Igreja Católica e politicagem eclesial

Eu havia lido este artigo nonsense publicado pelo Correio do Brasil. Pode ser classificado simplesmente como “lixo” por uma série de motivos, entre os quais pode-se destacar:

a) não existe no país uma “ultradireita católica”;
b) caso existisse, certamente ela se identificaria mais com os “conservadores” do que com os progressistas;
c) a Igreja não se identifica com os “progressistas” (como o título dá a entender);
d) as comparações com a política (p.ex., falar em setores da Igreja “no campo da centro-direita” (sic)) simplesmente não se aplicam à Igreja;
e) nunca existiu uma “campanha de difamação contra Dilma Rousseff” nos panfletos escritos pela Regional Sul 1 para as eleições presidenciais de outubro passado;
f) etc.

O artigo é tão ruim – mas tão ruim – que eu imediatamente o associei àquele tipo particularmente calhorda de mídia que pode ser classificada simplesmente como máquina de propaganda da mentira (por mais deslavada que seja), com o objetivo de fazê-la passar por verdade por mera força da repetição. Os fatos praticamente se perdem e só a muito custo são encontrados por debaixo da torrente ideológica despejada pelo artigo. O “esquema” (de apresentar a Igreja como um reflexo do [rascunho mais superficial do] jogo político brasileiro) simplesmente não comporta a realidade eclesial e, portanto, todo o longo e enfadonho artigo possui desde o começo um vício de princípio que o compromete totalmente – é já natimorto.

A Igreja não pode ser entendida por meio da simplificação grosseira de “direita” e “esquerda” (relativamente) válidas na esfera política. A Igreja existe antes da política poder ser dividida em “esquerda e direita”. Aliás, a própria política é muito mais complicada do que isto e, quando se vai analisar a Igreja, é necessário ter em conta outros fatos que não meramente os políticos: a Igreja é uma sociedade perfeita que existe no mundo para perpetuar a obra de salvação de Nosso Senhor Jesus Cristo e tem por fim precípuo a salvação das almas, uma a uma. O relacionamento da Igreja com os poderes seculares deve ser entendido sempre em subordinação àquele fim, e a própria “política” intramuros da Igreja não cabe no reducionismo maniqueísta dentro do qual alguns querem empurrar a realidade até que ela “caiba” mesmo que à força.

Mas, como às vezes acontece, algumas coisas acidentais acabam sendo interessantes. No caso do artigo do Correio do Brasil, foi o Blogonicvs a notar a fala do excelentíssimo senhor bispo Dom Waldyr Calheiros. Cito-o (o blog, não o bispo): “[e]nquanto nos EUA um cardeal reza pelas vítimas do aborto em frente a um centro de aborto internacional, no Brasil, para o nosso eterno desgosto, alguns bispos pensam (…) que alertar o povo dos perigos de uma candidata que pretende legalizar a morte de inocentes é uma besteira!”. E está muito bem dito.

Quem é, afinal de contas, Dom Waldyr? O Correio do Brasil diz que é da “Diocese de Barra do Piraí e Volta Redonda”. É uma meia-verdade; Sua Excelência é emérito desde 1999… Sobre os bispos eméritos, é fundamental a leitura deste texto do Oblatvs publicado imediatamente após a eleição de Dom Damasceno para a presidência da CNBB, na semana passada. É verdade que “a reforma católica segue avante, ainda que lentamente!”. Mas ainda estamos muito longe de uma situação minimamente aceitável – e ainda temos muito o que fazer.

Burke & Planned Parenthood

Cardeal rezando em frente à maior empresa de abortos e contracepção do mundo. Agradeço ao pe. Demétrio por ter compartilhado o vídeo, que eu recomendo com alegria; mesmo para quem não entende inglês (infelizmente, está sem legendas), as imagens (principalmente a partir dos 2m34s) falam por si sós.

Trata-se do cardeal americano Raymond Burke rezando diante da Planned Parenthood! O gesto tem uma força simbólica imensa, e remete quase inevitavelmente à clássica figura bíblia de Davi diante de Golias. A desproporção da luta revela-se a cada cena: o cardeal de batina e faixa diante do prédio moderno; a pequenez do representante da Igreja diante da imponência do edifício assassino! Mas Davi confiou no Senhor e venceu o gigante Golias. Também nós colocamos a nossa esperança nas mãos do Altíssimo: “Para os montes levanto os olhos: de onde me virá socorro? O meu socorro virá do Senhor, criador do céu e da terra” (Sl 120, 1-2). Porque, sem Ele, nada podemos fazer.

