Comunhão na mão – Niterói

[Foi com inexprimível pesar que tomei conhecimento da nota abaixo reproduzida, assinada por Sua Excelência Reverendíssima Dom Alano Maria Pena, sobre a forma de distribuição da Sagrada Comunhão na sua diocese. Elevemos insistentes preces ao Todo-Poderoso, confiantes na intercessão d’Aquela que é a Onipotência Suplicante, a fim de que se encontre o quanto antes uma solução para este problema que, ao lado de colaborar com a saúde pública, possa manter intactas as conciências dos fiéis católicos que não desejam senão nutrir-se do Pão dos Anjos.]

Fonte: Arquidiocese de Niterói

Comunicação ao Clero, Religiosos e Fiéis Católicos da Arquidiocese de Niterói

Como é do conhecimento de todos, nosso País já foi atingido pela pandemia conhecida como “Gripe suína”. Nosso Estado do Rio de Janeiro já registrou um número razoável de casos, com óbito inclusive.

As Autoridades Sanitárias estão se esforçando para veicular informações e orientações que ajudem a evitar um maior avanço desta gripe.

Nossa Arquidiocese de Niterói sente-se no dever de colaborar com este trabalho de esclarecimento e orientação da Comunidade.

Sendo assim, determinamos que em todas as nossas igrejas e capelas sejam observadas as seguintes normas:

1) Nas celebrações da Santa Missa fica suspenso, por tempo indeterminado, o rito da Paz.

2) Os sacerdotes, diáconos e ministros extraordinários da Sagrada Comunhão deverão colocar a Hóstia Consagrada, o Corpo do Senhor, na mão de cada fiel e não na boca, suspenda-se a comunhão sob duas espécies até novas determinações.
Os Fiéis observem atentamente o modo de receber a Comunhão na palma da mão e comunguem na frente do celebrante ou do ministro.

3) Nas nossas celebrações, quando se fizer necessário, abra-se um espaço para as Equipes Sanitárias veicularem informações sobre esta epidemia.

4) Os Párocos cuidem de mandar abrir todas as janelas e portas dos templos para uma maior circulação do ar.

5) Fiéis católicos com alguma síndrome gripal evitem de participar de retiros espirituais ou cursos doutrinais de formação, até se restabelecerem.

6) Na oração do Pai Nosso, os Fiéis não se dêem as mãos.

Estas determinações sejam lidas em todas as missas em nossas paróquias e comunidades durante vários fins de semana e domingos.

Niterói, 22 de julho de 2009.

+ D. Fr. Alano Maria Pena OP
Arcebispo Metropolitano de Niterói

+ D. Roberto Francisco Ferrería Paz
Bispo Auxiliar de Niterói

Publicado por

Jorge Ferraz (admin)

Católico Apostólico Romano, por graça de Deus e clemência da Virgem Santíssima; pecador miserável, a despeito dos muitos favores recebidos do Alto; filho de Deus e da Santa Madre Igreja, com desejo sincero de consumir a vida para a maior glória de Deus.

20 comentários em “Comunhão na mão – Niterói”

  1. Que lástima!!! (Sic!)

    Ah se a ‘moda’ pega!!!

    André Víctor

  2. Que lástima mesmo!

    Aqui por Portugal, também já há padres que se recusam a distribuir o Santíssimo Sacramento na boca. No entanto, na maior parte das igrejas, os fiéis não mudaram a prática e continuam a receber Nosso Senhor na boca.

    Salvo em alguns sítios onde, já muito antes da gripe, o “costume” era comungar sempre na mão. Fui repetidas vezes à Missa dominical numa mesma igreja perto de Lisboa e não vi nem UMA única pessoa a comungar na boca. No Natal, confessei-me e fui comungar, na boca obviamente. O olhar de espanto e a hesitação do sacerdote ao colocar a Sagrada Hóstia na minha língua foi notória…

    Enfim, como disse no meu blog, se um dia for obrigatório, aqui em Portugal, receber a Sagrada Comunhão na mão, prefiro não comungar e fazer uma comunhão espiritual.

    Haja bom-senso! Se a Missa for celebrada com o rigor que merece e o Corpo de Deus for distribuído da maneira correcta, o respeito pelas regras litúrgicas garante, ele próprio, segurança face a gripe.

    O abraço da paz até e bom que seja suspenso (pena que seja por medo do contágio e não pela bagunça que se faz em alguns sítios – que até o sacerdote vai pela igreja abaixo cumprimentar quase meio mundo – e o desrespeito pela presença Santíssima de Jesus no Altar).

    O Pai-Nosso de mãos dadas, bem, sei que no Brasil é frequente esse gesto, aqui em Postugal vai-se vendo em alguns sítios, mas pessoalmente acho desnecessário dar as mãozinhas para rezar a Oração que Jesus ensinou. Por acaso vai reforçar o valor da oração?

