O Anjo

O Anjo

Bem lembro-me de ti, na outra montanha,
Aonde o velho Abraão subiu contrito,
Levando o filho atado qual cabrito
A ser assado em sua própria banha…

Bem me lembro de ti e do teu grito
Congelando o cutelo e sua sanha…
E a alegria do velho foi tamanha
Que iluminou as nuvens no infinito!

E agora, mensageiro, que nos trazes?
Por que motivo, agora, tu não fazes
O mesmo que fizeste em Moriá?

Pronto a voltar ao céu na luz de um raio,
O anjo disse: – “Da outra vez foi ensaio…
Mas, desta vez, o filho morrerá!”

Antonio Santini

Encerramento da audiência pública do STF

Chegou ao fim, agora no início da tarde, o quarto e último dia das audiências públicas promovidas pelo Supremo Tribunal Federal para a discussão sobre o aborto de anencéfalos. Ao final desta série de audiências, ficamos com a incômoda impressão de que nada mudou.

Entre os argumentos dos defensores da eugenia, nada de novo. Hoje, tivemos quatro intervenções. A dra. Elizabeth Kipman Cerqueira, como já foi registrado aqui, foi bastante feliz no seu discurso; teve a honra de ser a única voz levantada em defesa das crianças deficientes no dia de hoje.

No mais, as mesmas coisas. Uma socióloga chamada Eleonora Menecucci de Oliveira disse que impedir a mãe de assassinar o seu filho era impôr-lhe “um segundo sofrimento”, acrescentado ao diagnóstico da doença. Um psiquiatra chamado Talvane Marins de Moraes disse a mesma coisa, ao falar que proibir o assassinato era “como se o Estado estivesse promovendo a tortura em uma mulher”. A ministra Nilcéia Freire tagarelou um bocado sobre os supostos “direitos das mulheres” de matar os próprios filhos. Resumindo, apenas apelos emocionais e figuras retóricas vazias. Dignas de notas, só algumas coisas.

Primum, a socióloga jogou a ONU na conversa:

Eleonora citou o caso de uma jovem peruana que, diante da negativa do Estado em concedê-la o direito de abortar um feto anencéfalo, recorreu à Organização das Nações Unidas em 2005. A resposta do Comitê de Direitos Humanos foi no sentido de reconhecer o direito de opção da mãe. “O Comitê considerou que a impossibilidade de interromper gerou sofrimento excessivo à jovem”, informou. Em 1996, o comitê já havia considerado como “desumana” a tipificação do aborto de anencéfalos como crime.

Oras, que a ONU é abortista, todo mundo já sabe. Além do mais, esta ingerência de organismos terroristas internacionais em assuntos internos de cada país é vergonhosa e já ultrapassou todos os limites do tolerável. O que a ONU considera ou deixa de considerar não tem relevância alguma num debate para o qual foi convocada a sociedade brasileira, e não as Nações Unidas. Sem contar que a ONU é promotora não só do aborto de anencéfalos, mas de todo e qualquer tipo de aborto.

Secundum, o discurso da ministra da Secretaria Especial de Políticas para as mulheres é genérico o suficiente para abranger o “direito” a qualquer tipo de aborto, e não só o aborto dos anencéfalos:

O que o Conselho defende, de acordo com ela, é que a mulher seja vista como sujeito de direito em quaisquer circunstâncias e, portanto, seja respeitada como tal […] [e também] luta pela garantia de que qualquer procedimento, decisão ou nível de assistência às mulheres seja garantido a todas elas.

[…]

Ela lembrou que a América Latina e o Brasil já se comprometeram em tratados internacionais como na convenção de eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher e também na convenção de Belém do Pará, “que veio para punir e erradicar toda forma de violência contra as mulheres, entendendo como violência qualquer procedimento que cause sofrimento psíquico ou físico a qualquer mulher”.

