E o STF faz questão de manter o nível… de botequim

A foto abaixo está rolando no Facebook, mas eu já vira a denúncia desde ontem no Ecclesia Una. Cliquem para ampliar.

Printscreen de calúnia contra a Igreja veiculada no perfil oficial do STF no Facebook

É na base desta truculência que funciona a mentalidade democrática dos inimigos da civilização que estão usurpando as posições de autoridade do Brasil. Questionado sobre a (ilegítima) decisão do Supremo que legalizou o assassinato de crianças deficientes, o responsável pela atualização do perfil do STF disparou: «Pior do que a decisão do STF senhores é uma certa instituição religiosa que por mais de 2 mil anos de hitória (sic) matou, torturou, queimou inocentes em nome de seu Deus, e o que seu Deus achou disso?».

Pelo que se pode ver, o STF faz questão de manter as aparências de botequim de baixo nível em todos os meios possíveis: nas novas mídias como também no bate-boca de comadres que está sendo feito na imprensa tradicional. Outra coisa, é claro, não poderíamos esperar de um punhado de juízes arrogantes e vendidos que já há muito tempo colocaram o programa político-ideológico acima da ordem jurídica nacional e que acreditam estar desempenhando algum papel louvável quando rasgam a Constituição em favor de interesses escusos e contrários aos anseios do povo brasileiro.

Esta é a nossa Suprema Corte. Naturalmente ela não é digna do respeito dos cidadãos brasileiros. Para a vergonha perpétua da nossa Pátria, estes indivíduos de togas puídas e manchadas (e, mesmo assim, em estado muito melhor do que as sentenças jurídicas emanadas pelos que as ostentam!) não merecem senão o desprezo dos homens de bem das gerações atuais e vindouras.

STF: escárnio da Pátria, vergonha do Brasil

O Dr. Ives Gandra Martins voltou a escrever – desta vez na Gazeta do Povo – sobre a recente decisão do STF favorável ao aborto eugênico de crianças deficientes. Diferentemente do que alguns estão “argumentando” (ad baculum) por aí, a sua tese é bastante convincente e parece muito bem embasada (ao contrário de alguns votos sem lógica e claramente ideológicos que foram proferidos na Suprema Corte durante o julgamento da ADPF 54):

Veja-se o caso da ADPF 54, em que o tribunal maior do país criou uma terceira hipótese de impunidade ao aborto – o aborto eugênico, não constante do Código Penal (art. 128), que só cuida do aborto terapêutico ou aborto sentimental (estupro). Reza o parágrafo 2.º do artigo 103 da Constituição Federal que “declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias” (grifos meus).

Como se vê, nem por omissão incons­­titucional do Congresso poderia a Supre­­ma Corte legislar positivamente, devendo neste caso comunicar ao Congresso Nacional que sua omissão seria inconstitucional; não aplicar nenhuma sanção, se o Congresso não produzisse a norma; não definir qualquer prazo para que o faça; e não produzir a norma não produzida pelo Parlamento.

Enquanto isso, o Supremo se presta (de novo…) a mais um ridículo espetáculo de brigas de comadres com o Joaquim Barbosa fofocando sobre o Cezar Peluso. Segundo a notícia, «[d]ois dias depois de ser chamado de inseguro e dono de “temperamento difícil” pelo ministro Cezar Peluso, o ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa respondeu em tom duro. Em entrevista ao GLOBO, Barbosa chamou o agora ex-presidente do STF de “ridículo”, “brega”, “caipira”, “corporativo”, “desleal”, “tirano” e “pequeno”». Sobre isto, falou com muita propriedade o Percival Puggina no Facebook:

Naquela instituição o exercício das vaidades foi muito além do limite razoável e está comprometendo o discernimento de boa parte dos ministros. A tevê fez muito mal à nossa Suprema Corte. Poucas vezes os ministros opinam com tanta razão como quando falam mal uns dos outros.

Em suma: decidem como querem, sem respeito a ninguém (ao povo brasileiro, à Constituição Brasileira ou à ordem social). Chegam ao cúmulo de extrapolar manifesta e confessadamente as suas competências: o Ayres Britto já chegou a dizer, verbis, que «[o] Supremo se tornou uma casa de fazer destino» (!) e tem a missão de «arejar os costumes, mudar paradigmas e inaugurar eras» (!!) na sociedade.

Não podemos nos sujeitar tranqüilamente a estas atitudes evidentemente tirânicas que ainda têm o escárnio de se apresentar como se fossem legítimo exercício de democracia. Quem ainda não leu a coluna de ontem do Carlos Ramalhete, faça-o agora. Faço minhas as palavras do articulista: «Se um candidato a cargo eletivo prometesse fazer qualquer destas coisas, não teria chance alguma de ser eleito. Se as propusesse depois de eleito, sua reeleição seria impossível. […] O Judiciário, porém, não depende de eleições. Para evitar pressões políticas e financeiras, para preservar a ordem social que ora parece ter se tornado sua inimiga, seus membros são dotados de garantias que, na prática, os tornam perfeitamente independentes».