    A retirada de água benta das pias, considero uma boa medida, assim como aconselhar o sacerdote a usar uma solução anti-séptica antes de dar a Comunhão aos fiéis. Nada contra, muito pelo contrário.

    Agora, Comunhão na mão??

    Já agora, a comunhão na boca e de joelhos até era preferível, uma vez que o movmiento é de cima para baixo, bastanto que o sacerdote deixasse “cair” suavemente a Hóstia consagrada na lígua do comungante.

    Enfim, incoerências!

    Um abraço de Portugal, Terra de Santa Maria, nossa Mãe e Rainha!

  3. “Se a Missa for celebrada com o rigor que merece e o Corpo de Deus for distribuído da maneira correcta, o respeito pelas regras litúrgicas garante, ele próprio, segurança face a gripe.”

    Então, pra que médicos, não? Antibióticos e hospitais, pra quê?

    Sério, essa foi pra terminar mesmo o dia, vôte!

  4. Ontem no programa do Sr. Jô Soares o ministro da saúde demonstrou até certo deboche ao tratar da tão falada gripe suína. Uma moça perguntou se o beijo na boca estava liberado e o ministro, rindo, disse que as pessoas não se preocupassem e continuassem, sim, a se beijar à vontade e se aparecesse algum sintoma buscassem o posto de saúde mais próximo. Bem, receber o Corpo so Senhor na boca não pode, mas beijar na boca à vontade pode!!! Muito estranho!!! Creio que a Igreja está “pagando um tremendo mico” neste caso. Até água benta está sendo proibida… não sei se vírus sobrevive em água… De qualquer modo, é lamentável que se use tal desculpa para proibir um costume tão antigo!!!

  5. Argo,

    ao ler o texto do Jorge, e depois o texto do João C., fica claro que ele não quis dizer o que você insinua. Você colheu a frase, e deu a ela um sentido muito diferente do que intentava seu autor (tal sentido pode ser inferido do contexto do comentário). Tu és inteligente. Devia estar cansado, ou de brincadeira. Para o caso de você realmente não ter entendido o que o João quis dizer, passarei a explicar agora:
    Quando ele fala que o respeito pelas leis litúrgicas garantem a segurança contra a gripe, ele simplesmente está a dizer o óbvio: que dos que estão na assembléia, o padre é o que tem as mãos mais limpas (ele as lava, antes da consagração). Já os fiéis, esses muitas vezes chegaram até lá de ônibus, e suas mãos tocaram muitos locais que poderiam estar contaminados (dinheiro, os bancos do ônibus ou mesmo da igreja, etc). Então, usando suas próprias mãos para receber a Eucaristia, eles poderiam estar se contaminando. Acredito que essa era a argumentação do João, uma vez que o padre, com as mãos limpas, não parece ser um veículo de contaminação (aqui cabe lembrar que a boca do fiel não deve ser tocada pela mão do padre).

    Assim, Argo, o João simplesmente argumentou que, em termos de probabilidades, é mais fácil o fiel se contaminar com a tal gripe ao receber a Eucaristia na mão do que ao recebe-La diretamente na boca.

    Você pode até não concordar com esse argumento, mas distorce-lo da maneira como o fez não me parece digno, a não ser que não tenha sido intencional. Nesse caso, uma retratação se faria necessária, não acha?

    Um grande abraço, ao Argo e a todos.

    Que Deus os abençoe,

    Jones.

  6. Sinceramente, ainda não consegui entender por que o Jorge permite que figuras como o sujeito que se identifica por “argo” façam uso da palavra em seu blogue. Esses tipos já estão errados de boca fechada, falando então nem se fala. No caso não há nem a desculpa do debate de ideias, visto que ideias esse tipo não tem. Nada mais faz neste blogue a não ser desrespeitar o próximo e exibir despudoradamente sua própria ignorância, sua incapacidade de raciocinar logicamente e a vacuidade da própria vida.

  7. A coisa mais triste na vida de um ateu é que, quando ele está feliz, não tem a quem agradecer.

  8. É possível que este comentário saia em duplicado, uma vez que o anterior, no meu computador, deu “erro”. Mas como não percebo assim tanto de informática, vou voltar a enviar :)

    Respondo ao Argo,

    Eu próprio sou profissional de saúde. Essa frase minha que destacaste, eu vou explicar melhor, para não haver mal-entendidos.

    Tantos médicos, como enfermeiros, como os antibióticos, como os hospitais estão preparados para identificar, tratar e prevenir a disseminação do vírus. A prevenção passa muito por adoptar medidas e atitudes de protecção.

    Eu disse, no meu comentário que, regra geral, todas as sugestões (no que respeita aos actos litúrgicos) no sentido de ajudar a preveni,r o contágio são boas medidas que devem ser postas em prática.

