Convite – Pró-vida em Recife

No próximo dia 15 de junho de 2009, a partir das 9 h, no plenarinho da Câmara Municipal do Recife, será realizada uma audiência pública sobre o aborto, por requerimento do vereador Vicente André Gomes.

Conforme fui informado, estarão presentes, segundo os jornais locais:

  1. Maria Ivana Botelho, promotora Justiça e Cidadania do Ministério Público;
  2. Sérgio Cabral, do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Diretor-Médico do Cisam);
  3. Vanessa Verçosa, da Secretaria de Direitos Humanos do Recife.

Os pró-vida convidaram a Dra.Maria Dolly Guimarães, advogada, presidente da Federação Paulista dos Movimentos em Defesa da Vida e membro da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, que trará consigo  a Procuradora do Estado de São Paulo, Dra. Gisela Zilsch. Além das duas, no entanto, é crucial que estejam presentes, na Câmara, o maior número possível de pessoas que acreditam na inviolabilidade da vida humana e que se opõem à tentativa das autoridades brasileiras de legalizarem, a ferro e a fogo, o aborto no Brasil. Neste sentido, o movimento pró-vida se reunirá no domingo, dia 14 de junho, conforme convite abaixo, e todos estão convidados:

Como preparação para a Audiência Pública do dia 15 de junho de 2009 (segunda-feira) estaremos nos reunindo com um grande grupo, inclusive com as convidadas do Movimento Pró-Vida, no dia 14 de junho de 2009, às 17 horas, no endereço abaixo:

Av. Rui Barbosa nº1654, Graças – Recife/PE – Fones: (81) 3268.6185 / (81) 3441.5606

Que Nossa Senhora da Conceição Aparecida livre o Brasil da maldição do aborto.

Duas ligeiras indicações

1. Prof. Valter de Oliveira, sobre Holocaustos e Crimes Católicos. “E é o que vemos na História da Igreja. Os apóstolos tiveram medo. Fugiram. A Virgem permaneceu fiel. Milhares de mártires morreram pela Fé. Muitos preferiram adorar ídolos. […] Em todo o século XX milhares de sacerdotes foram trucidados por todo tipo de criminosos e são motivos de glória para a Igreja. Outros foram infiéis. Por mil razões. Ou mil falsas razões”.

2. Maria Mariana, a autora de Confissões de Mãe, sobre a repercussão que teve o seu livro. É muito diferente da primeira impressão passada mas, a despeito da mudança de tom, mantém algo do seu valor. “Agrediu muito as pessoas também a minha opção de ter parado de trabalhar. Dizem que falo isso só porque sou rica! Peraí! Primeiro, não sou. Segundo, leiam o livro! Digo assim: ‘Devemos ficar (com o filho) o máximo de tempo possível para nós. E podemos aumentar este tempo reconhecendo o valor da maternidade em nossas vidas’. (…) [S]empre concordamos eu e André, que a minha presença com as crianças não tem preço. Se saísse para trabalhar meu orçamento ficaria muito mais caro, economicamente e emocionalmente”.

Ligeiro apanhado de coisas pendentes

– Frei Betto: “Mercado da fé”. Mais do mesmo: o velho dominicano destila o seu veneno contra a Igreja Católica a Quem ele deveria servir, lamentando a crise pela qual passa o catolicismo, a falta de vocações, as “missas (…) desinteressantes”, os “sermões (…) vazios de conteúdo”, reclamando da “desconstrução do Concílio Vaticano II” (sic), enaltecendo as igrejas protestantes e as CEBs, criticando o “clericalismo”, a exigência de “virtudes heróicas, como o celibato”, etc. Não percebe [ou não quer perceber?] que as coisas defendidas por ele estão exatamente na raiz da crise e que a Igreja voltará a crescer, sim, sem dúvidas, quando Se desvencilhar de Bettos, Boffs et caterva. Esta gente sem Fé que caminha a passos largos para o Inferno parece querer, por alguma comichão diabólica, arrastar a Igreja para baixo junto com ela. Mas não adianta, porque portae inferi non praevalebunt.