São inimigos do povo, agindo em prol de interesses escusos e na contramão da vontade da população brasileira. Se antes o faziam às escondidas, agora já o confessam ser ter pejo, inebriados pelo poder e impunidade do cargo que ocupam – de onde se julgam deuses que não devem prestar contas a ninguém. Não são dignos da elevada posição que lhes foi confiada, que deveria servir à manutenção da ordem social e não à sua destruição. Cobrem de infâmia a nossa Pátria e são, na verdade, uma nódoa imunda que passará à história como a vergonha do Brasil.

“A mentira perdeu” – Dom Luiz Gonzaga Bergonzini

[Bela nota! O Wagner Moura me mandou a imagem por email no fim da tarde; e a transcrição eu encontrei depois no site de Dom Bergonzini. Sim, a mentira perdeu. Nós somos muitos, somos jovens, cheios de sonhos e de vontade de mudar o mundo. À nossa frente marcha Aquela Senhora Terrível como um exército em ordem de batalha; ao nosso redor, todos os santos e anjos de Deus. É Ele que nos sustenta e anima. Marchemos pois com confiança sob o estandarte do Crucificado. Nas fileiras do Senhor dos Exércitos. À vitória.]

Nota de Dom Bergonzini sobre a militância virtual católica

A MENTIRA PERDEU (Nota oficial)

Nas eleições de 2010, a candidata Dilma Vana Rousseff e sua coligação pediram a apreensão do documento “Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras” sob o argumento de infringir a lei eleitoral por debater o aborto. Também nos atribuíram a “mentira” de Dilma Vana Rousseff e o PT serem a favor da liberação do aborto. Provamos que o PT e Dilma Rousseff eram e continuam sendo a favor da liberação do aborto.

A Vice-Procuradora Geral Eleitoral, Dra. SANDRA CUREAU, encarregada do parecer sobre a apreensão dos impressos, assim se pronunciou: “Aliás, é natural e saudável que temas como esse sejam debatidos durante o período eleitoral, pois isso permite que os candidatos se posicionem, assumam compromissos, esclareçam suas idéias e pactuem com seus eleitores os termos de sua ação política. Em uma sociedade verdadeiramente democrática e plural, o período eleitoral deveria ser justamente o ápice desse tipo de discussão.”

O Tribunal Superior Eleitoral determinou a devolução dos “panfletos”, que podiam ser distribuídos e o serão durante nos próximos meses. Outros documentos novos poderão ser redigidos e impressos, assinados por nós, para serem distribuídos. A morte não pode vencer a vida.

Na época das eleições, e posteriormente, fomos acusados de criminoso por várias pessoas e veículos de comunicação. Hoje, estamos ajuizando açao de indenização por danos morais contra a entidade “Catolicas” pelo Direito de Decidir. Ordenamos aos advogados que busquem outros artigos ou matérias, passadas ou futuras, ofensivas à nossa honra e reputação, para que sejam ajuizadas novas ações. É hora de buscar a Justiça!

A mentira perdeu. A mentira nunca prevalecerá.  Hoje daremos o ABRAÇO DA VERDADE, no Forum João Mendes Júnior, da Justiça de São Paulo.  A data 21.03.2012 poderá ser o marco da mudança do Brasil, para o BRASIL DA VERDADE.  Queremos a CPI da VERDADE sobre o ABORTO, JÁ!

A partir de agora, o Cristianismo conta com um exército virtual de Blogueiros e Internautas da Verdade de Cristo, que mudarão o Brasil.

Jesus Cristo nos disse:

“O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (Jo 10,10)  “Eu sou o caminho a verdade e a vida.” (Jo 14,6)

Chegou o tempo do Brasil da Paz e do Bem, do Brasil da Verdade e da Vida, do Brasil de Jesus Cristo!

O Brasil dos Blogueiros e Internautas de Cristo!

São Paulo, 21 de março de 2012.

Dom Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo Emérito de Guarulhos
Jornalista MTb 123
www.domluizbergonzini.com.br

Convocação – Manifestação Pública contra o aborto dia 21/03

É amanhã! Certamente a maior parte dos meus leitores já o sabe – afinal, além de estar bombando nas redes sociais, o assunto ganhou destaque na “grande mídia alternativa” religiosa (ACIDigital) e secular (Reinaldo Azevedo) -, mas faço questão de fazer coro ao chamado de S. E. R. Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo emérito de Guarulhos: por uma “CPI da verdade sobre o aborto”!

O pedido está oficialmente publicado no site de Dom Bergonzini. A idéia é manifestar a insatisfação popular com as políticas assassinas que vêm sendo – há anos! – consistentemente adotadas pelos nossos poderes públicos. É cobrar por transparência, por verdade, por decência; é pedir para que os nossos governantes deixem de ser subservientes a interesses estrangeiros e passem a governar os brasileiros em conformidade com os valores do povo brasileiro. Que é – nunca é demais repetir – maciçamente contra o aborto.

