Encerrando a tarde

– A retratação do presidente da Conferência Episcopal Alemã, Dom Zollitsch, veio na semana passada; Sua Excelência havia negado nada menos que o dogma da Redenção! A história ficou meio solta no ar: afinal, o que aconteceu? Distorceram as palavras do Arcebispo de Freiburg? Sua Excelência expressou-se mal? O presidente da Conferência Episcopal levou um “duro” de Roma? Registre-se, no entanto, que ele – ao contrário de tantos! – ao menos afirmou claramente a doutrina ortodoxa após a má repercussão.  A notícia saiu também em Sector Católico.

(1) Obama fala do aborto e é vaiado; (2) Obama abafa protestos com tolerância em Notre Dame; (3) Obama discursa em Notre Dame [fotos]; (4) Discurso de Obama é interrompido por manifestantes antiaborto; (5) Obama pede diálogo em discussão sobre aborto. Muito bonito, mas acontece que não há tolerância nem diálogo possíveis quando se está falando em assassinar crianças. Aliás, que “diálogo” e que “tolerância” tiveram com o pe. Norman, não?

El cardenal de Bolonia ordena a sus sacerdotes que distribuyan la Sagrada Comunión en la boca a los fieles: mais uma do Sector Católico, e uma muito boa notícia. Quem dera esta Terra de Santa Cruz pudesse contar com cardeais assim! Rezemos pelo clero.

Miscelânea: Sexo, Heresia e Aborto

– Loucuras da depravação moral: modelo não quer amamentar o filho porque diz que os seios só servem para fazer sexo. Ah, claro! Agora, os seios não servem mais para amamentar, e sim para obter prazer sexual! É o corpo feminino – feito para a maternidade! – esvaziado de seu valor intrínseco e transformado em objeto sexual. Que tristeza…

– Ana Paula Valadão completou ontem 33 anos – a idade de Cristo. Não nos esqueçamos dela. Que ela possa receber as graças necessárias para abandonar os seus erros e retornar ao seio da Igreja de Nosso Senhor, para que coisas assim [não sei a data precisa, mas acho importante frisar que não é recente] não mais se repitam e, ao contrário, a “pastora” possa dar passos firmes em direção à Casa de Deus.

– Padre foi preso nos Estados Unidos – ao que parece vendo o vídeo, no campus de Notre Dame – por fazer manifestação contra o aborto. Bonito: o velho sacerdote carregando aos ombros uma cruz no protesto, os policiais abordando-o, sua expressão de decepção quando a cruz lhe foi retirada e ele foi levado, uma música à Virgem Santíssima cantada por ele e acompanhada por alguns dos presentes, o pobre sacerdote de joelhos enquanto as suas mãos eram amarradas nas costas, o seu protesto por estarem prendendo um padre católico, e a sua retirada carregado em uma espécie de maca. São tempos difíceis: tempos de mártires…

– Pela primeira vez desde 1995 – quando foi iniciada -, a pesquisa da Gallup mostra que a maioria dos americanos adultos são contra o aborto. 51% dos entrevistados são pró-vida, contra 42% que são pró-“escolha”. É gritante a diferença entre os partidos: “entre os republicanos, 70 por cento são pró-vida, mais do que os 60% do ano passado. O número dos que são pró-escolha caiu de 36 por cento para 26 por cento no mesmo período. Os sentimentos dos democratas permaneceram estáveis por quase uma década: 61 por cento dos democratas dizem que são pró-escolha, enquanto 33 por cento são pró-vida, com variações insignificantes ao longo dos anos”. Mesmo assim, foram estes americanos que elegeram Barack Obama…

Curtas de fim de sexta-feira

Bento XVI caminha na corda bamba entre israelitas e palestinos, conforme diz o título de uma matéria-desabafo do pe. Thomas Williams, LC, publicada em ZENIT na última quarta-feira. “Parece que alguns dos ouvintes do Santo Padre – afirma – não se sentiriam satisfeitos com nada do que o Papa possa dizer ou fazer, a ser não que caísse de joelhos suplicando que a terra o engolisse na mais total das vergonhas. […]  Como um equilibrista espiritual, ele tem de oscilar com cuidado à direita e à esquerda, e imediatamente é rotulado como insensível ou mau. […] Parece que muitos observadores não se importam com as verdadeiras intenções do Papa, e passam todas as suas palavras e ações pelo microscópio, em busca de uma falta”.