Direito em quaisquer circunstâncias, garantia de qualquer decisão, violência definida como qualquer procedimento que cause sofrimento psíquico ou físico! Isto é claramente um discurso abortista no seu sentido mais amplo. Claro está que os defensores pervertidos do assassínio de crianças com amparo estatal estão se aproveitando da discussão para defenderem subrepticiamente as suas ideologias homicidas. Claro está que, se estes argumentos forem verdadeiros para justificar o assassinato de crianças anencéfalas indefesas, o assassinato de crianças saudáveis estará igualmente justificado por se enquadrar nos exatos mesmos argumentos.

Tertium, os números discrepantes dos abortistas mostram que eles não estão nem aí para a veracidade das informações que transmitem:

  • 75% dos fetos [anencéfalos] morrem dentro do útero” [Talvane de Moraes].
  • “a anencefalia é letal em 100% dos casos, sendo que 50% morrem durante a gravidez” [Luis Barroso].

E aí? A cada quatro bebês anencéfalos, nascem dois ou nasce apenas um? Na verdade, isto não faz a mínima diferença para os abortistas, pois o que os move é a sanha assassina, e não um conjunto de convicções racionais. En passant, este número também não faz diferença para os defensores da vida humana, porque, ainda que somente um em cada 100 anencéfalos nascesse vivo, este único não poderia ser assassinado. Estamos discutindo princípios éticos, e não pragmatismos estatísticos.

Por fim, da entrevista que o min. Marco Aurélio concedeu após o final da audiência pública, vale destacar:

Ele disse que o processo esteve parado por quatro anos com a finalidade de aguardar um momento propício para a realização da audiência pública.

O que o ministro chama de “momento propício” é a conjunção de dois fatores: os precedentes que foram abertos pelo STF quando foi permitida a destruição de embriões humanos, e o falecimento da anencéfala Marcela de Jesus Ferreira. O ministro, descaradamente, diz que a audiência pública (que, supostamente, deveria ser isenta e serviria para ouvir a posição da sociedade sobre o assunto) só foi realizada quando a situação era propícia para os abortistas. Uma tamanha parcialidade é de provocar náuseas. Aguardemos o desfecho da tragédia. E que Nossa Senhora da Conceição Aparecida proteja o Brasil.

STF – Audiência Pública

De acordo com o portal de notícias do dia do Supremo Tribunal Federal, começou às 08:55 “a última etapa da audiência pública que discute a possibilidade de antecipação de parto de fetos anencéfalos”. A dra. Elizabeth Kipman Cerqueira fez uma bela intervenção:

Ela começou sua apresentação lembrando que diversos especialistas que se apresentaram na audiência afirmaram que dentro do útero não é possível determinar a morte encefálica. “Quem afirma isso está passando por cima de critérios científicos”, afirmou.

[…]

Para a médica, a mãe sofre risco durante a gravidez, mas o risco maior é na antecipação do parto, que na verdade é um trabalho de parto prolongado de três a onze dias de internação e que pode causar ruptura interina e infecção. De acordo com ela, no caso de manter a gravidez, os problemas são 100% resolvidos, enquanto nas complicações da antecipação do parto as seqüelas são permanentes para a vida da mulher.

[…]

“É mais possível que uma mãe que faça aborto sinta remorso e arrependimento, mas a mãe que leva a gravidez até o fim, ou até a morte espontânea, ela não vai ter remorso de ter feito o que pôde enquanto pôde”, afirmou Elizabeth.

Simpósio sobre Pio XII

Foi aberto ontem, em Roma, um Simpósio Internacional sobre Pio XII, como noticia ZENIT e já havia sido comentado aqui. É para nós motivo de grande alegria ver que, às vésperas do cinquentenário da morte do Santo Padre Pio XII, as pessoas estão preocupadas em reparar a Justiça e trabalhar para, no que for possível, restaurar a imagem de um homem que foi tão duramente caluniado nas últimas décadas.