Não se compreende por que uma ideologia assassina (generosamente financiada por fundações internacionais) deva prevalecer sobre os valores do povo do Brasil. Não obstante, é exatamente assim que as nossas autoridades têm nos governado: escamoteando os legítimos anseios dos brasileiros para promover uma agenda ideológica estrangeira. É sobre isto, afinal de contas, o pedido de Dom Bergonzini: pelo fim desta pouca-vergonha. Políticos brasileiros, parem de promover o aborto no país! Nós não o queremos. Não o aceitamos.

A foto acima é de uma edição do Jornal do Brasil que hoje completa 48 anos. É de 20 de março de 1964 e mostra a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu em São Paulo meio milhão de pessoas. Diante da mesma Catedral da Sé em cuja fronte, amanhã, nos reuniremos para protestar contra o aborto. A ocasião é por demais propícia, e o elemento motivacional é bastante forte. Não deixemos passar a oportunidade! Os dados da manifestação, conforme constam no site de D. Bergonzini, são os seguintes:

CONVOCAÇÃO – CPI da VERDADE sobre o ABORTO, JÁ!

CPI  da VERDADE  sobre o  ABORTO, JÁ

PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO PÚBLICA

Convocamos as crianças, os jovens, os adultos, os idosos, os CRISTÃOS, de todas as denominações,  os NÃO-CRISTÃOS, todos DEFENSORES DA VIDA para, no dia 21.03.2012, comparecerem e  participarem da MANIFESTAÇÃO – CPI DA VERDADE SOBRE O ABORTO, JÁ!

DATA:   21.03.2012

HORÁRIO DO INÍCIO: 12:30 horas

CONCENTRAÇÃO:  a partir das 11:00 h, na escadaria da CATEDRAL DA SÉ – SÃO PAULO

LOCAL da MANIFESTAÇÃO: em frente ao FORUM JOÃO MENDES, na Praça João Mendes, Centro, São Paulo

CAMISETAS: haverá distribuição de camisetas para os primeiros 500 participantes (dependendo da numeração)

LEVAR : APITOS, FAIXAS E CARTAZES:  ABORTO NUNCA MAIS – CPI DO ABORTO, JÁ – ABORTO NÃO – os grupos podem imprimir suas próprias camisetas

Quem não puder comparecer, pode se manifestar no dia por outras formas:

TWITTAÇO:  dia 21.03.2012  – a partir das 13h  – #abortonuncamais – @SenadoresBrasil – @CamaraDeputados – @AssembleiaSP

EMAILS:  dia 21.03.2012, a partir das 10:00 – enviar emails para a Câmara Federal e Senado (os nomes e emails dos parlamentares podem ser retirados nos portais da Câmara e do Senado)

TELEFONE:  telefonar a partir das 13:00 – Câmara – 0800.619.619 / Senado – (61) 3303-1211

Vamos lá! Cumpre defender o nosso país dos inimigos que o querem tomar de assalto; importa levantar a nossa voz em defesa daqueles que não podem se defender sozinhos. Uno-me particularmente à convocação do Wagner Moura: “Agora é pra valer: não queremos saber de clínicas, não queremos saber de venda de abortivos, muito menos sobre quem são as mulheres que abortam. Nós queremos abrir a caixinha das ONGs abortistas para termos, afinal, TRANSPARÊNCIA sobre o financiamento e sobre a informação que elas recebem da Ford Foundation, da McArhur e Rockefeller”.

Os que estiverem em São Paulo, diante da Catedral da Sé amanhã! Os que não estiverem, que se lancem sobre as redes sociais, os emails e os telefones. E todos, os presentes e os ausentes, não deixem de empunhar o terço amanhã por esta santa causa. Que São Miguel Arcanjo nos defenda neste combate, e que o Imaculado Coração de Maria livre o Brasil da maldição do aborto. Nossa Senhora Aparecida, salvai o Brasil!

Dossiê Eleonora: sobre a nova ministra abortista do Governo Dilma

– No início do mês, a então ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres do Governo Federal (a abortista Iriny Lopes) deixou o cargo. Acto contínuo, foi definido o nome da nova ministra: Eleonora Menicucci.

– Dona Eleonora (nada surpreendentemente) tem a mesma orientação ideológica da sua antecessora (e da sra. Rousseff e do PT em geral, a propósito): é violentamente favorável ao aborto.

– Foi esta a tônica do seu primeiro pronunciamento público; dona Eleonora chegou à hipocrisia de dizer que “o aborto é uma questão de saúde pública, não é uma questão ideológica”. É: ideologia (como disse alguém na banca do Humberto por esses dias) só os outros têm. Na gente não é ideologia: é posição desapaixonada e madura obtida após serena reflexão. Cáspita, esta gente enoja.