Importa, portanto, rezarmos. Rezarmos a Deus para que tenha misericórdia de nós. Rezarmos a Deus para que Ele venha em nosso auxílio e nos leve para além dos limites das nossas fraquezas. Rezarmos a Deus para que Ele vence as batalhas que nós, por nossas próprias forças, somos incapazes de vencer. Rezarmos ao Senhor dos Exércitos por todos nós.

Porque, contra todos os prognósticos, Davi venceu Golias. Por qual o motivo então o embate entre o Cardeal Burke e a Planned Parenthood deveria ter um desfecho diferente? Acaso a luta é menos justa…? O Deus que olhou benevolente para Davi, acaso não nos olhará também a nós com benevolência?

E o gigante já começa a cair. Hoje faz uma semana que foi aprovada a No Taxpayer Funding for Abortion. Esta lei “impede o financiamento direto ou indireto por parte do governo federal [americano] para qualquer tipo de aborto”. E, ontem, saiu no LifeSiteNews.com que Indiana foi o primeiro estado americano a cortar o financiamento público à Planned Parenthood. O primeiro de muitos, assim esperamos. Não nos deixemos desanimar! Que seja em nosso favor a Virgem Soberana. Que Ela nos livre do inimigo com o Seu valor. Que São Miguel Arcanjo nos defenda no combate.

No Taxpayer Funding for Abortion

Happy Mother’s Day!

Um feliz dia das mães para todas as mulheres que tiveram a generosidade de abrir-se ao dom da Vida!

Neste dia de hoje, rezemos especialmente por aquelas mães que preferiram fugir da maternidade assassinando os seus filhos dentro do ventre e, hoje, não celebram senão o remorso. Que a lembrança do que poderia ter sido possa levá-las ao arrependimento. Que o aborto pare de destruir crianças e mães. Que a Virgem Santíssima, Mãe de Deus e nossa, interceda por todos nós.

Minas Gerais: PF, PT, “crime eleitoral” e Igreja Católica

Esta eu li no Voto Católico; alguém tem mais informações sobre o assunto? Ao que parece, quatro sacerdotes foram intimados pela Polícia Federal a prestarem depoimento sobre [seu envolvimento n]a divulgação dos famosos panfletos censurados pelo PT nas eleições de outubro passado. Apenas relembrando alguns fatos:

1. O Partido dos Trabalhadores é aberta e institucionalmente abortista.

2. A sra. Rousseff é declaradamente abortista, como já disse e repetiu diversas vezes.

3. O documento da Regional Sul 1 da CNBB, como pode ser visto, não continha senão fatos públicos e amplamente conhecidos.

4. Durante as eleições, a sra. Rousseff “deu uma de doida” e tentou “desmentir” (!) o “boato” (!!) de que era favorável ao aborto, mentindo escandalosamente durante a campanha eleitoral na maior cara dura.

5. Os panfletos que foram ilegalmente apreendidos em outubro passado eram um documento oficial da Igreja Católica – que, até onde se saiba, tem pleno direito de expôr a Sua Doutrina Moral e Social.

6. Quando as circunstâncias o exigirem, os bispos “têm o grave dever de emitir um juízo moral mesmo em matérias políticas”, como disse o Papa.

É portanto estarrecedor que a GestaPTo esteja ainda empenhada em perseguir membros do clero que não fizeram senão ser fiéis à Igreja que prometeram servir. Rezemos pelos sacerdotes, rezemos pela Pátria.

Aborto: curtas

Nota sobre debate [sobre o aborto] na OAB-Niterói. “Segundo até relato do próprio Padre Anderson após o debate, o público presente demonstrou a opinião da sociedade. O público presente não fora formado apenas de homens ou da cúpula da Igreja. Havia homens e mulheres, jovens e idosos, advogados e outros profissionais, ou seja, era um auditório heterogêneo que em sua maioria era desfavorável ao aborto, e que não aceitou engolir goela abaixo os argumentos mais uma vez fracos, ou melhor, fraquíssimos e por vezes infundados daqueles que defendem ao aborto”.