Krupp contou que ele e sua mulher Meredith estavam totalmente convencidos de que Pio XII e a Igreja Católica eram anti-semitas e colaboradores dos nazistas. Mas o encontro com algumas das testemunhas daqueles anos lhes abriu os olhos.

E quantos não são os que, ainda hoje, estão totalmente convencidos da omissão da Igreja Católica diante do Holocausto da Segunda Grande Guerra? Nós estamos falando de fatos históricos que se deram há sessenta anos, dos quais podemos (ainda) encontrar até mesmo testemunhas oculares. Por quê, afinal, a calúnia consegue sobrepujar tão enormemente a verdade?

A PTWF (Pave The Way Foundation – fundação americana que está promovendo o simpósio sobre Pio XII em Roma) disponibilizou uma farta documentação sobre o evento. Tem os palestrantes, a programação, e muitos documentos que serão apresentados durante o simpósio. Entre muitas coisas interessantes que podemos encontrar lá (recomendo enfaticamente o download do arquivo .pdf), há pronunciamentos do Papa, jornais da época, testemunhos de pessoas envolvidas (tudo reproduzido em fac-similes e fotografias) e – preciosíssimo! – exemplos de propaganda nazista contra o Papa, como as imagens a seguir (retiradas todas da documentação linkada acima):

Importa que a Verdade venha a lume, e um dos papas mais caluniados dos últimos tempos possa ter, enfim, um estudo minucioso sobre o seu pontificado. A Igreja é a Luz das Nações, e sempre continuou a sê-lo, mesmo durante os negros anos da Guerra na Europa. Agradeçamos a Deus por este Simpósio realizado, e esforcemo-nos para o fazer conhecido, a fim de reparar uma grande injustiça. E, cinqüenta anos após a morte do Santo Padre Pio XII, que ele possa ser conhecido sob a ótica de historiadores sérios, e não dos seus detratores.

Miscellaneous

Amanhã é a última audiência do Supremo Tribunal Federal sobre o assassinato eugênico de crianças deficientes no ventre de suas mães. De acordo com o que está agendado no site de notícias do Supremo, irão falar ainda:

16 de setembro de 2008

1. Dra. ELIZABETH KIPMAN CERQUEIRA
Titulo de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Professora Adjunta por 2 anos na Faculdade de Ciência Médicas da Santa Casa de São Paulo, Secretária de Saúde do Município de Jacareí por 4 anos, Co-fundadora do Hospital e Maternidade São Francisco de Assis em Jacareí onde foi Diretora Clínica por 6 anos, Gerente de Qualidade do Hospital São Francisco, Diretora do Centro Interdisciplinar de Estudos Bioéticos do Hospital São Francisco, CPF: 422 080 098 00, RG 2 561 108, CRM-SP: 14 064.

2. CONECTAS DIREITOS HUMANOS E CENTRO DE DIREITOS HUMANOS
Representante: ELEONORA MENECUCCI DE OLIVEIRA
Socióloga, Professora Titular do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo, Coordenadora da Casa da Saúde da Mulher Prof. Domingos Deláscio, Relatora Nacional pelo Direito Humano à Saúde da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos Sociais e Culturais/ Organização das Nações Unidas no período de 2002 a 2004.

3. CONSELHO NACIONAL DE DIREITOS DA MULHER
Representante: MINISTRA NILCÉIA FREIRE, Presidente do Conselho Nacional de Direitos da Mulher

4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA
Representante: DR. TALVANE MARINS DE MORAES, médico especializado em Psiquiatria Forense; Livre-docente e Doutor em Psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Professor da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro – EMERJ (Cadeira de Psiquiatria Forense); Especialista em Medicina Legal e em Psiquiatria pela Associação Médica Brasileira; Membro de duas Câmaras Técnicas do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro – CREMERJ -, a saber: Perícia Médica e Medicina Legal.

Rezemos.

