“[A] Igreja sempre teve o poder de, na administração dos sacramentos, salva a substância deles, determinar e mudar aquelas coisas que julgar conveniente à utilidade dos que os recebem ou à veneração dos mesmos sacramentos, segundo a variedade das coisas, tempos e lugares”.
(Concílio de Trento, sessão XXI, cap. 2 [Denz-Sho 1728] apud Rifan, Dom Fernando Arêas, “O Magistério Vivo da Igreja”)
Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, com o Seu Sacrifício na Cruz do Calvário “perdoou[-nos] todos os pecados, cancelando o documento escrito contra nós, cujas prescrições nos condenavam. Aboliu-o definitivamente, ao encravá-lo na cruz” (Col 2, 13-14), “isto é, reparou as nossas culpas com a plena obediência do Seu amor até à morte” (Compêndio, 122). O próprio Cristo “[e]stá presente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro – «O que se oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que se ofereceu na Cruz» – quer e sobretudo sob as espécies eucarísticas” (Sacrossantum Concilium, 7) e, por isso, a Igreja celebra a Eucaristia, que é “o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos” (Compêndio, 271).
O Sacrifício da Nova Aliança é aquele que – segundo a profecia de Malaquias – é oferecido do nascente ao poente, em todos os lugares (cf. Ml 1, 11) e este sacrifício – ainda segundo a mesma profecia – é puro. Isto posto, e considerando ainda a indefectibilidade da Igreja, “é proposição censurada (…) dizer que a Igreja, regida pelo Espírito de Deus, possa promulgar uma disciplina perigosa ou prejudicial às almas (Cf. Papa Pio VI [1], e Papa Gregório XVI [2])” (Rifan, Dom Fernando Arêas, “O Magistério Vivo da Igreja”).
A questão da Reforma Litúrgica é complexa, delicada e dolorosa. Nas palavras do Santo Padre Bento XVI na Carta que acompanha o Motu Proprio Summorum Pontificum:
[E]m muitos lugares, se celebrava não se atendo de maneira fiel às prescrições do novo Missal, antes consideravam-se como que autorizados ou até obrigados à criatividade, o que levou frequentemente a deformações da Liturgia no limite do suportável. Falo por experiência, porque também eu vivi aquele período com todas as suas expectativas e confusões. E vi como foram profundamente feridas, pelas deformações arbitrárias da Liturgia, pessoas que estavam totalmente radicadas na fé da Igreja.
Estou convencido da superioridade do Missal Tradicional sobre o Missal de Paulo VI, ao mesmo tempo em que estou igualmente convencido da necessidade de se retomar, na Igreja Universal, a disciplina litúrgica vigente até a reforma do século passado. E é com dor e tristeza que eu vejo algumas pessoas – pretensas defensoras da Tradição da Igreja – utilizarem-se dos tesouros sagrados da Liturgia Católica como arma contra a própria Igreja de Cristo, dificultando assim o acesso dos fiéis verdadeiros a estes tesouros que tão fundamentais seriam para a solução da crise que hoje atravessamos.
A (atual) Forma Extraordinária do Rito Romano não foi praticamente proscrita somente por causa dos modernistas que a odeiam, mas também por causa dos rad-trads que a transformaram em cavalo de batalha contra o Magistério da Igreja. Há na Doutrina da Igreja certas proposições teologicamente certas – como as que foram colocadas acima – e que são frontalmente atacadas por algumas críticas feitas à Reforma Litúrgica de Paulo VI. A Igreja, evidentemente, não pode ceder nestes pontos. Se alguns tradicionalistas fossem mais sensatos e não colocassem sempre juntas uma justa reivindicação (à “missa antiga”) e uma intolerável acusação (à “missa nova”), a crise dolorosa pela qual atravessamos não tardaria tanto a passar. Ao contrário, associando fortemente (e injustamente) a Missa Tridentina a posições inaceitáveis por católicos, os rad-trads acabam por obrigar a Igreja ao difícil e inglório trabalho de dissociar as duas coisas, coisa que não é fácil nem rápida, mas que não pode deixar de ser feita.