– Era bom demais para ser verdade: recebi por email um discurso do 1º ministro australiano à comunidade muçulmana que continha tudo o que a gente gostaria de ouvir alguém dizendo aos muçulmanos. “A maior parte do Australianos crê em Deus. (…) Se Deus vos ofende, sugiro-vos então que encarem outra parte do mundo como o vosso país de acolhimento, porque Deus faz parte da nossa cultura”. “[S]e vocês tem muitas razões de queixa, se estão fartos da nossa bandeira, do nosso compromisso, das nossas crenças cristãs, ou do nosso estilo de vida, incentivo-os fortemente a tirarem partido de uma outra grande liberdade australiana: o direito de partir”. Lindo; mas infelizmente é hoax

– Reforço as três recomendações do Gustavo. Lei Natural, aborto, Teologia Moral. Leiam lá.

– Também recomendo o texto publicado no Tubo de Ensaio contendo os comentários de um amigo comum meu e do Marcio a um texto do Marcelo Gleiser do último domingo, sobre se a matemática é algo inventado ou descoberto. Leiam lá.

– Não tenho tempo de traduzir, mas serve a indicação: uma organização americana (NOW – National Organization for Women), após o assassinato do Dr. Tiller, está exigindo que o Departamento de Justiça e Segurança Nacional classifique os pró-vida como terroristas. O fato de todos os grupos pró-vida americanos terem condenado o crime não tem nenhuma importância para a citada organização. Aliás, foi publicado um editorial do Kansas City Star onde se diz que os pró-vida bem poderiam guardar para si próprios as suas manifestações de espanto e tristeza, porque estariam intimamente – privately – agradecidos pelo assassinato do dr. Tiller! Dá para acreditar que há jornais publicando este tipo de exercício de adivinhação difamatório?

Pandemia de Lucro, sobre os interesses econômicos por detrás da gripe suína. A pergunta final, à parte o viés esquerdista, é pertinente: “Pero si la gripe porcina es una pandemia tan terrible como anuncian los medios de comunicación… Si a la Organización Mundial de la Salud le preocupa tanto esta enfermedad, ¿por qué no la declara como un problema de salud pública mundial y autoriza la fabricación de medicamentos genéricos para combatirla?”.

– Vale uma visita ao Micro Book Studio, que contém diversas obras em inglês, português, espanhol, italiano e latim disponíves gratuitamente, de Garrigou-Lagrange (A Synthesis of Thomistic Thought), de Santo Tomás de Aquino (Comentários a Aristóteles), de René Muller (As Primeiras Missões Jesuítas). Aproveitem!

Questões “Homofóbicas”

Duas ligeiras perguntas sobre notícias referentes ao avanço do Movimento Gay no Brasil e no mundo.

1. É um pouco antiga [de AGO/2008], mas só agora tomei conhecimento e, portanto, aproveito para trazer ao Deus lo Vult!. Existe, no Departamento de Ciências Sociais da UFRJ, um projeto de extensão chamado “Na Tela”, que consiste num boletim eletrônico com objetivo de, entre outras coisas, “veicular notícias e informações relativas ao ensino, à pesquisa e áreas correlatas das ciências sociais”.

Na edição 51 do citado boletim, de agosto de 2008, é veiculada bem en passant, no meio de um monte de outras coisas que nada têm a ver com ela, a seguinte notícia (que, repito, é de agosto de 2008 e, portanto, não sei informar se ainda continua em vigor):

Acesso ao banheiro feminino

Após a 1ª Conferência Estadual de Políticas Públicas para LGBT, o reitor, atendendo a solicitações, decidiu permitir o uso do banheiro feminino para os travestis e transexuais. Com essa decisão, estudantes transexuais podem usar o banheiro feminino livremente.  Além disso, a UERJ está estudando a possibilidade de adotar o nome social de travestis e transexuais na lista de chamada de aula. Segundo Claudio Nascimento, superintendente de direitos individuais, coletivos e difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do estado e presidente do Grupo Arco-Íris, essas duas medidas têm um impacto importante na auto-estima e no reconhecimento das identidades dos indivíduos aí incluídos.

Pergunta: é legítimo obrigar meninas a dividirem os seus banheiros com homens de vestido siliconados? Não existe mesmo nenhum problema em expô-las a este tipo de constrangimento?

