Faço coro ao que o Murat disse hoje. O momento político que atravessamos exige, dos católicos, a determinação na defesa dos valores que são inegociáveis. Nosso apoio político precisa ter um preço. Não podemos vender os nossos votos para o primeiro monstro “menos feio” que aparecer em nossa frente, acusando a “falta de opções” do cenário político atual e arranjando mil e uma justificativas para esconder a realidade nua e crua: José Serra [ainda] não é um candidato que merece o voto católico.
A sra. Rousseff não o merece de forma alguma, e isso já está bastante claro para qualquer pessoa que tenha um mínimo de noção de política e de Doutrina Católica. Não vou insistir neste ponto. Os católicos não podem apoiar a ex-terrorista do Partido Totalitário. Quem “não concorda” com isso é porque, infelizmente, colocou a sua devoção partidária acima da Moral Católica. Tomo este assunto como já suficientemente concluído, pelo menos para efeitos deste post. Quero agora falar sobre outra coisa.
É fato inconteste que o PSDB é um partido mais aceitável do que o PT, porque aquele permite – ao menos! – a pluraridade das posições, enquanto que o PT obriga os seus afiliados a lutarem por uma agenda ideológica imoral e anti-católica, que inclui a defesa do aborto e de outras aberrações contrárias à Lei Natural. Se o pleito de outubro próximo fosse para votar simplesmente na legenda, PT ou PSDB, acredito que a opção por este último estaria já justificada. No entanto, não votamos somente nos partidos, mas também nas pessoas – e isso, ao contrário do que parecem querer fazer acreditar os entusiastas do sr. José Serra, precisa ser levado em consideração.
A militância pesada anti-PT e contra a sra. Rousseff é perfeitamente justificável: eu diria mais, é necessária, é obrigação moral de todas as pessoas que compreendem a gravidade da situação que o Brasil atravessa. Ela, no entanto, não pode ser confundida (a tentação é grande!) com o apoio entusiasta ao outro lado que também é inimigo da Igreja. Uma coisa é o sujeito que, com o coração na mão, com a consciência perplexa, em um eventual segundo turno entre a Dilma e o Serra, quando já esgotadas todas as possibilidades, vota neste último já pedindo perdão a Deus, justificando-se que é unicamente para que a ex-terrorista não seja eleita. Uma outra coisa, completamente diferente, é começar desde já a fazer campanha para o candidato do PSDB. Não se luta contra Satanás rasgando seda para Belzebu. O inimigo do meu inimigo nem sempre é meu amigo. Se as eleições de outubro forem (como parece que vão ser) Alien vs. Predador, não se pode simplesmente abraçar um deles e dedicar-se zelosamente à sua vitória. Depois que um monstro comer o outro, nós seremos as suas próximas vítimas. Isto é importante demais para ser esquecido.
Voltemos ao sr. José Serra. Alguém perguntou, certa vez, ao pe. Lodi qual seria o “mal menor” entre o PT e o PSDB. O reverendíssimo sacerdote falava especificamente sobre José Serra. Sobre o assunto, destaco:
Se você desejaria votar em José Serra (nem que fosse por exclusão), mas se vê impedido de fazê-lo por causa da triste Norma Técnica, clique no “link” abaixo. Você enviará uma mensagem instantânea, não apenas ao presidenciável, mas a sua equipe de “marketing”. Abrir-se-á uma janela com um texto, que você poderá modificar o quanto desejar.
JoséSerra: CompromissoRevogarNormaTécnica
Telefones úteis do Comitê José Serra:
Cristiane
(11)3646-1500 Bianca
(11)3646-1566 FAX
A data que tem no final da página é 21 de outubro de 2002 e, portanto, não sei se os telefones e emails apresentados ainda funcionam. No entanto, a questão moral permanece integralmente de pé. Um católico pode desejar votar em José Serra por “exclusão” mas, mesmo assim, ver-se impedido disso pelo fato do tucano ser abortista. Volto ao que disse acima: o candidato PSDBista, do jeito que as coisas estão hoje, não merece o apoio católico. E nós deveríamos valorizar o nosso apoio político, ao invés de o cedermos de bandeja para quem já tem culpa no cartório e não dá nenhuma garantia (de valor objetivo) de que não vai continuar a agir do mesmo modo. Abortista não merece confiança a priori. Isso deveria ser simples de entender.
