Explosão Demográfica Muçulmana

Só registrando: o The Blogger é um dos maiores “portais” de notícias da blogosfera lusófona, com dezenas de atualizações diárias reproduzindo matérias das mais variadas fontes. Agora à tarde, foi nele publicada uma matéria intitulada “E agora, José?”, da autoria de Claudio Lessa. O Luiz Hipólito não traz a fonte do texto e eu não o encontrei no blog do Lessa; no entanto, a própria publicação no The Blogger é de per si já digna de nota.

Mormente pelo fato do autor do texto poder ser acusado de tudo, menos de ser um “católico fundamentalista”. O teor do artigo é completamente diferente daquilo que vocês estão acostumados a encontrar aqui ou em outros sites católicos internet afora. No entanto, a preocupação é a mesma; e quando o mesmo assunto é abordado por fontes tão díspares, acho que é uma boa indicação de que ele interessa a todo mundo.

Que o Deus Altíssimo venha em nosso Auxílio e salve o Ocidente que a Igreja construiu. São Luís de França, cruzado, rogai por nós!

Ligeiro apanhado de assuntos diversos

– Muito boa a matéria do Gazeta do Povo sobre Pio XII: Pontificado de Pio XII pauta visita do Papa a Jerusalém. É com muita alegria que vejo um órgão  de imprensa ter a coragem de publicar uma matéria assim quando todos os demais silenciam e/ou fazem coro ao processo de desinformação histórica perpetrado pelos inimigos da Igreja. É muito reconfortante saber que há jornais sérios, que não se curvam diante da censura anticlerical. Para parabenizar o jornal pela reportagem: leitor@gazetadopovo.com.br – nome completo, cidade e estado.

Príncipe jordaniano agradece valentia moral do Papa; o “príncipe Ghazi Bin Muhammed Bin Talal, primo e conselheiro do rei da Jordânia” fez “um profundo e amplo discurso em inglês”, onde acolheu o Papa “cujo pontificado esteve marcado pela valentia moral para falar e atuar em consciência, muito além das modas do momento”. Muito além das modas do momento – destaco. O empenho do Papa em preservar o patrimônio doutrinário da Igreja – e a importância deste trabalho – é reconhecido até mesmo por quem não é cristão!

– Na mesma matéria, Sua Alteza falou ainda nos “países subsaarianos onde as ‘minorias muçulmanas são submetidas a duras pressões por parte das maiorias cristãs, assim como em outros lugares onde acontece o contrário'” – gostaria muitíssimo de saber que países são esses e a exatamente quais “duras pressões” se refere o príncipe da Jordânia. Alguém faz idéia?

– Feliz dia das mães I: a mulher não foi feita para menstruar tanto. Ela foi feita para estar grávida e amamentar. “Apesar das mudanças de comportamento, o organismo feminino ainda funciona à moda antiga. Com isso, doenças ligadas à menstruação, que antes eram raras, agora são mais frequentes”. Raios, não é que a Igreja estava certa de novo!

– Feliz dia das mães II: Maria Mariana lança livro para contar experiência de criar 4 filhos. Vale muito a pena ler a entrevista concedida à revista Época, da qual destaco (quase tudo): “O valor de ser mãe não está sendo levado em conta. […] Mas eu sonhava com uma enorme mesa de família com aquela macarronada no domingo. […] Amamento há nove anos seguidos. Só desmamo um quando engravido do outro. […] Não acredito na igualdade entre homens e mulheres. Todos merecem respeito, espaço. Mas o homem tem uma função no mundo e a mulher tem outra. (…) Deus preparou o homem para estar com o leme na mão. […] O valor básico da maternidade é cuidar do outro, doar, servir. Nada a ver com o mundo competitivo. Maternidade é tirar seu ego do centro”.