2. Descobri hoje que existe um “portal Gay” no UOL sob o domínio gay.uol.com.br. Isso provavelmente significa que os usuários do provedor estão contribuindo para a manutenção de um portal Gay no ar, e acredito que tal informação não seja do conhecimento de todas as pessoas. Alguém que usa o serviço poderia entrar em contato com o UOL questionando isso.

Neste portal, descobri que uma revista gay indiana voltará a ser publicada com apoio da ONU. “A Organização das Nações Unidas vai bancar a Bombay Dost durante três anos e, ao menos por enquanto, a revista terá duas edições ao ano”.

Pergunta: é realmente a função da ONU financiar o gayzismo? Se fosse uma revista católica, seria também ela beneficiada com o apoio financeiro das Nações Unidas?

Estes questionamentos provavelmente serão considerados “homofóbicos” pelos militantes intolerantes do Movimento Gay. Será, no entanto, que o errado sou eu quando acho estranho que mulheres sejam forçadas a dividirem banheiros com travestis, ou que organizações internacionais interfiram na soberania dos países e financiem coisas à revelia do governo local? Isto não é uma violência contra a qual as pessoas deveriam – ao menos! – ter o direito de protestar?

Deus e o vôo 447

“A esperança se foi”, disse dom Antônio de Orleans e Bragança em entrevista à ÉPOCA. Dom Antônio é o pai do Príncipe Pedro Luiz de Orleans e Bragança, que estava no fatídico vôo 447 da Air France.

Sua Alteza deixa transparecer serenidade em meio à dor; a entrevista, embora curta, possui muito conteúdo exatamente por causa disso. Perguntado sobre como está a família com esta perda, Sua Alteza responde: “Conformados. Somos católicos de muita fé e respeitamos a vontade de Deus”.

O Mallmal perguntou no seu blog onde estavam agora os católicos, para atribuírem à vontade de Deus o acidente aéreo da mesma forma como atribuem à Sua mão os acidentes que são evitados. Pois bem: eis aqui um membro da Família Imperial, católico, em meio à dor da perda de um filho, afirmando respeitar a vontade de Deus no acidente!

E isso conforta. São ainda palavras de Sua Alteza, imediatamente após curvar-se ante a vontade divina: “Muitas pessoas, em horas de sofrimento como esta, questionam erradamente a bondade de Deus. Penso que meu filho era bom demais, e talvez por isso Deus tenha o chamado para perto mais cedo”. Tristeza, sem dúvidas; luto, inegavelmente. Mas um luto sereno, e não desesperado. Isso faz toda a diferença.

Porque a dor é inevitável para quem vive. Nós, católicos, sabemo-lo muito bem; dizemos à Virgem Santíssima todos os dias que a Ela recorremos e suspiramos, “gemendo e chorando neste Vale de Lágrimas”. A dor, repito, não deveria surpreender ninguém cuja religião brotou de uma Cruz no alto do Gólgota. Ao contrário do que parecem acreditar os detratores da Religião, Ela não promete (e nem nunca prometeu) um mundo isento de dores, e sim conforto e fortaleza em meio à dor, um sentido para a dor.

Outrossim, não somos marionetes nas mãos do Altíssimo, como também parecem acreditar os irreligiosos. O Mallmal disse que “quando o Airbus da US Airways caiu no Rio Hudson em Janeiro de 2009, multidões de religiosos (…) [d]esmereceram a incrível habilidade e experiência do piloto, que realizou um pouso dificílimo e arriscado” ao dizerem que foi “a mão de Deus [que] guiou o piloto”. Negativo. A Providência não “age sozinha”, e Deus de ordinário não evita acidentes por meio de milagres no sentido estrito (de uma derrogação das leis da natureza). À Providência de Deus, no caso do avião que pousou no Rio Hudson, coube fazer com que, no avião acidentado, estivesse exatamente um piloto com incrível habilidade e experiência, que conseguisse fazer o pouso arriscado, e não outro piloto inexperiente que não o conseguiria. Não tem ninguém “desmerecendo” a habilidade do piloto quando agradece a Deus, muitíssimo ao contrário. Agradecemos a Deus a habilidade do piloto e a sua presença no momento em que ela foi necessária.