– Dona Eleonora foi além: o aborto “[é] de saúde pública como o crack, as drogas, a dengue, HIV e todas as doenças infectocontagiosas” (id. ibid.). O Wagner Moura aproveitou a deixa e foi magistral: “somente em 2012 o aborto matou 5.078.405 seres humanos até as 02h03 da manhã desta terça-feira [14/02]. O número é superior a QUALQUER UMA das estatísticas de mortalidade apresentada na catergoria ‘saúde’ do site”.

– D. José Benedito Simão, presidente da Comissão pela Vida da regional Sul 1 da CNBB, diz que a nova ministra é “uma pessoa infeliz, mal-amada e irresponsável”.

– Enquanto isso, o Reinaldo Azevedo publicava uma matéria importantíssima onde denunciava que dona Eleonora foi pra Colômbia aprender a praticar abortos. Leiam lá na íntegra, quem ainda não o fez. Na verdade, é importante notar que as informações foram dadas pela própria ministra e estão devidamente registradas nos arquivos da Universidade Federal de Santa Catarina; como a própria dona Eleonora confessou, ela participou de um curso de abortos na Colômbia cuja pretensão era ensinar as mulheres a praticarem abortos em si mesmas (!) com aparelhos de sucção.

O senador Magno Malta reuniu diversos parlamentares contra a nova ministra. O Wagner Moura trouxe-nos o número: são 470 os que compõem a Frente da Família no Congresso Nacional.

Dona Eleonora negou, em nota, que tenha participado do tal curso na Colômbia.

– Logo depois, a censura petista atinge a UFSC e a entrevista é retirada do ar.

O Reinaldo alfineta e disponibiliza novamente a entrevista. Está aqui, por enquanto.

– Novos fatos em breve.

[QUINTA-FEIRA, 16 de fevereiro de 2012]

– A entrevista (em .pdf) está disponível aqui no blog.

– Ministro Gilberto Carvalho encontra-se com “bancada evangélica” e pede perdão pelas declarações de dona Eleonora: ele afirma que a ministra pode ter a “opinião pessoal” que quiser mas que, no exercício do cargo, vai defender a posição do Governo.

– Caso da ministra abortista ganha repercussão internacional: na Espanha: Eleonora Menicucci, la ministra abortista y bisexual de Dilma Rousseff. E nos Estados Unidos: Brazil’s new women’s minister was trained to do abortions, had two of her own children aborted.

Mais sobre o #RetrateseDepJeanWyllys: os cargos públicos exigem compostura!

A esta altura do campeonato, todo mundo – até a Luíza, que voltou do Canadá – com certeza já sabe “que a agência Reuters atribuiu ao Papa Bento XVI uma frase sobre o “matrimônio homossexual” que ele nunca pronunciou e o converteu em alvo de furiosos ataques sem motivo em todo mundo”. Depois que foi divulgada a sutil manipulação do discurso pontifício, as Portas da Esperança estavam escancaradas para o deputado Jean Wyllys – oferecendo-lhe uma saída honrosa para o “piti” escandaloso que ele deu publicamente na semana passada. Para quem não lembra, vão aí os printscreens de novo:

Não há nem o que tergiversar. O deputado insinuou que o Papa era filo-nazista e acobertador de pedófilos, além de afirmar textualmente que ele era um “genocida em potencial”. É uma clara incitação ao ódio religioso e uma tentativa vil e covarde de jogar a opinião pública contra a Igreja Católica, além de ser crime contra a honra (porque é atribuir a outrem não apenas um fato desabonador, mas um fato criminoso). É calúnia. Acrescente-se a isto o fato da calúnia ter sido feita por veículo oficial de comunicação do deputado (no caso, a sua conta de Twitter) e ter sido dirigida a um Chefe de Estado (o Papa é Chefe do Estado do Vaticano) que mantém relações diplomáticas com a República Federativa do Brasil. O excelentíssimo deputado está todo errado: quanto mais a gente procura, mais agravantes encontra.

Quando foi revelada a manipulação da imprensa, o deputado podia perfeitamente ter pedido desculpas e dito que agiu por impulso, em um momento de indignação provocada pela crueza da (falsa) frase que fora divulgada. Mas não. Em um texto publicado no seu site ontem (18/01), o Jean Wyllys cita o discurso correto (com o link para o texto completo no site do Vaticano), inventa uma interpretação reducionista das palavras do Papa (como já foi explicado e como é óbvio para qualquer pessoa que tenha tele-encéfalo minimamente desenvolvido e polegar opositor, o “casamento gay” não é a única política que atenta contra a família e, portanto, não é intelectualmente honesto atribuir ao Papa a frase do jeito que Reuters divulgou e à qual até agora se agarra pateticamente o Jean Wyllys) e mantém cada palavra que disse. O texto publicado no site do deputado diz, expressamente, que ele “ratifica cada uma de suas palavras”. Portanto, o sr. Wyllys sustenta toda a cena histérica feita no seu Twitter, que está acima reproduzida e onde se vê a deprimente descompostura de um representante do povo brasileiro desbocado lançando calúnias contra um Chefe de Estado e líder espiritual da maior parte do povo brasileiro (que ele, o deputado, deveria supostamente representar).

