Dois anos de Missa Tridentina em Salvador!

É com alegria que comunico aos leitores do blog o aniversário da Missa Tridentina em Salvador! Conforme recebi por email de um amigo,

neste dia 08 de dezembro, domingo, Festa de Nossa Senhora da Conceição, em Salvador/BA, Sé Primacial do Brasil, às 08h30min da manhã, estaremos comemorando 02 anos de nossa Missa Tradicional na Capela Nossa Senhora da Vitória (antigo Colégio Maristas do Canela), situada na Rua Araújo Pinho, nº 39, a qual será celebrada pelo Padre Gilson Magno!

Anunciei aqui o início destas santas celebrações. Já faz quase dois anos… graças ao bom Deus! Os amigos de Salvador sabem os percalços que precisaram enfrentar ao longo deste tempo. Mas eles não esmoreceram e, graças ao bom Deus, já é o segundo aniversário da Forma Extraordinária do Rito Romano na Sé Primacial do país.

Que ela se multiplique no tempo e no espaço: que venham ainda muitos anos, e muitas outras dioceses possam seguir os piedosos passos de São Salvador da Bahia. No próximo domingo, Imaculada Conceição da Santíssima Virgem, é também dia de entoar o Te Deum solene, em agradecimento pela Missa Gregoriana. Na Sé Primaz do Brasil. Quem diria que chegaríamos até aqui… Bendito seja Deus para sempre!

Plebiscito sobre união gay?

“Comissão de Feliciano aprova projeto de plebiscito sobre união civil gay”, dizem. A forma escolhida para passar a notícia carrega já na manchete uma dose grotesca de ideologia.

Antes de mais nada, a comissão não é “de Feliciano”. É uma comissão permanente da Câmara dos Deputados que não foi inventada pelo pastor e nem pela dita “bancada evangélica”. Está no Regimento Interno da Câmara. Ainda, presidente de comissão não é “dono” dela. A frase faz tanto sentido quanto dizer, por exemplo, “Câmara de Henrique Alves”, uma vez que o deputado do PMDB é o atual presidente da Câmara dos Deputados.

O projeto de plebiscito tampouco é da autoria do Marco Feliciano ou mesmo do seu partido. O PDC 232/2011 é do deputado Zacharow, do PMDB do Paraná. Foi recebido pela CDHM no dia 14/06/2011, há mais de dois anos portanto, quando o deputado Feliciano sequer sonhava em ser presidente da Comissão.

Certo, o PDC 521/11 – apensado ao 232 – é da autoria do Marco Feliciano, mas (insista-se) foi proposto em novembro de 2011, quando o deputado não era presidente da CDHM e quando o 232/2011 já estava há meses nesta comissão. O projeto apensado é na verdade totalmente irrelevante aqui, uma vez que nada acrescenta ao que está em tramitação ordinária. Portanto, o que existe aqui é meramente uma tentativa retórica de desqualificar a priori a proposta, associando-a ao fundamentalismo evangélico. Não se trata de jornalismo informativo, e sim de guerrilha cultural disfarçada de boa imprensa. Tal não se pode perder de vista.

Isto posto, dois breves comentários sobre o mérito do projeto. Há dois aspectos sobre os quais ele pode ser analisado.

Primeiro, por princípio, trata-se de uma proposta absurda para qualquer um dos dois lados em litígio. Os que defendem que “Família” é uma realidade que não é passível de ser (re)inventada pelo direito positivo negam-se também, é óbvio, a aceitar que a sua destruição possa ser referendada via democracia direta. O povo não tem potestade para dizer que dois pederastas ou duas safistas são uma família, e não o tem nem por intermédio dos seus representantes e nem diretamente. Aqui, a forma de exercício da democracia (direta ou indireta) em rigorosamente nada altera os seus limites intrínsecos.

Depois, os que defendem que se trata de fazer justiça a uma minoria socialmente oprimida também não podem aceitar que o assunto seja levado a júri popular, uma vez que o próprio fato de se tratar de uma “minoria socialmente oprimida” implica em dizer que a maioria da população não é sensível aos seus anseios.