Do mesmo modo, Deus não “derrubou” o avião da Air France no sentido de  que  uma Mão Gigante tivesse caído dos céus e batido no avião como a gente bate num mosquito. Não é isso que significa a vontade de Deus. O fato é que o avião caiu e ponto; e, se caiu, é porque aprouve ao Onipotente que caísse, porque nem mesmo um passarinho cai por terra sem o consentimento do Deus que está nos Céus (cf. Mt 10, 29). Ao religioso, cumpre reconhecer esta verdade e buscar as forças para vencer a dor em Nosso Senhor Jesus Cristo, cujo Sagrado Coração é fons totius consolationis. Repetimos: a Igreja não prometeu jamais uma terra sem males, e ninguém pode dizer-se enganado quanto a isso.

O que se pode esperar do Onipotente é consolo e fortaleza, e disso a Família Imperial está dando um belíssimo testemunho. Fé, em meio à dor. A pseudo-religiosidade atacada pelos anti-clericais, de um deus que fosse muleta para os fracos e os fizesse acreditar que não sofreriam, não existe na Igreja Católica, porque uma tal religiosidade desmanchar-se-ia qual castelo de areia quando confrontada com a dura realidade que é sempre dolorosa. Mas a Fé Católica resplandece, mesmo durante as tragédias, e as vence e supera porque é maior do que elas. Nossos pêsames a todos os vitimados por esta tragédia; que a Virgem Santíssima possa conceder a Misericórdia do Altíssimo aos que partiram e a Fortaleza do Espírito Santo aos que ficaram.

Enchentes e camisinhas

Alguém sabe explicar qual a relação entre tragédias naturais e controle populacional? Perguntem aos médicos e enfermeiros do Exército que estavam distribuindo camisinhas às famílias vítimas das enchentes no Maranhão. É isso mesmo: a ajuda da Defesa Civil às vítimas dos alagamentos compreende, “além de medicamentos e cestas básicas, anticoncepcionais e preservativos”.

Caberia perguntar sob qual misteriosa lógica os anticoncepcionais seriam a  principal necessidade de pessoas que vivem em localidades alagadas, onde “[n]ão há eletricidade, ninguém no local sabe ler, e algumas das crianças não têm registro nem nome”. Eletricidade? Saneamento básico? Alfabetização? Nada disso. O Governo prefere distribuir camisinhas!

A nova religião do látex desenvolve-se a cada dia: ela não é mais somente infalível contra a AIDS e as demais DSTs, como também resolve os problemas de alagamentos, de falta de energia elétrica, de analfabetismo. Afinal, se esta gente tivesse usado camisinha, não teríamos registros de crianças mas também não teríamos bebês a serem registrados e, então, estaria tudo certo. Não teríamos escolas mas também não teríamos crianças a serem alfabetizadas e, aí então, estaria tudo bem. E, não havendo crianças, não seriam tão críticos os efeitos das enchentes porque, afinal, todos nós sabemos que as crianças são mais frágeis e, portanto, são mais prejudicadas com os alagamentos. Sem crianças, também, haveria menor necessidade de cestas básicas a serem distribuídas. Viram só como todos os problemas do Maranhão podem ser resolvidos por meio dos anticoncepcionais? Viram só como as autoridades públicas estão preocupadas com o bem dos cidadãos?

Qual o nome da comunidade? A reportagem diz chamar-se “comunidade de Santa Rosa”, localizada “às margens do Rio Mearim”. Alguém sabe o que as autoridades públicas fizeram até hoje pela comunidade? Talvez não tenham feito nada; mas, agora, estão compensando oferecendo-lhe o que a modernidade tem de melhor: o maravilhoso látex que, numa pequena embalagem, contém a solução definitiva para todos os problemas enfrentados pelos moradores do interior do Maranhão.

Afinal, o Brasil é o país de todos, não? E o povo de Santa Rosa também tem o direito de usufruir das grandes conquistas modernas, não? Que orgulho do meu país!

