Leiam na íntegra este artigo da dra. Lenise Garcia publicado ontem na Gazeta do Povo, do qual reproduzo aqui somente um trecho. Nele, a professora da UnB comenta o recente Nobel de Medicina concedido ao Dr. Shinya Yamanaka (premiação conjunta, dividida com o inglês John B. Gurdon) por conta de sua descoberta das células-tronco pluripotentes induzidas (iPS). O que confirma novamente aquilo que – contra os protestos das Zatz da vida – nós sempre dissemos: o sacrifício de embriões humanos em laboratórios não é necessário para o tratamento de pessoas doentes. Os benefícios médicos podem perfeitamente vir (e geralmente vêm) da boa ciência, e não de uma ideologia cientificista ávida por transgredir todos os limites éticos e transformar seres humanos em cobaias vivas, em fanáticas e imorais tentativas de encontrar a panacéia universal.
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No dia 11 de dezembro de 2007, comentando o artigo em que pela primeira vez demonstrou a possibilidade de se obterem células-tronco pluripotentes induzidas a partir de células de pele humanas, ele [o dr. Yamanaka] relatou ao jornal The New York Times o efeito que teve sobre ele o olhar ao microscópio, a convite de um amigo, um dos embriões humanos estocados na clínica: “quando vi o embrião, eu de repente me dei conta de que havia uma diferença muito pequena entre ele e minhas filhas. Pensei: nós não podemos continuar destruindo embriões para nossa pesquisa. Deve haver outro meio.”
Para encontrar esse “outro meio”, o dr. Yamanaka dedicou vários anos de pesquisas, que o levaram não somente ao sucesso técnico na obtenção das células pluripotentes, mas também a um grande aprofundamento no conhecimento que hoje temos sobre a regulação gênica.
Um comentário em “A cura dos doentes não vem da destruição de embriões humanos: um Nobel para o dr. Yamanaka”
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