Não é admissível afirmar que a Missa celebrada pela quase totalidade da Igreja hoje em dia é herética ou inválida (isso, são poucos os que fazem), mas também não é admissível afirmar que ela seja em si nociva, protestantizante, heretizante ou qualquer coisa análoga! Pelo simples fato de que é proposição condenada afirmar que “a Igreja que é governada pelo Espírito de Deus (…) [possa] constituir uma disciplina (…) perigosa, nociva e que induza à superstição e ao materialismo” [1].
Claro está que uma “missa protestantizante” é nociva. Claro está que uma “missa heretizante” é perigosa. É evidente, então, que aqueles que afirmam ser a “Missa Nova” heretizante ou protestantizante defendem que ela é nociva e perigosa e, portanto, defendem uma posição condenada pela Igreja.
Infelizmente, há muitos que defendem isso. O sr. Orlando Fedeli chama a “Missa Nova” de “modernista e protestantizante” e ainda tem a blasfêmia de insinuar que ela seja um culto ao Diabo:
Sem duvida, Padre Carbonnel tem razão ao dizer que o deus cultuado na Missa de sempre é o Deus transcendente e que o deus da missa nova é o deus imanente no universo e no homem.
Resta saber qual é o deus verdadeiro e quem é o diabo.
[Orlando Fedeli, in “Quando um herege diz a verdade: Confissões do modernista dominicano Jean Cardonnel”]
A Permanência afirma que a “Missa Nova” é intrinsecamente má:
As evidências são copiosas. Como negar, sem má-fé, que é protestantizante o novo rito, não apenas em sua intenção, não apenas no entender dos protestantes, mas naquilo mesmo que o constitui?
Oras, ser “naquilo mesmo que o constitui” e ser “intrinsecamente” são sinônimos, e ser “protestantizante” é, evidentemente, uma coisa má; portanto, o que se diz aqui é que a “Missa Nova” é intrinsecamente má.
A FSSPX diz exatamente a mesma coisa:
[S]e bem que, por si mesma, [a “Missa Nova”] não seja inválida, é realmente má pelo seu equívoco. Fosse ela celebrada pelo mais virtuoso dos padres, fosse ela dita pelo próprio Santo Cura d’Ars, ainda favoreceria a perda da Fé e o pulular das heresias, e constituiria um objetivo ultraje a Deus.
Estas posições não são aceitáveis. Afirmam estes que a Igreja determinou universalmente a celebração de um culto que é intrinsecamente mau. Alardeiam estes, por conseguinte, que as “oblações puras” profetizadas por Malaquias foram corrompidas [ou que se reduziram aos guetos rad-trads, o que é negar a profecia da mesma forma, pois esta fala que o Sacrifício é celebrado em todo o tempo e em todos os lugares]. Quando os defensores de tamanha impiedade, ao mesmo tempo, utilizam a “Missa Tridentina” como estandarte de suas loucuras, é porventura de se espantar que o Vetus Ordo tenha o “rótulo odioso” que desgraçadamente tem?
Os verdadeiros inimigos da Igreja “já não devem ser procurados entre inimigos declarados; mas, o que é muito para sentir e recear, se ocultam no próprio seio da Igreja” (São Pio X, Pascendi). O Papa santo falava dos modernistas, mas hoje em dia os rad-trads associaram-se aos hereges condenados no início do século passado, atacando a Igreja sob uma máscara de zelo. Importa que eles sejam desmascarados, e importa que os tesouros da Igreja sejam resgatados e, arrancados aos inimigos da Igreja, retornem às mãos dos fiéis católicos, para a maior glória de Deus, e para a superação – o mais breve possível! – da crise atual que já foi por muito tempo alimentada pelo conluio dialético entre modernistas e rad-trads. Que a Virgem Soberana consiga-nos esta graça do Seu Filho Jesus o quanto antes, é o nosso sincero desejo e a nossa mais fervorosa oração.
