Ecologia e ecolatria

Ecologia é um assunto importante. Sem dúvidas que o é. Vou mais fundo: ecologia é tão importante que não pode ficar nas mãos dos ecologistas irresponsáveis, que apresentam caricaturas do tema a ponto de torná-lo odioso às pessoas de relativo bom senso ou objeto de culto às pessoas de relativa falta de senso. Falo isso porque promover uma grande queimada de todos os livros e publicações “ecólatras” foi o meu primeiro impulso ao ler a besteira que a Ivone Gebara escreveu no site das Abortistas pelo Direito de Matar.

A freira abortista conseguiu juntar, num artigo só, “ecolatria”, exploração capitalista, luta de gêneros e digressões absurdas sobre a “Deusa Feminina” que ela julga ter sido injustamente suprimida da história religiosa da humanidade pelo Deus judaico-cristão. Parece até piada, mas ela realmente acusa os homens de terem distorcido a realidade porque, p.ex., é uma impropriedade falar no “seio de Deus Pai”, já que são as mulheres que têm seios (!). O que essa bobagem toda tem a ver com ecologia, só ela sabe; o termo cunhado “ecofeminismo” em oposição a “ecomasculinismo” é completamente destituído de significado objetivo sério, e só serve para – como falei acima – irritar quem ainda mantém senso de realidade e encantar quem já o perdeu. Mas, afinal, qual o problema com a ecologia?

Com a ecologia séria, nenhum problema. Afinal, “[o] Senhor Deus tomou o homem e colocou-o no jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo” (Gn 2, 15). O homem, portanto – e isso é óbvio – deve guardar o planeta, e não destruir o planeta. E o lucro não pode, evidentemente, ser colocado acima desta ordenança de Deus: antes de obter bens para si, o homem está obrigado a cuidar da Criação de Deus. Ninguém discute isso. O que as pessoas discutem – e isso separa os católicos dos “ecólatras” – são outras coisas.

Primeiro, discute-se a hierarquia que há na Criação. É óbvio para os católicos que o ser humano tem primazia no Universo Criado, exatamente porque aquele que foi colocado por Deus para cuidar do Jardim do Éden precisa necessariamente ter primazia sobre o jardim do qual ele cuida. Mas há quem não entenda isso, e ache que “a natureza” tem o exato mesmo valor do homem ou – pior ainda! – que ela tem primazia sobre o homem. O primeiro caso pode levar a aberrações como o vegetarianismo por convicção de que um animal não pode ser morto para alimentar “outro animal” (no caso, o homem); o segundo caso, pode levar à aceitação tácita do absurdo de que ovos de tartaruga sejam protegidos incondicionalmente ao mesmo tempo em que embriões humanos podem ser destruídos em laboratório ou por meio do aborto. Igualitarismo é coisa de esquerdista, e eles não medem esforços para aplicar o seu pressuposto absurdo a tudo – até mesmo à ordem que há na natureza.

Outra coisa que se discute é a confusão feita entre, digamos, “efeito desejado” e “efeito colateral”. Uma pessoa que derrube um espaço de floresta para plantar gado não é puramente um “criminoso ecológico”, é uma pessoa que está interessada – antes de na mera destruição da fauna – na criação de animais para a produção de bens de consumo básicos. E eu, sinceramente, tenho sérias dificuldades para precisar a responsabilidade moral de pessoas em situações como essa. E no caso de um carro que é utilizado como meio de transporte necessário, mas que polui o ar junto com isso? E no caso de terrenos de mangue que precisam ser aterrados (em Recife, a coisa mais comum do mundo) para a construção de casas para as pessoas morarem? Claro que deve haver algum limite sério para a “destruição” da natureza, mas o que é necessário ter em vista é que as pessoas quase nunca estão simplesmente “destruindo a natureza” por destruir, mas se utilizando de bens naturais para a produção de alguma coisa que é útil e necessária ao ser humano. Já deve ter até gente dizendo que as reservas de petróleo não devem ser exploradas, porque são dissipadores naturais do calor do núcleo da terra… qual a proposta? Voltar ao “bom selvagem”? Isso – de novo – não é um debate sério.

Uma outra coisa, enfim, bastante discutível é o catastrofismo ambientalista alardeado por alguns irresponsáveis. Por exemplo, já houve até quem dissesse que os flatos das vacas têm uma grande parcela de responsabilidade no aquecimento global, e houve quem inventasse “pílulas anti-arroto” para diminuir a emissão de gases bovinos na atmosfera terrestre! Vejam, não há problemas morais em pesquisas sobre maneiras de diminuir a emissão de metano bovino, mas será que isso é realmente urgente e não há coisas mais sérias a serem priorizadas? No mesmo saco catastrofista podem ser ainda colocadas as projeções malthusianas que colocam o controle de natalidade como um imperativo para evitar uma tragédia demográfica num futuro próximo devido à superpopulação mundial – com a diferença de que, aqui, o controle de natalidade simplesmente não pode ser aplicado. Nem que fosse verdade – o que não é – a existência de uma bomba demográfica na iminência de explodir (neste caso, seria necessário largar as pastilhas das vacas e procurar maneiras de aumentar a produção de alimentos).

Em suma, pode ser um péssimo indicativo o fato de assuntos ecológicos sempre estarem na ordem do dia de toda sorte de movimentos anti-católicos, de teólogos da libertação a movimentos New Age, mas o problema não é com a ecologia em si – e sim com a palhaçada que essas pessoas fazem com um assunto sério. Às vezes, fico com a impressão de que a impressão passada pelos “católicos sérios” é a de um total descaso irresponsável com o planeta – o que não é verdade. É necessário “cultivar e guardar” o Jardim do Éden; o que não aceitamos é que o jardim seja transformado em máquina de guerra contra o homem, acrescentando mais uma tensão dialética onde ela não deveria existir e, aliás, nem existe: os pobres versus os ricos, os homens versus as mulheres, o ser humano versus a natureza. É por isso que o assunto é tão palatável aos esquerdistas de todos os naipes. E é por isso que os católicos fazem-lhe oposição.