* * *

Não há argumentos religiosos por parte dos que defendem a inviolabilidade da vida das crianças deficientes. Os únicos que invocam questões religiosas são os partidários da eugenia. Isto precisa ser denunciado claramente. Veja-se, por exemplo, este belíssimo artigo de um religioso – Dom Odilo Scherer, cardeal-arcebispo de São Paulo – publicado no ESTADÃO no último sábado:

Fico feliz quando vejo a posição da Igreja Católica associada à defesa da estrita inviolabilidade da vida humana, mesmo ainda não nascida. Que isso fique registrado para o futuro. Mas aqui não se trata de defender um interesse da Igreja: a proteção da vida humana inocente e indefesa deveria interessar a todos, acima de concepções religiosas ou ideológicas; é questão de humanidade, não apenas de religião. Também por isso a postura da Igreja Católica não se fundamenta somente no seu pensamento religioso e suas convicções não se chocam necessariamente com o bom direito ou a ciência, nem estão fechadas para valores universais, compartilhados também com outros grupos religiosos e mesmo com ateus. Na defesa da vida não se deveria cair no ardil de contrapor argumentos de “religiosos” e de “não-religiosos”; a desqualificação imediata do interlocutor “religioso” poderia ser discriminação religiosa.

Importa defender a vida, desde a concepção até a morte natural. Esta é a posição da Igreja Católica. Mas não é uma posição religiosa. Alhos não têm nada a ver com bugalhos.

* * *

Não tinha visto ainda, mas o prof. Felipe Aquino fez uma bonita coletânea de mensagens do Papa Bento XVI aos jovens, por ocasião da última Jornada Mundial da Juventude. Vale a pena ler. Em particular:

20. “A sociedade contemporânea passa por um processo de fragmentação devido a uma forma de pensar que é, por sua natureza, de curto alcance porque deixa de lado o horizonte completo da verdade, verdade relativa a Deus e a nós. Por sua mesma natureza, o relativismo não consegue ver o quadro inteiro. Ignora os princípios que nos fazem capazes de viver e crescer na unidade, na ordem e a harmonia”.

Viva o Papa!

* * *

Uma atriz italiana mandou o Papa pro inferno e pode ser processada. O motivo? Protestar contra umas leis aprovadas para a educação (que, sinceramente, eu nem sei o que tem a ver com o Sumo Pontífice). O Sucessor de Pedro incomoda profundamente. Mas acho bom que os inimigos da Igreja estejam saindo das trevas e destilando o seu veneno ao sol do meio-dia.

Rezemos pelo Doce Cristo na Terra.

Nossa Senhora das Dores

Como era certa aquela intuição da bela figura espiritual francesa de Dom Jean-Baptiste Chautard, aquele que na “Alma de todo Apostolado” oferecia ao fervoroso cristão freqüentes encontros de olhar com a Virgem Maria! Sim, procurar o sorriso da Virgem Maria não é mais um piedoso infantilismo. É uma inspiração, diz o Salmo 44, daqueles que são ‘os mais ricos do povo’. Os ‘mais ricos’, entende-se, na ordem da fé, são aqueles que têm a maturidade espiritual mais elevada e sabem, por isso, reconhecer suas fragilidades e sua pobreza diante de Deus. Naquela manifestação muito simples de ternura que é o sorriso, percebemos que a nossa única riqueza é o amor que Deus tem por nós, e que passa através do coração daquela que se tornou nossa Mãe. Procurar este sorriso significa antes de tudo colher a gratuidade do amor; significa também saber suscitar este sorriso com o nosso compromisso em viver segundo a palavra de seu Filho predileto, assim como a criança tenta suscitar o sorriso da mãe, fazendo aquilo que ela gosta. E nós sabemos aquilo de que Maria gosta, graças às palavras que ela mesma dirigiu aos servos de Caná: “Façam aquilo que Ele vos disser”.
[Homilia do Papa na missa com os enfermos,
15 de setembro de 2008
Festa de Nossa Senhora das Dores
]

Após celebrarmos ontem a festa da Exaltação da Santa Cruz, hoje a Igreja celebra as Sete Dores de Maria Santíssima. A Cruz do Senhor, as Dores de Sua Mãe Imaculada. Uma bela seqüência litúrgica, que une o instrumento da nossa Redenção ao sacrifício Co-Redentor d’Aquela que soube unir as Suas Dores à Dor do Seu Divino Filho, em favor de nós.