Naturalmente, ninguém está obrigado a concordar com os discursos do Papa. Mas o mínimo que se espera de quem gosta de subir nas tamancas para bradar por “respeito” diante de qualquer mínima manifestação de discordância (por educada que seja) é que se tenha ao menos a decência de tratar o seu opositor da mesma maneira que se exige ser tratado. Discordar é uma coisa, caluniar é outra completamente diferente. Os deputados são representantes do povo brasileiro e são pagos com dinheiro público; o salário deles, absolutamente, não é pago para que eles fiquem fazendo estas cenas lamentáveis.

A dignidade do cargo que um deputado ocupa exige um mínimo de compostura. É quebra de decoro parlamentar “o uso de  expressões que configurem crime contra a honra ou que incentivem a prática de crime”, e foi exatamente isto o que o deputado fez na semana passada e disse ontem que ratificava. O twittaço do #RetrateseDepJeanWyllys é para deixar claro que nós nos importamos, sim. Queremos que os nossos políticos sejam homens sérios, e não bufões deselegantes que saem cuspindo acusações de quinta categoria ao lerem (mal) qualquer notícia mal escrita ou ao ouvirem o galo cantar sem saber onde. Já basta de impunidade: um mandato na Câmara é uma responsabilidade que deve ser tratada com seriedade, e não um salvo-conduto para a calúnia ou uma tribuna para que qualquer moleque ataque de um modo tão grosseiro os valores dos cidadãos de um país. O Brasil merece mais do que isso. Enquanto as pessoas não exigirem que os políticos se comportem de acordo com o cargo que eles exercem, as coisas irão de mal a pior. E exigir respeito à coisa pública do país é exigir que um deputado tenha modos e que aprenda a controlar a sua língua, antes de caluniar um chefe de Estado e de incitar o ódio contra uma entidade – a Igreja Católica – que está presente e atuante no país e da qual faz parte a maioria do povo brasileiro. Se nós não exigirmos este respeito (que é o mais básico de todos), não poderemos exigir decência alguma dos nossos políticos em outros aspectos.

Carta de São Carlos

[Publico como recebi por email; merece nosso total apoio a iniciativa do pessoa de São Carlos. Há muitas coisas na nossa sociedade atual que devem ser rejeitadas, tantas que às vezes nós até perdemos a visão do conjunto: mas, no fim das contas, trata-se do velho processo revolucionário em curso, da luta da barbárie contra a civilização e que é, no fim das contas, a revolta do homem contra Deus. Lutar contra muitas das coisas que nos são impostas atualmente é sem dúvidas dever de todos os homens de bem, independente do credo; no entanto, lutar especificamente contra a imposição do credo ateísta é um dever principalmente dos que guardam a Fé dos Apóstolos, ao qual nós não podemos nos furtar. ]

Carta de São Carlos

Nós, líderes de movimentos universitários e de profissionais liberais católicos, reunidos na sede da Comunidade Católica Totus Mariae, na cidade de São Carlos, em São Paulo, Brasil, no dia 10 de dezembro de 2011, no evento “O cristão na vida pública” emitimos a seguinte carta pública:

Diante de uma série de problemas que angustiam o homem e a sociedade contemporânea, dos quais é possível citar: o relativismo moral, a corrupção, a negação da verdade, o secularismo absolutista, que tentam negar o direito ao culto religioso e a participação dos fiéis na vida pública, e a alienação reinante nos meios de comunicação, declaramos:

1.                      A universidade, demais centros de formação superior, assim como o universo do trabalho, devem estar abertos para todas as ideias e discussões, inclusive as discussões fundamentadas em ideologias ateístas e seculares. No entanto, repudia-se o processo de exclusão que a religião, especialmente o Evangelho de Cristo, sofre dentro desses ambientes. Trata-se de ambientes plurais que, em tese, devem estar abertos a todas as ideias, inclusive ao Evangelho.

2.                      Rejeita-se o marxismo cultural que tenta, por meio da infiltração dentro das universidades, da mídia e de outros espaços públicos, construir uma sociedade sem Deus, sem fé e sem a presença da Igreja. A sociedade que essa versão do marxismo quer construir é uma sociedade autoritária e fechada, onde não há espaço para a livre reflexão e muito menos para a expressão dos valores e sentimentos religiosos. Vale ressaltar que esses valores fundamentam as bases de qualquer modelo civilizatório.

3.                      Rejeitamos a cultura de morte. Uma cultura que se apresenta de diversas formas, como, por exemplo, o aborto, a união homossexual, a eutanásia, o suicídio assistido, a contracepção artificial, a destruição e o comércio de embriões humanos, a escravidão, a legalização das drogas, etc. Infelizmente trata-se de uma cultura que, juntamente com o marxismo cultural, é muito difundida nos ambientes universitários e dos profissionais liberais. Uma sociedade justa, ética e alicerçada pelo Evangelho não pode ser orientada pela cultura de morte. Pelo contrario, tem que ser orientada pela cultura da vida e “vida em abundância” (Jo 10, 10), que promove o aperfeiçoamento de todas as dimensões da vida e da dignidade da pessoa humana.