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Dez feministas, nenhum segredo. “De uma maneira geral, podemos sim dizer que o Brasil está sendo chefiado por uma comissão abortista – colocada no poder pelos eleitores do ‘maior país católico do mundo'”. Também n’O Possível e o Extraordinário: em entrevista, TODAS as ministras de Dilma apoiam aborto.

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Rede Cegonha. “A primeira presidenta abortista do Brasil, Dilma Rousseff, quer maquiar ainda mais sua imagem pró-aborto e fazer as pazes com a Igreja. […] Recuo estratégico, é o que me parece. Espero que essa rede cegonha funcione!”.

E #QuantosEuTeAmo…?

Amor de mãe é incondicional. Porque não depende daquilo que o filho tenha para oferecer. Não depende do que o filho possa vir a se tornar no futuro. Não depende dos dotes estéticos que o filho possua. Não depende de nada. Amor de mãe é incondicional porque simplesmente ama.

E todo filho é digno de ser amado. Não importam as limitações que ele porventura tenha. Não importam as deficiências que ele apresente. Não importa o tempo durante o qual ele esteja entre nós. Não existem vidas mais dignas do que outras. Porque toda vida é inviolável.

Muito já foi falado sobre este assunto. Talvez seja verdade que as palavras convencem, mas os exemplos arrastam. Eis, portanto, os exemplos. Em apenas três minutos. Quem pode dizer que não vale a pena…?

Se você acha que é válida a reflexão, passe-a adiante!

Porque o direito à vida é inalienável. | http://bit.ly/hgCmeP #QuantosEuTeAmo

Porque a intensidade é mais importante do que a duração. | http://bit.ly/hgCmeP #QuantosEuTeAmo

Porque até mesmo um curto espaço de tempo pode ser inesquecível. | http://bit.ly/hgCmeP #QuantosEuTeAmo

Porque quem é mãe, ama. | http://bit.ly/hgCmeP #QuantosEuTeAmo

#QuantosEuTeAmo são necessários para que uma vida mereça ser vivida? | http://bit.ly/hgCmeP

#QuantosEuTeAmo uma mãe pode dizer para um filho? | http://bit.ly/hgCmeP

#QuantosEuTeAmo podem ser ditos em quinze minutos? | http://bit.ly/hgCmeP

E #QuantosEuTeAmo valem a pena dizer… ? | http://bit.ly/hgCmeP

Que a Virgem Santíssima, Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das Américas e dos nascituros, seja em nosso favor. Que Ela, que é Virgem e Mãe, nos ensine o valor de uma vida. Que Ela nos faça entender que os mais fracos devem ser protegidos, e não eliminados. Que Ela interceda pelo Brasil.

Líder pro-aborto: “Não vamos recuperar o terreno perdido”

[Tradução (bem) livre do original publicado em “Notifam” no final do mês passado. Às vésperas do dia da vida (também aqui), é muito interessante conhecermos esta auto-crítica feita pelo movimento pró-aborto.]

WASHINGTON, Distrito de Colômbia – 28 de fevereiro de 2011 (Notifam). Frances Kissling, ex-presidente das “Católicas pelo Direito de Decidir” (Catholics for Choice) e uma importante figura dentro da comunidade pró-aborto, aconselhou ao movimento pró-aborto que não continue ignorando a humanidade do bebê concebido, antes que a onda popular pró-vida leve por água abaixo [tire por la borda] todas as leis pró-aborto.

Uma coluna de opinião escrita para o jornal “Correio de Washington” (The Washington Post) dos Estados Unidos da América [escrita por Kissling] tinha por título “Direito ao aborto sob ataque – enquanto os ativistas a favor da opção pelo aborto encontram-se aprisionados [atrapados] em outra dimensão do tempo”. Na citada coluna, Kissling disse que os argumentos pró-aborto sobre a “privacidade” da mulher estão perigosamente obsoletos.