– Surgem rumores de que o homem que tentou assassinar papa se converteu ao catolicismo e quer ser batizado. “Mehmet Ali Agca, o homem que em 13 de maio de 1981 tentou matar o papa João Paulo II, alega ter se convertido ao catolicismo”. A mesma reportagem diz que o seu ex-advogado é cético quanto à sua conversão. Aqui tem uma entrevista estranha que não sei se é com o próprio Agca ou com o seu atual advogado; são essas coisas confusas que me fazem achar melhor aguardar um pouco para saber se é verdade ou se é boato.

O Estado e o aborto: artigo de Ogeni Luiz Dal Cin, advogado e filósofo. “Ora, como preservar a liberdade – esse o paradoxo do liberalismo – em detrimento da vida, se a liberdade supõe a vida e se a destruição da vida em nome da liberdade destrói a potencialidade da liberdade na vida violada? Destruir o outro antes que possa exercer sua liberdade para não precisar reconhecer-lhe a liberdade? […] De nada adiantou nosso constituinte definir, em cláusula pétrea, o direito à vida, sem nenhuma restrição, e defini-lo como direito superior e independente do Estado, se agora, por uma lei ordinária, na junção de interesses ideológicos e personalíssimos, já se considera casuisticamente mais que suficiente o intuito de legalizar o direito de matar a vida humana, antes do nascimento”.

Cientista nega tese de Anjos e Demônios, mas ninguém liga. “Zichichi, religioso e antidarwiniano, foi o homem que descobriu a antimatéria em 1965. Segundo ele, sua descoberta não pode ser roubada e muito menos contida num recipiente, mas é isso que ocorre em Anjos e Demônios, a nova parceria com a qual a dupla Howard/Hanks espera superar a receita bilionária do O Código da Vinci”. Parece que, não contente em apresentar aberrações históricas, o filme traz também aberrações científicas…

– Aliás, aos que dizem que o filme é ficção e ninguém confunde com a realidade, a própria matéria do Estadão acima citada traz a seguinte declaração do direitor do filme, Ron Howard: “Quando li Anjos e Demônios pela primeira vez, foi o que realmente ficou comigo. Essa sociedade secreta perseguida pela Igreja tinha entre seus integrantes Galileo Galilei e Bernini. O que aconteceu com eles? Os illuminatti existem até hoje? Meu Deus, se eu não me interessasse por isso, com o que mais iria me interessar?”. Se aparentemente nem o diretor do filme sabe que Galileo e Bernini não fizeram parte de Illuminati nenhuma, quanto mais o espectador de cultura mediana!

– Sobre a mesma confusão feita [por ignorância ou cretinice] pelo próprio Dan Brown, vale ler este post do blog do Veritatis que traduz uma entrevista do escritor disponível no seu site: “Sim, parte da informação factual revelada é surpreendente, mas eu acho que a maioria das pessoas compreende que uma organização tão longeva e poderosa como o Vaticano não poderia ter chegado a esse ponto sem guardar alguns esqueletos no armário. Eu acho que a razão pela qual “Anjos e demônios” está criando polêmica agora é que o livro abre alguns desses armários, que a maioria das pessoas nem sabia que existiam”. E então, será que somos nós que não sabemos diferenciar ficção de realidade?

– Escritor inglês ateu, amigo de Dawkins e Hitchens, converteu-se em abril passado ao cristianismo. A. N. Wilson anunciou no início do mês passado o seu retorno à Fé Cristã em um artigo de jornal chamado “por que eu creio novamente”! Da primeira matéria citada: “No han descubierto [seus amigos ateus] – como creen ellos – el tremendo engaño de la religión (…) El problema es que no se han dado cuenta de algo muy sencillo. Quizá es demasiado obvio para entenderlo; tan obvio como los amantes creen que deben estar juntos, o tan obvio como la decisión final del que se fuga”.