– Por Rodrigo Pedroso, “a estatização da teologia”; fala sobre o projeto do senador Marcelo Crivella para regulamentar o exercício da profissão de teólogo no Brasil. “Ao regulamentar a profissão de teólogo, o Estado adentrará em seara alheia, imiscuir-se-á num campo que não lhe pertence. Tal intromissão representará violação da liberdade religiosa, garantida pelo art. 5º, VI, da Constituição Federal. E, na medida em que a teologia é uma disciplina do intelecto e uma ciência, representará igualmente uma infração da liberdade intelectual e científica, que a Constituição declara ser livre não apenas de censura, como também de licença (art. 5º, IX)”.

Você se lembra desta foto? Fiquei sabendo no blog do Veritatis que o site da Fox News trouxe uma reportagem com o garoto que, quando estava no útero de sua mãe, emocionou o mundo. Hoje ele tem nove anos. E a foto salvou muitos bebês de serem abortados. Muitos tentaram impedir isso: “a Life Magazine tentou comprar os direitos sobre a fotografia para que ela jamais fosse republicada; e o médico que fez a cirurgia chegou a dizer que foi ele quem puxou para fora a mão do bebê. A acusação acabou com a carreira do fotógrafo, mas não abalou sua determinação”. E, graças a Deus, não conseguiram.

– Faço coro ao desabafo do Rafael Vitola; e acredito não ser o único a fazê-lo. “Até quando teremos que aturar a Fé Católica seqüestrada por quem deveria ser seu defensor?” Levantai-Vos, Senhor. Salvai-nos.

Feliz dia das mães!

Bem en passant: feliz dia das mães! Queria ter mais tempo para escrever mais e melhor sobre este dia tão importante; mas acho melhor ser limitado neste assunto ao qual, aliás, a limitação é inerente, do que passar o domingo de hoje em silêncio por não ter tido tempo para os arroubos retóricos dos quais gostaria.

No mês de maio – mês da Virgem Maria – é o dia das mães; no mês d’Aquela que é Mãe por excelência, nós parabenizamos as nossas próprias mães carnais, que nos deram a vida, nos carregaram em seu seio, nos nutriram e educaram e nos transformaram naquilo que somos hoje. No mês da nossa Mãe espiritual, nós nos lembramos também de nossas mães naturais; afinal, a graça pressupõe a natureza e Maria Santíssima não poderia ser a nossa Mãe Espiritual se não fossem as nossas mães carnais. Não teríamos como Mãe a Mãe de Deus se não tivéssemos como mãe a mãe que é nossa, e de quem nascemos para esta vida; não teríamos Mãe do Céu sem a nossa mãe da terra.

Vocação sublime, mistério insondável, dignidade altíssima que Deus concedeu à mulher: não nascem os filhos de Deus por meio das águas do Batismo se, antes, não nascerem eles de uma mãe carnal que lhes dê a vida natural e, ao mesmo tempo, a possibilidade da vida sobrenatural! Por meio dos filhos, os homens são chamados a colaborar com Deus na obra da criação, mas que papel espetacular que cabe à mãe nesta história: carregar o filho no ventre enquanto ele se forma, agasalhá-lo e amamentá-lo quando ele é pequeno e indefeso, educá-lo enquanto ele cresce e acompanhá-lo durante toda a sua vida; as marcas maternas são indeléveis. Obrigado, ó mãe, porque sem ti eu nada seria!

Que a Virgem Santíssima, Mãe de Deus e nossa, e também – não nos esqueçamos – mãe de nossas mães, possa abençoá-las em profusão neste dia a elas dedicado; que cada mãe aqui na terra possa ter em si algo desta Mãe do Céu, que A lembre e que a Ela conduza. E que um dia possamos nos encontrar todos, Mãe do Céu e nossas mães da terra no Céu, a fim de vivermos plenamente a vida que – graças às nossas mães – apenas começamos a viver aqui na terra. Que Deus abençoe todas as mães!

O Papa na Terra Santa 2: judeus e muçulmanos

Lusa: Bento XVI apela à “reconciliação” entre cristãos e judeus. Folha: Bento 16 diz que religião se “corrompe” se servir à violência e ao abuso. Mais dois discursos do Santo Padre que ganham espaço na mídia: o primeiro no Monte Nebo, o segundo numa mesquita.