    Já a sugestão (quanto mais a imposição) da Comunhão na mão, a meu ver, não seria necessário fazer parte dessas medidas, já para não falar do acto sacrílego que é. A Liturgia, a ser celebrada com rigor e reverência, garante segurança para A PREVENÇÃO da propagação do vírus, juntamente com as práticas sugeridas anteriormente: a suspensão do abraço da paz, das mãos dadas no Pai-Nosso, o esvaziamento das pias de água benta, etc…

    Se os sacerdotes tiverem o cuidado de celebrar a Santa Missa com todo o rigor e qualidade (incluindo distribuir a comunhão de joelhos e na boa), a juntar à medidas que já enumerei, previne-se em grande parte a propagação do vírus. Agora, quem tem sinais de gripe, que fique 7 dias, pelo menos em casa.

    E os hospitais, médicos e antibióticos que me falou não substituem os cuidados a ter com o Santíssimo Sacramento (cuidados que, se forem de acordo com as normas, ajudam por eles mesmos a evitar a propagação), assim como os mesmo cuidados litúrgicos não substituem a ida ao hospital, aos médicos e aos antibióticos para prevenir e tratar a doença. Tudo deve contribuir para o mesmo.

    Mas haja bom-senso…

    Jones,

    Obrigado pela sua leitura e esclarecimento correctíssimo do que eu quria dizer :)

    Um abraço de Portugal!

  9. O site prima pela profundidade e clareza nas informações.
    Por favor entre em contato.

    Em Jesus e Maria
    +
    Ricardo

  10. A coisa tá feia…. só faltam estas:

    7) Fieis confessem-se por telefone para evitar contato mais próximo com o confessor;

    8) Fiéis tragam seu banquinho de casa;

    9) Fieis tragam água mineral para batismo;

    10) (Mais importante) Suspensas doações/coletas. O dinheiro pode estar contaminado. Ops! Esta não! Nesse ítem ninguém mexe! (rs)

    DFLD

  11. “Se a Missa for celebrada com o rigor que merece…”

    O ponto chave foi essa frase aí. Unindo-se as duas, fica claro que, da primeira vez, se estabeleceu um vínculo entre fé e cura, de um modo genérico.

    Na segunda vez, o comentarista definiu claramente sua posição. Nada contra seus argumentos com relação à higiene, inclusive a recomendação de, em caso de suspeita de gripe, manter uma quarentena de 7 dias em casa, período de desenvolvimento da doença, ao que me parece.

  12. “A coisa mais triste na vida de um ateu é que, quando ele está feliz, não tem a quem agradecer.”

    Juro que não entendi. Por que deveria agradecer a um ser inexistente? Quando estou feliz, agradeço a quem me possibilitou satisfazer necessidades materiais, a minha esposa, a meus filhos, minha família, que fazem com que meu nível de serotonina aumente e me dê a sensação de bem-estar.

    Se voce é infantil a ponto de ainda agradecer a seres inexistentes, tal e qual eu fazia quando criança, fique a cavaleiro quanto a isso, continue, é um direito seu.

  13. Um ateu e a toa como esse Argo nunca terá a quem agradecer se estiver feliz, porque ele é, nunc et semper, um infeliz.

  14. Salve Maria!

    Faz-se urgente iniciar uma cruzada rogando à Deus que venha em socorro as nossas preces.

    Se a Santa Missa fosse celebrada como é prescrita, então não haveria problema algum.

    A Santíssima Virgem ajude a Igreja nesse tempo de crise.

    Sub tuum praesídium confúgimus, Sancta Dei Génetrix. Nostras deprecatiónes ne despícias in necessitátibus, sed a perículis cunctis libera nos semper, Virgo gloriósa et benedícta. Amen

    Em Cristo,
    Pedro.

  15. “Quando estou feliz, agradeço a quem me possibilitou satisfazer necessidades materiais” (“argo”)

    Então você deve agradecer ao Jorge, que permite que você satisfaça suas necessidades na caixa de comentários do blogue dele.

    Sinceramente, eu prefiro ver este espaço sem esse tipo de poluição e sujeira.

  16. Quem não ler sempre será orfão da sabedoria! e quem acredita em tudo que dizem acredita no que não vê!Roma locuta causa finita!

  17. pois eu vou adquirir meu exemplar do Codigo de Direito canônico só por garantia. Ah, claro, leva-lo-ei a cada celebração para que não haja dúvida quanto ao direito do fiel de comungar na boca OU na mão.

  18. Se a Missa for celebrada com o rigor que merece e o Corpo de Deus for distribuído da maneira correcta, o respeito pelas regras litúrgicas garante, ele próprio, segurança face a gripe.”
    ( João C.)

    Se a Santa Missa fosse celebrada como é prescrita, então não haveria problema algum.

    PALAVRA QUE FECHAM COM CHAVE DE OURO, REFERENTE A ESSA DIABÓLICA IDÉIA QUE ATINGIU DE PROPOSITO EM CHEIA A IGREJA DE CRISTO E SEU SAGRADO CORPO.

    PAZ

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