Por quê, afinal, exaltar a Santa Cruz? Porque a Cruz é o sinal do cristão, e Cristo Crucificado nos ensinou, no alto do Calvário, o valor do sofrimento: fomos curados graças às Suas chagas (Is 53, 5). E por quê, ainda, relembrarmos as Dores de Maria Santíssima? Porque Aquela que Se conformou perfeitamente à vontade do Seu Divino Filho é-Lhe imitadora em tudo – de maneira particularíssima, na Dor. Devemos seguir os passos de Cristo junto com Sua Mãe Dolorosa. Devemos tomar a nossa Cruz a cada dia e seguir Jesus (cf. Mc 8, 34); e a Virgem, Mater Dolorosa, é a primeira a nos ensinar isso com o Seu exemplo. Neste Vale de Lágrimas, chora a Virgem, não pelos próprios pecados, mas pelos pecados dos Seus filhos; a Virgem penitente faz penitência não por Si própria – pois não tem necessidade – mas por aqueles que Ela ama maternalmente. Não conhecemos o suficiente o valor dos sofrimentos desta Senhora Imaculada em nosso favor! Somos duplamente ingratos, esquecendo-nos da Cruz de Cristo ontem exaltada e menosprezando as lágrimas da Virgem hoje vertidas por nós. Maria abraçou com prontidão a Cruz de Jesus Cristo e assumiu sem pestanejar as dores do Seu Filho, embora não tivesse pecados para Se penitenciar; e nós, que temos tantas faltas e tão grandes culpas, com que dificuldade fazemos penitência em nosso favor! Olhemos para a Virgem das Dores; que o amor desta Boa Mãe pelas nossas almas possa fazer com que as valorizemos mais. E que, pela intercessão de Nossa Senhora das Dores, nós possamos, seguindo os passos de Cristo até o Calvário, alcançarmos um dia a Bem-Aventurança Eterna à qual Ele nos chama. Amen.

* * *

Rezemos:

Litaniae Dominae nostrae Dolorum

Kyrie, eleison.
R. Christe, eleison.

Kyrie, eleison.
Christe, audi nos.
R. Christe, exaudi nos.

Pater de caelis, Deus,
R. miserere nobis.

Fili, Redemptor mundi, Deus,
R. miserere nobis.

Spiritus Sancte Deus,
R. miserere nobis.

Sancta Trinitas, unus Deus,
R. miserere nobis.

Sancta Maria,
R. ora pro nobis.

Sancta Dei Genetrix,
R. ora pro nobis.

Sancta Virgo virginum,
R. ora pro nobis.

Mater crucifixa,
R. ora pro nobis.

Mater dolorosa,
R. ora pro nobis.

Mater lacrimosa,
R. ora pro nobis.

Mater afflicta,
R. ora pro nobis.

Mater derelicta,
R. ora pro nobis.

Mater desolata,
R. ora pro nobis.

Mater filio orbata,
R. ora pro nobis.

Mater gladio transverberata,
R. ora pro nobis.

Mater aerumnis confecta,
R. ora pro nobis.

Mater angustiis repleta,
R. ora pro nobis.

Mater cruci corde affixa,
R. ora pro nobis.

Mater maestissima,
R. ora pro nobis.

Fons lacrimarum,
R. ora pro nobis.

Cumulus passionum,
R. ora pro nobis.

Speculum patientiae,
R. ora pro nobis.

Rupes constantiae,
R. ora pro nobis.

Ancora confidentiae,
R. ora pro nobis.

Refugium derelictorum,
R. ora pro nobis.