Feliz desfecho na Venezuela

O secretário da Conferência Episcopal Venezuelana, Dom Jesús González de Zárate, informou a ZENIT nesta terça-feira que o Governo de Hugo Chávez permitiu que os bispos venezuelanos fizessem a viagem ad limina apostolorum. Como foi aqui dito ontem, havia doze bispos cujos passaportes não estavam regularizados e que, por conta disso e da morosidade das autoridades em atender aos seus pedidos, corriam o risco de não terem os seus documentos preparados a tempo de fazerem a viagem.

Como disse Dom Jesús, “graças à colaboração do Ministério das Relações Exteriores, os prelados puderam obter o documento a tempo e todos conseguiram viajar para Roma”. Deo Gratias.

O que havia acontecido era o seguinte: “por uma determinação do governo venezuelano, em janeiro passado, negou-se aos bispos a renovação do passaporte diplomático, um documento especial de viagem que se dá a certos cidadãos e que facilita sua mobilização em território estrangeiro” e, por conta disso, “12 dos bispos venezuelanos, que tinham seu passaporte vencido, tiveram de tramitar sua renovação como qualquer cidadão. Por políticas do Estado, na Venezuela o trâmite de renovação do passaporte se realiza de maneira lenta. Por esta razão, os bispos corriam o risco de não viajar a Roma”.

Agradeçamos a Deus pelo feliz desfecho do conflito entre o ditador comunista e a Igreja de Nosso Senhor, e continuemos em oração à Virgem Santíssima para que Ela Se compadeça da Venezuela.

Uma “boa má propaganda” do aborto

[ATENÇÃO! POSSUI IMAGENS FORTES!]

Genial!

Um grupo pró-vida da Espanha, sabendo de uma manifestação pró-aborto, teve a feliz idéia de ajudar os abortistas na divulgação daquilo que eles defendiam. Nas palavras dos próprios pró-vida:

Isto foi o que fizemos em Albacete, no dia 22 de abril de 2009. Os pró-aborto haviam convocado uma concentração às 20:00, e era de se esperar que, após a mesma, colassem cartazes e adesivos reivindicando o aborto. Assim, pensamos que, esta noite, deveríamos ajudá-los, como bons cristãos. Desenhamos quatro [cartazes] autocolantes com mensagens pró-aborto, assinados por duas organizações inexistentes, e 15 duplas de voluntários colamos, nesta mesma noite, 1400 unidades em menos de uma hora. Foi isto que milhares de transeuntes albacetenses viram na manhã seguinte:

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A história completa pode ser baixada aqui: Una buena mala publicidad del aborto.

Chávez impede bispos de fazerem visita ad limina

Reproduzo notícia que – até onde eu saiba – não saiu na mídia brasileira: o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, negou o visto a doze bispos que iam se encontrar com o Papa na visita ad limina:

02/06/09 O ditador mais famoso da América Hispânica, Hugo Chávez, que tem nas mãos o destino de mais de 30 milhões de pessoas há quase 10 anos, alcançou de novo a imprensa internacional por sua negação de conceder o visto a 12 bispos que iam encontrar-se com o Papa Bento XVI por ocasião de sua visita ad limina. Os esforços do Núncio de Sua Santidade na Venezuela foram em vão, já que a petição dirigida ao Vice-Ministro do Interior do país foi completamente ignorada pelas autoridades do regime bolivariano revolucionário comunista.

SECTOR CATÓLICO une-se às petições internacionais enviadas a Caracas nestes dias, para que o ditador recobre o juízo e permita a estes prelados da Igreja exercerem seu ministério com plenas garantias; e [para que] respeite, de uma vez por todas, a liberdade religiosa do seu povo e da Igreja, cujo dever máximo é o de anunciar o Evangelho a todos os povos e nações. E, de quebra, fazemos também a ele um pedido: que abandone o poder e vá para sua casa.

Entendam bem o que está acontecendo: a visita ad limina Apostolorum é uma obrigação dos bispos católicos de, a cada cinco anos, visitarem o Papa e prestarem contas de suas Dioceses. O fato, portanto, é que Hugo Chávez está pondo empecilhos ao encontro de bispos católicos com o Papa!