Superficialidades

– Uma afirmação incompleta em ZENIT: Santa Sé é contra a pena de morte. Na verdade, “[a] doutrina tradicional da Igreja, desde que não haja a mínima dúvida acerca da identidade e da responsabilidade do culpado, não exclui o recurso à pena de morte, se for esta a única solução possível para defender eficazmente vidas humanas de um injusto agressor” (CIC 2267). Portanto, a pena de morte, do ponto de vista doutrinário, é lícita; o que não significa que ela deva ser aplicada sempre e é – aí sim – somente neste sentido que se pode dizer que a Santa Sé é “contra” a pena de morte (nas aplicações circunstanciais atuais, e não no princípio).

Ver numa moratória da ONU que “a cultura da vida «hoje é compartilhada universalmente, apesar das contínuas ameaças e derivações violentas»” parece-me, data vênia, um extremo e ingênuo otimismo de Dom Agostino Marchetto. Outrossim – e mais importante -, a cultura da vida não se opõe à (lícita) aplicação da pena capital.

– A aprovação do presidente Lula no Nordeste é – vergonha!! – de 92%! Mesmo contabilizando o resto do país, ela chega a 80%! Quatro em cada cinco brasileiros aprovam o desgoverno petista! Já era sabido que o sr. presidente tinha um grande apoio da população nordestina, mas eu sinceramente me recuso a acreditar que este índice atinja mais de 90%. É absurdo demais.

– Os advogados de João da Costa – o candidato petista à prefeitura de Recife, que teve a candidatura cassada na última semana – dizem que o juiz que pronunciou a sentença em desfavor do petista é suspeito! Claro; afinal de contas, quem poderia honestamente ousar questionar a probidade incontestável das vestais do PT? Para o petismo, não têm nenhuma relevância coisas como argumentos, dados, fatos, provas, etc. A idoneidade do partido é um axioma inquestionável. Desgraçadamente, isso é especialmente válido para os eleitores recifenses que votam em João da Costa; a maior parte deles está candidamente convencida de que isto é mesmo “intriga da oposição”, “golpe”, “tapetão” e congêneres.

– Hoje é dia de São Miguel Arcanjo (no calendário novo, festa dos três Arcanjos). Que ele nos defenda no árduo e desproporcional combate que somos chamados a travar.

Sancte Michael Archangele, defende nos in praelio, contra nequitias et insidias diaboli esto praesidium: Imperet illi Deus, supplices deprecamur, tuque, Princeps militiae caelestis, satanam aliosque spiritus malignos, qui ad perditionem animarum pervagantur in mundo, divina virtute in infernum detrude. Amen.

Mais citações distorcidas

Após eu comentar aqui no Deus lo vult! sobre algumas citações falsas publicadas pela Montfort recentemente, recebi um email com a informação de que a mesma coisa já havia sido feita em outra ocasião, tendo o Card. Arinze como alvo. Verifiquei os links passados, e a informação está exata: as palavras das citações são trocadas, e as aspas são mantidas, dando-se a entender que a frase do Card. Arinze é uma coisa quando, na verdade, é outra coisa bem diferente. A Montfort coloca a sua interpretação dos fatos, com as suas próprias palavras, na boca de membros importantes da Cúria Romana, como se fossem citações literais de cardeais da Santa Igreja!

Este tipo de expediente desonesto não pode continuar. Os fins não justificam os meios; é necessário que tais textos da Associação Cultural Montfort sejam absolutamente repudiados, por uma questão de justiça. Abaixo, a mensagem que recebi por email, com as citações falseadas do Card. Arinze.

* * *

Em certa entrevista ao Inside the Vatican, o Cardeal Arinze, salvo engano em 2003, afirmou que normas baixadas por João Paulo II iriam acabar com a Missa “do it yourself” (faça você mesmo), ou seja, com os abusos na liturgia. As palavras do Cardeal na entrevista foram:

“We want to respond to the spiritual hunger and sorrow so many of the faithful have expressed to us because of liturgical celebrations that seemed irreverent and unworthy of true adoration of God. You might sum up our document with words that echo the final words of the Mass: ‘The do-it-yourself Mass is ended. Go in peace.” ( apud http://forum.catholic.org/viewtopic.php?f=158&t=7030)

Tradução: “Queremos responder à fome espiritual e dor que tantos fiéis expressaram a nós por causa das celebrações litúrgicas que pareciam irreverentes e  indignas da verdadeira adoração a Deus. Você pode resumir nosso documento com palavras que ecoam o final da Missa: “A Missa faça-você-mesmo terminou. Vão em paz”.

Fedeli, certa vez, citou o texto assim:
“Como disse certa vez, com espírito, o próprio Cardeal Arinze: “A Missa “do it yourself” vai acabar”. Ite, Missa Nova est. Deo gratias.”(http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apoio&artigo=20060501020700&lang=bra)
Até aqui, foi Fedeli quem equiparou a Missa “do it yourself” com a Missa Nova. Em outros textos, porém, Fedeli cita as palavras do Cardeal como se ele tivesse dito que a Missa nova iria acabar, e como se a Missa do-it-yourself, para o Cardeal, fosse a Missa nova.

Veja alguns exemplos:

“O Cardeal Arinze, falando da missa nova disse: “Ite, Missa Nova est!”. “Deo gratias”, responde-lhe a Montfort com os fiéis católicos”.
(http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=padre_bux&lang=bra);

“Caso tudo isso for decretado, poder-se-á dizer — como disse certa vez o Cardeal Arinze: “Ite, Missa Nova est”, e o povo responderá: “Deo Gratias”.
(http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20060520141933&lang=bra)

“Como esse Cardeal disse certa vez: “Ite, Missa Nova est”
“Ide, a Missa Nova acabou”
Deo gratias!!!
Pior até:  chamou a Nova Missa de “Mass do it yourself”“Missa faça-a você mesmo”
(http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=decreto_papal&lang=bra)

“Porque, como se anuncia em Roma: “Ite, Missa Nova est!” Arinze dixit!”(http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=doutrina&artigo=20060531205611&lang=bra)

As palavras do cardeal Ratzinger

Às vezes eu me surpreendo com o que encontro na Montfort. Numa curta resposta a uma carta de um leitor, datada do dia 24 de setembro, o sr. Orlando Fedeli publica duas inverdades.