Aborto e Gayzismo

ABORTO no Brasil e no mundo:

No Mato Grosso do Sul, uma “médica” acusada de praticar mais de 10.000 abortos irá a Júri Popular. A dra. Neide Machado Mota é acusada de ser “responsável pela interrupção da gravidez de quase 10 mil mulheres”. Na enquete disponível no site da UOL – “Se participasse do júri, qual seria seu veredicto para médica dos 10 mil abortos?” -, no presente momento, 68,45% dos votantes disseram que ela é culpada. Sinceramente, eu tenho medo desses júris populares: não duvido que os abortistas manipulem-no a fim de que ele seja escolhido dentre os 31,55% restantes…

– Na Espanha, os espanhóis rechaçam a “barra libre” ao aborto que será imposta pelo governo. Segundo a pesquisa divulgada por HazteOir, 40,5 % dos espanhóis rechaça a reforma da lei do aborto contra 36,7% que a apóia; entre as mulheres a diferença é maior: 43,1% são contra, enquanto 34,3% são a favor. O que mostra – uma vez mais – que é mentira que as mulheres são as mais interessadas na defesa deste seu macabro pseudo-direito. Não obstante, a Espanha pretende legalizar o aborto: “[o] governo espanhol informou nesta quinta-feira [14 de maio] que enviará ao Congresso um projeto de lei que prevê o fim da proibição do aborto e propõe que meninas maiores de 16 anos possam abortar sem o consentimento dos responsáveis”. Que Deus proteja a Espanha!

GAYZISMO no Brasil:

Governo quer livro didático com temática homossexual; na área da educação, os nossos ilustres governantes querem que “sejam incluídos nos livros didáticos a temática de famílias compostas por lésbicas, gays, travestis e transexuais”. Mais um ataque à família brasileira, desta vez duplo: por meio da apresentação desta caricatura de família como se família fosse, e por meio da imposição de um ensino às crianças com o qual não necessariamente os seus pais concordam.

– Esta maravilha faz parte de um plano do governo voltado para os gayzistas. Foi lançado também nesta quinta-feira 14 de maio, em Brasília, e chama-se “Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT”. Entre as diretrizes que constam nesta depravação institucionalizada, estão a censura – “classificar como inadequadas para crianças e adolescentes” – de obras “que apresentem conteúdos homofóbicos” [a Bíblia, talvez?], a “[l]egalização do direito de adoção dos casais que vivem em parceria homoafetiva”, o encaminhamento “para o presídio feminino [de] mulheres transexuais e travestis”, a revisão “[d]a restrição existente para doação de sangue pela população LGBT”, a “[d]iferenciação dos conceitos de homofobia, lesbofobia e transfobia” [sic!], o “[c]ombate à homofobia institucional” [da Igreja, talvez?], o “[c]ombate à intolerância religiosa em relação à diversidade de orientação sexual e identidade de gênero” [sim! É da Igreja mesmo!], entre outras sandices. O documento completo de 45 páginas pode ser lido aqui.

– Enquanto isso, quase metade dos brasileiros assume ter preconceito contra homossexuais, segundo um estudo – feito pela Fundação Perseu Abramo – citado pelo Jornal do Commercio. E provavelmente “preconceito” significa exatamente acreditar que a família é composta por um pai e uma mãe, que as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são anti-naturais, que duplas de gays [ou lésbicas ou o que seja] não podem adotar crianças, que sodomia é pecado que brada aos céus vingança, que existem padrões mínimos de moralidade a serem observados nas sociedades para tornar possível a convivência, etc. Deus salve o Brasil!

“Aborto em Recife: um crime sem investigação” – por pe. Lodi

[Reproduzo email do pe. Lodi, sobre o caso do aborto realizado em Recife na menina menor de idade que havia engravidado de gêmeos após ser estuprada pelo padrasto.]

Aborto em Recife: um crime sem investigação

(dois gêmeos foram mortos; a menina e sua mãe estão incomunicáveis)

No dia 4 de março de 2009, em Recife foi praticado um crime de aborto em uma menina de nove anos, natural de Alagoinha (PE), que havia sido transportada à capital para o procedimento pré-natal. Os gêmeos abortados, com cerca de vinte semanas de vida, provavelmente respiraram e choraram antes de morrer. Até agora ninguém informou em qual lata de lixo eles foram lançados.

Na noite do dia anterior, a menina grávida e sua mãe foram transferidas às pressas do hospital em que se encontravam (o Instituto Materno Infantil de Recife – IMIP) para outro (Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros – CISAM), onde os médicos fizeram o aborto. Membros do grupo pró-aborto Curimim, financiados pela International Women’s Health Coalition (IWHC), foram ao IMIP e convenceram a mãe analfabeta a pedir a alta da filha. Mãe e filha foram transportadas para o CISAM em companhia de Dra. Vilma Guimarães, ginecologista e coordenadora do Centro de Atenção à Mulher do IMIP.