Ao invés, portanto, de se engajarem em campanhas entusiastas a favor de um abortista notório, os católicos que não querem que a sra. Rousseff seja eleita deveriam – na minha modesta opinião – é pressionar o tucano (afinal, não dizem que ele é um democrata?) a assumir uma posição decente na defesa da vida humana, nas questões que são inegociáveis. Apoiá-lo alegremente, sem exigir nada em troca, é um erro de proporções monstruosas.
Reflexão interessante jorge,um monstro que engole o outro e depois nos devora como sobremesa.
Alien vs Predador, resta saber quem é o Alien e quem é o Predador.
Mas me vem a cabeça que estamos apenas lidando com as questões sobre o aborto. Mas e como fica a união cívil (casamento?!) entre homossexuais? poderíamos votar no Serra se ele fosse contrário ao aborto mas favorável a essa aberração? E ao que diz respeito as muitas cartilhas de educação sexual para crianças que vem sendo lançadas em nossas escolas? Poderíamos votar no Serra se ele fosse contra tudo isso mas favorável a distribuição dessas cartilhas pornograficas para crianças? E outras questões morais, as quais nenhum católico pode concordar:
-Adoção de Crianças por casais homoafetivos (ô nomezinho mais safado esse!)
-Pesquisas com Células Troncos Embrionárias!
-E etc, etc, e tal…
É bem óbvio que como católicos não poderíamos votar nesse candidato se assim fosse, então estamos de maõs atadas, amarradas… e é até melhor que seja assim, pois desse modo fica mais fácil de rezar.
Em Jesus e Maria!
Sem dúvida cada um tem o direito a exercer a sua vontade.
Muitos católicos são a favor do voto nulo, porque nenhum
dos candidatos expressa a sua vontade.OK
Mas alguém vai ganhar esta eleição:
ou o Serra ou a Dilma.
Qual a opção ??
Nulo ?? No meu entender é voto para Dilma.
Mas por favor, não fiquem se lamuriando depois….
Vão reclamar com a Dilma e o Comite Central do PT.
Quem sabe até lá, ela tornou-se uma militante anti aborto.
É e claro, em 2014 teremos Lula, o retorno.
E o PT conseguirá manter-se no poder. E teremos
mais e mais das suas “maravilhosas” leis.
Quem entende um pouco de política, sabe que o
Serra e o PSDB, no contexto atual, é muito mais
passível de pressão.
Quem tiver olhos, que veja.
vanderly,
É voto branco que vai para o candidato com mais votos.
Voto nulo não vai para nenhum dos candidatos.
É por isso que já faz um bom tempo que eu voto nulo. Nenhum dos candidatos, até hoje, era uma pessoa que confiaria no poder, que seguisse a fé cristão fora da época das eleições.
Se uma quantidade suficiente de votos nulos são atingidos, nenhum candidato é eleito, e a eleição deve ser reformulada até sair um candidato. Isso teoricamente permitiria o surgimento de novos candidatos, quiçá algum candidato no qual eu REALMENTE votasse.
Infelizmente, no entanto, as pessoas pensam que “TEMOS que escolher alguém AGORA!!!”, e isso nunca ocorreu. E agora sai o Kraken (Lula) para entrar ou o Trasgo (Serra) ou a Bruxa (Dilma). Tristeza por essa Terra de Santa Cruz. :-/
Lucio, se você, uma pessoa consciente, anula o seu voto,
que sai ganhando é a Dilma.
Ela já tem garantida uma parcela da população:
bolsa compra-voto + esquerdalha.
Quanto a sua hipótese de anulação da eleição, devidos os votos serem insuficientes, é válida, mas na prática não ocorre.
Vai ganhar quem tiver mais votos.
A minha opção é anti-PT. Pois representa TUDO o que
discordo.
Com o Serra , antevejo possibilidade de pressionar.
Com a Dilma & PT, não. Eles tem uma doutrinação e
postura ideológica inflexíveis.
O Serra e PSDB não dispõem de base social tal qual o PT.
O PT controla: Sindicatos + Movimentos “sociais” +
Imprensa + Professores + Intelectuais, etc.
Ele (PT) não precisa nem se deixa levar por nossos protestos.
A Igreja pode “dialogar” melhor com o Serra. É mais suscetível à pressão.Vai precisar de apoio para fazer
frente a oposição (leia-se bagunça,greves,etc) que o PT vai fazer no futuro.
Se tirarmos o PT do poder, quem sabe no futuro tenhamos
um candidato mais próximo dos ideais cristãos.
Só que , no momento, ele não existe ou é inexpressivo.
