração da missa nova em sua paróquia porque haveria ali alguns fiéis espalhando cizânia!
Um abraço.
Carlos.
Prezado Carlos,
Claro que as desculpas estão aceitas. Você pergunta:
Não sei se um padre pode suspender a celebração da Missa Nova mas, numa imaginária “inversão de papéis”, eu com muito gosto aprovaria a exclusividade da missa tridentina! :)
Abraços,
Jorge
ART!
Achei muito pertinente as observações feitas pelo Carlos no que se refere a situação que se passa em Brasília. Lhes asseguro minhas orações para que não haja impedimento algum para a celebração da Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano.
Imagine que o problema fosse o contrário. Se a briga fosse para ter a celebração da Santa Missa na Forma Ordinária do Rito Romano. E algum aloprado enviasse um e-mail ao padre condenando a Forma Extraordinária e criticando o padre por ser favorável e/ou preferir o Rito “Tridentido”. Seria sensato interromper a celebração até que o anônimo se retrate? Somos perseguidos constantemente. E o Brasil tem sido uma terra de mártires, não é difícil haver derramamento de sangue pela causa de Cristo. Basta não ser politicamente correto. As vezes tenho a sensação de que o martírio mais próximo está na tentativa de ser católico, entre os nossos. Por essas terras onde eu vivo, não tenho dúvidas disso.
Quanto aos modernistas, cismáticos, sedevacantistas…nossa missão é rezar por eles pra sejamos um em Cristo. E nós precisamos melhorar muito também, rumo a perfeição cristã.
Que neste momento de crise, a Igreja em Brasília encontre soluções autênticas e visando o bem das almas.
Per Regnum Christi ad Glóriam Dei!
Em Cristo,
Pedro.
Caríssimo Jorge,
Obrigado pela resposta lúcida e coerente.
Também acho que nenhum padre tem o poder de suspender a celebração da Missa Nova. Isso coloca a Missa Tridentina numa posição de inferioridade, o que é lamentável. E, pelo jeito, qualquer incidentezinho agora vai virar pretexto para que os bispos contrários e os padres que a rezam apenas por obrigação e a contragosto suspendam a celebração da Missa Tradicional. A celebração dessa Missa agora ficará ainda mais ameaçada, dependente de uma análise subjetiva do Padre ou do Bispo.
Qualquer um que não deseja a volta do rito tradicional precisará apenas mandar um e-mail mal-educado para o Padre e lá se foi a Missa Tradicional. Resumindo, um simples e-mail transformará em letra morta o Motu Proprio Summorum Pontificum, fruto de anos e anos de lutas e orações.
É por isso, meu caro Jorge, que lamentei seu apoio ao Padre, neste caso de Brasília.
Um abraço.
Carlos.
Prezado Carlos,
Sim, sem dúvidas que considero longe do ideal que a Missa Tridentina seja a forma “extraordinária” do Rito Romano. Mas, dadas as circunstâncias nas quais vivemos, tu achas mesmo que poderia ser de outra forma? É tudo o que dá para termos.
Quanto aos “padres que a rezam apenas por obrigação e a contragosto”, sinceramente, espero que esses não existam. Caso existam, são péssimos padres, e eu não quero nem imaginar o que pode advir de péssimos padres celebrando “a contragosto” o rito tridentino.
Se um padre é um bom padre – e é nesses que deposito a difícil tarefa de promoção do rito tridentino -, não vai ser um email mal-educado enviado por “qualquer um” que vai fazer com que ele deixe de celebrar; tal atitude só seria tomada no caso de uma paróquia realmente problemática, como imagino ser o caso de Brasília.
Ao contrário, se o padre é um mau padre e celebra “a contragosto”, e não quiser mais celebrar, é “só” ele começar a achincalhar com a Santa Missa – celebrando da mesma má maneira que celebra o Novus Ordo, enchendo-a de abusos – que os fiéis vão desaparecer por si sós.
