Que coisa interessante: feministas são contra o acordo entre o Brasil e a Santa Sé! Em um livreto intitulado “Brasil e Vaticano: o (DES)acordo Republicano”, cuja capa está repleta de palavras de ordem como “direitos reprodutivos”, “orientação sexual”, “pessoas livres”, “estados laicos” e “democracia”, o Centro Feminista de Estudos e Assessoria explica como “é incompatível a influência dos ditames morais religiosos nas questões de Estado”. O que quer que signifique isso, porque está claramente faltando um pedaço da frase – já que “incompatibilidade” só pode existir entre pelo menos duas coisas – que as feministas não se preocuparam em procurar. Talvez elas tenham querido dizer que era “inaceitável”, mas enfim…
O acordo é este aqui. Não foi assinado entre o Brasil e “o Vaticano”, e sim entre o Brasil e a Santa Sé, como o próprio texto do CFEMEA diz logo na apresentação, embora não na capa. É importante ler o acordo, antes de sair lançando acusações que não têm nada a ver com o teor do documento.
O livreto do CFEMEA está repleto de bobagens. Fala que “aos órgãos e políticas dos Poderes de Estado cabe respeitar a diversidade religiosa e as liberdades de culto e não, aderir a uma fé e impor suas crenças ao conjunto de toda a sociedade” (p. 4) – a má redação é essa mesma -, quando o acordo não tem nada a ver com “impor” crenças ao “conjunto de toda a sociedade”. Fala que o acordo “entra de fato no âmago da vida nacional, interferindo em direitos de brasileiros e brasileiras, de todas as idades e de todos os modos de crer e não-crer” (p. 7), sem explicitar no entanto quais são os “direitos” nos quais o acordo está interferindo [apenas cita os “direitos trabalhistas”, referindo-se ao inventado vínculo empregatício que supostamente haveria entre um padre e sua diocese!]. Fala em “fé imposta por lei” e em “imposição religiosa do Estado”, pelo simples fato do acordo “estabelecer o ensino católico na escola pública brasileira” (p. 14), esquecendo-se no entanto de citar o próprio acordo, onde é dito com todas as letras que “[o] ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação” (Art. 11 §1º, grifos meus). Enfim, não vale a pena insistir mais no assunto.
Na página final, talvez por ato falho, o apoio: Safe Abortion Action Fund. Que é um fundo da IPPF para reduzir o “aborto inseguro” ao redor do mundo. Vejam que interessante: “Desde 2007, o CFEMEA conta com o apoio do Safe Abortion Action Fund (SAAF), fundo especialmente lançado pelo International Planned Parenthood Federation (IPPF) para captar iniciativas em prol da discriminalização e legalização do aborto em todo mundo” (Vozes latino-americanas pela legalização do aborto, p. 8). Entidades multimilionárias internacionais aplicando dinheiro para desestabilizar o ordenamento jurídico de um país e promover comportamento tipificado como crime por um estado soberano? Isso, sim, deveria ser rechaçado com veemência pela sociedade brasileira! Mas as feministas financiadas pela IPPF “esquecem-se” disso e vêm à praça pública rasgar as vestes diante de uma simples concordata. Haja hipocrisia!
Sem falar que o art. 11 da concordata é praticamente o art. 210, §1º, da Constituição Federal (até mais permissivo e “plural” do que este):
“§ 1º – O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.”
Abs
Essa matéria feminista é de dar risada pelo tamanho das baboseiras que escrevem. Elas acham pouco o fato de serem financiadas pelo próprio governo com o dinheiro dos impostos, e agora vêm protestar contra a imunidade tributária da Igreja. É muita piada!
´´Com a terceirização
da saúde nos municípios, as OS (organizações sociais), entre elas as “Santas Casas”, estão
assumindo a saúde pública. No entanto, não querem disponibilizar todas as políticas a que
a população tem direito, especialmente as relacionadas à saúde sexual e reprodutiva, que
entram em contradição com a doutrina da Igreja Católica. Além de não implementar as
políticas públicas, não devolvem o dinheiro do que não oferecem à população.´´
Essa daí é o cúmulo da cara de pau. Essas feministas são realmente mais lunáticas do que parecem.
Pô, e tudo que elas dizem que está errado na concordata tem respaldo constitucional… é o cúmulo da calhordice. Vão chorar pra lá.
Vou fazer um post listando algumas dessas pérolas da falta de caráter.
Sem falar que quase todos os artigo, senão todos, falam “em conformidade com as leis”, ou seja, quase nada muda. É muita burrice.
Burrice, não.
Má fé e ódio anti-clerical. É o irracionalismo tomando conta da sociedade.