Clipeus oppressorum,
R. ora pro nobis.

Debellatrix incredulorum,
R. ora pro nobis.

Solatium miserorum,
R. ora pro nobis.

Medicina languentium,
R. ora pro nobis.

Fortitudo debilium,
R. ora pro nobis.

Portus naufragantium,
R. ora pro nobis.

Sedatio procellarum,
R. ora pro nobis.

Recursus maerentum,
R. ora pro nobis.

Terror insidiantium,
R. ora pro nobis.

Thesaurus fidelium,
R. ora pro nobis.

Oculus Prophetarum,
R. ora pro nobis.

Baculus Apostolorum,
R. ora pro nobis.

Corona Martyrum,
R. ora pro nobis.

Lumen Confessorum,
R. ora pro nobis.

Margarita Virginum,
R. ora pro nobis.

Consolatio Viduarum,
R. ora pro nobis.

Laetitia Sanctorum omnium,
R. ora pro nobis.

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
R. parce nobis, Iesu.

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
R. exaudi nobis, Iesu.

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
R. miserere nobis, Iesu.

Respice super nos, libera nos, salva nos ab omnibus angustiis in virtute Iesu Christi. Amen.

Scribe, Domina, vulnera tua in corde meo, ut in eis legam dolorem et amorem: dolorem, ad sustinendum per te omnem dolorem: amorem, ad contemnendum per te omnem amorem.

Credo.

Salve Regina.

Ave Maria.

Ave Maria.

Ave Maria.

Passando as últimas notícias…

Morreram sete evangélicos num acidente de ônibus ocorrido no último sábado, no interior de Pernambuco. Alguns membros da “2ª Igreja Batista em Casa Amarela” estavam num ônibus que capotou três vezes após tentar desviar de um animal na pista. Das 31 pessoas que estavam no ônibus, sete morreram e vinte e dois ficaram feridos. A tragédia provocou comoção em Recife. Que a Virgem Maria possa ser em favor daqueles que partiram e – assim esperamos – nesta vida não A conheceram e, de reta intenção, não abraçaram a Fé Católica e Apostólica guardada pela Igreja. E que a dor seja salutar motivo de conversão para os que ficam.

* * *

Os times pernambucanos fizeram bonito no Campeonato Brasileiro: o Sport venceu de 5 x 0 e, o Náutico, de 3 x 1. A alegria dos torcedores pernambucanos fez com que a VII Parada da Vergonha Gay (ocorrida ontem em Boa Viagem) perdesse o destaque na capa dos três maiores jornais da cidade. Deo Gratias.

* * *

A Vigilância Sanitária não deixou o dr. Fritz continuar realizando as suas cirurgias em Pernambuco. No entanto, o advogado do médium entrou com um requerimento para que o seu cliente continue realizando os “atendimentos” na cidade (que já vinham desde o dia 31 de agosto e já “beneficiaram” mais de 10.000 pessoas).

* * *

Domingo próximo, dia 21 de setembro, acontece a Caminhada pela Vida, em Recife, com concentração a partir das 09h na Pracinha de Boa Viagem, para protestar contra a cultura da morte que está sendo implantada a ferro e fogo no nosso país. É um evento que não tem divulgação NENHUMA na grande mídia da cidade. Para a Parada Gay citada acima, a prefeitura disponibilizou pelo menos R$ 40.000, além de toda a infra-estrutura utilizada (palcos para o show, banheiros públicos, etc); para a nossa caminhada, conseguimos somente “autorização” para fazê-la e um carro de som.

* * *

Lembram do candidato [petista] a prefeito que não tinha plano de governo? Agora, ele já tem:

– Promover a incorporação dos direitos sexuais e reprodutivos no conceito de Direitos Humanos, aplicando-a às políticas públicas;

– Garantir que a política educacional incorpore obrigatoriamente, a partir da educação infantil, a formação em gênero, livre orientação sexual, raça, etnia, direitos sexuais e direitos reprodutivos, promovendo e desenvolvendo uma educação não-sexista, não-homofóbica, não-lesbofóbica (sic!!), anti-racista e laica para toda a comunidade escolar;

Ê, desgraça. A grande obra vai continuar!