Abraços,
Jorge
É triste constatar o perigo das fofocas… as pessoas vão aumentando, piorando, dizendo sobre o que nem viram ou leram, comentando sobre o que não têm certeza… e palavras são como penas ao vento, depois de lançadas ninguém as recolhe mais!
Mais prudência, por caridade!
Gastem seus tempos de forma mais nobre, rezando pela sofrida Igreja Católica!
O que se passou em Brasilia ontem(e sou testemunha ocular pois vou à Missa lá) e o que se passa dentro da Igreja no mundo todo é um grande combate, mas é um combate que precisa ser primeiramente travado com orações e caridade. Se o Padre falhou ou não, devemos rezar por ele sempre, para que não seja vencido pelo engano e pelo desânimo.
Mais cautela, gente.
Por causa de comentários descuidados os que nem têm parte nisso saem prejudicados.
Eu não sou de grupo nenhum(conforme o rapaz classificou os assistentes à missa de Brasília), sou uma pessoa que necessita da Missa profundamente e espero que o Padre Givanildo não se deixe abater por nada e siga adiante.
Cuidado com a língua, gente!
Cuidado com os enganos do demônio!
Deus nos ajude!
Então foi isso…
Nunca fui a uma missa tridentina. Junto com alguns amigos, fui ontem à paróquia São pedro Alcântara e, para nossa decepção, havia um pequeno cartaz num cavalete avisando que não seria celebrada a missa das 17h. No local, ninguém soube explicar o motivo. Continuo sem nunca ter ido a uma missa tridentina…
Caro Moisés,
Não desanime ainda. Já tenho notícia extraoficial que Padre Givanildo já reconsiderou a suspensão e que vai celebrar no próximo domingo. Graças a Deus!
Carlos.
Caríssimos
Aqui em Niterói nós não permitimos que determinados fanáticos viessem estragar o que construimos com tanto zelo. Apareceram uns fedelistas por aqui com o próprio mas não acharam espaços e sairam. “Adão e Eva deram conversa ao demônio e perderam o Paraiso”. A coisa é por ai. o Silêncio é a melhor arma. Em Limeira-SP querem a Missa atacando o Bispo. Nada conseguirão.Se o Bispo mostrar as cartas que escrevem nos Blogs ao Papa, tudo cai por terra.
As pessoas precisam entender isso. A coisa vira falta de respeito.
Abraços a todos e orações.
In Jesu et Maria.
Paulo Morse
Caro Carlos,
Que boa notícia!
Laudetur Jesus Christus!!!!!!!!!!!!!!!!!
Acho que o pessoal de Brasília ainda é felizardo, porque Missa em Tridentina em Salvador, enquanto a Arquidiocese daqui continuaar nas mãos de quem está, não passa de um sonho… Mas oração, paciência e misericórdia transformam sonhos na mais concreta e bela realidade! Soltarei fogos de artifício quando a mudança ocorrer e subirei de joelhos a Colina do Bonfim se tivermos, de fato, um bispo bom!
Deus o Quer!
Prezado Jorge,
Os quatro primeiros parágrafos do excerto da mensagem que seu informante lhe enviou ora contém informações totalmente sem-pé-nem-cabeça, sem nenhuma procedência ou plausibilidade — diria eu, como se “inventadas”, a toque de caixa — ora são bem incompletas ou até com os sujeitos trocados entre si.
No conjunto, seu tópico está dotado de tanta desinformação que, muito sinceramente, eu recomendaria vc apagá-lo ou, pelo menos, congelá-lo. Porque longe, talvez, de vir a ser esquecido como um artigo que não somou nada, poderá até mesmo acirrar ânimos baseando-se em fofocas e informações erradas, sabe-se lá se iniciadas por pessoas com más intenções e/ou que nem frequentam a Missa (portanto, de quem, digamos assim, não se espera estar perdendo com a suspensão da Missa), ou ainda que queiram vê-la até mesmo suspensa e seus frequentadores desassistidos.