“Nas águas do Batismo, nós passamos da escravidão do pecado para a nova vida e a esperança. Na comunhão da Igreja, Corpo de Cristo, nós aguardamos [look forward] a visão da cidade celeste, a Nova Jerusalém, onde Deus será tudo em todos”. Estas palavras foram proferidas no monte onde Moisés contemplou a Terra Prometida; um lugar, portanto, sagrado para os judeus. No coração do Velho Testamento, o Vigário de Cristo fala do Novo Testamento: a verdadeira Terra Prometida é a Igreja de Nosso Senhor, e a verdadeira libertação da escravidão jorra das águas do Batismo. As coisas antigas passaram e cederam lugar para as novas; a Sinagoga deu lugar à Igreja de Cristo.

Os “liames inseparáveis entre a Igreja e o povo judeu” estão radicados precisamente na clara noção da “unidade dos Dois Testamentos”; não é ao povo judeu dos nossos dias, àqueles que renegaram a Nosso Senhor, que a Igreja encontra-se teologicamente unida. A plena “reconciliação entre cristãos e judeus” passa – obviamente – pelo reconhecimento de que Nosso Senhor é o Messias; somente assim haverá verdadeira paz no Oriente Médio, a paz que vem de Nosso Senhor Jesus Cristo e que o mundo não é capaz de dar. Enquanto este dia não chega, o “respeito mútuo” – que, como já disse, não mútua concordância – é condição essencial para que a Igreja possa frutificar: para que os cristãos possam anunciar a sua Fé e para que o Evangelho possa ser pregado também aos judeus.

“A religião é desfigurada quando é forçada ao serviço da ignorância ou do preconceito, do desprezo, da violência e do abuso”, disse o Papa neste sábado na cerimônia de colocação da pedra fundamental da futura Universidade Católica da Universidade de Madaba; mais tarde, diante de uma mesquita, disse o seguinte, quase repetindo as palavras anteriormente proferidas:

Alguns sustentam que a religião falha em sua pretensão de ser, por natureza, uma construtora de unidade e harmonia, uma expressão de comunhão entre as pessoas e com Deus. Sem dúvidas, alguns afirmam que a religião é necessariamente uma causa de divisões no nosso mundo; e então eles argumentam que, quanto menos atenção for dada à religião na esfera pública, melhor. Certamente, a contradição de tensões e divisões entre os seguidores de diferentes tradições religiosas, tristemente, não pode ser negada. Entretanto, não seria também o caso de, freqüentemente, ser a manipulação ideológica da religião, às vezes para fins políticos, o verdadeiro catalisador de tensões e divisões e, às vezes, até de violência na sociedade?

Tal incômoda pergunta, dirigida a líderes muçulmanos na frente de uma mesquita, é por si só bastante eloqüente e bem poderia ser tomada como uma provocação. É bem conhecida a violência do Islam e a violação dos direitos humanos básicos nos países que estão sob o jugo dos infiéis filhos de Maomé; passa-me a impressão de que, divertidamente, o Papa utiliza-se de uma espécie de ad hominem e pergunta retoricamente se a violência do Islam é fruto do Islam em si ou de uma sua ideologização. A primeira resposta é embaraçosa para os muçulmanos moderados e, a segunda, para os radicais; qualquer uma delas é constrangedora para o Islam como um todo.