[E estariam cobertos de razão, registre-se, se este caso fosse de direitos de minorias. No entanto, é precisamente isso o que nós negamos. É isto o que deve ser discutido com honestidade, e não brandido ad baculum como se se tratasse de uma platitude auto-evidente.]

Segundo, para fins práticos, parece-me que um resultado não-manipulado deste plebiscito seria grandemente favorável aos defensores da Família. A maior parte da população brasileira, que ainda é conservadora, rejeitaria enfaticamente, penso, esta nefasta equiparação entre a união homossexual e a Família radicada na natureza humana. O que seria muito bom para o Brasil.

O problema é que esta seria uma vitória meramente parcial e contingente, obtida sobre falsas bases (é errado dizer que dois marmanjos são uma família não porque o povo “acha” que não é, e sim porque “Família” é uma entidade que contém em si mesma a potencialidade para a geração e educação de novos membros para a sociedade) e permanentemente periclitante (e quando o povo “mudar de idéia”? Qual deve ser o prazo de validade de uma consulta popular dessa natureza?). No entanto, nas atuais conjunturas, talvez seja o melhor que nós possamos ter. Talvez seja a nossa melhor oportunidade para rompermos a cortina de desinformação sobre o tema. Talvez seja a nossa melhor chance de esclarecermos – em igualdade de condições – a população sobre este assunto tão importante para a sobrevivência da civilização. E, por tudo isso, talvez não devamos ser tão ligeiros em rejeitar a proposta.

É Advento: preparemos o nosso Natal

É Advento. O ano-novo litúrgico iniciou-se ontem, com as nossas igrejas revestidas de roxo, com o povo de Deus em solene expectativa pelo nascimento do Messias. Já tremeluz a primeira chama da Coroa do Advento. Já esperamos a Luz que há de refulgir nas trevas. Em breve.

É de Saint-Exupéry o famoso diálogo entre o Príncipe e a Raposa: «se tu vens às quatro da tarde, desde às três já começo a ser feliz». Uma vez, no início da faculdade, uma professora de estatística, do nada, recomendou a leitura deste livro. “Para que aprendêssemos o valor dos rituais”. Ao que parece, há pessoas que não receberam este piedoso conselho. Na Venezuela, p.ex., o Natal já passou. O presidente decretou-o para novembro. Se ele já houvesse celebrado o Natal alguma vez na vida, não faria jamais semelhante idiotice.

Porque o tempo não está sujeito aos decretos dos homens. Tem a sua própria cadência, que se impõe e é sábio respeitar. Diante dele, não cabe outra atitude que não a de uma humilde subserviência: ser homem é também, em certo sentido, ser capaz de esperar.

Não uma espera meramente passiva, por certo; não uma espera ignorante que os acontecimentos pegam sempre de surpresa. Mas uma espera que é expectativa: sabemos o que há de vir. Muitas vezes gostaríamos de ser como deuses, e desejaríamos que o futuro se realizasse quando o desejássemos, à nossa voz onipotente: mas isso é por demais infantil. Os rituais são o nosso modo de manipular o tempo, nos limites de nossa onipotência. Onipotência que é aliás bem limitada; voltando ao Pequeno Príncipe, mais ou menos como a do Rei

Mas divago. Os rituais são a nossa maneira de colocar o tempo a nosso serviço, dizia. Na impossibilidade de transportar o futuro para o presente, confeccionamos o nosso presente à imagem do futuro: transformamo-lo numa estrada pavimentada rumo ao que há de vir, onde tudo em um certo aspecto “já é” embora, em realidade, ainda não seja. Onde tudo aponta para o que há de ser – que, nesta nossa antecipação, já goza de um pouco de realidade. Não é possível decretar o Natal para agora. Mas é possível – e saudável – viver a expectativa do Natal.

