Candidato petista cassado em Recife

Faço uns ligeiros comentários sobre o funcionamento da política no Brasil, usando o Recife como espécimen investigativo.

Só recapitulando: o candidato do PT – ou seja, o candidato da prefeitura atual – conta com uma coligação partidária incomparavelmente maior do que a de qualquer outro candidato; a “Frente de Recife” totaliza dezesseis partidos políticos. Como os brasileiros acham que uma eleição é algum tipo de “corrida de cavalos” e os votos são “apostas”, e como só vale a pena votar/apostar em quem vai ganhar (para não “perder o voto”), João da Costa estava – na última pesquisa – com 54% das intenções de voto.

A associação entre João da Costa (o candidato petista) e João Paulo (o atual prefeito petista) é tão forte – inclusive oficialmente, pois o slogan da campanha de João da Costa é “a grande mudança vai continuar!” – que houve (alegadamente) casos de utilização da máquina pública para a promoção do candidato do PT. Resultado: João da Costa teve o seu registro cassado na última terça-feira, às portas do pleito, e com chances inclusive de ganhar a eleição no primeiro turno.

Conseqüência: na própria quarta-feira, já havia carros de som pelas ruas fazendo acusações a pessoas indeterminadas (do tipo “eles estão fazendo o mesmo jogo sujo”; “eles querem ganhar de João da Costa no tapetão”). E os petistas, evidentemente, não estão nem aí para a decisão judicial, posto que todos estão candidamente convencidos de que isto tudo foi uma grande armação. No senso comum, havendo divergências entre o PT e a Justiça, é o partido quem está com a razão.

João da Costa vai disputar a eleição sub judice. Eu não entendo de Direito Eleitoral e não sei exatamente quais as implicações disso; em contrapartida, sei que, na minha opinião, foi uma tremenda estupidez “criar um mártir” no cenário político local. Comentando com um amigo, falei que era óbvio que o PT só iria perder um julgamento destes se quisesse. Ele comentou, esperançoso, que para Deus nada é impossível. Verdade; mas temo que, na atual situação política brasileira, nem para o PT.

Hoje, sexta-feira, vai haver um grande comício no centro da cidade para que os petistas – “traga a sua família!” – possam sair às ruas em defesa de João da Costa. O mega-evento vai alterar o trecho de 160 linhas de ônibus que passam pelo centro da cidade. Incrível! Eleição é motivo de festa como se fosse um campeonato de futebol. E viva a política brasileira!

Mais citações distorcidas

Após eu comentar aqui no Deus lo vult! sobre algumas citações falsas publicadas pela Montfort recentemente, recebi um email com a informação de que a mesma coisa já havia sido feita em outra ocasião, tendo o Card. Arinze como alvo. Verifiquei os links passados, e a informação está exata: as palavras das citações são trocadas, e as aspas são mantidas, dando-se a entender que a frase do Card. Arinze é uma coisa quando, na verdade, é outra coisa bem diferente. A Montfort coloca a sua interpretação dos fatos, com as suas próprias palavras, na boca de membros importantes da Cúria Romana, como se fossem citações literais de cardeais da Santa Igreja!

Este tipo de expediente desonesto não pode continuar. Os fins não justificam os meios; é necessário que tais textos da Associação Cultural Montfort sejam absolutamente repudiados, por uma questão de justiça. Abaixo, a mensagem que recebi por email, com as citações falseadas do Card. Arinze.

* * *

Em certa entrevista ao Inside the Vatican, o Cardeal Arinze, salvo engano em 2003, afirmou que normas baixadas por João Paulo II iriam acabar com a Missa “do it yourself” (faça você mesmo), ou seja, com os abusos na liturgia. As palavras do Cardeal na entrevista foram:

“We want to respond to the spiritual hunger and sorrow so many of the faithful have expressed to us because of liturgical celebrations that seemed irreverent and unworthy of true adoration of God. You might sum up our document with words that echo the final words of the Mass: ‘The do-it-yourself Mass is ended. Go in peace.” ( apud http://forum.catholic.org/viewtopic.php?f=158&t=7030)

Tradução: “Queremos responder à fome espiritual e dor que tantos fiéis expressaram a nós por causa das celebrações litúrgicas que pareciam irreverentes e  indignas da verdadeira adoração a Deus. Você pode resumir nosso documento com palavras que ecoam o final da Missa: “A Missa faça-você-mesmo terminou. Vão em paz”.