4.                      Rejeitamos o secularismo absolutista e autoritário que, ao se apropriar de palavras, como, por exemplo, “razão”, “liberdade” e “revolução”, que, muitas vezes, são utilizadas fora de seu real sentido, desejam banir e até mesmo proibir qualquer ato de manifestação de fé em espaço público. A fé é um direito fundamental do ser humano. Por isso, nenhuma ideologia, grupo empresarial, partido político ou organização social de qualquer natureza tem o direito de limitar sua livre expressão.

5.                      Por fim, conclamamos a todos os universitários, profissionais liberais e homens e mulheres de boa fé a lutarem para que sejam garantidos os direitos religiosos, para que, em nome de um secularismo autoritário, a livre expressão da fé não seja, por diversos meios, proibida. Para que isso aconteça é preciso que os cristãos se façam presentes, cada vez mais, na vida pública. Essa presença deve ser materializada, por exemplo, na vida política partidária, dentro das mídias (rádio, jornal, blog, site, etc), na vida cultural (cinema, teatro, etc), dentro das universidades e demais centros de formação superior, e de qualquer outro espaço público que seja permitido, dentro dos limites da Lei, a livre expressão do pensamento.

São Carlos, SP, Brasil, 10 de dezembro de 2011.

Assinam essa carta:

Marcos Gregório Borges – Coordenador da Missão Universitária de Guarulhos
Prof. Dr. Marcelo Melo Barroso – Comunidade Católica Totus Mariae
Profa. Ms. Julianita Maria Scaranello Simões – Comunidade Católica Totus Mariae
Ms. Idalíria de Moraes Dias – Co-fundadora da Comunidade Católica Totus Mariae
Wilson José Dino dos Anjos – Fundador da Comunidade Católica Totus Mariae
Profa. Ms. Vanessa Burque Ricci – Comunidade Católica Totus Mariae
Michelle Stephânia Pacheco Moraes – Comunidade Católica Totus Mariae
Daniela Inocêncio de Oliveira – Militante do Ministério Universidades Renovadas
Yanina Mara Rocha Nascimento – Militante do Ministério Universidades Renovadas
Prof. Ms. Marcos Vinicius de Freitas Reis – Renovação Carismática Católica
Marcelo Pastre – Apostolado Teologia do Corpo
Viviane G. C. Pastre – Apostolado Teologia do Corpo
Luis Enrique Paulino Carmelo – Coordenador do grupo de Jovens Hesed (ministério Jovem RCC) e do Grupo Universitário Obra Nova
Thais Zaninetti Macedo – Coordenadora do Grupo de Jovens Hesed (ministério Jovem RCC)
Luis Gustavo Paulino Carmelo – Coordenador do Grupo de Jovens Hesed (ministério Jovem RCC)
Joice Basílio Machado – mestranda em Ciência da Computação pela USP
Ms. Maria Alice Soares de Castro – Comunidade Católica Totus Mariae

Os inimigos do povo brasileiro

Apenas atualizando: a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal adiou ontem a votação do projeto de Lei que criminaliza a “homofobia”. Foi a própria Marta Suplicy quem propôs o adiamento, “em busca de [um] acordo” segundo o site do Senado – mas “com receio de uma derrota que levaria ao arquivamento do projeto” segundo outras fontes. A segunda hipótese parece-me muito mais verossímil. Aliás, elas não são excludentes; mas a segunda é bem mais eloqüente. Tanto por mostrar a derrota iminente do projeto (revelando assim pela n-ésima vez a posição do povo brasileiro, nem sodomofílico e nem homofóbico) quanto por apresentar o adiamento como [mais] uma manobra escusa do Governo para prolongar a sobrevida da ameaça gayzista, a despeito de toda a oposição da população brasileira. Registre-se também que a Marta pediu o adiamento antes mesmo das discussões: ou seja, a posição da sociedade é tão clara a respeito deste assunto que antes mesmo da sessão no Congresso já era possível saber o seu resultado. Esta insistência manifesta do Governo em ludibriar o povo e governar na contramão dos anseios dos brasileiros pode porventura chamar-se “democrática”?

Registre-se ainda que eles não desistem nunca e pretendem atirar para todos os lados, a fim de vencer pelo cansaço: a enquete atual disponível no site do Senado (votem lá!) é sobre a PEC 111/2011, de autoria (de novo!) da Marta Suplicy e que foi, há exato um mês (09/11), recebida pela CCJ. A proposta é colocar na Constituição Brasileira, entre os objetivos fundamentais da República (Art. 3º), a promoção do bem de todos “sem preconceitos (…) de identidade de gênero [e] orientação sexual”. De novo, a glorificação da sodomia; de novo, a entronização do vício contra a natureza como uma virtude que deve ser a todo custo protegida e promovida. De novo, contra os anseios da população. Só que desta vez na Carta Magna brasileira.