Os cânticos do Advento já tomaram o lugar do Hino de Louvor nas nossas igrejas, e o Gloria in Excelsis da noite de Natal não seria tão belo se não fosse precedido e preparado pelo silêncio entre o Kyrie e a Colecta ao longo desses quatro domingos. A Luz não resplandeceria com tanto fulgor se as Trevas da noite não fossem tão densas e escuras. O Branco dos paramentos festivos não seria tão brilhante se não contrastasse com o roxo pesado dos dias precedentes. Em uma palavra, a beleza do Natal depende em grande medida das características dos dias que o precedem; e se é assim, o que fazemos já hoje é determinante de como será o nosso Natal. Se é assim, nós já começamos a vivê-lo. E, se queremos vivê-lo bem, é importante que bem o vivamos desde já.

É Advento. Preparemo-nos para a vinda do Messias que há-de vir. Preparemo-nos bem, conscientes de que aquela esperada Noite Feliz se faz ao longo do caminho que conduz a ela. Que por meio de um santo Advento, nos venha a todos um santo Natal.

Uma nova leva de jovens cruzados

O meu Crisma foi há muitos anos. Faz já mais de uma década que eu recebi na fronte a cruz perfumada com a qual o Espírito Santo consuma nos Filhos de Deus a graça do Santo Batismo. O tempo passa: já são mais de dez anos nas hostes do Senhor dos Exércitos…

É dever de todo crismado espalhar o doce odor de Cristo pelo mundo. Desde muito cedo dediquei-me a espalhar a fragrância do bálsamo sagrado por outras frontes; desde o início da minha «plenitude do Espírito» quis preparar outras almas para também receberem a unção do Santo Crisma. E ontem fechou-se mais um ciclo. Ontem, uma nova leva de jovens cruzados sentaram praça nos batalhões do Deus Verdadeiro.

Foram apresentados ao Bispo. Fizeram a sua solene tríplice renúncia: ao pecado, à desunião e a Satanás. Professaram majestosamente a Fé da Igreja. Receberam a imposição das mãos de um Sucessor dos Apóstolos. Depois, a Cruz traçada na testa, e estavam crismados! Até o final da noite, espalharam o perfume do bálsamo que rescendia de suas frontes lustrosas; permita Deus que, até o final da vida, espalhem pelo mundo inteiro o perfume do Evangelho exalado de suas almas indelevelmente marcadas com o caráter crismal.

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Foram meses de preparação para a noite de ontem. Que digo? Para a noite de ontem, não; para o resto da vida de cada um deles, ontem à noite iniciada. Toda cerimônia de Crisma é o final de um ciclo de catequese, mas precisa ser também e principalmente o início de uma caminhada de maturidade na Fé para aqueles que o bispo unge com o óleo sagrado. Senão não faz sentido. Senão, não vale a pena.

Ontem, por assim dizer já tomaram as rédeas de sua vida espiritual. Se até o último sábado tinham semanalmente as palestras e os coordenadores a conduzir-lhes pela mão rumo ao conhecimento das coisas sagradas, hoje já não têm mais. Hoje precisam caminhar sozinhos. É uma honra e uma responsabilidade; e, justamente por isso, é mais digno e mais meritório. Estão preparados para esta jornada, é certo: com a substância da catequese e principalmente a graça do Sacramento, estão aptos a darem abundantes frutos de santidade para a glória de Deus e da Santa Igreja. Rezo para que o façam. E torno a dizer, ousando falar em nome de toda a equipe: quando precisarem, nós estamos aqui!

Estão prontos para seguirem os passos de Cristo, em meio a este mundo a Ele tão hostil. Estão prontos para O confessarem publicamente, «como em virtude dum encargo oficial (quasi ex officio)» – como diz Santo Tomás citado no Catecismo (§1305). É uma missão sublime: rezo para que a desempenhem com desenvoltura e galhardia. Como Deus os chama a desempenhá-la.