“Nós dizemos que o aborto é uma decisão que se toma em privado, e que o Estado não tem poder sobre o corpo de uma mulher. É possível que estes argumentos tenham sido eficazes durante a década de 1970, mas hoje em dia não nos servem [mais]. A idéia de nos mantermos focados nele faz com que nos arrisquemos a perder todos os sucessos [logros] que alcançamos”, ela assinalou. “A marca ‘pró-aborto’ desgastou-se consideravelmente”.

A mentalidade pró-aborto, advertiu Kissling, está-se vendo, mais e mais, como uma mentalidade cruel e indiferente quando comparada com a cultura pró-vida. “Já não podemos fingir que o feto é invisível”, ela disse. “Temos que pôr um fim à ficção de que o aborto às 26 semanas de gestão não se diferencia do aborto às seis semanas de gestação. O feto é mais visível naquele momento, mais do que antes. O movimento pró-aborto precisa aceitar sua existência e seu valor”.

“É possível que o mesmo não tenha um direito à vida, e que seu valor não seja igual ao de uma mulher grávida. Sem embargo, o ato de terminar com a vida do feto não é um evento de pouco significado moral”.

Kissling disse que a opinião popular tende a reconhecer a obrigação de proteger a vida do bebê concebido, [ainda] mais quando [ele] cresceu o suficiente para poder sobreviver fora do ventre materno – sendo [este] um fato que os defensores [proponentes] do aborto ignoram por sua conta e risco. “O aborto não é somente um assunto médico. E, nesta alegação, está presente uma crueza não intencionada”, ela disse.

Ela disse [também] que uma parte importante da nova estratégia é não ser demasiado ambicioso. “Desafortunadamente, não vamos recuperar o terreno perdido”. Portanto, os defensores pró-aborto devem, “de modo claro e firme, rechaçar os abortos passada a viabilidade [rechazar los abortos pasada la viabilidad][!! o termo parece se referir à “viabilidade legal” de se praticar um aborto nos EUA (NT)], exceto em casos extremos”. Segundo Kissling, estes devem incluir os abortos eugênicos de crianças incapacitadas, ou quando a gravidez “ameaça seriamente” a saúde da mulher, de modo a agravar sua “condição médica ou psiquiátrica”.

Kissling exortou seus colegas a que deixem um pouco de lado [relajen su agarre] o conceito de aborto por demanda.

“Alguns de meus colegas no movimento a favor do direito ao aborto resistem a que haja sequer uma pequena mudança nos abortos durante os três primeiros meses, temendo que um compromisso [aqui] seja sinal de debilidade”, ela assinalou. “Se o movimento pró-aborto não muda, o controle da política pública sobre o aborto permanecerá nas mãos daqueles que o querem penalizar”.

Kissling também fez um chamando para que se regulamentem os abortos tardios, a fim de assegurar que haja razões adequadas para obtê-los. Também advogou a favor de umas normas de observância mais estritas para as clínicas de aborto. “Devemos também trabalhar para que as clínicas de aborto cumpram com as normas necessárias. Não é questão de proibir o acesso às mesmas, mas sim de assegurar que estejam presentes as devidas medidas de proteção”.

No mês passado, a indústria do aborto foi objeto de uma atenção indesejada, quando foi preso o aborteiro Kermit Gosnell na cidade de Philadelphia, nos Estados Unidos, junto com alguns dos seus empregados sem licença. A eles foram imputadas acusações pelo assassinato de uma cliente e de várias crianças recém-nascidas. Foi informado que Gosnell provocava o nascimento dos bebês concebidos, passada sua viabilidade [(NT) de novo, aparentemente, isto significa “passada a possibilidade do aborto (dito) legal”, pelo fato da gravidez já estar avançada], e então lhes cortava as medulas espinhais.

Quando a polícia entrou no edifício, deparou-se com uma cena de sujeira por todos os lados, de pisos ensangüentados, de mulheres parcialmente conscientes e gemendo, colocadas sobre móveis sujos, e de restos desmembrados de crianças concebidas, abarrotados no congelador que ficava no piso de baixo e em outros cantos da clínica.