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Notas (retiradas de Rifan, Dom Fernando Arêas, “O Magistério Vivo da Igreja” – renumeradas para se adequar ao presente texto [os números originais são, respectivamente, 78 e 79]):
[1] cf. Papa Pio VI, Const. Auctorem fidei, condenação dos erros do Sínodo de Pistóia, jansenista: “A prescrição do Sínodo… na qual, depois de advertir previamente como em qualquer artigo se deve distinguir o que diz respeito à fé e à essência da religião do que é próprio da disciplina, acrescenta que nesta mesma disciplina deve-se distinguir o que é necessário ou útil para manter os fiéis no espírito do que é inútil ou mais oneroso do que suporta a liberdade dos filhos da Nova Aliança, e mais ainda, do que é perigoso ou nocivo, porque induz à superstição ou ao materialismo, enquanto pela generalidade das palavras compreende e submete ao exame prescrito até a disciplina constituída e aprovada pela Igreja – como se a Igreja que é governada pelo Espírito de Deus pudesse constituir uma disciplina não só inútil e mais onerosa do que o suporta a liberdade cristã, mas também perigosa, nociva e que induza à superstição e ao materialismo – é falsa, temerária, escandalosa, perniciosa, ofensiva aos ouvidos pios, injuriosa à Igreja e ao Espírito de Deus pelo qual ela é governada, e pelo menos errônea” [Denz. 2678]
[2] “Seria verdadeiramente reprovável e muito alheio à veneração com que devem ser recebidas as leis da Igreja condenar por um afã caprichoso de opiniões quaisquer a disciplina por ela sancionada e que abrange a administração das coisas sagradas, a norma dos costumes e os direitos da Igreja e seus ministros, ou censura-la como oposta a determinados princípios do direito natural ou apresenta-la como defeituosa ou imperfeita, e submetida ao poder civil.” (Papa Gregório XVI, Encíclica Mirari Vos, 9 (1932).
Atacando o Novus ordo Missae, não é o meio eficaz, porque, segundo a própria Igreja e o Concílio Vaticano II, mantém-se a substância. De fato, na Missa Nova Cristo faz-se presente na Consagração da mesma forma como ocorre no antigo Rito. O que muitos não entendem é que a Reforma Litúrgica elaborada no tempo de São Pio V teve sua razão de ser, já que diversos erma os missais, além do Romano antigo. São Pio V impondo o “Missale Romanum ex decreto sacrossancti concilii tridentini” permitiu que somente liturgias com mais de 200 anos de existência poderiam continuar em vigor. O fato é que o missal por Ele imposto foi aceito com júbilo pela Igreja Romana. Claro, uma liturgia inequívoca, levemente reformada do antigo Missal anterior ao Concílio de Trento. Trata-se de codificação. O novo ordus missae não pode ser considerado equívoco e ambíguo, apesar da reforma ter sido muito mais drástica que a do Concílio de Trento no que toca ao Ordo. Porém, a reforma empreendida por São Pio V pode também ser considerada drástica no seguinte aspecto:
A) OS missais anteriores ao do Concílio Tridentino não eram plenários, ou seja, havia o epistolário, Evangeliário, Prosário e o Missal em si, onde continha o ordo missae e as orações (antífonas, coletas, etc..) e o próprio do tempo, dos santos, etc.. Porém, as leituras e prosas tinham livros próprios como já foi explicado.
B) As prosas ou sequências eram tantas, que dificilmente havia festa em que não contava com uma sequência. São Pio V suprimiu-as quase todas, mantendo somente Victimae Paschali Laudes, Lauda Sion, Veni sancte Spiritus, Dies Irae. Stabat Mater dolorosa, é mais recente.
c) As outras deixaram de ser parte integrante da liturgia e passaram a ser usadas somente como cânticos ltúrgicos ad libitum. Por exemplo: Laetabundus, antiga prosa natalina, etc.. São muitas, de fato. Mas, não forma deixadas de lado pelo grande valor da poesia litúrgica emanada delas.