Fim da viagem do Santo Padre

Senhor Primeiro Ministro, Irmãos Bispos e caros amigos, que Deus abençoe a França! (…) É chegado o momento de partir. Poderei voltar novamente ao vosso belo país? É o meu desejo, um desejo que, no entanto, confio a Deus. De Roma vós continuareis próximos e, quando eu estiver diante da réplica da Gruta de Lourdes, que há mais de um século se encontra nos Jardins Vaticanos, pensarei em vós. Que Deus vos abençoe!
[Cerimonia di congedo, lunedì 15 settembre 2008]

Hoje, dia 15 de setembro, findou a viagem apostólica do Santo Padre à França. A cobertura completa está no (que eu acredito ser o) site oficial da visita do papa, em francês. Unamo-nos à intenção do Santo Padre: que Deus abençoe a França. E que a viagem possa ser proveitosa para toda a Igreja. Que a Virgem de Lourdes possa alcançar, do Seu Filho Jesus, muitas graças para todo o povo de Deus.

Bento XVI e a Conferência Francesa

Do discurso do Santo Padre de ontem aos lobos mitrados à Conferência Episcopal Francesa, domingo dia 14 de setembro de 2008, festa de exaltação da Santa Cruz e primeiro aniversário da entrada em vigor do motu proprio Summorum Pontificum (negritos e sublinhados meus):

El pueblo cristiano debe teneros afecto y respeto. La tradición cristiana ha hecho hincapié desde el principio en este punto: «Los que son de Dios y de Jesucristo, están con el Obispo», decía san Ignacio de Antioquía (Ad Phil., 3,2), que añadía también: «A quien el dueño de la casa haya mandado para la administración de la casa, hay que recibirlo como al que lo ha mandado (Ad Ef. 6, 1). Vuestra misión, espiritual sobre todo, consiste, pues, en crear las condiciones necesarias para que los fieles, citando de nuevo a san Ignacio, puedan «cantar al unísono por Jesucristo un himno al Padre» (ibíd., 4, 2) y hacer así de su vida una ofrenda a Dios.

[…]

Sí, queridos Hermanos en el Episcopado, seguid llamando al sacerdocio y a la vida religiosa, como Pedro echó las redes por orden del Maestro, tras pasar una noche de pesca sin obtener nada (cf. Lc 5,5).

Nunca se repetirá bastante que el sacerdocio es esencial para la Iglesia, por el bien mismo del laicado. Los sacerdotes son un don de Dios para la Iglesia. No pueden delegar sus funciones a los fieles en lo que se refiere a las misiones que les son propias. Queridos Hermanos en el Episcopado, os invito a seguir solícitos para ayudar a vuestros sacerdotes a vivir en íntima unión con Cristo. Su vida espiritual es el fundamento de su vida apostólica. Exhortadles con dulzura a la oración cotidiana y a la celebración digna de los sacramentos, especialmente de la Eucaristía y la Reconciliación, como lo hacía San Francisco de Sales con sus sacerdotes. Todo sacerdote debe poder sentirse dichoso de servir a la Iglesia. A ejemplo del cura de Ars, hijo de vuestra tierra y patrono de todos los párrocos del mundo, no dejéis de reiterar que un hombre no puede hacer nada más grande que dar a los fieles el cuerpo y la sangre de Cristo, y perdonar los pecados. Tratad de estar atentos a su formación humana, intelectual y espiritual, y a sus recursos para vivir. Pese a la carga de vuestras gravosas ocupaciones, intentad encontraros con ellos regularmente, sabiéndolos acoger como hermanos y amigos (cf. Lumen gentium, 28; Christus Dominus, 16). Los sacerdotes necesitan vuestro afecto, vuestro aliento y solicitud. Estad a su lado y tened una atención especial con los que están en dificultad, los enfermos o de edad avanzada (cf. Christus Dominus, 16). No olvidéis que, como dice el Concilio Vaticano II usando una espléndida expresión de san Ignacio de Antioquía a los Magnesios, son «la corona espiritual del Obispo» (Lumen gentium, 41).