Aos novos soldados de Cristo, meus agradecimentos e minhas congratulações. Obrigado por terem perseverado, a despeito de nossas muitas fraquezas. Parabéns pelo caminho que já ontem começaram a trilhar. Se lhes posso dizer uma última coisa, é que não se afastem dessa santa estrada aberta pelos passos ensanguentados do Divino Salvador. Conservem até o final da vida as boas disposições com as quais, ontem, receberam o Espírito Santo de Deus. E sejam bem-vindos! O futuro reserva maravilhas, não duvidem nunca disso. Uma vida nova e fascinante apenas se inicia.

Sobre a autenticidade das relíquias de S. Pedro Apóstolo

Na esteira da primeira exibição pública dos ossos do Apóstolo S. Pedro, alguns meios de comunicação relatam o ressurgimento das polêmicas sobre a autenticidade das relíquias. Ora, essa “polêmica” há muito já deu o que tinha que dar.

Estamos falando de ossos com dois mil anos de idade! A Bíblia Sagrada não nos legou o código genético de S. Pedro para que pudéssemos fazer um teste de DNA, e nem foi erigido para o Pescador da Galiléia um monumento funerário da envergadura das Pirâmides egípcias ou do Taj Mahal. Tudo o que temos – mais ainda, tudo o que podemos ter – é o que nos conta a história cristã. O máximo que nós podemos hoje dizer, portanto, é que as descobertas das escavações feitas sob a Basílica de São Pedro são condizentes com os testemunhos históricos que foram conservados pelos cristãos. É o que temos a apresentar ao mundo. E, sinceramente, parece-me mais do que suficiente.

Há um excelente texto em português contando a instigante história dessas escavações, disponível na internet em três partes (parte 1, parte 2 e parte 3). Não quero entrar aqui em detalhes técnicos. Contento-me em expôr alguns pontos sobre o assunto.

1. Não existe nenhuma dúvida razoável de que o túmulo de S. Pedro tenha sido encontrado. Sempre soubemos que Constantino construiu uma Basílica no lugar onde o Primeiro Papa foi enterrado (um antigo cemitério pagão que à época de Constantino já era destino de peregrinação dos cristãos), e que na Renascença os Papas construíram a atual Basílica Vaticana no lugar da de Constantino. As escavações do século passado encontraram essas duas coisas: sob o edifício atual a Basílica velha, e sob ela a necrópole. Dentre os diversos túmulos que a compunham, um se destacava pela sua posição privilegiada, pelos inúmeros afrescos primitivos que o cercavam, pela posição que os demais túmulos ocupavam em relação a ele, por uma antiga inscrição grega enfim: PETRUS ENI, Pedro está aqui.

2. A polêmica envolvendo os ossos do Príncipe dos Apóstolos envolve uma série de aspectos inerentes à maneira como a história se desenrolou nesses dois mil anos. Havia muitas pessoas – cristãos anônimos – enterradas próximas a S. Pedro; o decurso dos séculos danificou as construções originais; no interior do túmulo foram encontrados ossos de pessoas distintas; etc. Mas, sobretudo, a polêmica reside no fato de que os restos mortais de S. Pedro não foram encontrados exatamente no interior do túmulo do Apóstolo, e sim em uma cavidade de mármore próxima. Não obstante, são ossos de uma única pessoa, do séc. I, de compleição robusta, morto entre os 60 e 70 anos; são ossos que passaram algum tempo enterrados na terra nua (mesma terra do chão do túmulo) e, depois, séculos envoltos em púrpura e fios de ouro.

3. A explicação é óbvia: S. Pedro foi enterrado no chão da necrópole. Os cristãos rapidamente transformaram o lugar em um centro de peregrinação. Foi erigido – ainda durante o tempo das perseguições – um monumento fúnebre no local. Para evitar profanações, em algum momento os restos mortais do Apóstolo foram trasladados do chão do túmulo para um nicho na parede do próprio monumento. Quando Constantino construiu a sua Basílica, envolveu os ossos em púrpura imperial e fechou todo o complexo, só aberto nas escavações do séc. XX. Isso é perfeitamente plausível e bate com as descobertas que foram feitas.

