Esta eu publico com gosto, mas o El País deve ter publicado rangendo os dentes de raiva: a melhor Universidade da Espanha, de longe, tendo obtido nota máxima (100,00%) na avaliação do Instituto de Análisis Industrial y Financiero da Universidad Complutense de Madrid, com 38 pontos de vantagem sobre a segunda colocada, é… a Universidade de Navarra, do Opus Dei. Reproduzo abaixo o gráfico da “Classificação das Universidades Espanholas”, retirado do próprio site do jornal espanhol:
Excelente notícia contra os que dizem que o catolicismo não combina com o conhecimento, que a Fé não combina com a ciência. Eis aí o verdadeiro fato que faz calar o [pseudo-]argumento.
Ninguém disse que uma pessoa não pode ter fé num momento e em outro desenvolver atividades lógicas e científicas.
O que se constata é que a fé religiosa em si mesma é ilógica e nada tem de cientifica, é apenas fruto da carência emocional das pessoas.
A fé religiosa é o abandono da racionalidade, mas em outras atividades o sujeito pode recuperar a sua capacidade de raciocinar.
Mudando de assunto, você me parece encantado com a Obra, mas seria interessante que você averiguasse a opinião dos ex-membros, posso citar alguns dos mais conhecidos:
Jean Lauand, professor titular da Universidade de São Paulo, doutor em Filosofia e História da Educação e especialista em São Tomás de Aquino;
Juiz Marcio Fernandes da Silva, formado em Engenharia Química e Direito pela USP, juiz do Tribunal de Impostos e Taxas de SP;
Antonio Carlos Brolezzi, professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo;
e Dario Fortes Ferreira, cardiologista
“A ideia de que Deus é um gigante barbudo de pele branca sentado no céu é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que regem o Universo, então claramente existe um Deus. Só que Ele é emocionalmente frustrante: afinal, não faz muito sentido rezar para a lei da gravidade!”
Carl Sagan
Hahahahahahahaha!
Um verdadeiro tapa na cara do Zapatero e sua turminha anti-clerical!
Parabéns à Obra!
Seria bom que fizessem algo parecido no Brasil, uma universidade verdadeiramente católica e de alto nível.
A respeito do livro de Jean Lauand, é bom ter alguma desconfiança, a mesma desconfiança que se deve ter em relação a todo ex-alguma coisa, que passa a só ver defeitos em seu antigo grupo, numa tal quantidade que a gente se pergunta como eles podem ter sido tão ingênuos de se integrarem. O próprio Orlando Fedeli, tão crítico em relação a tudo na Igreja, acusa Lauand de ser um liberal que não leva em conta nem o que a comunidade de Escrivá teria de bom. É oportuno lembrar também o caso do escritor francês Leo Taxil, um ex-maçom que no final do séc. XIX passou a escrever denúncias contra a Maçonaria, acusando-a de cultos satânicos e não sei mais o quê, e recebeu apoio de gente da Igreja na França, até o dia em que ele resolveu dizer que inventou todas as suas acusações, para desmoralizar a Igreja (depois disso, morreu renegado por maçons e catolicos). Sobre o Opus Dei, o que me impressiona é que as acusações nem costumam bater uma com a outra, mas todas são acreditadas pela mídia. Por exemplo, até alguns anos, acusavam os membros do Opus de ter uma moral dupla, agora os acusam de ultraconservadores.
Foi realmente um tapa na cara de Zapatero e seus aliados anticristãos. Onde está o esplendor cultural da cultura atéia européia?
“O que se constata é que a fé religiosa em si mesma é ilógica e nada tem de cientifica, é apenas fruto da carência emocional das pessoas.”
Caramba, agora temos psicólogos de plantão por aqui também?
“A fé religiosa é o abandono da racionalidade, mas em outras atividades o sujeito pode recuperar a sua capacidade de raciocinar.”
Hahahahahahahahahahahahahaha
Cara, eu acho que vou imprimir isso e fazer um quadro para me divertir hehehe.
Neste final de semana fui a um retiro do Opus em Ibiuna.
O padre Carlos ministrou muitas meditações belíssimas.
Homem comedido nos movimentos, no falar, me passava muita ordem, austeridade, e
fervor, porém na confissão se transformou em um homem brando e amigo. Próprio
dos santos
Confissão, missa, meditação, leitura, tudo em um profundo silêncio.
O nivel das meditações eram realmente alto.