El culto litúrgico es la expresión suprema de la vida sacerdotal y episcopal, como también de la enseñanza catequética. Queridos Hermanos, vuestro oficio de santificar a los fieles es esencial para el crecimiento de la Iglesia. Me he sentido impulsado a precisar en el “Motu proprio” Summorum Pontificum las condiciones para ejercer esta responsabilidad por lo que respecta a la posibilidad de utilizar tanto el misal del Beato Juan XXIII (1962) como el del Papa Pablo VI (1970). Ya se han dejado ver los frutos de estas nuevas disposiciones, y espero el necesario apaciguamiento de los espíritus que, gracias a Dios, se está produciendo. Tengo en cuenta las dificultades que encontráis, pero no me cabe la menor duda de que podéis llegar, en un tiempo razonable, a soluciones satisfactorias para todos, para que la túnica inconsútil de Cristo no se desgarre todavía más. Nadie está de más en la Iglesia. Todos, sin excepción, han de poder sentirse en ella “como en su casa”, y nunca rechazados. Dios, que ama a todos los hombres y no quiere que ninguno se pierda, nos confía esta misión haciéndonos Pastores de su grey. Sólo nos queda darle gracias por el honor y la confianza que Él nos otorga. Por tanto, esforcémonos por ser siempre servidores de la unidad.

[…]

Queridos Hermanos en el Episcopado, con alegría y emoción os encomiendo a Nuestra Señora de Lourdes y a Santa Bernadette. El poder de Dios se ha manifestado siempre en la debilidad. El Espíritu Santo ha lavado siempre la suciedad, regado lo árido, enderezado lo torcido. Cristo Salvador, que ha tenido a bien convertirnos en instrumentos para transmitir su amor a los hombres, nunca dejará de haceros crecer en la fe, la esperanza y la caridad, para daros el gozo de llevar a Él un número creciente de hombres y mujeres de nuestro tiempo. A la vez que os confío a su fuerza de Redentor, os imparto a todos y de corazón una afectuosa Bendición Apostólica.

Comento eu: que despedida mais apropriada! Aludir, falando à Conferência Episcopal Francesa, ao Deus que é a solução para toda debilidade, sujeira, aridez e coisas tortas caiu como uma luva!

Ave, Crux Sancta, Virtus Nostra!

Na festa de Exaltação da Santa Cruz, cantemos louvores ao lenho do qual pendeu a Salvação do Mundo!

* * *

Ave, crux sancta, virtus nostra

Ave, crux sancta, virtus nostra.
Ave, crux adoranda, laus et gloria nostra.
Ave, crux, auxilium et refugium nostrum.
Ave, crux, consolatio omnium moerentium;
Salve, crux, victoria et spes nostra;
Salve, crux, defensio et vita nostra.
Salve, crux, redemptio et liberatio nostra.
Salve, crux, signum salutis, atque inexpugnabilis murus contra omnem virtutem inimici.
Sit mihi crux semper spes Christianitatis meae.
Sit mihi crux resurrectio mortis meae.
Sit mihi crux triumphus adversus daemones.
Sit mihi crux mater consolationis meae.
Sit mihi crux requies tribulationis meae.
Sit mihi crux baculus senectutis meae.
Sit mihi crux medicina aegrotationis meae.
Sit mihi crux protectio nuditatis meae.
Sit mihi crux consolatio vitae meae.
Sit mihi crux in omnibus angustiis meis solatium.
Sit mihi crux remedium in tribulationibus meis.
Sit mihi crux in infirmitatibus meis medicamentum, atque contra omnia adversa tutamentum. Amen.