Portanto, nesse caso precisamos ser realistas. Não há como ser anti Dilma anulando voto.
só uma coisa, há dois Lúcios,
eu sou o Lúcio Clayton, do primeiro comentário.
concordo em partes com o Vanderley, pois entendi bem o que ele quis dizer,não temos opção e infelizmente teremos que optar pela opção menos ruim, pois se assim não fizermos a opção mais ruim vai ganhar em disparada!
ou seja, estamos entre a guilhotina e a cadeira elétrica,
os dois vão nos levar a morte, um de um jeito e outro de outro.
só nos resta repetir aquele velho bordão: “Óh e agora, quem poderá nos defender?”
se hovesse apenas um candidato em quem todos os católicos pudessem confiar, e que pudéssemos através desse candidato mostrar que ainda somos um país de católicos, aí sim, isso desequilibraria essa campanha, mas…
vou ficar repetindo o bordão por enquanto.
Acho que o voto nulo, ao contrário do branco, não vai pra ninguém, pois anular o voto é, no meu entender (não sei do tribunal eleitoral), torná-lo inválido para qualquer fim. Acho também que esta opção, diante de tudo o que está aí, é a única opção que sobra para nós católicos. E digo mais: é a coisa certa a fazer!
Eu realmente ainda estou na dúvida entre anular o voto ou clicar no nome do Serra (argh!). Por mais repugnante que seja esta segunda opção, tenho que admitir que os argumentos do Vanderley são muito convincentes. Com o Serra talvez ainda possamos respirar um pouquinho. Vou refletir ainda, mas acho que se na época da eleição as pesquisas mostrarem empate técnico, o jeito vai ser tampar o nariz e votar no manequim de funerária mesmo. Pobre Brasil…
Eu nunca tinha visto uma situação dessa!
Sou Monarquista, portanto não tenha simpatia nenhuma por votar, mas o Brasil encontra-se em um terrível perigo da qual me obriga a decidir.
Se eu me abster de votar, poderei ajudar a Dilma a ganhar, e isso não pode ocorrer!
É uma terrível situação, e um perigo eminente diante de nós!
Tristeza por essa Terra de Santa Cruz.[2]
Caro Jorge,
Já que você citou o padre Lodi, convém lembrar que depois de intensa campanha contra o Serra devido à norma técnica, para espanto geral, ele próprio veio a público antes das eleições e nos informou que votaria nele a contra-gosto para que Lula (e logicamente o PT) não fosse eleito.
Esse mesmo critério pode ser aplicado à época atual, visto que Marina não é próvida de todo (basta ler sua entrevista na Isto É) e Dilma periga de ganhar.
Quanto a pressionar, acho que ele não está nem aí. Não adiantaria muito, mesmo porque ele sabe que muitas pessoas vão votar nele para fugir da Dilma e não porque estejam satisfeitas com a sua atuação.
Além do mais o safado já apregoou que vai retomar a famigerada CPMF (que comprovadamente não resolveu em nada a questão da saúde).
Estamos num mato sem cachorro. Não podemos votar na Dilma, mas a segunda opção também não será flor que se cheire.
Sinceramente, não vou criticar quem votar em Marina ou simplesmente anular.
O cenário político é um show de horrores a tríade não é confiável. Em sã consciencia para um devidamente cristão é ímpossível votar. Nulo também é opção, mas consideremos que a questão… o problema reside na moral e doutrina. Os otimistas e nunca faltam -e a história da exemplo nada salutar- dizem contra o voto nulo ou contra não votar ‘depois nao reclamem se eles ganharem’ ou seja como que se tem a obrigação de votar ou compactuar mesmo sendo uma tríade nada confiável. De outro lado vamos considerar que o voto nulo ganha-se será que haveria político que defende-se a política e príncipios da Cristandade? Estamos numa ruína total caros cristãos brasileiros, não há sequer um grupo de civis católicos devidamente bem esclarecidos e justificados sobre moral e doutrina para tentar ao menos tentar mudar o quadro em nossa pátria. Se há são grupos bem reduzidos. O problema todo está entre os cristãos se não houvesse uma Cristandade toda retalhada (Ressalva: obra de longo trabalho dos maus…) ai poderiamos ver um cenário político diferente em nossa pátria. Votar nulo é uma opção, mas quem garante que os próximos satisfarão os príncipios da Cristandade? Por isso em meu humilde parecer a solução para a nação não reside nessa politicagem que esta ai… a solução é de reconquista ‘tudo restaurar em Cristo’ enquanto os Cristãos não forem convencidos e voltarem a estar CONVICTOS a ponto de se sacrificar por Deus e pela pátria e serem cristãos de príncipios, estaremos nesse retrocesso, nesse reacionarismo relativista liberal ‘esquerda,direita e centro…’. E esse jogo é exaustivo!