Cõnego Boulanger ousou dizer que a reforma litúrgica empreendida pelo concílio de Trento também foi drástica, mas, trouxe muita comodidade para os sacerdotes, através de um Missal plenário. Um único livro, por praticidade.
Apenas o Papa e prelados possuíam ainda Evangeliários, etc..
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Os religiosos tinham Missal próprio, de fato acolheram o Missaal Tridentino, mas, em seus missais haviam festas dos santos das respectivas ordens religiosas, além dos santos do calendário litúrgico, pequenas diferenças como no Confiteor, que era incluso o nome do santo Pai fundador da ordem, e outros pequeninos detalhes.
Os dominicanos tinham até antifonário próprio. Os beneditinos o Ofício monástico. Já os franciscanos, etc., usavam o Breviarium Romanum seraphicum e o Missale Romano – seraphicum, por exemplo.
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Pois bem, voltando a questão do Missal tridentino, percebemos que a reforma empreendida também foi drástica, mas necessária.
Após o concílio Vaticano II, NÃO SURGIU do nada um novo missal como muitos pensam. Houve um tempo de adaptação. Continuou-se a celebrar Missa Tridentina, e com o passar do tempo, ainda que breve, esta forma de celebrar foi sendo utilizada parte em vernáculo, parte em latim, posteriormente ao Missal Tridentino foram acrescentadas novas orações eucarísticas: OBS: (NÃO TODAS AS ATUAIS)Muitos se equivocam pensando que ALGUMAS das novas orações eucarísticas passaram a constar somente no Missal de Paulo VI. Não. Finalmente foi promulgado o novo missal. Por que? para que os fiéis fossem se adaptando pouco a pouco. Mas, mesmo nesta fase de transição, a diocese de Campos dos Goytacazes mantinha o Missal dito de São Pio V sem tais alterações, todo em latim. Se não fosse a intransigência por parte dos padres de Campos e de Dom Antônio, quem sabe, comentava um seminarista, a diocese de Campos tivesse sido agraciada com um Rito próprio como aconteceu em Milão, com o rito ambrosiano. Mas, as questões de Campos já foram superadas e Dom Fernando está no seio da Igreja, usando o missal Tridentino em plena paz com O BISPO DIOCESANO. Uma diocese com dois Bispos, os dois missais, todos convivendo pacificamente.
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A fraternidade São Pio X vela pela liturgia tradicional, estão em comunhão, porém, há pontos que precisam ser discutidos. O problema é que não há necessidade de atacar o Missal e o concílio Vaticano II. eLES PODEM, SEGUNDO O PAPA, VIVEREM SEGUNDO A DISCIPLINA DO CONCÍLIO DE TRENTO, mas, haja vista que o concílio Vaticano II, embora pastoral, não pode ser considerado como uma fonte inesgotável de heresias e ambiguidades.
Há como viver pacificamente usando a atiga liturgia, o antigo calendário, breviário e ritual, bem como o antigo código de direito canônico. Para as necessidades da Fraternidade São Pio X estes são mais adquados que os novos editados.
Porém, os novos editados, não são, senão, frutos da mesma doutrina ensinada pela Igreja durante toda sua existência.
Claro, que há variantes, pois o concílio Vaticano II adequa-se não á uma nova realidade como muitos dizem erroneamente por aí, mas, aos novos desafios do tempo presente. Isto não faz perder em substância.
Em tempos tão difíceis, em que a dessacralização, não é, senão fruto de correntes contrárias aos ensinamentos do magistério da Igreja, e não culpa de um concílio PASTORAL, precisamos rezar ao Senhor, para que o Papa possa encontrar clérigos dispostos a colaborar com Ele.
Concordo plenamente com os pontos relatados no texto acima.