A primeira inverdade – e a mais gritante – está no próprio título da carta: Card. Ratzinger: “A Missa nova foi uma ruptura com a liturgia da Igreja”. A frase, citada entre aspas, indica que ela consiste em palavras literais do então Cardeal Ratzinger, porque é exatamente para isso que servem as aspas nas citações. No entanto, a citação do cardeal dada pela própria Montfort no corpo da resposta à carta não tem nada a ver com o que está no título:

“Fiquei estarrecido pela proibição do Missal antigo, pelo fato de que uma coisa como essa jamais se verificara na história da Liturgia.(…) A promulgação da proibição do Missal que se tinha desenvolvido no curso dos séculos, desde o tempo dos sacramentais da Antiga Igreja, comportou uma ruptura na história da Liturgia”  (Joseph Ratzinger, A Minha Vida, p. 115, apud Antonio Socci, Il Quarto Segretto di Fatima, Rizzoli, Milano, 2006, p. 212, nota 361)

Em primeiro lugar, a frase colocada entre aspas não existe. Isso já basta para caracterizar a inverdade. Em segundo lugar – e muito mais importante -, a frase do título não apenas não é literal, como também deforma as palavras do card. Ratzinger. De acordo com a citação (a correta, que está no corpo da carta, e não a que está no título), para quem tem uma mínima noção de interpretação de texto e não esqueceu as aulas de análise sintática do colegial, o sujeito de “comportou uma ruptura na história da Liturgia” é “[a] promulgação da proibição do Missal [antigo]”, e não “a Missa Nova”! Após a própria Montfort já ter publicado um artigo no qual expunha detalhadamente as regras de citações, é de causar espanto que ela incorra nos mesmos erros que repudiou com tanta veemência outrora!

A “proibição do Missal” não é a mesma coisa que “[a] Missa Nova”, isto é evidente. Caberia perguntar à qual “promulgação da proibição” do missal antigo o então Card. Ratzinger está se referindo (já que tal proibição não consta na Missale Romanum), mas, independente disso, permanece cristalino que coisas distintas são distintas e, portanto, não podem ser indistintamente intercambiadas – muito menos numa citação de outra pessoa.

A segunda inverdade, mais sutil, refere-se a outra citação também falseada. Segundo Orlando Fedeli, “o Papa Bento XVI (…) considerava a Nova Liturgia como, em grande parte, a causadora da crise da Igreja”. A “Nova Liturgia” é, evidentemente, a Reforma Litúrgica. Só que a citação do então Cardeal, também publicada na Montfort, é a seguinte:

“Estou convencido que a crise eclesial em que nos encontramos hoje depende em grande parte do desmoronamento da liturgia, que por vezes vem concebida diretamente como se Deus não existisse – “etsi Deus non daretur” – como se nela não mais importasse se Deus existe, se nos fala e se nos ouve (…)”.

E o professor Orlando se esquece de que o Papa não chama e nem nunca chamou a Reforma Litúrgica de “desmoronamento da liturgia”. Quem deve dizer isso é o próprio sr. Fedeli. É universalmente reconhecido que existem abusos litúrgicos os mais diversos; e a Santa Sé, embora os tenha repetidas vezes condenado vigorosamente, nunca os atribuiu à Reforma da Liturgia em si.

Se o professor, portanto, afirma que o Papa considerava a Reforma Litúrgica como sendo uma causa da crise da Igreja, que apresente textos nos quais o Papa afirme que a Reforma Litúrgica é uma causa da crise da Igreja. Nada indica, no texto que foi citado, que o “desmoronamento da Liturgia” seja a mesma coisa que “a Reforma Litúrgica”. Trocando (mais uma vez) expressões que não são equivalentes, a Montfort apresenta inverdades aos seus leitores.

Se o cardeal Ratzinger disse o que o prof. Fedeli afirma ter dito, não o fez nos textos citados pela Montfort. A despeito de ser tentador, não importa perguntar se erros tão grosseiros são frutos de descuido, de cegueira ou de má fé; independente disso, o fato objetivo é que “argumentos” deste nível são indignos de qualquer debate que se pretenda minimamente honesto. Infelizmente, o resultado desta campanha que tenciona – per fas et per nefas – jogar lama na Liturgia atual da Igreja e num Concílio Ecumênico Legítimo é a confusão dos fiéis, na qual muitas almas são perdidas, e a solução da crise pela qual atravessa a Igreja de Cristo é postergada. É de se lamentar profundamente!

Mais sobre Medjugorje

Fiz alguns comentários aqui no BLOG ontem sobre Medjugorje e, por uma questão de justiça, preciso passar mais algumas informações.

Citei um conhecido exorcista de Roma que considera as aparições um embuste do Demônio. No entanto, há um outro exorcista muitíssimo conhecido e excelente referência, o Gabriele Amorth, que tem uma opinião diametralmente oposta:

FCP – Entrevista: Padre Gabriele Amorth, Es cierto que Medjugorje es un “gran obstáculo” para Satanás?
Seguro. Medjugorje es una fortaleza contra Satanás. Satanás odia Medjugorje porque es un lugar de conversión, de oración, de transformación de vida.

Chamou-se a atenção também para o fato de que uma condenação ao sacerdote que é ex-diretor espiritual das videntes não é uma condenação às aparições em si, coisa com a qual é forçoso concordar. Outro aspecto do problema levantado é o de que as supostas mensagens da Virgem são bem católicas e em nenhum momento referendam o comportamento deletério de algumas pessoas em Medjugorje, não podendo as aparições serem condenadas simplesmente pelo comportamento dos católicos locais – o que também é verdadeiro.

Com tudo isso, entretanto, a minha posição permanece a mesma: os dois pés atrás. Se Medjugorje for uma real aparição de Nossa Senhora, é completamente atípica, por diversos motivos.