4. As conclusões são tão certas quanto a arqueologia é capaz de proporcionar. A autoridade da Igreja reconheceu a autenticidade dessas relíquias, não nas expressões peremptórias das declarações dogmáticas, mas com fórmulas adequadas à natureza do conhecimento histórico: Paulo VI disse que as relíquias foram identificadas «de modo que se pode julgar convincente», e na urna ontem apresentada ao mundo está gravado que os ossos são atribuídos a S. Pedro («B. Petri. Ap. esse putantur»). É o máximo a que a ciência humana é capaz de chegar. E ela, mais uma vez, está do lado da Igreja.

Petrus Eni

Ontem foi o fechamento do Ano da Fé, junto com a celebração da Missa de Cristo Rei. Em Roma, o Papa Francisco fez uma coisa extraordinária: rezou a Profissão de Fé tendo nas mãos a urna com os restos de São Pedro Apóstolo, os quais foram depois expostos à veneração dos fiéis. Mais fotos podem ser encontradas no Facebook.

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As relíquias de São Pedro, nas mãos do seu sucessor, enquanto ele professava o Credo! Se estamos em tempos onde uma boa imagem vale mais do que mil palavras, foquemo-nos nesta imagem assombrosa: um Papa prestando vassalagem ao primeiro que ocupou o sólio pontifício; invocando o Príncipe dos Apóstolos por testemunha, o Bispo de Roma fazendo a sua solene Profissão de Fé. Passado longínquo e presente unem-se, assim, neste grandioso quadro, e o elemento que une o primeiro século aos dias de hoje é justamente a Fé. A Fé dos Apóstolos, a Fé da qual a Igreja é Mestra e Guardiã Infalível, a Fé que não muda e que é a mesma enquanto o mundo dá voltas. Papa Francisco e São Pedro Apóstolo, unidos na mesma Profissão de Fé. Que o mundo perceba a força dessa imagem e entenda essa verdade.

“Efeito Francisco”: Missas mais cheias e filas mais longas nos confessionários

[Publico uma tradução de um texto do Tornielli (em espanhol aqui) sobre os efeitos que o Papa Francisco tem provocado nos católicos americanos. Parece-me sinceramente difícil negar os bons frutos deste Pontificado.

As coisas não me parecem mais “confusas” do que (p.ex.) no ano passado, a despeito de todos os esforços da mídia anti-clerical para seqüestrar o Papa Francisco. Ao contrário, as informações que o Card. Dolan nos trazem dizem o extremo oposto disso: as missas estão mais cheias, há mais interesse sobre a Fé Católica e os confessionários são mais procurados. Os confessionários! Somos tão ímpios ao ponto de ousar pôr em dúvida a eficácia dos Sacramentos da Igreja Santa de Deus? Perdemos tanto assim o senso do sobrenatural que somos incapazes de ver o horizonte enfeitar-se com as cores do arrebol agora, quando mais e mais almas acorrem ao Sacramento da Penitência?

Olhemos o que acontece a nosso redor. Não deixemos que o azedume de alguns feche-nos os olhos às maravilhas da Graça de Deus que, a despeito das limitações humanas, sempre encontra uma maneira de frutificar. Não nos esqueçamos desta verdade: Cristo Crucificado sempre atrai as almas a Si. Ainda que nos esforcemos por afastá-las d’Ele.]

Cardeal Dolan confirma o “efeito Bergoglio” nos Estados Unidos

Em uma entrevista à  CBS: «Meus párocos falam de mais gente nas missas e de filas maiores nos confessionários»

O “efeito Bergoglio” sente-se também nos Estados Unidos, segundo confirmou o cardeal Timothy Dolan, Arcebispo de Nova York, que chegou ao final de seu mandato como presidente da Conferência Episcopal do país.

O purpurado falou sobre o assunto em uma entrevista com a CBS, na qual disse perceber o efeito do novo pontificado «a cada momento». «Não posso caminhar pelas ruas de nossa amada Nova York – explicou – sem que as pessoas se aproximem e me digam: “Ei, obrigado pelo Papa Francisco. Fizeram um excelente trabalho. Nós o adoramos”.