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Cobertura relacionada de Notifam:

Líder pro-vida: Tratar a los niños no nacidos como no-personas es clave para la agenda de Paternidad Planificada

Periodista holandesa amenazada con tortura y muerte después de la carta que escribió condenando el aborto

Abortero brutalmente asesinó cientos de recién nacidos vivos: empleada de la clínica

“Montones” de víctimas de la abortista “Casa del Horror” hablan de abortos forzados, de lesiones para toda la vida

Outros links:

Un análisis sobre la organización Católicas por el Derecho a Decidir – Vida Humana Internacional

No rechazaremos el aborto hasta que no lo veamos cara a cara – Sacerdotes por la Vida (advertencia: en esta página cibernética se puede acceder a unas fotos de abortos realizados durante los nueve meses de embarazo)

Versão do original em inglês:

http://www.lifesitenews.com/news/top-pro-abort-were-not-going-to-regain-the-ground-we-have-lost

Parlamentares comprometem-se a lutar contra o aborto

[Publico, na íntegra, notícia conforme recebi por email do “Comitê Pernambucano da Cidadania Pela Vida – Brasil sem Aborto”. É um bálsamo, uma lufada de ar fresco, um oásis neste deserto de imoralidade que é o século XXI. Em tempos como este no qual vivemos, os nomes dos parlamentares presentes a este evento merecem (aliás, devem) ser registrados.

Mundo afora, enquanto o Papa pede “aos médicos para proteger as mulheres do pensamento de que o aborto pode ser uma solução para dificuldades sociais, financeiras ou problemas de saúde”, o Royal College of Obstetricians and Gynaecologists britânico recomenda dizer às mulheres que “abortar é mais seguro do que ter um filho”. Também enquanto isso, um anúncio sobre aborto em mulheres negras gera polêmica nos Estados Unidos e, aqui em Recife, um homem encontra fetos jogados num saco de lixo. A situação é realmente desesperadora. Que Deus tenha misericórdia de nós todos, e a Virgem Santíssima seja o nosso auxílio neste combate.]

Parlamentares pró-vida comprometem-se a dar continuidade a luta contra a legalização do aborto no Brasil

O Movimento Nacional da Cidadania pela Vida (Brasil Sem Aborto) promoveu, nesta quarta-feira, 2 de março, um café da manhã na Câmara dos Deputados, para apresentar as atividades do movimento em defesa da vida, e partilhar com os deputados federais iniciativas e propostas de ação legislativa em 2011.

O evento foi aberto pela Dra. Lenise Garcia (Presidente do Movimento Nacional pela Cidadania Brasil Sem Aborto), que fez uma síntese da história do Brasil Sem Aborto, e das conquistas obtidas pelo movimento, especialmente na rejeição do PL 1135/91, que visava despenalizar o aborto no Brasil.  Representaram o Movimento Brasil Sem Aborto, além da presidente, Jaime ferreira Lopes (vice-presidente), Luis Eduardo Girão (Secretário Nacional de Finanças) e Prof. Hermes Rodrigues Nery (Secretário-Geral).

Participaram os seguintes deputados federais; Alberto Filho (PMDB/MA), Salvador Zimbaldi (PDT/SP), Áureo Lírio (PRTB/RJ), João Campos-PSDB/GO, Gonzaga Patriota-PSB/PE, Pe. José Linhares (PR/CE), Roberto de Lucena (PV/SP), Jorge Tadeu Mudallen (DEM/SP), Manato (PDT/ES), Solange Almeida (PMDB/RJ) Ronaldo Fonseca (PR/DF) e Eros Biondini (PTB/MG). Estiveram presentes deputados das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

O deputado Salvador Zimbaldi, que deverá presidir a Frente Parlamentar Mista  em Defesa da Vida, destacou a importância da mobilização popular, tendo em vista que 82º da população, segundo o DataFolha, é pela vida, contra o aborto.  Para Zimbaldi este evento possibilitou o pré-lançamento desta Frente que existe desde 2005 por iniciativa do ex-deputado Luiz Bassuma que a presidiu por 5 anos. Todos os parlamentares presentes fizeram uso da palavra ressaltando a importância da unidade no trabalho em prol da vida do nascituro no âmbito do Congresso Nacional. Já o deputado Áureo Lírio do Rio de Janeiro que deverá ser o 1º Vice-Presidente da Frente afirmou que está totalmente comprometido com a luta contra o aborto, portanto, contra a sua legalização em nosso país.