Fedeli, certa vez, citou o texto assim:
“Como disse certa vez, com espírito, o próprio Cardeal Arinze: “A Missa “do it yourself” vai acabar”. Ite, Missa Nova est. Deo gratias.”(http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apoio&artigo=20060501020700&lang=bra)
Até aqui, foi Fedeli quem equiparou a Missa “do it yourself” com a Missa Nova. Em outros textos, porém, Fedeli cita as palavras do Cardeal como se ele tivesse dito que a Missa nova iria acabar, e como se a Missa do-it-yourself, para o Cardeal, fosse a Missa nova.

Veja alguns exemplos:

“O Cardeal Arinze, falando da missa nova disse: “Ite, Missa Nova est!”. “Deo gratias”, responde-lhe a Montfort com os fiéis católicos”.
(http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=padre_bux&lang=bra);

“Caso tudo isso for decretado, poder-se-á dizer — como disse certa vez o Cardeal Arinze: “Ite, Missa Nova est”, e o povo responderá: “Deo Gratias”.
(http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20060520141933&lang=bra)

“Como esse Cardeal disse certa vez: “Ite, Missa Nova est”
“Ide, a Missa Nova acabou”
Deo gratias!!!
Pior até:  chamou a Nova Missa de “Mass do it yourself”“Missa faça-a você mesmo”
(http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=decreto_papal&lang=bra)

“Porque, como se anuncia em Roma: “Ite, Missa Nova est!” Arinze dixit!”(http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=doutrina&artigo=20060531205611&lang=bra)

As palavras do cardeal Ratzinger

Às vezes eu me surpreendo com o que encontro na Montfort. Numa curta resposta a uma carta de um leitor, datada do dia 24 de setembro, o sr. Orlando Fedeli publica duas inverdades.

A primeira inverdade – e a mais gritante – está no próprio título da carta: Card. Ratzinger: “A Missa nova foi uma ruptura com a liturgia da Igreja”. A frase, citada entre aspas, indica que ela consiste em palavras literais do então Cardeal Ratzinger, porque é exatamente para isso que servem as aspas nas citações. No entanto, a citação do cardeal dada pela própria Montfort no corpo da resposta à carta não tem nada a ver com o que está no título:

“Fiquei estarrecido pela proibição do Missal antigo, pelo fato de que uma coisa como essa jamais se verificara na história da Liturgia.(…) A promulgação da proibição do Missal que se tinha desenvolvido no curso dos séculos, desde o tempo dos sacramentais da Antiga Igreja, comportou uma ruptura na história da Liturgia”  (Joseph Ratzinger, A Minha Vida, p. 115, apud Antonio Socci, Il Quarto Segretto di Fatima, Rizzoli, Milano, 2006, p. 212, nota 361)

Em primeiro lugar, a frase colocada entre aspas não existe. Isso já basta para caracterizar a inverdade. Em segundo lugar – e muito mais importante -, a frase do título não apenas não é literal, como também deforma as palavras do card. Ratzinger. De acordo com a citação (a correta, que está no corpo da carta, e não a que está no título), para quem tem uma mínima noção de interpretação de texto e não esqueceu as aulas de análise sintática do colegial, o sujeito de “comportou uma ruptura na história da Liturgia” é “[a] promulgação da proibição do Missal [antigo]”, e não “a Missa Nova”! Após a própria Montfort já ter publicado um artigo no qual expunha detalhadamente as regras de citações, é de causar espanto que ela incorra nos mesmos erros que repudiou com tanta veemência outrora!

A “proibição do Missal” não é a mesma coisa que “[a] Missa Nova”, isto é evidente. Caberia perguntar à qual “promulgação da proibição” do missal antigo o então Card. Ratzinger está se referindo (já que tal proibição não consta na Missale Romanum), mas, independente disso, permanece cristalino que coisas distintas são distintas e, portanto, não podem ser indistintamente intercambiadas – muito menos numa citação de outra pessoa.

A segunda inverdade, mais sutil, refere-se a outra citação também falseada. Segundo Orlando Fedeli, “o Papa Bento XVI (…) considerava a Nova Liturgia como, em grande parte, a causadora da crise da Igreja”. A “Nova Liturgia” é, evidentemente, a Reforma Litúrgica. Só que a citação do então Cardeal, também publicada na Montfort, é a seguinte:

“Estou convencido que a crise eclesial em que nos encontramos hoje depende em grande parte do desmoronamento da liturgia, que por vezes vem concebida diretamente como se Deus não existisse – “etsi Deus non daretur” – como se nela não mais importasse se Deus existe, se nos fala e se nos ouve (…)”.