Qual o sentido de aparições indefinidas? Alguém cadastrou o meu email numa lista para a qual são enviadas mensalmente as “mensagens de Nossa Senhora” em Medjugorje. A mensagem deste mês – que está disponível num site chamado “queridos filhos” – é a seguinte:

Mensagem do dia 02/09/2008 à Mirjana Soldo

Queridos filhos,
Hoje, com o meu coração maternal, eu os chamo reunidos ao meu redor a amarem o seu próximo. Meus filhos, parem. Olhem nos olhos do seu irmão e vejam Jesus, meu Filho. Se vocês vêem alegria, regozijem-se com ele. Se há dor nos olhos do seu irmão, com a sua ternura e bondade, lancem ela fora, por que sem amor vocês estão perdidos. Somente o amor é efetivo, ele realiza milagres. O amor lhes dará unidade em meu Filho e a vitória de meu coração. Portanto, meus filhos, amem.

Nossa Senhora abençoou a todos que estavam presentes e a todos os artigos religiosos. E novamente ela nos chamou a rezarmos pelos nossos pastores.

Sinceramente, é-me muito difícil acreditar que Nossa Senhora faça aparições mensais, durante vinte e sete anos, para enviar mensagens deste tipo. Comparando-as com as mensagens de outras aparições (como Fátima, por exemplo), o contraste é gritante. É verdade que não há erros nestas mensagens, mas também… uma mensagem dessas poderia ser enviada por qualquer pessoa, e é-me difícil acreditar que a Virgem Santíssima viesse pessoalmente fazer uma coisa que pudesse ser feita por um católico normal. Eu aplico o princípio da subsidiariedade também como critério de discernimento espiritual.

O mesmo site apresenta ainda todas as mensagens de Medjugorje em português, que também se encontram (embora separadas por ano) neste outro site. Não comparei ambas as versões. Fuçando o arquivo,  numa leitura superficial, não encontrei nenhuma coisa absurda. As mensagens são católicas, sim, mas todas têm a mesma característica acima mencionada: não são inacessíveis aos católicos normais a ponto de justificar uma revelação privada.

Depois, aparentemente existem os segredos de Medjugorje. Parece que são dez. Tem um site que faz um paralelo entre estes segredos e os da aparição de Garabandal (da qual eu não conheço nada). O já citado site “Queridos Filhos” fala em um “objeto indestrutível” de “origem Celeste” no qual estão escritos os dez segredos. O outro site (do paralelo com Garabandal – não me parece merecer muita confiança) faz previsões catastróficas:

O Quê: uma sequência de sofrimentos terríveis enviados por Deus para esta geração, como um conjunto final de castigos originados pelo pecado, nomeadamente, as primeiras seis Trombetas do Sétimo Selo do Livro do Apocalipse. (A Sétima Trombeta, as Sete Taças da Ira de Deus, está reservada para um futuro distante.)

[…]

Quando: após a IV Guerra Mundial, e após o Selo do Deus Vivo ter sido dado a alguns fiéis, os acontecimentos do Décimo Segredo ocorrerão: de 2038 até ao fim de Março de 2040.

[…]

Onde: em todo o mundo sem excepção. Nenhum ser humano estará a salvo, independentemente de onde viver, excepto aqueles que tiverem o Selo.

Para mim, isto claramente não é digno de crédito. Não acredito nem mesmo que mensagens deste teor existam em Medjugorje; mas afinal, quais são os segredos?

Finalmente – e mais importante -, existe a questão daquilo que cerca as supostas aparições. O fato do diretor espiritual dos videntes ser acusado de escândalos sexuais não é uma acusação ao fenômeno em si; mas é muitíssimo estranho e – até onde me consta – completamente inusitado que este tipo de contra-testemunho dissemine-se em pessoas envolvidas diretamente com aparições da Virgem Maria. Santos foram censurados e perseguidos injustamente por autoridades eclesiásticas, sim; mas se submeteram às penas injustas. Não é isso que se vê em Medjugorje. Não há reconhecimento oficial da Santa Sé, mas também não há condenação oficial de Roma. Uma notícia que recebi sobre o assunto em abril deste ano falava que o Vaticano estava analisando a questão. Aguardemos, portanto – eu, com minhas ressalvas -, e rezemos. Que Nossa Senhora de Fátima interceda por todos nós.

Algumas coisas sobre Medjugorje

É preciso ter muito cuidado com Medjugorje. As (supostas) aparições que já se arrastam por décadas costumam provocar discussões apaixonadas. Considero oportuno fazer algumas considerações sobre o assunto.

Recentemente um site (a meu ver) não muito confiável noticiou uma punição dada pelo Vaticano ao ex-diretor espiritual dos videntes. A despeito da notícia em português – como está no site “Rainha Maria” – não se encontrar reproduzida em nenhum outro lugar, a informação é, no seu conjunto, verdadeira. O Fratres in Unum traduziu no início do mês a notícia publicada no site da Diocese de Mostar-Duvno, à qual pertence Medjugorje.

Há outras notícias sobre Medjugorje na internet. Andrea Gemma, um exorcista do Vaticano disse no Daily Mail (última atualização em junho de 2008) que Medjugorje era uma farsa e uma obra do demônio. Disse ainda que o Vaticano ia rejeitar as aparições. Em 2006, o bispo de Medjugorje, Dom Ratko Peric, pediu aos videntes que deixassem de dizer que Maria os visitava, bem como que parassem com as mensagens. Disse ainda que, na paróquia em Medjugorje onde supostamente ocorrem as aparições, existe algo parecido com um cisma. Vale a pena mencionar ainda um artigo do antigo bispo de Medjugorje, Dom Pavao Zanic, que já em 1990 dizia que as aparições eram falsas. E, do fundo do baú da lista tradicao-catolica, uma mensagem do prof. Carlos Ramalhete (de 1998) que reproduzo porque não sei se todos conseguem acessar:

– O Santo Padre proibiu os sacerdotes de oprganizarem preregrinações a Medjugorje ou de liderá-las;

– Os sucessivos bispos da diocese onde está Medjugorje já se declararam contrários à suposta aparição (ver mais abaixo);

– Em 16.V.1997 Dom Ante Luburic, Chanceler da Diocese de Mostar (em cujo território ocorrem as supostas aparições) declarou que “Medjugorje tornou-se um lugar de atividade anti-eclesial, desobediência e desordem religiosa.”