Enfim é só uma reflexão particular.
Fiquem com Deus.
Rodrigo
O Dragão,a Besta e o Falso profeta.E agora?
Prefiro o Falso profeta visto que sofreremos menos e talvez possamos até muda-lo mas…
Com relacão a casamento gay tanto faz porque pra mim casamento civil não vale nada mesmo o que não pode acontecer é eles adotarem crianças.Outra coisa que tem que ser combatida é a mentira(contada por todos os candidatos)sobre o aborto clandestino que mata milhões de moças no BRASIl enquanto mulheres com dinheiro podem pagar numa clinica.Oras quem disse que milhões morrem aqui por causa de agulha de trico,já pensou se fosse assim não tinha mulher no BRASIL.E se as ricas podem pagar tambempodem ser presas junto de seus medicos visto que o aborto ainda é crime e não legaliza-lo porque as pobres não podem faze-los.
E aí eu pergunto não vivem fazendo propaganda para o uso da camisinha por que querem aprovar o aborto agora?Se for assim então parem de fabricar preservativo oras.
E se aprovarem o aborto aprova tambem o sequestro o assassinato o assauto…
Quero um presidente como Gabriel García Moreno!!!!!!!
O mundo se modernizando. O terceiro sexo já é uma realidade:
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/primeiro+casamento+gay+legalizado+e+celebrado+na+argentina/n1237732824268.html
Com efeito, a aborto em si deixa de ser a PRINCIPAL bandeira de vcs.
O importante é o PARTIDO do candidato.
Se hovesse coerencia no discurso de vcs, com certeza suas consciencias NÃO PERMITIRIA votor em candidato que tem alguma política pro-aborto.
Quando falo que a defesa da causa contra o aborto, na pratica a teoria é outra, sou criticada.
A Marina disse que vai consultar as bases, o Serra TEM um programa em São Paulo que agiliza o “procedimento” e a Dilma entende que é uma questão de saúde pública.
Não se esqueçam que o GERALDO (picolé de chuchu) também teve quando governador uma politica para agilizar abortos resultantes de estupros e gestações de risco à vida da gestante.
Se fossem REALMENTE contra o aborto NENHUM desses candidatos poderia ser votado.
Na Segunda Guerra Mundial, Os Estados Unidos foram inimigos dos nazistas que eram inimigos ferozes dos comunistas soviéticos. E não precisa nem dizer, que os comunistas possuem inimizade, desde o seu nascimento, contra as nações profundamente capitalistas.
Sandra,
Vá generalizar em outra esquina. VOcê nem leu metade dos comentários no qual se considera a anulação do voto? Hmpf.
Lucio, falei com a maioria.
Aqueles que são contra até a página 2.
Quando seus interesses pessoais se sobrepõe à suas “bandeiras” não pensam duas vezes e atropelam suas lutas.
Debate entre presidenciáveis na Canção Nova e TV Aparecida:
http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=276856
“O debate será na capital paulista no dia 23 de agosto. A proposta para a realização do debate entre supostos presidenciáveis foi definida na tarde desta terça-feira, 22, no escritório de relações públicas da Canção Nova, em São Paulo.”
Paz e bem.
Eu concordo plenamente com o artigo. Muitos me conhecem das comunidades católicas no Orkut e sabem que lá eu milito contra a Dilma (e contra a Marina, que age como satélite do PT e se omite, usando sua confissão de fé para agradar religiosos sem no entanto, se comprometer com nada).
Mas estou escrevendo justamente para dar uma explicação ao Lucio, que se disse partidário do voto nulo.
Infelizmente, meu amigo no Brasil,votos nulos e brancos são sumariamente descartados. A lei que gerou o mito (lei 4.737/1965) usa o termo “nulidade” não para definir os votos nulos, mas para caracterizar a fraude eleitoral. Por isso mesmo, ela define que após a marcação de uma nova data para a eleição, haja uma punição para os eventuais culpados de tal nulidade.
Assim, o voto nulo torna-se apenas um “lavar as mãos”. Um ato de omissão. Estamos em uma situação muito difícil, mas creio com sinceridade que tais eleições nos trazem a oportunidade de amadurecer o nosso compromisso com a retomada dos valores cristãos em nosso país. E isso só com luta.
Se eu invalidar meu voto anulando-o, não alterarei cenário algum. Apenas colherei os frutos da escolha alheia. E, porque me calei na hora da escolha, terei que permanecer calado depois.
Paz e bem.