E o professor Orlando se esquece de que o Papa não chama e nem nunca chamou a Reforma Litúrgica de “desmoronamento da liturgia”. Quem deve dizer isso é o próprio sr. Fedeli. É universalmente reconhecido que existem abusos litúrgicos os mais diversos; e a Santa Sé, embora os tenha repetidas vezes condenado vigorosamente, nunca os atribuiu à Reforma da Liturgia em si.

Se o professor, portanto, afirma que o Papa considerava a Reforma Litúrgica como sendo uma causa da crise da Igreja, que apresente textos nos quais o Papa afirme que a Reforma Litúrgica é uma causa da crise da Igreja. Nada indica, no texto que foi citado, que o “desmoronamento da Liturgia” seja a mesma coisa que “a Reforma Litúrgica”. Trocando (mais uma vez) expressões que não são equivalentes, a Montfort apresenta inverdades aos seus leitores.

Se o cardeal Ratzinger disse o que o prof. Fedeli afirma ter dito, não o fez nos textos citados pela Montfort. A despeito de ser tentador, não importa perguntar se erros tão grosseiros são frutos de descuido, de cegueira ou de má fé; independente disso, o fato objetivo é que “argumentos” deste nível são indignos de qualquer debate que se pretenda minimamente honesto. Infelizmente, o resultado desta campanha que tenciona – per fas et per nefas – jogar lama na Liturgia atual da Igreja e num Concílio Ecumênico Legítimo é a confusão dos fiéis, na qual muitas almas são perdidas, e a solução da crise pela qual atravessa a Igreja de Cristo é postergada. É de se lamentar profundamente!

A vida depende do seu voto!

Com um pouco de atraso – já que estamos às vésperas das eleições -, faço eco à excelente campanha lançada pelo Movimento Brasil Sem Aborto: A vida depende do seu voto.

Todos sabemos a desproporcional luta que a causa pró-vida trava no Brasil; todos sabemos o compromisso que muitos partidos políticos têm com a cultura da morte, atacando-nos em diversas frentes (destruição de embriões humanos, aprovação do aborto, do “casamento” gay, etc). Não é necessário dar mais munição ao inimigo; é fundamental que não coloquemos, entre os nossos representantes, pessoas contra as quais teremos que combater no futuro, que defenderão o contrário dos nossos interesses, que se utilizarão do voto do povo brasileiro para trabalhar na destruição do país.

A campanha consiste em tentar conseguir o compromisso do maior número possível de candidatos, para que defendam a vida e combatam a cultura da morte, nos moldes do “Termo de Compromisso” abaixo.

No site Brasil sem Aborto há material para divulgação da campanha. Reproduzo, abaixo, o email enviado pela presidente do movimento, a Dra. Lenise Garcia. E disponibilizo os dois documentos anexos dos quais ela fala, em .pdf, para download e divulgação.

Comunicado “Brasil Sem Aborto”
Termo de Compromisso

Aux armes!

* * *

Anexo: email recebido

Caros,

A campanha saiu com bastante atraso, por problemas de tempo nosso [com o assunto do STF entrando justamente agora também, junto com a Marcha e com isso…], técnicos e financeiros. Mas, finalmente, está no ar.

Peço que ajudem a divulgar, junto a candidatos pró-vida e depois junto aos eleitores. Envio, adaptada, a correspondência que foi enviada aos nossos comitês locais. Sintam-se à vontade para redistribuir.

Abraços,

Lenise

Seguem, anexo, o Termo de Compromisso e o Comunicado aos Partidos Políticos sobre a Campanha “Por um Município em Defesa da Vida – A VIDA depende do seu VOTO”.

O importante é que o maior nº possível de candidatos e candidatas aos cargos de vereador e prefeito tomem conhecimento desta campanha e os que quiserem dela participar terá que assinar o TERMO DE COMPROMISSO com o Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil Sem Aborto.