Ainda, sobre o conjunto fático por mim sabido de toda essa situação, tanto não tenho autorização para revelá-lo (porque diz respeito a conversas particulares entre o padre e eu, e inclusive a uma troca de mensagens entre o
padre e uma pessoa que sequer se sabe existir, falar individualmente ou em nome de mais pessoas) quanto, se
revelado, não mudaria (e até, talvez, pioraria) a delicada situação em que se encontram as almas envolvidas nessa situação (autor da mensagem, padre e assistentes da Missa), ou, ainda, não dizem respeito à “platéia da Internet”, parte da qual provavelmente visita esse tópico para ver “sangue” alheio, de pessoas com as quais não simpatizam diretamente ou por tabela.
O que posso aqui afirmar, sem esperar que todos dêem crédito, é que não existe paróquia em crise ou perturbada por “tradicionalistas”. Nunca sequer ouvi falar em incidentes paroquais iniciados pelos que assistem àquela Missa Gregoriana, e as relações por mim e por muitos mantidas com o padre e demais paroquianos é de cortesia e muita fineza de trato. Os pouquíssimos episódios de incompreensões de que fui testemunha ou mesmo sujeito, de tão infímos, raríssimos e bobos, são desprezíveis, e certamente em muito menor número e gravidade do que tantos outros de que se testemunha ou se ouve falar em outras paróquias onde não há a presença de “tradicionalistas”. Então, o artigo que vc alegou do motu proprio para, sem conhecer os fatos (dando vazão, em lugar deles, a equívocos, para no mínimo dizer), condenar a Missa Gregoriana e sentenciar os fiéis à abstinência da única celebração pública numa diocese de quase 3 milhões de pessoas, não pode ser aplicado. Aplicá-lo sem fundamento, ou sem ter a certeza de que as informações que lhe chegam são verdade, revela-se, no mínimo, juízo temerário num assunto gravíssimo que diz respeito a coisas tão caras e raras para o bem de muitas almas: a Missa Gregoriana. E se ainda existissem relevantes problemas de relacionamento (ou vierem surgir) entre paroquianos assistentes da Missa Gregoriana e das demais Missas, seriam mesmo, a priori
e/ou em todo e qualquer caso, suficientes para suspendê-la? O padre sequer alegou isso! Disse que suspendeu a
Missa de ontem porque entendeu que uma das mensagens recebidas por ele conteria uma ameaça moral, e não propriamente porque essa pessoa (ou outras mais) estaria semeando discórdia pública ou mesmo discordando privadamente de muitas de suas posições.
O padre Givanildo reconsiderou sua decisão diante da alegação de muitos de que ele aplicara uma pena desproporcional ao delito que teria lhe atingido, e/ou que sequer teria sido cometido pelos apenados. Ele continua aguardando a retratação daquela pessoa. Repiso, sequer se sabe algo certo a respeito da autoria daquela mensagem: se a pessoa existe, se é ou não paroquiano, se mora em Brasília, se assiste a Missa, se tem ou não apreço por ela, etc.
Imagine vc, se a celebração de toda Missa, culto ou profissão de fé estivessem sujeitos à inexistência de atritos, discordâncias ou mesmo ameaças entre um e outro (ou entre uns e outros), seria bem provável que não tivéssemos nenhuma Missa na terra, nem mártires para venerarmos, nem tantas coisas boas que existem nesse mundo imperfeito. E, em específico, se a Missa Gregoriana estiver exclusivamente sujeita à perfeição de condições que muitos querem exigir para sua celebração, a aplicação do motu proprio estará fadada a uma virtualidade utópica que, arrisco-me a afirmar, nenhuma paróquia no mundo poderia oferecer.
Então, pelo pouco exposto, convido vc novamente a considerar a conveniência de apagar esse tópico ou
congelá-lo. Se julgar impertinente o que lhe peço, solicito ao menos que revele a identidade do seu informante afim de fazê-lo, com justiça, responsabilizar-se publicamente pelo que disse ou retransmitiu. Esse tópico está fadado ao fracasso, porque, na atual circunstância, há pouquíssimas chances de que algum fato ou argumentação, por mais embasados e verdadeiros que sejam, possam resolver a discórdia — agora sim, criada e tornada pública.