Tenho ouvido nossos párocos, que sempre estão na linha de frente, dizerem que aumenta o número de pessoas nas missas dominicais e que as filas dos confessionários estão cada vez maiores. Aumentam as perguntas sobre a Fé Católica e também as esmolas».

O Arcebispo de Nova York também respondeu sobre o questionário de 39 perguntas enviado às Igrejas locais em vista do próximo Sínodo da Família: «O que o Papa nos está perguntando é: como podemos apresentar melhor o ensino da Igreja? Como podemos ser mais eficazes em ensinar? E como podemos alcançar com o amor e a compaixão aqueles que têm dificuldades em viver a doutrina da Igreja?».

Novos horários de Blood Money em Recife

Atenção aos que moram em Recife ou redondezas: o Cine Rosa e Silva já confirmou que Blood Money vai entrar na sua segunda semana de exibição.

Teremos sessões (pelo menos) até o próximo dia 28/11. O cartaz com os horários – francamente melhores do que os da pré-estréia – segue abaixo:

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Agora, quem estuda somente pela manhã pode assistir tranquilamente ao filme na sessão das dez para as três da tarde. Quem trabalha nos dois expedientes, pode com facilidade se dirigir ao Rosa e Silva às nove horas da noite. E, principalmente, temos mais um final de semana para marcar com os amigos e assistir ao documentário.

Quem não sabe do que se trata ou ainda está em dúvidas se vale a pena ir ao cinema, leia a resenha que escrevi e analise a coletiva de imprensa dada pelo produtor do filme. Vamos ao cinema! Importa conhecer esta verdade inconveniente e fazê-la cada vez mais conhecida. Assista ao filme, discuta-o e o divulgue. O mal cresce no mundo enquanto insistimos em lhe dar as costas. Importa encará-lo de frente. Importa impôr-lhe limites. Já é muito o estrago feito até agora. Já é vergonha demais para nós.

As Verdades Eternas estão aí: ouçamo-las!

Trago aqui algumas recentes palavras do Papa Francisco, nas suas homilias na capela da Domus Sanctae Marthae. Ponho no original italiano (com a respectiva tradução logo abaixo) porque gostei sobremaneira das expressões originais; «ma, guardi» e «se ne fanno tanti», entre outras, são de uma sonoridade deliciosa. Quase imagino o Papa falando.

Não lembro quem foi que me disse ter ficado encantado com o Papa Francisco logo ao final da «Urbi et Orbi» do Habemus Papam, quando ele disse «buona notte e buon riposo». Digam o que disserem a respeito desta informalidade que não raro parece uma intimidade excessiva: há muitas pessoas carentes no mundo, as quais espero serem capazes de melhor assimilar o Evangelho de Cristo nestes termos do que no (inobstante tão necessário) latim eclesiástico das fórmulas solenes.

Veja-se, à guisa de exemplo, o discurso sobre supostas aparições marianas abaixo. A gente pode gastar um bocado de latim para justificar o porquê de certas aparições precisarem ser tratadas no mínimo com reservas; mas um meme do Vigário de Cristo dizendo que a SSma. Virgem não é chefe dos Correios tem um impacto incomparavelmente maior. A gente pode escrever tratados e mais tratados sobre a ditadura do relativismo, mas nada se compara a Sua Santidade chamando de adúlteros os que decidem fazer o que todo mundo faz. Podemos falar diuturnamente contra a maldição do aborto, mas muitas pessoas não vão assimilar o nosso discurso até ouvirem o Sumo Pontífice falar em leis modernas que protegem sacrifícios humanos. Obrigado, Santo Padre!

Sem mais delongas, ouçamos o Papa Francisco:

«Ma, guardi, la Madonna è Madre! E ama tutti noi. Ma non è un capo ufficio della posta, per inviare messaggi tutti i giorni. [Q]ueste novità allontanano dal Vangelo, allontanano dallo Spirito Santo, allontanano dalla pace e dalla sapienza, dalla gloria di Dio, dalla bellezza di Dio» (14 de novembro de 2013).