Os Termos de Compromissos assinados e com firma reconhecida deverão ser entregues ao Comitê Brasil Sem Aborto do Estado (se existir) ou enviados para a Sede Nacional do Movimento Brasil Sem Aborto, via fax, noº (61)32152626 (automático) e os originais permanecem com o Comitê Brasil Sem Aborto do Estado ou serem remetidos ao Comitê Nacional por correio. De posse destes termos de compromissos o nome do candidato com todos os dados serão colocados em nosso site e o próprio candidato deverá fazer a divulgação do site para que o eleitor saiba que ele assinou um compromisso de defender a vida – desde a concepção.

O “Comunicado aos Partidos Políticos” deve ser enviado o mais rápido possível e, dado a urgência do tempo, por email aos diretórios municipais de cada partido e Estaduais também se for possível. Os Diretórios Nacionais faremos aqui por Brasília.

Chamo a sua atenção para o fato de termos menos de 15 dias para a eleição que será no dia 05 de outubro. Por isso, urge fazermos tudo que é possível para a divulgação desta Campanha que é supra-partidária como é o Movimento Brasil Sem Aborto.

No site, no link download, têm as 4 peças desta campanha que poderão ser reproduzidas por vocês para tornar a campanha conhecida. Outras informações estão no site www.brasilsemaborto.com.br

Gratos pela sua atenção.

Drª Lenise Garcia
Presidente Nacional do
Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil Sem Aborto!

Jaime Ferreira Lopes
Vice-Presidente Nacional Executivo
Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil Sem Aborto!

(61)3345-0221 e (61)8117-9107

A perversão da infância

A Globo está retransmitindo, em Vale a Pena Ver de Novo, a novela “Mulheres Apaixonadas”. Descobri por acaso: passando por um ambiente onde havia uma televisão ligada, fui atraído pela música – da qual gosto – de Tom Jobim, “pela luz dos olhos teus”. O atrativo musical, no entanto, provocou-me estupor quando eu vi o que estava sendo exibido na televisão: uma jovem no seu quarto, em roupas íntimas, escolhendo um vestido. Olhei para o relógio: era perto das três horas da tarde.

Três horas da tarde, e uma senhorita de calcinha e soutien na televisão! A novela, quando foi exibida pela primeira vez (em 2003, segundo a wikipedia), só ia ao ar às nove horas da noite. Particularmente, considero que este tipo de censura de horário apresenta uma deficiência intrínseca, porque o que é imoral e contra os bons constumes não é para ser exibido em horário algum. No entanto, na atual conjuntura, é um mal menor que esse tipo de lixo fique restrito às horas mais avançadas da noite. Oras, pelo visto, nem esse cuidado nós temos mais, porque aquilo que era considerado inapropriado para a exibição “mais cedo” em 2003 é, hoje, exibido no meio da tarde, quando as crianças estão assistindo televisão!

Digam o que disserem, mas para mim é extremamente óbvio que a exposição de crianças a este tipo de estímulos inadequados à idade delas provoca efeitos extremamente deletérios. Um exemplo extremamente claro disso pode ser encontrado neste excremento que pretende ser uma publicação sobre educação (Cuidado! Conteúdo inadequado!), onde é citado um caso ocorrido em uma sala de aula. A menina – de oito anos – pergunta à professora: Professora, por que a minha [censurado] pisca quando vejo um homem e uma mulher se beijando na televisão?

Estes depravados que pervertem a inocência infantil deveriam ser presos, ao invés de ganharem destaque no cenário educacional com teorias estúpidas sobre “educação” para a sexualidade. O problema, no entanto, não se resume à pornografia nas escolas, porque a exposição da criança à depravação televisiva já desperta nela um interesse extemporâneo pela sua sexualidade, como nos mostra a citada reportagem da revista “Nova Escola”. Há outras coisas que apontam para a mesma dedução. Por exemplo, o fato de que a primeira menstruação das meninas vem cada vez mais cedo (embora esta reportagem negue o efeito do meio depravado ao qual são submetidas as crianças), o que é atestado inclusive pelo site do Governo Federal. Evidentemente, as meninas também fazem sexo cada vez mais cedo. E, sem dúvidas, a exibição de imoralidades como “Mulheres Apaixonadas” às três horas da tarde – esta novela, inclusive, é aquela que tem um casal de lésbicas – contribui para isso. Que os pais vigiem; a televisão não é mais inócua nem mesmo no meio da tarde.