No meio deste discurso perigoso e deste “campo minado” no qual o Vigário de Cristo precisa mover-se cautelosamente, há uma belíssima defesa da complementaridade entre Fé e Razão no âmbito público (grifos meus):

E, como crentes no Deus único, nós sabemos que a razão humana é ela própria um dom de Deus, que se eleva [soars] para seu mais alto patamar quando preenchida [suffused] com a luz da Verdade Divina. De fato, quando a razão humana humildemente permite a si mesma ser purificada pela Fé, ela está longe de ser enfraquecida; ao contrário, é fortalecida para resistir à presunção e para ultrapassar [to reach beyond] suas próprias limitações. Desta maneira, a razão humana é encorajada [emboldened] a perseguir seu nobre propósito de servir à humanidade, dando expressão às nossas mais profundas aspirações comuns e estendendo, ao invés de manipulando ou confinando, o debate público. Assim, a genuína adesão à religião – longe de estreitar [narrowing] nossas mentes – alarga o horizonte do entendimento humano. Ela protege a sociedade civil dos excessos do ego desenfreado que tende a absolutizar o finito e eclipsar o infinito; ela garante que a liberdade seja exercitada de mãos dadas [hand in hand] com a verdade; e ela adorna a cultura com insights relativos a tudo que é verdadeiro, bom e belo.

Que Deus abençoe o Santo Padre em sua peregrinação!

Qual o problema com a pornografia?

Não sei quem é o Jason Evert, mas esta resposta dele sobre qual é o problema com a pornografia – considerando que, com ela, “não estamos fazendo mal a ninguém” – está muito boa. Recomendo.

Deus lhe deu inicialmente uma mente livre de imaginações para que você imprima nela a beleza de sua esposa, e só ela. E, ao invés, estampamos nela tantas imagens de outras mulheres, e você olha para essas outras mulheres na pornografia 15 segundos e já está enjoado dela. Olha para a próxima garota 30 segundos, e já está enjoado; e a próxima, e a próxima… Esses são os corpos mais bonitos do mundo e estamos sendo treinados para ficar enjoados deles em menos de um minuto. E você faz isso por alguns anos, e casa com uma mulher, e você realmente espera que seu corpo vai cativá-lo até que a morte os separe?

O Papa na Terra Santa 1: respeito e liberdade religiosa

Começou hoje a Peregrinação do Santo Padre à Terra Santa; o primeiro evento que consta na programação que está no site do Vaticano é a Cerimônia de boas-vindas no Aeroporto Internacional “Queen Alia” de Amã. Não está lá ainda a íntegra do discurso do Papa; o sr. Quintas, no entanto, já se antecipou e nos trouxe alguns trechos do pronunciamento de Bento XVI ao desembarcar.

Respeito aos muçulmanos – “oportunidade de expressar meu profundo respeito pela comunidade muçulmana” – e liberdade de credos – “[a] liberdade religiosa é naturalmente um direito humano fundamental”: eis o que a AFP julgou por bem destacar do discurso de Sua Santidade. Isso, para os católicos, tem um significado muito específico e que nada tem a ver com uma indiferença ou um relativismo doutrinal.

Hoje em dia, as pessoas têm mania de confundir “respeito” com “concordância total e irrestrita”. Uma pessoa que eu “respeito” seria alguém cujas atitudes eu subscrevo, pois “acho” que ela está absolutamente certa em tudo o que faz. O Papa sabe muito bem que a religião islâmica – permito-me aqui expressar-me de modo diferente daquele usado pelo Santo Padre porque as circunstâncias são também distintas – é uma falsa religião e, por conseguinte, é evidente que o Papa não concorda com tudo o que pregam os filhos de Maomé no âmbito teológico, e isso já ficou bastante claro, julgo eu, ao longo do seu pontificado.

Pode haver – e há – respeito entre inimigos, ou ainda respeito pela decisão (que se sabe errada) de outrem. Quando aquele jovem rico da Bíblia afastou-se de Nosso Senhor, Ele não o perseguiu nem o fulminou com um raio dos céus nem nada do tipo; a sua [errada] decisão foi respeitada. Há respeito entre São Francisco de Assis e o sultão a quem ele foi pregar o Evangelho, entre São Leão Magno e Átila a quem o Papa foi para tentar impedir o saque de Roma, entre Santo Tomás de Aquino e Averróis por ele refutado. E há respeito dos católicos para com os muçulmanos, sem que com isso o Islam precise se transmutar numa religião verdadeira. Respeito ao muçulmano concreto – ou, no caso do Papa, à comunidade muçulmana concreta – é diferente de respeito ao islamismo, que por sua vez é ainda diferente de concordância plena e irrestrita para com ele: as coisas não devem ser misturadas.