O deputado federal Alberto Filho-PMDB/MA, em sua fala, fez questão de acentuar que não basta apenas ser contra o aborto, faz-se necessário ter uma militância por esta causa, trabalhando para que políticas públicas de amparo à maternidade sejam efetivamente concretizadas pelo Estado brasileiro, em todos os âmbitos de governo. Enfatizou ainda que o seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados está inteiramente à disposição da luta contra a legalização do aborto e que, pessoalmente, estará engajado nas atividades em prol da defesa da vida no âmbito do Congresso Nacional. Este deputado maranhense será o Secretário Executivo desta Frente Parlamentar.

Outros deputados também se manifestaram para apoiar a iniciativa de retomada da Frente Parlamentar em defesa da vida como Deputado João Campos, Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Deputado Pe. José Linhares, organizador da Frente Parlamentar Católica e os deputados Eros Biondini, Ronaldo Fonseca. A deputada Solange Almeida, de maneira emocionada, afirmou ter aprendido muito na legislatura passada com a experiência da luta contra a legalização do aborto e aprovação do  seu Substitutivo ao projeto de lei que trata do Estatuto do Nascituro e conclamou os parlamentares presentes a continuarem firmes na luta em defesa da vida.

Após o café da manhã, a diretoria do Brasil Sem Aborto acompanhou a instalação das Comissões de Seguridade Social e Família, e a Comissão de Constituição e Justiça.

No próximo dia 27 de abril ocorrerá o 4º encontro de legisladores e governantes pela vida, também na Câmara dos Deputados, evento que tradicionalmente é promovido pela Frente Parlamentar em Defesa da Vida – Contra o Aborto. Este evento deverá reunir vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais e senadores, bem como governadores de Estado.

Dr. Nathanson +2011

É digno de registro o falecimento do dr. Bernard Nathanson, ex-abortista e, depois, vigoroso militante pró-vida. R.I.P. Praticou milhares de abortos, até se convencer de que os fetos eram realmente seres humanos e que, portanto, não havia diferença entre um aborto e um assassinato.

Convenceu-se de uma maneira simples: após ver os abortos que praticava por meio de um aparelho de ultrassom. Convenceu-se pela simples autoridade dos seus próprios olhos. Convenceu-se quando a tecnologia lhe possibilitou enxergar a realidade. Convenceu-se, e arrependeu-se tão amargamente dos seus feitos que dedicou as últimas décadas de sua vida a combater exatamente aquilo que, antes, defendera com tanto vigor.

É dele, a propósito, o documentário “Grito Silencioso” – que recomendo aos que porventura ainda não conheçam. Ao descobrir que os fetos que ele assassinava eram seres humanos, o dr. Nathanson abandonou a sua vida de crimes e passou a defender os direitos daqueles que ele antes perseguia. É, mutatis mutandis, uma verdadeira queda do cavalo que transformou Saulo de Tarso em São Paulo Apóstolo.

Sim, o grande pró-vida acumulou méritos nesta vida! O reconhecimento de que um aborto é um assassinato é um deles, mas não é o mais importante. Muitos abortistas confessam isso claramente. A coragem de mudar as próprias convicções e de passar a combater o que antes defendera – eis o maior exemplo do dr. Nathanson. Esta é a sua história. De arauto da morte a defensor da vida – esta é a trajetória sua vida. Que o Altíssimo o possa perdoar pelos muitos crimes e recompensar pelo gigantesco serviço prestado em defesa da vida humana. Aos que passarem, rezem uma ave-maria por sua alma.

E leiam também, sobre o mesmo assunto:

Morre Bernard Nathanson, autor do vídeo pró-vida “O Grito Silencioso”.

Dr. Bernard Nathanson, R.I.P.

Anencéfalo ameaçado em São Paulo

Assassinato eugênico em curso em São Paulo! A vítima agora é uma criança deficiente. O caso se desenrola em Santa Adélia, no interior de São Paulo. Não sei dizer se o assassinato já foi consumado; havia sido (ilegalmente) autorizado pela Justiça no início do mês mas, ontem, a “Associação vida a quem tem vida”, de Guarulhos (SP), entrou com um habeas corpus com pedido liminar em favor do nascituro.

Cliquem aqui para baixar a íntegra do pedido. E rezemos por mais este inocente ameaçado pela sanha assassina dos abortistas.