Ainda sobre o PLC 122/2006: na terça-feira à noite foi divulgado que a Marta teria feito um acordo com a CNBB sobre o projeto, o que rapidamente provocou rebuliço. Mas era mentira de novo: a assessoria de imprensa da CNBB negou tal acordo e, logo depois, a Conferência publicou uma nota oficial de esclarecimento em seu site: «A presidência da CNBB não fez acordo com a senadora, conforme noticiou parte da imprensa. Na ocasião, fez observações, deu sugestões e se comprometeu com a senadora a continuar acompanhando o desenrolar da discussão sobre o projeto».

E, last but not least, vale ler o artigo publicado ontem na Gazeta do Povo sobre o assunto. «Mais uma vez o PT usa os homossexuais como bucha de canhão. […] Desconstruir a tolerância tradicional e confiar na polícia acaba significando ficar sem nenhuma das duas. Afinal, ataques físicos já são em tese punidos por lei, mas normalmente acabam impunes devido à incapacidade prática de nossas instituições judiciárias». A história mostra que os auto-alegados artífices de um mundo novo e melhor (a ser inexoravelmente implantado, per fas et per nefas) são perigosos. Não permitamos que eles tomem a nossa Pátria por apatia nossa. A despeito de estarem no poder, são inimigos do povo brasileiro e como tais devem ser tratados.

Desmentindo o Gabriel Chalita: a Dilma é a favor do aborto SIM, deputado!

Recomendo sem fazer adendos o texto do Wagner Moura a respeito da última entrevista do Gabriel Chalita. A cretinice foi publicada ontem no Portal IG e o vídeo pode ser visto na íntegra lá. A “questão do aborto” é o terceiro tópico. O Sr. Chalita diz, expressamente, que a Dilma nunca falou ser a favor do aborto.

Como assim, Gabriel Chalita, o senhor por acaso não conhece a candidata a quem deu o seu apoio ano passado? Como o senhor fala à imprensa nacional uma coisa que desconhece? Ou será que o senhor sabe, deputado, que a Dilma afirmou, sim, com todas as letras, que era “um absurdo” não haver a descriminalização do aborto no Brasil? Por que o senhor afirma com esta cara tão limpa uma coisa que não é verdade, deputado? A quem o senhor quer enganar? A si mesmo? Ao povo brasileiro?

Vamos mostrar ao deputado Chalita a Dilma falando sobre o aborto. Melhor: vamos colocar os dois vídeos lado-a-lado: o Chalita dizendo que a Dilma nunca se disse a favor do aborto e a Dilma, imediatamente depois, dizendo taxativamente que acha um absurdo o aborto ser crime no Brasil e tem que haver a descriminalização sim. Vamos ver se o deputado vai continuar negando o que está diante de seus próprios olhos.

Não há mais espaço para a mentira em cadeia nacional, deputado! Nós não vamos deixar que os boatos petistas – estes, sim, os verdadeiros boatos, porque totalmente mentirosos – adquiram o status de “verdade” por sua descarada repetição indefinida. As posições da sra. Rousseff em particular (e do PT em geral) sobre o aborto são públicas e notórias e nem o senhor nem ninguém, Chalita, vai conseguir varrê-las para debaixo do tapete. É bom se acostumar.

E termino com as palavras do Wagner Moura, respondendo ao deputado que acha que somos um “grupo restrito” de radicais ultraconservadores fazendo um uso “desonesto” da religião na internet [é uma piada! Se nós, que estamos dizendo a verdade e agindo com coerência com a nossa Religião somos os desonestos, o que é o Chalita que profere inverdades em cadeia nacional e apóia um Partido que tem incontáveis posições políticas frontalmente contrárias ao que manda a Igreja que ele diz seguir? Somos nós os desonestos, porventura?!]:

É um erro grotesco imaginar, como faz no vídeo acima, que somos “um grupo restrito”, um monte de “fundamentalistas perigosos”, “uma parte”, “espalhadores de ódio”… A boca fala do que está cheio o coração. E de um coração que quer vingança para ter respeito de seus desafetos políticos não nos surpreende que partam tantas palavras que visam simplesmente desqualificar pessoas.

Nós somos belos, Chalita. E por certo há um perigo na beleza. O perigo da verdade! Mas em nada esse perigo se assemelha ao fundamentalismo grotesco o qual você infelizmente nos imputa.

Nós somos belos, Chalita. Somos pais, somos mães, somos irmãos, somos filhos, somos poetas, somos matemáticos, somos professores, somos esportistas, somos estudantes, somos namorados, somos jovens, adultos, idosos e crianças, somos carismáticos, somos das pastorais sociais da Igreja, somos de outras religiões, somos políticos… Somos muito mais que os rótulos de desqualificação que criam para nós e que em breve sequer servirão para enquadrar, fichar e deter a multidão que somos.

Somos a primavera, Chalita. E quem poderá nos ferir sem espalhar todo nosso perfume e nossa beleza?