Pra completar, a Missa Nova não pode ser considerada intrinsecamente má, pois, de forma que, alguns sacerdotes não zelam pelo cumprimento das disposições do concíliovaticano II, QUE NÃO ABOLIU O LATIM, exije que estes ensinem o povo a cantar e rezar em latim, as partes da missa que lhes dizem respeito, podem também haurir das riquezas do Missal Tridentino sem necessidade de pedir permissão ao Bispo, que às vezes, é antipático á idéia, por isso Bento XVI determinou que estes não necessitam da autorização; porém, não devem substituir o Missal novo pelo antigo. Ao menos por enquanto não, poruqe seria um choque para muitos se o papa retornasse ao uso do antigo missal drasticamente.
Assim como Pio V empreendeu reforma, o novo missal também é sujeito á reformas, basta o Papa julgar oportuno. Portanto, que não usemos o antigo missal como arma, mas, como jóia preciosa da Igreja Romana, que deve estar cada vez mais aberto sobre nossos altares! E que os padres que usam tão somente o Novus ordo, começem a celebrar dignamente, conforme celebra em Roma o vigário de Cristo!
Bom, se houver acusações de que os red-trads utilizam o antigo Missal, soment epelo que diz a bula quo primum tempore, estão agindo agindo errado, porque pela própria natureza da bula quo primum tempore a Antiga liturgia nunca foi abolida, tanto que Bento XVI dá à ela um lugar de honra, que segundo a fraternidade São Pio X, é um passo, mas, ainda está longe de tornar-se o ideal. Acredito que a FSSPX necessita ser mais humilde e agradecer a Deus, apesar dos pontos que aind aprecisam ser debatidos, estão em comunhão com a Igreja, mesmo que não plenamente, se é que poderíamos afirmar isto.
A Admnistração São João Maria Vianney está plenamente em comunhão com a Igreja. pOR QUE NÃO SEGUEM ESTE MOLDE AO INVÉS DE TANTA MÁGOA…
Uma das premissas deste artigo está factualmente errada.
Primeiro baniu-se a missa antiga e só depois surgiram os rad-trads. Não havia rad-trads até meados dos anos 70, mas já não havia missa em latim. Os rad-trads e seus exageros são consequência e não causa da perseguição à Tradição.
Não estou certo quanto à acuidade dessa alegação, JB. O NOM é de 1969. D. Antônio continuou celebrando a Missa antiga aqui em Campos até a sua renúncia em 1981. D. Lefebvre sustenta não ter jamais mudada a sua posição a respeito do Novus Ordo.
Em todo caso, parece-me que há, sim, factualmente, um triste mecanismo de retroalimentação: os rad-trads recrudescem quando as autoridades vaticanas perseguem as tradições eclesiásticas antigas, e este recrudescimento leva os burocratas a olhar aquelas tradições com ainda menos bons olhos – e assim sucessivamente…
Pois então. Precisamente: Ainda não havia rad-trads em 1969.
O NOM é de 1969. A ruptura lefebvrista é de 75 e o cisma foi em 1988.
Se o rad-trad é caracterizado pela sua desobediência, esta desobediência só pode logicamente existir após o comando (“só rezem missa nova”) ter sido dado.
JB,
Não sei se é esta desobediência específica a caracterização do rad-trad. Pode-se perfeitamente ser contra a mera existência do Novus Ordo lado a lado com a Missa Gregoriana. Aliás, esta é a situação atual: não há mais o comando “só rezem Missa Nova” e, mesmo assim, há rad-trads.
Jorge,
Se até 1969 não havia missa nova, como poderia já haver rad-trads?
Não é possível que você considere como rad-trads todos os que se opuseram à reforma litúrgica de Paulo VI, mas depois a obedeceram filialmente, como o Cardeal Ottaviani.
A existência de um rad-trad só é objetivamente comprovável no momento em que ele desobedece. Há rad-trads hoje pois, tal como em 1975, eles preferem brincar de capelinha.