A liberdade dos credos vai na mesma linha; nos dizeres do Concílio Vaticano II, ela “nada afecta a doutrina católica tradicional acerca do dever moral que os homens e as sociedades têm para com a verdadeira religião e a única Igreja de Cristo” (Dignitatis Humanae, 1). Eximindo-me de comentar aqui mais do que já expus à exaustão no debate com o sr. Sandro Pontes, quero apenas salientar que – de novo – nada têm a ver estas palavras com uma suposta capitulação do Cristianismo frente ao Islam, nem com uma mudança [mínima que seja] no Extra Ecclesiam Nulla Salus.

As pessoas, porém, acho que não entendem isso. Li no Fratres in Unum que, diante da então iminente viagem do Santo Padre à Terra Santa, a sra. “Deborah Weissman, presidente do Conselho de Coordenação Inter-religiosa” de Israel, espera que a visita do Papa supere a “ambivalência” de suas posições teológicas porque, afinal, Sua Santidade “ainda não deixou absolutamente claro que os judeus não precisam abraçar a crença de que Jesus foi o Messias para serem redimidos”…! Bom, a doutora pode esperar sentada. E, os judeus, é bom que se convertam, o quanto antes. A visita do Doce Cristo na Terra bem que pode ser uma excelente oportunidade para isso. Oremus et pro Iudaeis.

Curtas de fim de tarde

– O Cardeal Cañizares escreveu um belo prefácio à edição espanhola do livro “A Reforma de Bento XVI”; trata sobre a recepção do motu proprio Summorum Pontificum e – mais especificamente – sobre o lugar do Rito Tridentino na Igreja hoje. São palavras dele: “a vontade do Papa não foi unicamente satisfazer aos seguidores de Dom Lefebvre, nem limitar-se a responder aos justos desejos dos fiéis que se sentem ligados, por diversos motivos, à herança litúrgica representada pelo Rito Romano, mas também, e de maneira especial, abrir a riqueza litúrgica da Igreja a todos os fiéis, tornando possível assim a descoberta dos tesouros do patrimônio litúrgico da Igreja a quem ainda o ignora”. Palavras consoladoras.

“Ocidente não tem direito de impor preservativo a africanos”, é o que escrevem jovens de Camarões em uma carta aberta divulgada na Europa. Lembro-me de ter comentado em algum lugar que era interessante como todo mundo reclamava das palavras do papa Bento XVI sobre o preservativo ditas na sua viagem apostólica à África; todo mundo, menos os africanos. Este estudantes falaram o que deveria ser falado: “[d]izemos com firmeza nosso ‘não’ a este modelo cultural totalmente estranho a nossos valores e tradições, que nos está sendo imposto como determinante da melhoria de nossa vida”; e ainda exigiram que “peçam perdão ao Papa e aos africanos”! Brava África!

– Um pastor carioca diz que a homossexualidade é bênção de Deus enquanto que, na Austrália, um livro infantil (para crianças a partir de 11 anos) que aborda a homossexualidade gera polêmica. Até onde irá esta campanha de inversão de valores? Miserere nobis, Domine!

– O TCU aponta que mortos e políticos estavam recebendo dinheiro do Bolsa Família; provavelmente uma quantia mais gorda, já que o preço dos votos varia de acordo com quem os estão vendendo, e sói acontecer que políticos cobrem mais pelo mesmo produto. Mas talvez não sejam questões de comércio e sim assuntos familiares mesmo; afinal, os companheiros são parte da família, não é?