A pressa dos abortistas tinha razão de ser, uma vez que o pai biológico da menina Sr. Erivaldo (que vive separado da mãe), contrário ao aborto, estava dirigindo-se ao IMIP, acompanhado de um advogado, para pedir a alta da filha. Para os defensores do aborto havia o risco iminente de que o IMIP fosse obrigado a deixá-la sair, uma vez que, mesmo após a separação, o pai biológico continuava, por lei, a exercer o poder familiar sobre a filha. E mais: havia o risco – nada pequeno – de que a gravidez prosseguisse normalmente e que fossem dadas à luz, por cesariana, duas lindas crianças, que seriam batizadas pessoalmente pelo próprio Arcebispo de Olinda e Recife Dom José Cardoso Sobrinho! Imagine-se o ônus para a causa abortista se uma gravidez gemelar em uma menina de nove anos se convertesse em ícone da causa pró-vida!

Com “uma ação ágil e coordenada de grupos feministas” [1], o aborto foi feito por médicos do CISAM. Mediante a divulgação sistemática de mentiras pelos meios de comunicação social, o caso se transformou em um grande espetáculo em favor dos abortistas e contra o Arcebispo Dom José Cardoso Sobrinho. Após o crime consumado, a menina, a mãe e uma irmã da menina, de 13 anos, também ela vítima de abuso sexual, foram colocadas em um “abrigo”[2] desconhecido e inacessível, onde se encontram até hoje guardadas (ou encarceradas?), impedidas de se comunicar com o Conselho Tutelar de Alagoinha (unanimemente contrário ao aborto) e com o próprio pai Sr. Erivaldo.

A seguir alguns importantes esclarecimentos sobre o triste episódio.

O QUE SE DIZ…

A VERDADE

No Brasil o aborto é legal em dois casos, previstos no Código Penal.

Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico:

I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

No Brasil, o aborto diretamente provocado é sempre crime, haja ou não pena associada a ele. O artigo 128, CP, não diz que o aborto “é permitido”. Nem sequer que “não é crime”. Diz apenas “não se pune”. A lei pode deixar de aplicar a pena ao criminoso após o crime consumado (por exemplo, fica isento de pena o furto praticado entre parentes – art. 181, CP), mas não pode dar permissão prévia para cometer um crime.

Se a gestante estiver correndo risco de vida, o médico que pratica o aborto fica isento de pena.

Para que o médico autor do crime fique isento de pena, não é suficiente que a gestante tenha corrido “risco de vida”. É necessário provar que não havia outro meio – a não ser o abortopara salvar a vida da gestante.

em 1965, o médico legal Dr. Costa Júnior dizia que essa hipótese jamais ocorre, pois o aborto é mais perigoso para a mãe que o prosseguimento da gravidez. E advertia: “não envolvam a Medicina no protecionismo ao crime desejado[3]

A menina de nove anos grávida de gêmeos corria risco iminente de morrer, caso o aborto não fosse praticado.

Na manhã do dia 3 de março, o diretor do IMIP Dr. Antônio Figueira, disse a Dom José Sobrinho, na residência episcopal e na presença de toda uma equipe de profissionais convocada para estudar o caso, que a menina não corria risco iminente de vida e que, se os pais o desejassem, a gestação poderia ser levada a termo com os cuidados do hospital.

Na tarde do mesmo dia, o IMIP deu alta à menina, a pedido da mãe[4], sob influência do grupo Curumim, alegando que não havia risco iminente para a menina.

Como a gravidez da menina resultou de um estupro, os médicos que praticaram o aborto ficam isentos de pena.

Para que os autores do crime gozem da não aplicação da pena, não basta que a gravidez tenha resultado de um estupro. É necessário que o aborto tenha sido precedido do consentimento da gestante. No caso, como a gestante é incapaz, é necessário que tenha havido o consentimento de ambos os pais, que a representam legalmente.

O consentimento da mãe da menina foi suficiente para isentar os médicos da pena.

Provavelmente, o consentimento da mãe foi obtido mediante fraude, o que torna a conduta dos médicos enquadrada no artigo 126, parágrafo único, CP, ou seja, reclusão de três a dez anos.