Pobres de nós! Uma sociedade que defende a aberração anti-natural do homossexualismo (defendendo portanto também a descaracterização do ato sexual, que perde completa e intrinsecamente a sua finalidade procriativa), que promove o controle de natalidade, que legitima o aborto (assassinato de crianças indefesas) e que expõe seus futuros cidadãos à perversão desde a mais tenra infância, evidentemente não pode esperar para si senão um futuro sombrio. Um futuro que ninguém em sã consciência quer para os seus filhos. Que Deus tenha misericórdia de nós todos.

Bento XVI: Pio XII “não poupou esforços” para ajudar judeus

Hoje faz uma semana que foi aberto um simpósio em Roma sobre Pio XII, promovido pela Pave the Way Foundation. Na última quinta-feira, dia 19 de setembro, o Papa Bento XVI fez um pronunciamento no Simpósio – isto foi noticiado pelo YAHOO Notícias.

“Graças à vasta quantidade de material documentado que vocês reuniram, apoiados por muitos testemunhos avalizados, o seu simpósio oferece ao fórum público a possibilidade de saber mais plenamente o que Pio 12 conseguiu para os judeus perseguidos pelos regimes nazi-fascistas”, disse Bento 16.

“Depreende-se, então, que sempre que possível ele não poupou esforços em intervir em seu favor, seja diretamente ou por meio de instruções dadas a outros indivíduos ou a instituições da Igreja Católica”, acrescentou o pontífice aos participantes, que foram ouvi-lo em sua residência de verão ao sul de Roma.

E – isto não está na matéria do YAHOO, mas está no pronunciamento do Santo Padre – Bento XVI se referiu a Pio XII como Pastor Angélico:

The focus of your study has been the person and the tireless pastoral and humanitarian work of Pius XII, Pastor Angelicus. Fifty years have passed since his pious death here at Castel Gandolfo early on the ninth of October 1958, after a debilitating disease. This anniversary provides an important opportunity to deepen our knowledge of him, to meditate on his rich teaching and to analyze thoroughly his activities.
[O foco do vosso estudo foi a pessoa e o incansável trabalho pastoral e humanitário de Pio XII, Pastor Angelicus. Passaram-se cinqüenta anos desde a sua morte piedosa aqui, em Castelo Gandolfo, no início do dia 9 de outubro de 1958, após uma doença debilitante. Este aniversário oferece uma importante oportunidade de aprofundarmos o nosso conhecimento sobre ele, meditarmos sobre o seu rico ensinamento e analisarmos minuciosamente as suas atividades.]

Que este simpósio possa contribuir para que seja feita justiça à memória de um grande Príncipe da Igreja, o Servo de Deus Pio XII!

Sobre a tradução

Apesar de Jorge, em post publicado no dia 3 deste mês, ter dito que a tradução se daria em ritmo leve, achei que algum prazo talvez gerasse uma expectativa positiva. Encontramo-nos os três durante a Caminhada pela vida, ainda ontem. Gustavo deu-me garantia — embora a tenha dado a mim e não aos leitores — que a Introdução do “La vera storia dell’Inquisizione” sairia ao final do mês. Como é um prazo dado a um amigo deve ser considerado como uma estimativa. Sem embargo, podemos esperar a introdução para breve!

O primeiro capítulo — espero –, “Lo sfondo storico”, venha logo em seguida, se o bom Deus assim o permitir e as minhas provas e trabalhos marcados não atrapalharem de modo inesperado a tradução. Faço notar as intenções de Jorge de participar também da tradução, que assim terá não só quatro, mas seis mãos à obra, a despeito de apenas duas das quatro terem um verdadeiro conhecimento de italiano, e não são nem as minhas, nem as de Jorge. Graças a Deus, temos Gustavo de revisor!

Até breve!

Homossexualismo, aborto, eleições americanas

– A Arquidiocese da Paraíba divulgou uma contundente nota a respeito da posição da Igreja sobre as “uniões homo-afetivas”. Parabéns a Dom Aldo Pagotto, pela clareza na exposição da Doutrina da Igreja, sem se preocupar com o politicamente correto e sem medo da reação dos militantes gayzistas.

4. Sobre as uniões homo-afetivas, tanto o Estado quanto a Igreja, não reconhecem sua validade e legitimidade, equiparável à formação de uma Família, porquanto claudicam as condições essenciais para a sua finalidade, ou seja, a união fecunda do homem e da mulher, tal que sejam gerados filhos, seguidamente educados e adequadamente formados em ambiente familiar.