Segue o texto de D. Luburic em sua íntegra:

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No dia 14 de maio, três bispos de Uganda vieram visitar Medjugorje, e de lá partiram para visitar D. Ratko Peric, Bispo de Mostar, seu antigo colega de studos em Roma, para perguntar sobre a posição da Igreja local a respeito dos chamados acontecimentos de Medjugorje. O abaixo-assinado [D. Luburic] também estava presente.

O Bispo deu a seus antigos colegas alguns documentos, que mostram claramente que de 1981 a 1991 três comissões qualificadas a serviço do bispo local e da Conferência Episcopal investigaram os acontecimentos. Há dez anos, em 1987, D. Pavao Zani declarou formal e oficialmente que na Paróquia de Medjogorje a Madonna não apareceu para ninguém. Em 1991, a Conferência Episcopal não apenas declarou que as aparições não eram autênticas, como sublinhou que: “É impossível confirmar que os acontecimentos envolvam quaisquer revelações ou aparições sobrenaturais.” A partir de 1981, “mensagens de paz” foram enviadas para todo o mundo a partir de Medjugorje. Em nossa Igreja local, entretanto, essas mensagens incuíram os seguintes “frutos”:

A Administração da Província Franciscana de Herzegovina, que fora punida em 1976, recebeu a partir de 1982 a punição adicionar de estar “ad instar,” devido a sua não-colaboração na implantação das decisões da Santa Sé em relação aos serviços pastorais em algumas das paróquias da Diocese de Mostar-Duvno. Muitas igrejas foram construídas pelos Franciscanos com a ajuda de benfeitores e dos fiéis, tendo elas sio abençoadas por eles mesmos, sem sequer informar o Bispo local, o que vai contra o Direito Canônico e o carisma franciscano. Uma igreja na paróquia de Ljuti Dolac foi abençoada desta maneira em 23.IV deste ano. Na própria Medjugorje, muitos edifícios eclesiais foram erigidos sem qualquer permissão das autoridades eclesiais competentes.

Mais de dez Franciscanos não têm faculdades para ouvir confissões na Diocese de Herzegovina. Alguns por sua própria culpa, outros por culpa de suas comunidades religiosas, não estão cumprindo o Decreto Papal. Mais de quarenta franciscanos não recebeeram as faculdades necessárias para trabalho pastoral em Herzegovina, mas sequer se incomodam com as decisões das autoridades legais da Igreja. Alguns deles estão atualmente em Medjugorje. Muitas comunidades religiosas estão vivendo e trabalhando na próquia de Medjugorje sem a permissão das autoridades eclesiásticas, como: “Beatitudes,” “Kraljice mira, potpuno tvoji,” “Cenacolo,” “Oasi di pace” e “Franjevke pomocnice svecnika.” Portanto, Medjugorje tornou-se um local de atividade anti-eclesial, desobediência e desordem religiosa.

No ano passado alguns “fiéis católicos”, com anuência dos Franciscanos, fecharam com tijolos as portas da igreja de Capljina e da igreja afiliada à Catedral em Miljkovici. Dois Franciscanos, sem faculdades canônicas para a paróquia de Capljina, estão atualmente trabalhando na igreja fechada. Tudo o que fazem lá é ilegal e os casamentos que realizam são inválidos!

Alguns dos Franciscanos em Mostar estão ignorando a igreja Catedral legalmente estabelecida e as quatro paróquias diocesanas dedicadas aos quatro evangelistas, continuando a organizar serviços religiosos com seu próprio pessoal, contra as decisões específicas da Santa Sé e o Superior da Ordem Franciscana. O Provincial “ad instar” em muitas ocasiões já alertou seus irmãos por escrito que sérias medidas da Administração geral franciscana estão sendo consideradas para toda a província devido a sua desobediência.

Em Medjugorje, o jornal “Glad Mira” e o “Boletim de Imprensa” são publicados sem a permissõa necessária das autoridades eclesiais. Os mesmos jornais proclamam a “autenticidade das aparições” e falam do “santuário”. A organização anti-eclesial “Mir j dobro” (Pax et Bonum) teve permissão dos franciscanos locais para usar seu escudo e seu lema, e os franciscanos não se distanciaram das atividades ilegais deste grupo, nem mesmo quando isso foi formalmente solicitado.

Eis portanto alguns dos “frutos” dos que estão usando Medjugorje para “vender paz e frescor” ao mundo, e que se endureceram em sua desobediência à Santa Sé e ao carisma franciscano.

Em 15 de maio, apareceu um despacho de Medjugorje em Slobodna Dalmacija em relação aos bispos ugandensesm onde o “vidente” Ivan Dragicevic transmitiu a mensagem da “Madonna”que, nesta ocasião, afirmava que estava “muito feliz porque os bispos estão em Medjugorje”. Ivan estivera no seminário de Visoko nos anos de 1981-82. A Comissão investigando as “aparições” uma vez o questionou em Visoko. Em 9.V. 1982 ele escreveu: “Um sinal aparecerá em junho”. Nada aconteceu em junho!

Mais tarde ele foi expulso de Visoko por ter notas péssimas. Ele continuou em Dubrovnik em 1982-83. Durante sua estadia de dois anos no seminário, ele declarou que estava vendo a Madonna, que lhe dizia que ele seria um sacerdote. Mesmo assim, ele foi expulso de Dubrovnik, mais uma vez devido a suas notas. Em 1994, ele encontrou a ex-Miss Massachusetts, Loreen Murphy, com quem se casou em Boston (Slobodna Dalmacija 11/9/94). No dia do casamento, o noivo “teve uma aparição” em Massachusetts. A Madonna parece estar a segui-lo pelo mundo, como com os outros “videntes” de Medjugorje.

Agora ele apresenta a Santíssima Virgem Maria como estando “muito feliz porque os bispos estão em Medjugorje”.

Este tipo de “mensagem” não apenas é uma clara propaganda de Medjugorje; é uma simples invenção destinada a fazer os inocentes “afastar seus ouvidos da Verdade e entregar-se a fábulas extravagantes” (2 Tim 4,4).