O consentimento do pai biológico da menina não era necessário para isentar os médicos da pena.

Ainda que a mãe tenha dado livre e validamente o seu consentimento, isso não é suficiente para deixar os médicos impunes, uma vez que havia a oposição do pai biológico. Compete a ambos os pais representar os filhos incapazes nos atos da vida civil (art. 1634, V, CC), e o poder familiar não se extingue pela separação dos pais (art. 1632, CC).

Faltando o consentimento do pai, a conduta dos médicos enquadra-se no artigo 125, CP (“provocar aborto, sem o consentimento da gestante”), cuja pena é reclusão de três a dez anos.

O destino dado aos bebês abortados é irrelevante para o caso.

Sendo o aborto um crime que deixa vestígios, é indispensável o exame de corpo de delito (art. 158, CPP), que deve ser feito nos cadáveres dos gêmeos e na menina submetida ao aborto. A ocultação dos cadáveres serve para encobrir o crime.

A ocultação da menina, de sua irmã e da mãe é necessária para que elas fiquem a salvo do assédio da imprensa.

A ocultação da menina, de sua irmã e da mãe interessa aos abortistas, a fim de que não seja possível a investigação sobre o crime. “O rapto de menores com ocultamento dos pais para realizar um aborto supostamente legal já foi praticado várias outras vezes na América Latina por organizações feministas. Já ocorreu pelo menos três vezes na Bolívia e uma vez na Nicarágua, mas é a primeira vez que ocorre no Brasil[5]

O aborto foi feito por motivos humanitários, em benefício da própria menina.

O aborto foi feito por interesses espúrios, instrumentalizando a menina para a propaganda abortista financiada internacionalmente pela International Women’s Health Coalition (IWHC), que patrocina o grupo Curumim.

Dom José Cardoso Sobrinho excomungou os médicos que fizeram o aborto.

O Arcebispo não excomungou ninguém. Apenas informou que, segundo o Código de Direito Canônico, “quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententie (automática)” (cânon 1398).

Se a excomunhão é automática, Dom José não precisaria ter avisado.

Justamente por ser um pena automática, é necessário que os fiéis sejam avisados de sua existência. De acordo com o Direito Canônico, para que alguém incorra na excomunhão automática, é necessário que conheça essa pena anexa ao crime (cânon 1324, §1, n.9 e §3). Dom José cumpriu seu dever ao anunciar a pena de excomunhão, a fim de que os médicos católicos, ao menos por temor da pena, poupassem a vida dos gêmeos. Foi um último recurso tentado para salvar os inocentes.

Não é justo que seja excomungada uma menina de nove anos.

A menina não foi excomungada, uma vez que não é passível de nenhuma pena canônica quem, no momento do delito, não tinha completado 16 anos. Provavelmente a mãe também não foi excomungada, se foi coagida por medo grave a dar consentimento ao aborto (cânon 1323, n. 1 e n. 4).

Para concluir, transcrevemos as interrogações do pároco de Alagoinha Pe. Edson Rodrigues, inseridas em seu blog no dia 24.04.2009:

DOIS MESES DEPOIS, EM QUE DEU O CASO DA MENINA?[6]

Já se passaram dois meses do triste episódio aqui de Alagoinha e ainda estamos querendo entender alguns fatos que até hoje ninguém explica. Muitos merecem um esclarecimento, visto que se trata de vidas que estão em jogo. Como Pastor de uma comunidade que deve se questionar a cada sobre as conseqüências do infeliz fato de nossa pequena de 9 anos ter engravidado de gêmeos do próprio padrasto e, lamentavelmente, não ter tido o direito de ver as suas duas filhas, pergunto:

1 – Onde estão a menina e a sua mãe, visto que aqui na cidade nenhum de nós (pai biológico da criança, Conselho Tutelar, Polícias, Autoridades constituídas, Igrejas e a própria comunidade) não tem conhecimento sequer de onde estejam?

2 – Por que tanto sigilo. Entendo que se queira preservar a garota e sua mãe do assédio da mídia para que não estrague mais o fato do que já estragou. Mas as pessoas citadas acima, nenhuma delas é jornalista. Por que tanto mistério até para o pai biológico da criança? O que está por trás disso?

3 – “Aborto realizado, caso encerrado”, assim dizem alguns. Será? Eu diria, “aborto realizado, crime consumado”. Neste país, crimes são passíveis de punições, pelo menos deveriam ser. E este? De quem é a culpa da morte das duas meninas? Quem deve pagar por isso?