Gostei muito.
“En los rankings internacionales no salen bien paradas. Ninguna universidad española está entre las 100 mejores del mundo. Hay que rebuscar, incluso, para encontrarlas entre las grandes europeas.”
Ou seja, entre as universidades da Espanha, não há nenhuma entre as 100 melhores do mundo. O fato da Universidade de Navarra ser a menos ruim da Espanha é tão digno de comemoração quanto o fato de a PUC-RJ, sendo a melhor universidade particular do Brasil, ser apenas a nona no Brasil, atrás de 8 universidades laicas. (http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL752105-5604,00-DIAS+APOS+DEMISSAO+DE+REITOR+UNIFESP+E+APONTADA+A+MELHOR+DO+BRASIL.html)
“A fé religiosa é o abandono da racionalidade, mas em outras atividades o sujeito pode recuperar a sua capacidade de raciocinar”
Caro Paulo, espero sinceramente que você tenha recuperado sua capacidade de raciocinar após ter escrito essa frase.
Caro Paulo:
1. “Ninguém disse que uma pessoa não pode ter fé num momento e em outro desenvolver atividades lógicas e científicas.”
E quem disse que alguém disse isso? Você está respondendo a que objeção de quem? Em todo caso, a possibilidade de que a fé, precisamente a fé católica, possa ser um fator decisivo na criação e avanço da ciência é bem mais que mera hipótese. É fato histórico na história ocidental. É exatamente o dogma cristão que impulsionou o surgimento da ciência e é exatamente o seu abandono que tem desmoronado a ciência atualmente, transformando-a em mera técnica, às vezes a serviço de desumanidades monstruosas.
2. “O que se constata é que a fé religiosa em si mesma é ilógica e nada tem de cientifica, é apenas fruto da carência emocional das pessoas.”
Quem constata? Isso é uma mera afirmação “flatus vocis”, uma fala e nada mais. Nenhuma demonstração.
3.A fé religiosa é o abandono da racionalidade, mas em outras atividades o sujeito pode recuperar a sua capacidade de raciocinar.
O abandono de qual racionalidade? De qual conceito de razão? Ou você ignora que esse termo não é neutro, mas carregado da concepção de quem o pronuncia, do lugar, tempo e cultura que marcam este pronunciamento? Segundo certo conceito de razão, só devo aceitar aquilo que pode ser expresso em certa linguagem cientifica. Mas segundo outra noção de razão, devo estar aberto à totalidade do real, inclusive aqueles aspectos que minha pobre linguagem não consegue apreender e expressar.
4. Mudando de assunto, você me parece encantado com a Obra, mas seria interessante que você averiguasse a opinião dos ex-membros, posso citar alguns dos mais conhecidos:
Jean Lauand, professor titular da Universidade de São Paulo, doutor em Filosofia e História da Educação e especialista em São Tomás de Aquino;
Juiz Marcio Fernandes da Silva, formado em Engenharia Química e Direito pela USP, juiz do Tribunal de Impostos e Taxas de SP;
Antonio Carlos Brolezzi, professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo;
e Dario Fortes Ferreira, cardiologista
Polêmicas em torno dos métodos de ação da Opus Dei, não invalidam o fato lógico e histórico de que a fé fez nascer a ciência ocidental. Essa ciência não nasce como resultado de quem “deu um tempo” na fé e pôs-se a ocupar com ciência, “recuperando o uso da razão” como você diz . Não. É precisamente a fé que está no alicerce da ciência, ela criou as condições para que ciência pudesse surgir e florescer no ocidente, como jamais ocorreria se não fosse precisamente a fé.O documentário do historiador Thomas Woods não deixa dúvidas de que a ciência histórica tem referendado mais e mais este fato: http://www.youtube.com/watch?v=ng8dume3V6k
5. A ideia de que Deus é um gigante barbudo de pele branca sentado no céu é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que regem o Universo, então claramente existe um Deus. Só que Ele é emocionalmente frustrante: afinal, não faz muito sentido rezar para a lei da gravidade!”
Carl Sagan
Ocorre que esse conjunto de leis físicas necessariamente provoca uma pergunta óbvia na mente racional: quem as fez assim? A quantidade de fé , fantasia e imaginação que você precisa ter para fugir à essa pergunta ou desqualifica-la, torna seu ateísmo uma fé e uma superstição irracional muito mais ingênua , do que a fé racional (católica) que você tenta ridicularizar.