5. A respeito de pessoas de condições homo-afetivas, a Igreja entende a complexidade da fenomenologia, que se reveste de inúmeras formas ao longo dos séculos e das civilizações, em contextos culturais variáveis. Apoiando-se nas Sagradas Escrituras, pela Tradição, a Igreja sempre declarou que atos de homossexualismo são intrinsecamente desordenados, porquanto contrariam a lei e a ordem da natureza, pelo fato de fechar o ato afetivo-sexual à transmissão da vida. Não procedem, pois, à complementaridade efetiva e sexual verdadeira, e por isso em caso algum podem ser aprovados.

Camille Paglia, uma conhecida americana, feminista e militante pró-aborto, reconheceu que o aborto é assassinato e, mesmo assim, afirma defendê-lo! É incrível como as pessoas podem perder tão completamente o senso moral. Se, antes, os resquícios de consciência tendiam a mascarar a verdade sob mil máscaras e sofismas, agora parece que a consciência, sufocada e calada, enfim morreu por completo e esta senhora pode afirmar sem rodeios que defende o assassinato de seres humanos indefesos. Se isso não é o fundo do poço, eu tenho medo de até onde nós seremos capazes de ir.

Num artigo sobre a nova candidata republicana a vice-presidente nos Estados Unidos, uma feminista famosa Camille Paglia admite que, assim como a candidata, ela também acredita que o aborto envolve o assassinato de uma vida inocente. Mas ao contrário de Palin, Camille Paglia diz que é uma firme defensora do aborto.

– O Google havia se recusado a vender espaço publicitário na internet para grupos anti-aborto; incrível! É, sem dúvidas, politicamente incorreto ser católico hoje em dia, já que não temos direito nem mesmo de pagar pelos serviços do maior site de buscas do mundo. O Instituto Cristão foi aos tribunais contra o google e ganhou. Os maiores discriminados deste século são os católicos, indiscutivelmente.

O maior site de busca na internet havia recusado servir de montra para a campanha liderada pelos grupos católicos pró-vida. Concretamente, recusou publicar um anúncio intitulado: “Lei do aborto no Reino Unido: Principais pontos de vista e notícias sobre o direito ao aborto na perspectiva do Instituto Cristão “.

Inconformado, o Instituto Cristão (IC) interpôs uma acção contra o Google, tendo o tribunal decidido a favor dos grupos religiosos, anunciou ontem o Times online. O Google foi condenado, ao abrigo da Lei sobre a Igualdade de 2006 – que terá infringido – e foi obrigado a rever a posição.

– Quem conhece Barack Obama? Alguém tomou conhecimento destes dados biográficos do candidato à presidência americana? Alguém soube da apresentação de documentação forjada em sua campanha eleitoral? E da satisfação que o Islam terrorista tem com a sua candidatura? E a FOLHA anuncia que o democrata está na frente do seu adversário…

Caminhada pela vida – a repercussão

Tive duas surpresas hoje, nos jornais de Recife, com relação à maneira como foi abordada a II Caminhada Arquidiocesena pela vida, que aconteceu na manhã de ontem, em Boa Viagem. Uma boa surpresa, e outra ruim.

A desagradável surpresa foi encontrar, no Diário de Pernambuco, uma matéria ridícula e falseada sobre o evento que atraiu milhares de católicos para as ruas da cidade ontem, a fim de defender a inviolabilidade da vida humana. Dizendo que o evento “aconteceu em todo o país” (sinceramente, para mim é novidade) e publicando impressões negativas a fim de induzir os leitores a acreditarem que a caminhada foi um fracasso (“Protesto não conseguiu chamar a atenção da população para a causa”, e “Em uma hora de evento, o voluntário e simpatizante da causa, André Gustavo Roodrigues (sic) havia conseguido apenas quatro assinaturas, sendo uma dele”), a reportagem é de uma parcialidade inacreditável.