Sim, Chalita, aceite. Nós somos o futuro porque queremos reproduzir no mundo a imagem d’Aquela Beleza que é tão Antiga e tão Nova, da Qual o mundo jamais se farta porque é uma imagem ínfima d’Ela e por Ela anseia. Nós somos o futuro porque queremos estar radicalmente unidos à Videira Verdadeira que dá frutos – e fora da qual não há senão sarmentos secos que são levados pelo vento. Nós somos o futuro, Chalita, porque queremos ser a casa edificada sobre a rocha – sobre a Pedra, sobre Pedro – que resiste aos assaltos das intempéries da natureza e a única que permanece de pé ao final. Nós somos o futuro, Chalita, porque não queremos nos deixar levar pela cupidez de coisas novas já incontáveis vezes condenada e que já deu incontáveis provas de não produzir senão desgraças. Nós somos o futuro porque temos ao nosso lado a promessa da Virgem em Fátima de que, ao final, o Seu Imaculado Coração triunfará. Aprenda a conviver com isso.

As contradições do PT: sobre Bolsonaro e a suposta “quebra de decoro parlamentar”.

Tomei conhecimento da mais recente polêmica envolvendo o deputado Bolsonaro, onde o parlamentar teria insinuado que a presidente Dilma Rousseff é homossexual e que, por isso, o PT iria representar contra ele no Conselho de Ética. Está lá – com todas as letras – na nota oficial divulgada pelo PT:

O Partido dos Trabalhadores repudia com veemência a nova manifestação preconceituosa, discriminatória e homofóbica do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), desta vez proferida na Tribuna da Câmara dos Deputados, onde atacou os programas federais contra a homofobia e agiu com total desrespeito à pessoa da presidenta Dilma Rousseff.

A contradição não poderia ser mais gritante: ou o homossexualismo é um valor positivo (no máximo neutro) e, portanto, chamar alguém de homossexual não pode ser jamais um “total desrespeito”; ou, ao contrário, o homossexualismo é uma coisa degradante e ofensiva que, portanto, não pode ser promovida pelo governo e o Bolsonaro está certo em suas críticas. As duas coisas ao mesmo tempo não dá. A contradição foi brilhantemente apontada pelo Carlos Ramalhete, em sua coluna da Gazeta do Povo de hoje:

Ao atacar essa nova tentativa de usar os homossexuais como bucha de canhão para aumentar o poder do Estado, aventou o deputado que talvez a presidente (desculpem, mas só escrevo “presidenta” quando puder escrever “estudanta”) seja ho­­mossexual.

A grita foi feroz! Mostrando claramente que a pregação de amor à homossexualidade é da boca para fora, o PT acusou o deputado de agir “com total desrespeito à pessoa” da presidente, pediu que a Comissão de Ética entre em ação, e tudo o mais. Ora, ou bem a homossexualidade é algo que se deva abraçar e festejar (como o PT prega), ou – como sempre foi o caso na cultura brasileira – é algo que se tolera, sem que se apregoe nem que se agrida. Neste segundo caso, e só nele, cabe acusá-lo de desrespeito.

Se se aceita, contudo, a pregação dos que querem se servir dos homossexuais como peões descartáveis, não há desrespeito maior em aventar que a presidente seja homossexual que em dizer, por exemplo, que ela talvez prefira vinhos tintos a vinhos brancos, ou caminhadas à musculação.

Eu fui procurar a íntegra do discurso do deputado. No referido dia eu achei dois, este e este; o primeiro, aliás, é de leitura particularmente deliciosa porque termina com um “cortem a palavra! Cortem o microfone da tribuna!” que me fez lembrar a Rainha de Copas com o seu off with his head!. Nenhum deles continha a tal inadmissível ofensa feita à sexualidade presidencial. Soube depois que “Domingos Dutra (PT-MA), que ocupava a presidência da sessão polêmica, determinou a retirada das declarações das notas taquigráficas atendendo a pedido do deputado Marcon (PT-RS)” – o que confirma uma vez mais que, para os parlamentares do partido da presidente da República, insinuar que a sra. Rousseff seja lésbica é equivalente a um crime de lesa-majestade, inominável a ponto de não merecer sequer registro histórico nas atas da Casa do Povo! E este é o mesmo governo que quer empurrar a sodomia goela abaixo das crianças nas escolas públicas, como se fosse a coisa mais natural e bonita do mundo!

É importante que estas contradições fiquem claras, até que a situação absurda que vivemos se torne insustentável e possamos nos livrar da ameaça ditatorial que paira ameaçadora sobre a nossa pátria. Diz o adágio popular que a mentira tem pernas curtas, isto é, não dá para sustentar uma farsa por muito tempo. A grande farsa ideológica do Governo de que a família de fato é perfeitamente equivalente à dupla de pederastas (ou, nos termos mais “politicamente corretos” da recente decisão do STF, que a “união homoafetiva” é idêntica à “união estável entre o homem [enxergada] como entidade familiar”) começou a cair, e foram os próprios farsantes do PT que tropeçaram na teia de engodos que eles mesmos teceram.