[«Mas, olhem, Nossa Senhora é Mãe! E nos ama a todos. Mas [Ela] não é chefe dos correios para mandar mensagens todos os dias. Esta novidade nos afasta do Evangelho, afasta-nos do Espírito Santo, afasta-nos da paz e da sabedoria, da glória de Deus, da beleza de Deus.»]

– «Questa gente — ha proseguito il Papa tornando al racconto biblico — ha trattato con il re, ha negoziato. Ma non ha negoziato abitudini… ha negoziato la fedeltà al Dio sempre fedele. E questo si chiama apostasia. I profeti, in riferimento alla fedeltà, la chiamano adulterio, un popolo adultero. Gesù lo dice: “generazione adultera e malvagia” che negozia una cosa essenziale al proprio essere, la fedeltà al Signore» […] Farà bene anche a noi, ha suggerito il Pontefice, pensare a quanto raccontato dal libro dei Maccabei, a quanto è accaduto, passo dopo passo, se decidiamo di seguire quel «progressismo adolescenziale» e fare quello che fanno tutti (18 de novembro de 2013).

[«Esta gente – prosseguiu o papa voltando ao relato bíblico [dos Macabeus] – tratou com o rei, negociou [com ele]. Mas não negociou [meros] costumes… negociou a fidelidade ao Deus sempre fiel! E isto se chama apostasia. Os profetas, referindo-se à [falta de] fidelidade, chamaram-na de adultério, um povo adúltero. Jesus o disse: “geração adúltera e malvada” que negocia uma coisa essencial ao próprio ser: a fidelidade ao Senhor» […] Far-nos-á bem, disse o Pontífice, meditarmos naquilo que é contado no livro dos Macabeus: nisto que ocorre, pouco a pouco, se decidimos seguir aquele «progressismo adolescente» e fazer o que todo mundo faz.»]

– «Voi pensate che oggi non si fanno sacrifici umani? Se ne fanno tanti, tanti. E ci sono delle leggi che li proteggono» (id. ibid.).

[«Pensais que hoje não se fazem sacrifícios humanos? Fazem-se tantos, tantos…! E há leis que os protegem!»]

São palavras duras e verdadeiras. Ouçamo-las! Depois, não poderemos dizer em nossa defesa que não sabíamos. Não poderemos nos justificar dizendo que pensávamos ser o novo Papa diferente dos anteriores. As Verdades Eternas estão aí; e, em um certo sentido, de um modo até mais acessível do que estavam nos lábios dos seus predecessores.

“Aborto: Direito ou Crime?”

É incrível: Elba Ramalho, Lenise Garcia, Luiz Bassuma, Fátima Pelaes (deputada federal), Simone Garuti (repórter) e Sara Winter discutindo sobre o aborto no Superpop da Luciana Gimenez! O programa foi ao ar ontem. Pode ser encontrado (acredito que na íntegra) nos seguintes links:

  1. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373113,entretenimento,redetvi-entretenimento,superpop-debate-a-polemica-do-aborto-1
  2. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373112,entretenimento,redetvi-entretenimento,entenda-como-a-legislacao-brasileira-encara-o-aborto-2
  3. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373117,entretenimento,redetvi-entretenimento,arrependida-elba-ramalho-luta-contra-o-aborto-3
  4. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373116,entretenimento,redetvi-entretenimento,elba-ramalho-explica-razoes-que-a-levaram-ao-aborto-4
  5. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373131,entretenimento,redetvi-entretenimento,publico-opina-sobre-a-legalizacao-do-aborto-5
  6. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373126,entretenimento,redetvi-entretenimento,mae-de-bebe-com-anencefalia-rejeitou-aborto-6
  7. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373125,entretenimento,redetvi-entretenimento,elba-ramalho-canta-sucesso-no-palco-do-superpop-7
  8. http://www.redetv.com.br/Video.aspx?39,9,373124,entretenimento,redetvi-entretenimento,gimenez-orienta-a-procurar-ajuda-antes-de-decisao-por-aborto-8

Vale a pena assistir!