Bispo de Limeira e ordenação de mulheres

Acabei de ver no blog do Marcelo Moura Coelho que o bispo de Limeira afirmou ser possível a ordenação de mulheres. Isto foi dito em uma entrevista concedida ao Jornal de Limeira do dia 02 de dezembro de 2007, portanto há quase um ano e meio. Como o meu amigo já teceu os comentários pertinentes sobre o assunto, abstenho-me de fazê-lo, apenas indicando o seu blog para quem quiser saber mais sobre o assunto.

Em dezembro de 2007. Não sei se Sua Excelência mantém ainda a mesma posição sobre o assunto; entretanto, mesmo em 2007, tal posição era completamente injustificável, uma vez que a Ordinatio Sacerdotalis de João Paulo II que fecha a questão é de maio de 1994, treze anos, portanto, antes da entrevista de Dom Vilson. O Papa escreveu a sua carta apostólica “para que seja excluída qualquer dúvida em [este] assunto da máxima importância”; é frustrante saber que, treze anos depois, um sucessor dos Apóstolos no Brasil lança dúvidas sobre este tema, semeando a confusão e impedindo a doutrina da Igreja de ser conhecida em toda a sua clareza.

Não encontrei nenhuma retratação do bispo de Limeira sobre as suas palavras. O que sei é que os católicos de Limeira estão em uma campanha para conseguir a celebração da Forma Extraordinária do Rito Romano em sua diocese, campanha que, até o presente momento, tem se mostrado infrutífera. Parece que sintonia com a Igreja é uma coisa que está faltando naquela diocese. Rezemos pelos nossos bispos, rezemos por todos os católicos.

Oração Abrasada – São Luís de Montfort

Um amigo teve a gentileza de enviar, para uma lista de emails da qual participo, esta preciosa oração que, agora, disponibilizo para os leitores do Deus lo Vult!:

Oração Abrasada – São Luís Maria Grignion de Montfort

A despeito de ser longa, vale muito a pena rezá-la, com fé e confiança na Providência de Deus que não abandona jamais os Seus filhos. Vale particularmente rezá-la nestes tempos de crise, de incêndio na casa de Deus, onde quase não vemos saída e somos tentados ao desespero. Deus cuida de Sua Igreja e, se parece dormir, não tardará a que Se levante.

[…]

E Vós, grande Deus, embora haja tanta glória, doçura e proveito em servir-Vos, quase ninguém tomará o Vosso partido? Quase nenhum soldado se alistará sob Vossos estandartes? Quase nenhum São Miguel clamará no meio de seus irmãos, cheio de zelo pela Vossa glória: Quis ut Deus?

Ah!, permiti-me bradar por toda parte: fogo, fogo, fogo! Socorro, socorro, socorro! Fogo na casa de Deus, fogo nas almas, fogo até no santuário! Socorro, que assassinam nosso irmão; socorro, que degolam nossos filhos; socorro que apunhalam nosso bom Pai!

Qui Domini est jungatur mihi: que venham todos os bons sacerdotes espalhados pelo mundo cristão, quer os que estejam atualmente no combate, quer os que se tenham retirado da confusão da batalha para os desertos e ermos; que venham esses bons sacerdotes e se unam a nós, vis unita fit fortior, a fim de formarmos, sob o estandarte da Cruz, um exército em boa ordem de batalha e bem disciplina, para de concerto atacar os inimigos de Deus que já tocaram a rebate: sonuerunt, frenduerunt, fremuerunt, multiplicati sunt.

Dirumpamus vincula eorum et projiciamus a nobis jugum ipsorum. Qui habitat in caelis irridebit eos. Exsurgat Deus et dissipentur inimici eius! Exsurge, Domine, quare obdormis? Exsurge.

Erguei-Vos, Senhor! Por que pareceis dormir? Erguei-Vos em Vossa onipotência, em Vossa misericórdia e em Vossa justiça, para formar-Vos uma companhia seleta de guardas que velem a Vossa casa, defendam Vossa glória e salvem Vossas almas, a fim de que haja um só rebanho e um só pastor, e de que todos Vos rendam glória em Vosso templo: et in templo eius omnes dicent gloriam. Amém.