Dom Ante Luburic, Chanceler
Mostar, 16.V.1997

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Além disso, a declarações dos sucessivos Ordinários locais também mostram claramente a oposição da Igreja a estas supostas aparições:

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Declaração do Bispo de Mostar a respeito de Medjugorje, 15.VII.1987

Feita por D. Pavao Zanic

Desde que surgiram as noícias a respeito de acontecimentos inusitados nesta diocese, a Cúria de Mostar acompanhou os relatórios cuidadosamente, coletando tudo o que poderia servir à busca pela verdade dos fatos. O Bispo autorizou os videntes e religiosos envolvidos a permanecer em completa liberdade, tendo até mesmo os defendido de ataques da imprensa e de políticos. Todas as conversas foram gravadas e as crônicas foram coletadas, assim como diários, cartas e documentos. A Comissão de professores de teologia e médicos estudou todo este material por três anos. O trabalho de três anos da Comissão chegou às seguintes conclusões: dois membros votaram a favor da natureza verdadeira e sobrenatural das aparições. Um membro absteve-se de votar. Um aceitou que algo tenha ocorrido no princípio. Onze votaram, não ter havido aparições ­ non constat de supernaturalitate.

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Declaração de D. Ratko Peric, Sucessor de D. Zanic:

Dada em entrevista ao Fidelity Magazine, publicada no número de fevereiro de 1994.

Que bispo não adoraria ter a Virgem Maria aparecendo em sua diocese? Especialmente D. Zanic, um Bispo muito mariano que, como sacerdote e mais tarde como bispo fez onze peregrinações a vários santuários marianos por toda a Europa: Lourdes, Fátima, Siracusa, etc. Então a Senhora teria tido misericórdia dele e teria “aparecido” no seu próprio quintal, como que para poupá-lo de viajar tanto para Portugal.

Após alguns meses, contudo, quando ouviu todas as pequenas lorotas e grandes mentiras, insinceridades, inexatidões e toda sorte de histórias inventadas pelos que diziam estar a Senhora a aparecer para eles, ele tornou-se completamente convencido de não haver nenhuma aparição sobrenatural da Senhora. Então ele começou a apregoar a verdade e expor as falsidades. Sua maior satisfação em dez anos de trabalho duro foi quando os bispos da Iugoslávia, em seu encontro de promavera dia 10.IV.1991 declararam, conforme era seu dever: “Baseando-se nos estudos efetuados, não pode ser afirmado que revelações e aparições sobrenaturais estajam a ocorrer.”

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Além disso, há também algumas coisas muuuito estranhas em relação a estas supostas aparições, tais como as mencionadas no artigo daquela página (Nossa Senhora dizendo que tanto faz ser muçulmano qto cristão, católico ou cismático, que é melhor não ir à Missa se a pessoa não estiver assim ou assado?!), ou ainda aquela suposta msg mariana que veio dar à lista “catolicos” há algum tempo, em que Nossa Senhora supostamente teria afirmado que a Igreja não festejava o seu nascimento (que tem sim uma festa litúrgica!), etc.

Cabe lembrar mais uma vez que de burro o Tinhoso não tem nada; muito mais frutos tem uma pregação mentirosa enfiada em meio a pedidos de conversão que vir com chifrinhos na cabeça dizendo a todos que quer levá-los para o Inferno! É muito mais perigoso um prato de comida aparentemente deliciosa contaminada com um veneno incolor, insípido e inodoro (ou quase) que uma garrafa preta com uma caveira e dois ossos cruzados.

[]s,

seu irmão em Cristo,

Carlos

No entanto, as supostas aparições de Medjugorje continuam firmes e fortes! As mensagens continuam chegando todos os meses. Há um site com umas fotos sem pé nem cabeça registradas pelos peregrinos. Há no youtube um vídeo com a aparição deste mês, setembro de 2008 (aos que não tiverem paciência de assistir os oito minutos, eu adianto: são dois minutos de barulho no início, algumas ave-marias e cinco minutos de silêncio enquanto a vidente vê a aparição).

Sinceramente, eu não acredito em Medjugorje. Nem consigo entender por que algumas pessoas insistem tanto nestas aparições (que são tão estranhas e tão atípicas), que nunca foram reconhecidas pela Igreja, quando existem diversas outras aparições comprovadamente verdadeiras. Coisas como as citadas acima me fazem ter os dois pés atrás. Simplesmente não consigo evitar. Que Nossa Senhora de Lourdes rogue por todos nós.

Defensa de la Catedral

Belíssimo testemunho público da Fé Católica em Neuquén! Se as imagens revoltam pela fúria dos inimigos da Igreja, ao mesmo tempo reconfortam por mostrar que há jovens católicos dispostos a tudo sofrerem por Cristo Nosso Senhor. Eu vi no Notícias-Lepanto; e o vídeo longo (de dez minutos) bem merece ser assistido e divulgado aos quatro ventos, para que todos vejam a face perseguida da Igreja e a admirável paciência dos jovens argentinos (rezando impassíveis enquanto são agredidos).

No dia 17 [de agosto último], as manifestantes mais radicais, muitas delas lésbicas, fizeram uma marcha pelo centro da cidade, que a certa altura passaria em frente à Catedral. Previamente um grupo grande de pessoas, em sua maioria jovens, se colocou no átrio da Catedral para defendê-la de possíveis atentados como os que já haviam ocorridos em manifestações análogas.

[…]

As feministas, e também alguns homens, ao passar diante deles lançaram, aos jovens e à Igreja, as piores injúrias, provocando-os de todas as formas, inclusive cuspindo no rosto dos rapazes – como se vê no vídeo. Arrancaram deles uma grande faixa com as cores da bandeira argentina que os católicos portavam e a queimaram; praticaram ainda outras violências, mas os jovens ignoraram as provocações e continuaram rezando serenamente, o que os deu uma inquestionável superioridade, até que chegou a polícia e se interpôs entre os rapazes e as feministas, que acabaram retirando-se.

Basta comparar o desespero das feministas com a tranqüilidade da oração constante dos católicos para ver quem é que está com a razão e quem é que são os desequilibrados. Os jovens argentinos estão de parabéns. Bem-aventurados, pois são perseguidos; felizes, porque foram corajosos e se expuseram desta maneira em defesa de Nosso Senhor. O Altíssimo vê. E nós, rezemos pela Igreja; a fim de que Ela triunfe, e os Seus inimigos sejam humilhados.