Radio Cristiandad fala que Chávez negou “el pasaporte necesario para que salgan del país”. O Periodista Digital fala que, a estes doze bispos, “el Gobierno no les ha otorgado/renovado/prolongado su pasaporte”. E depois há os que dizem que estamos exagerando quando falamos em perseguição religiosa na Venezuela! Que Deus tenha piedade desta Terra de Santa Cruz e não permita que sigamos os passos do ditador venezuelano. E que a Virgem Santíssima interceda pela Igreja na ditadura chavista.

O convite e a recusa

“Cantora gospel é impedida de se apresentar em Igreja Católica”, diz uma notícia que recebi hoje. O corpo da manchete, no entanto, dá margens a dúvidas sobre o quê, exatamente, aconteceu.

A primeira frase da reportagem diz o seguinte: “A cantora gospel Nery  Nascimento, foi impedida  pelo ministério de sua Igreja, de aceitar o convite para participar do culto de louvor e adoração na Igreja Católica Carismática de sua cidade”. O grifo é meu. Daí fica a pergunta: “Igreja Católica Carismática” refere-se a um grupo da Renovação Carismática que faz parte de uma paróquia católica apostólica romana, ou refere-se a este cisma de Belém? A manchete induz o leitor a pensar na primeira possibilidade; a primeira frase, na segunda.

De qualquer modo, todo o texto [seguido dos comentários] à exceção da frase supracitada parece considerar que são católicos apostólicos romanos, mesmo. Questiono considerando esta possibilidade:

1. O que vem a ser um “culto de louvor e adoração”?

2. Qual era o propósito de semelhante convite? Aproximar a cantora herege [e/ou a sua “comunidade eclesial”] da verdadeira Igreja de Jesus Cristo, ou alguma outra coisa?

3. A exposição ao “show-pregação” de uma cantora gospel não é colocar a própria Fé em risco sem justificativa proporcionada? Todas as pessoas que iriam participar do tal “culto de louvor e adoração” tinham uma Fé madura o suficiente para não se deixar seduzir pelos enganos da cantora?

4. Qual a prudência de se convidar um herege protestante para um evento ecumênico (ainda concedendo, para ser benedicente, que o intuito dos responsáveis pelo convite fosse verdadeira e propriamente ecumênico) sem saber antes se ele é dócil ou hostil ao convite? Nunca leram nos Evangelhos que não se deve jogar pérolas aos porcos?

As perguntas são pertinentes. Entre os comentários feitos à notícia, um deles fala de um padre que, certa vez, convidou um diácono para fazer a homilia dominical e, após a fala do herege, este “converteu o padre e quase metade dos que ouviam a pregação”. O que significa que arrastou os católicos para longe da Igreja de Nosso Senhor.

Não sei se a história é verdadeira e, aliás, acredito que não seja; mas é óbvio que existe sempre a possibilidade de que um fiel católico seja seduzido pelas falácias protestantes, de modo que não convém expô-lo desnecessariamente ao risco de perder a própria Fé.

Costumo ver com apreensão a aproximação de católicos – e agora não falo mais deste caso da sra. Nery  Nascimento, e sim de coisas que vejo no meu quotidiano – a cantores protestantes, sob a justificativa de que as músicas são religiosas e não contém heresias. Ainda sendo verdade que a maioria das músicas protestantes não contenha expressamente heresias, o problema não é só esse. Músicas protestantes são omissas em temas centrais da Fé Cristã, de modo que são sempre incompletas. Músicas protestantes podem induzir ao relativismo religioso, porque “se fulaninho que é protestante faz músicas tão lindas de louvor ao Senhor, é porque o Espírito Santo age através dele”. Músicas protestantes podem pôr gradativamente a alma em contato com a “cultura” herética protestante e, assim, levar o fiel católico a perder a Fé. Et cetera.

De modo que fico feliz pela sra. Nery ter recusado o convite dos carismáticos, só pela possibilidade de que talvez tenham sido católicos; a recusa da herege privou talvez fiéis católicos de serem expostos a situações perniciosas e danosas às suas almas. Só fico pensando onde é que estão os pastores responsáveis por esta gente: porque ser necessário o lobo afastar-se voluntariamente das ovelhas ante a inércia dos legítimos pastores do rebanho do Senhor é vergonhoso.