É o que tenho a dizer.
Em Jesus e Maria,
Antonio
Seu Jorge…
O Sr. mora aqui em Brasília?
Sabe onde fica a Paróquia São Pedro de Alcântara?
Conhece o Revmo. Pe. Givanildo?
É por essas e por outras, que considero a internet, no campo religioso, uma faca de dois gumes.
Serve para instruir e redimir.
Serve para destruir e pecar.
Como o Sr. se presta a tornar um negócio desses público, morando a milhares de quilômetros de distância, sem ter visto os envolvidos uma única vez sequer, e confiando em conversas de corredor?
Eu, que moro em Brasília há 35 anos, vou muito ocasionalmente na Paróquia São Pedro, duas únicas vezes para assistir ao Rito Gregoriano e várias para o ordinário, não sabia dessa lambança que o Sr. tornou pública.
Reservado como é, duvido muito que o Revmo. Padre envolvido aprecie essa publicidade toda.
Aceite a sugestão do Antonio.
In Iesu et Mariae
Gustavo
Jorge,
Mais cautela, pelo amor de Deus!
As coisas são muito sérias.
Essa postura de descuido prejudica pessoas reais, sofridas, sérias e que têm profunda necessidade da Missa. Não se preste a um papel de “fuxiqueiro de plantão” num assunto desses. Procure fazer melhor uso de suas habilidades, que certamente são tantas e riquíssimas!
O Padre não é um “moleque” e se ele tem enfrentado dificuldades de qualquer tipo cabe a nós auxiliá-lo e não empurrá-lo buraco a dentro. Seremos cobrados a respeito e por Deus! É importante lembrar que a quem muito tem sido dado, muito será pedido!
É covardia chutar em cachorro ferido ou morto… nós também precisamos de ajuda, todo dia!
Deus não permitiria todas essas coisas se não fossem para o bem das almas de cada um de nós.
Cuidado com esses comentários, pois eles fazem um mal terrível pra pessoas as quais vc nem terá como ajudar depois. Todos corremos esse risco, por isso devemos orar e vigiar pra não cair em tentação.
Fica em paz!
Um abraço.
Senhores,
A única “lambança” cá realizada foram as insinuações de que o pároco de São Pedro de Alcântara tivesse agido erroneamente. Coisa, aliás, diametralmente oposta ao tom inicial do meu post.
A informação de que a celebração da forma extraordinária do Rito Romano havia sido suprimida em Brasília, até onde me conste, procede. Tal supressão teria tido como estopim o recebimento do referido “email desaforado”, informação que, mais uma vez até onde me conste, procede. Se há inverdades nas informações passadas, nada mais justo que elas sejam desmentidas publicamente. Até porque elas foram originalmente veiculadas em uma lista de discussão que possui 180 inscritos.
Importa tornar “um negócio desses” público porque é [mais] um triste exemplo – a ser evitado – de como é fácil destruir as coisas que só a muito custo são obtidas. Serve de aviso aos navegantes, para que repensem as suas atitudes, as quais podem – não obstante estarem via de regra imbuídas de zelo e de boas intenções – ter efeitos muito negativos. Serve para ensejar orações, prática na qual os católicos que amam a Igreja deveriam estar unidos, ao invés de ficarem se espezinhando e/ou choramingando diante dos sofrimentos que a Providência lhes permite sofrer.
Graças a Deus, no entanto, o referido pároco reconsiderou a sua decisão e vai voltar a celebrar a missa dominical. Reafirmo a sua autoridade para tomar as decisões que julgar melhores para o bem das almas que lhe foram confiadas. Que a Virgem Santíssima continue abençoando e tornando profícuo o seu ministério sacerdotal.
Considerando os ânimos exaltados e a pouca serventia de comentários feitos com tal estado de espírito, estou acatando as sugestões que foram dadas e o post está, por tempo indeterminado, fechado para comentários, ficando no entanto o meu email particular disponível para os que tiverem ainda alguma coisa a acrescentar.
Abraços,
Jorge