Católicos e “católicos”

Esta eu reproduzo porque chega a ser engraçada; foram as respostas de um sujeito ao email no qual constava a lista dos 63 deputados abortistas que assinaram o requerimento para que o projeto de lei do aborto não fosse definitivamente arquivado. Todos os erros ortográficos, lógicos e teológicos são da responsabilidade do autor das mensagens.

A primeira pérola:

Prezado:  Sou Catolico, mas sou a favor do Divorcio e do Aborto, bem como o direito dos Padres Casarem. A Igreja Catolica, precisa estar perto do povo e de seus clamores. O Aborto é feito no Brasil de forma clandestina, e leva ao risco de vida milhares de mulheres. Com a legalização do aborto, estariamos mais próximo de Deus, poís  evitaria o risco de vida destas mulheres, e acabaria com  esse crime ediondo que é o aborto clandestino. alvaro celeste

E a segunda:

Leia frei beto e leonardo boff, os grandes teologos da igreja catolica,  estas suas posições são do passado,   o povo braseiro, ama, mais o Bispo Edir Macedo, do que  o Papa, porque? Meu amigo de fé catolica, entre para o nosso grupo da Teologia da Libertação, siga, frei Beto e tantos outros, por somente com a TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO  voçê estará ao lado de Deue? Voce já viu algum padre da teologia da libertação metido em pedofilia? Não, agora os padres conservadores estão envolvidos em escandalos, veja nos estados unidos,  os casos de abuso sexual. Viva a Teologia da Libertação o caminho certo da Igreja Catolica, o Caminho de Cristo, o maior Socialista que este mundo já teve,  comparo CRISTO A FIDEL CASTRO,  são homens enviados por Deus para Libertar, eu comungo todos os domingos, e tenho o apoio da maioria dos catolicos, inclusive o Presidente Chaves, Lula, são Cristão e estão ao lado do Povo. Portando amigo Cristo, Chaves, Brizola, Lula, Fidel Castro, estes são os nossos Deuses, estes tem valor, para mim o  Papa ,e esta ultrapassado, na idade da pedra. veja a China que progresso. O Maior Comunista do Mundo era Jesus Cristo. Portanto a minha Igreja Catolica, a do futuro, a dos jovens, a Deus, é a favor do aborto, do divorcio, do socialismo, do casamento dos padres,  e do fim da propriedade privada. Saudações Catolicas Romanas Alvaro Celeste

Sinceramente, eu não consigo entender o que passa pela cabeça de uma pessoa dessas. O que raios essa gente pensa que é “ser católico”? Uma mera expressão destituída de significado objetivo? Uma qualidade que se realiza em todas as pessoas que simplesmente afirmam que o são? Nunca, em lugar nenhum, as pessoas “passaram a ser” o que quer que fosse simplesmente por dizerem que eram!

Um idiota qualquer que dissesse ser presidente da República (à exceção do caso em que o idiota em questão fosse o próprio Lula) no máximo provocaria risos. Um sujeito que dissesse ser torcedor do Sport e fosse com uma camisa do Náutico para o meio da Torcida Jovem num Clássico dos Clássicos provavelmente ia ser linchado. Um indivíduo que se dissesse muçulmano e freqüentasse uma sinagoga tinha grandes chances de ser assassinado. Por que somente com a Igreja Católica as pessoas pensam que podem agir de qualquer maneira, fazer qualquer coisa, defender qualquer bobagem – e continuar se dizendo católicas?

A Igreja não é uma espécie de terra de ninguém onde tanto faz o que as pessoas pensem ou como elas ajam. A Igreja é – entre outras coisas – uma comunhão de Fé. Os católicos, quaisquer que sejam eles, são aquelas pessoas que professam a mesma Fé – a Fé que Deus revelou, que os Apóstolos transmitiram e a Igreja guardou ao longo dos séculos. E isso não é uma “imposição”; é, ao contrário, uma livre adesão que cada católico precisa fazer à Doutrina da Igreja. Falar alguma coisa diferente disso é esvaziar o termo “católico” do seu significado real e roubar à Igreja a prerrogativa de Se definir.

Ninguém é obrigado a ser católico (salvo a obrigação moral que todos os homens têm de buscar a Verdade e, uma vez encontrando-A, abraçá-lA, mas isto é outra história). Mas o mínimo que se exige dos que querem ser católicos é que o sejam de fato, e não somente da boca pra fora. As atitudes de pessoas como a que escreveu as duas mensagens acima são de uma profunda injustiça para com a Igreja e para com os que se esforçam para – ainda que indignamente – segui-lA o melhor possível. Ninguém pode ser forçado a abandonar uma idéia, por mais estúpida que ela seja; portanto, que cada um seja o que quiser ser, mas deixem que sejamos católicos! E que a Virgem Santíssima nos guarde a todos na fidelidade a esta Doutrina, a fim de que possamos exclamar com retidão de consciência todos os dias: esta é a nossa Fé, que da Igreja recebemos, e sinceramente professamos.

Imposição muçulmana

Traduzo reportagem do The Daily Mail, de Londres:

* * *

Alunos punidos com suspensão por terem se recusado a se ajoelharem na sala de aula e rezarem a Allah

04 de julho de 2008

Dois alunos foram suspensos da escola após terem se recusado a se ajoelharem e “rezarem a Allah” durante uma aula de religião.

Os pais ficaram indignados quando souberam que os dois garotos do sétimo ano (11-12 anos) foram punidos por não quererem tomar parte na demonstração prática de como Allah é adorado.

Eles disseram que forçar os seus filhos a tomarem parte no exercício da “Alsager High School”, próxima de “Stoke-on-Trent” – que incluía pôr chapéis muculmanos – era uma violação de seus direitos humanos.

Uma mãe, Sharon Luinen, disse: “Isto não está correto, é levar as coisas longe demais”.

“Eu entendo que eles têm que aprender sobre outras religiões. Eu posso conviver com isso, mas serem punidos porque não quiseram se juntar à oração muçulmana já é demais”.

“Fazê-los rezarem a Allah, que não é quem eles adoram, é errado e o que mais me incomoda é que lhes disseram que eles estavam sendo desrespeitosos”.

“Eu não quero encarar como se eu tivesse algum problema com a escola, porque no geral eu estou muito feliz com ela”.