Entre os internautas que comentaram a notícia – até o presente momento, todos condenando a reportagem tendenciosa -,  podemos encontrar:

– “A materia foi muito infeliz em não passar a verdade. As assinaturas que estavam sendo colhidas, foi por um grupo que luta para ter uma radio catolica em nosso estado. A coleta de assinaturas não tem nada haver, com o aborto ou pesquisa de celulas troncos. Antes de publicar uma materia, o jornalista tem que saber exatamente para não sair falando errado.” Dinaldo Vieira de Melo Neto

– “Gostaria de saber se estão terceirizando as matérias a serem publicadas por este jornal de grande circulação em nosso estado,pois a matéria só traz inverdades. Primeiro, o evento trouxe cinco trios elétricos tocando música católica e animando o povo. Segundo,a coleta de assinaturas era para a luta de termos uma rádio católica em nosso estado. Terceiro, porque não ouviram também a Comissão que organizou o evento,se ouviu, por que não publicou a fala deles? Parece até que apenas o fotógrafo foi ,tirou fotos e o jornalista “pescou” informações de outras pessoas( como na brincadeira do telefone sem fio,que ao final sai tudo errado)ou pesquisou em outros sites. Peço que tenham mais respeito pelos seus leitores,trazendo informações verdadeiras e não apenas o que ouviram falar,que realmente procurem ouvir a população, a organização do evento e NÂO PUBLIQUEM SUA OPINIÂO.” Rosangela Cunha

– “Admiro a pouca importância que um jornal como o Diário vem a dar a um evento como esse que visa a proteção da vida humana que nos dia atuais vem sendo tão banalizada.Desprezível a atitude do jornal em não publicar a verdade. Ricardo Melo” Ricardo Melo

A surpresa agradável, por outro lado, foi ver que a Folha de Pernambuco publicou uma matéria muito melhor do que as que foram publicadas pelos jornais concorrentes. Com a manchete de “Caminhada pela Vida atrai 15 mil católicos”, a reportagem apurou que, “segundo estimativas da Polícia Militar (PM), cerca de 15 mil pessoas fizeram parte da manifestação cristã, triplicando o número de pessoas que participaram da caminhada no ano passado”. Foi o único jornal a fornecer uma estimativa de público. A Folha também entrevistou participantes da caminhada e publicou as suas falas. Informou ainda que, “apesar das 15 mil pessoas aglomeradas e agitadas, cantando por Cristo, nenhum caso de tumulto ou briga foi registrado pela PM”.

Os crismandos da Paróquia das Graças também publicaram no seu BLOG algumas fotos do evento, ao qual eles estiveram presentes. Vale a pena dar uma olhada.

P.S.: Cometi uma injustiça: o Jornal do Commercio também noticiou a caminhada católica, ontem à noite. E também apresentou uma estimativa de público: “[a] estimativa da organização é que pelo menos 10 mil pessoas passaram pela avenida”. O “detalhe” (que provocou o meu engano) é que esta matéria não foi publicada na versão impressa do jornal

P.S. 2: Também o Pe 360 graus também noticiou e, embora eu não tenha assistido, soube que foi veiculada uma reportagem no Bom Dia Pernambuco (da Rede Globo local) esta manhã.

II Caminhada pela vida – Recife

Aconteceu hoje pela manhã, na orla da praia de Boa Viagem, a II Caminhada Arquidiocesana pela vida, na qual estive presente. Mesmo com o sol a pino, enfrentamos o calor e o cansaço para proclamar em alta voz o SIM À VIDA – também estampado nas camisas do evento. A caminhada serve também como preparação para a Semana Nacional da Vida, que se inicia em outubro.

Fiquei feliz com o resultado do evento; oportunidade ímpar de encontrar pessoas dos mais diversos lugares da cidade, de diversas paróquias, grupos e movimentos, reunidas à beira da praia com o objetivo comum de defender a vida humana e protestar contra todas as formas de violência injusta contra ela – em particular, CONTRA O ABORTO. Homens e mulheres, velhos e jovens, religiosos, sacerdotes e leigos, todos juntos nas ruas de Recife para defender a inviolabilidade da vida humana, desde a concepção até a morte natural.

Até o presente momento, só quem noticiou a caminhada foi o Jornal do Commercio – e, mesmo assim, usando uma frase ridícula (“Um grupo de católicos está na a (sic) Avenida Boa Viagem”), que não deixa entrever (ao contrário, esconde) a magnitude da caminhada.

Preciso comprar uma câmera digital. Por enquanto, tenho algumas fotos tiradas no celular, que coloquei no PICASA. Dá para ter uma idéia do que foi a caminhada. E estou no aguardo de outras fotos, que outras pessoas tiraram ao longo da manhã – assim que tiver acesso a elas, coloco-as aqui.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida,
livrai o Brasil da maldição do aborto!

Santa Gianna Beretta Molla,
rogai por nós!