Outra mãe, Karen Williams, disse: “eu estou absolutamente furiosa, porque fizeram minha filha tomar parte nisso e eu não acho isso aceitável”.

“Eu não tenho nenhum problema com o fato de meus filhos serem ensinados sobre outras religiões, pois alguma informação não vai prejudicar ninguém”.

“Mas eles não só tiveram que rezar; a professora entrou na sala de aula e fez com que eles assistissem a um filme curto e então disse: ‘agora nós vamos pra fora, para rezarmos a Allah'”.

“E então dois garotos foram suspensos e todos os demais perderam o seu recreio por causa da professora”.

“Não somente os forçaram a rezar, como também a minha filha recebeu uma reclamação por não ter feito o exercício direito”.

“Eles nunca tinham feito isso antes, e imaginaram que eles poderiam fazê-lo em outra língua!”.

“Minha criança foi forçada a rezar a Allah em uma atividade escolar”. O avô de um dos alunos disse: “é absolutamente repugnante, não existe nenhuma outra maneira de colocar as coisas”.

“Minha filha e várias outras mães estão furiosas por terem feito suas crianças ajoelharem-se no chão e rezarem a Allah. Se elas não fizessem, seriam suspensas”.

“Eu não sou racista, eu sou amigo de um indiano há 30 anos. Também estive em um casamento muçulmano, onde me foi explicado que não seriam servidas bebidas alcóolicas, e eu respeito isso”.

“Mas se pedissem aos muçulmanos para irem a uma Igreja no Domingo e comungarem, haveria uma guerra”.

Os pais disseram que fizeram com que seus filhos se ajoelhassem e se curvassem sobre os seus joelhos em uns tapetes de oração que a professora de religião havia tirado do armário, e eles também foram instruídos a usarem chapéus muçulmanos, durante a aula de terça-feira à tarde.

O vice-diretor da escola, Keith Plant, disse: “é difícil saber agora se isto fazia parte do currículo ou não. Eu não sou um professor de religião, e sim um professor de inglês”.

“Agora é nossa ‘enterprise week’ [n.t.: não sei o que é isso; alguma espécie de evento] e muitos dos nossos funcionários estão fora”.

“A professora com o qual você precisa falar não está por aqui. Penso que é uma pena que muitos pais tenham procurado a imprensa antes de terem vindo falar comigo”.

“Falei com a professora e ela ficou de me dar a sua versão dos acontecimentos, mas isso é tudo que eu posso dizer a você por enquanto”.

Uma declaração do Cheshire County Council, em nome da escola, diz: “o diretor David Black entrou em contato com esta autoridade imediatamente após receber as queixas”.

“Questionamentos estão sendo feitos sobre as circunstâncias, em caráter de urgência, e todos os pais serão informados a contento”.

“Educar as crianças nas crenças de diferentes credos é parte da diversidade curricular, que se baseia no pressuposto de que conhecimento é essencial para compreensão”.

“Aceitamos que tal ensinamento é para ser conduzido com sensibilidade”.

* * *

Comento eu: é vergonhoso que o “respeito humano” seja levado a tal ponto. Como dizia Chesterton, a tolerância é a virtude do homem que não tem convicções; triste Europa que, tendo vencido os infiéis por meio das armas durante a Cristandade, capitule vergonhosamente diante da imposição cultural muçulmana com a qual é humilhada pelos filhos de Maomé.

É necessário afirmar corajosamente a própria identidade, é fundamental que os cristãos não aceitem se submeterem às iatagãs retóricas dos mouros. É absolutamente indispensável defender Cristo, e não deixar que os turbantes islâmicos soterrem a Cruz do Calvário. Na semana passada, saiu uma notícia segundo a qual a Santa Sé estudava declarar que um grupo editorial espanhol não é católico por causa – entre outros motivos – da publicação de uns manuais para ensino do Islam. Uma boa notícia, sem dúvidas.

Que a Cruz triunfe sobre a lua crescente. Não permita a Mãe de Deus que, após termos nos livrado do jugo infiel durante os séculos gloriosos da Idade Média, sucumbamos diante dos filhos de Maomé no século XXI.

Campanha por conversões – Setembro

Dando prosseguimento à campanha por conversões abraçada por este blog no mês passado, apresento, com um pouco de atraso, o escolhido do mês de setembro para receber as nossas orações. Apenas relembrando algumas coisas relativas à campanha:

1) O que é a campanha por conversões? É uma campanha, da blogosfera católica, iniciativa do BLOGOCOP, e que consiste em incentivar os internautas a rezarem pelo menos um terço pela conversão de uma determinada pessoa a cada mês.

2) Qual o objetivo de semelhante campanha? Ofender os não-católicos? De maneira nenhuma. O objetivo da campanha é duplo: ao mesmo tempo incentivar a oração por outras pessoas e testemunhar a necessidade de se pertencer à única e verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Trata-se de um testemunho de Fé e de uma obra de caridade.

3) As pessoas pelas quais rezamos nos meses anteriores, e não se converteram, ficarão sem receber as nossas orações? Não. É bom e necessário que não “abandonemos” as pessoas pelas quais rezamos anteriormente; apesar de nós termos uma pessoa a cada mês, isso não significa uma mera “troca” de nomes, mas uma agregação.

4) Legal. Como faço para participar da campanha? De duas maneiras. Primeiro, reze pelo menos um terço no decorrer do mês na intenção da conversão da pessoa escolhida. Segundo, se você tem um blog católico, divulgue a campanha, para que assim mais e mais católicos rezem pela pessoa escolhida.

E agora, sem mais delongas, o nome da pessoa que vai receber as nossas orações durante este mês é… George W. Bush.

Por quê? Veja no BLOGOCOP:

[N]ão só pela aproximação atual com o Santo Padre, mas porque há anos ele vem tomando aulas de Doutrina Social da Igreja e está cercado de conselheiros católicos. Precedentes, aliás, não faltam, quem não se lembra dos rumores sobre a conversão do Tony Blair que acabaram se concretizando depois que ele deixou o cargo de primeiro ministro? No caso do Bush o precedente está na própria família, já que seu irmão se converteu recentemente.

Rezemos. Ut unum sint!