4 – Onde estão as provas reais da “legalidade” deste aborto até hoje devidas pelo Hospital ao Conselho Tutelar de Alagoinha?

5 – Por que o Conselho Tutelar daqui, que acompanhou o fato do início ao seu trágico fim, foi banido do caso, sem que receba nenhuma informação?

6 – A questão da “excomunhão” amplamente divulgada pela imprensa nacional e internacional quis, como de fato conseguiu, desviar a atenção pública para um fato bem mais sério: o aborto, uma  decisão imperiosa da parte de “especialistas que juraram um dia preservar a vida”, e que hoje se dão ao direito de decidir sobre quem vive ou deve deixar de viver entre nós. O que é mais grave e merece mais atenção de nossa parte?

Estes e outros tantos questionamentos estão ainda em nossa mente e em nosso coração. Quem vai respondê-los? Isso a gente também gostaria de saber.

Pe. Edson Rodrigues

Roma 13 de maio de 2009.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
http://www.providaanapolis.org.br
“Coração Imaculado de Maria, livrai-nos da maldição do aborto


[1] Aborto: Caso de Pernambuco é questão de Direitos Humanos. Comissão de Cidadania e Reprodução. Disponível em: <http://www.ccr.org.br/uploads/noticias/EditorialCCR5-mar.pdf>.

[2] MENINA recebe alta e vai para abrigo com mãe e irmã. Diário de Pernambuco, 7 mar. 2009. Disponível em: <http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/03/07/urbana5_0.asp>.

[3] COSTA JÚNIOR, João Batista de O. Por quê, ainda, o abôrto terapêutico? Revista da Faculdade de Direito da USP, São Paulo, v. IX, p. 312-330, 1965.

[4] MÃE pede alta de menina estuprada por padrasto. JC Online 3 mar 2009. Disponível em: <http://jc3.uol.com.br/tvjornal/2009/03/03/not_177412.php>.


Ligeiro apanhado de assuntos diversos

– Muito boa a matéria do Gazeta do Povo sobre Pio XII: Pontificado de Pio XII pauta visita do Papa a Jerusalém. É com muita alegria que vejo um órgão  de imprensa ter a coragem de publicar uma matéria assim quando todos os demais silenciam e/ou fazem coro ao processo de desinformação histórica perpetrado pelos inimigos da Igreja. É muito reconfortante saber que há jornais sérios, que não se curvam diante da censura anticlerical. Para parabenizar o jornal pela reportagem: leitor@gazetadopovo.com.br – nome completo, cidade e estado.

Príncipe jordaniano agradece valentia moral do Papa; o “príncipe Ghazi Bin Muhammed Bin Talal, primo e conselheiro do rei da Jordânia” fez “um profundo e amplo discurso em inglês”, onde acolheu o Papa “cujo pontificado esteve marcado pela valentia moral para falar e atuar em consciência, muito além das modas do momento”. Muito além das modas do momento – destaco. O empenho do Papa em preservar o patrimônio doutrinário da Igreja – e a importância deste trabalho – é reconhecido até mesmo por quem não é cristão!

– Na mesma matéria, Sua Alteza falou ainda nos “países subsaarianos onde as ‘minorias muçulmanas são submetidas a duras pressões por parte das maiorias cristãs, assim como em outros lugares onde acontece o contrário'” – gostaria muitíssimo de saber que países são esses e a exatamente quais “duras pressões” se refere o príncipe da Jordânia. Alguém faz idéia?

– Feliz dia das mães I: a mulher não foi feita para menstruar tanto. Ela foi feita para estar grávida e amamentar. “Apesar das mudanças de comportamento, o organismo feminino ainda funciona à moda antiga. Com isso, doenças ligadas à menstruação, que antes eram raras, agora são mais frequentes”. Raios, não é que a Igreja estava certa de novo!

– Feliz dia das mães II: Maria Mariana lança livro para contar experiência de criar 4 filhos. Vale muito a pena ler a entrevista concedida à revista Época, da qual destaco (quase tudo): “O valor de ser mãe não está sendo levado em conta. […] Mas eu sonhava com uma enorme mesa de família com aquela macarronada no domingo. […] Amamento há nove anos seguidos. Só desmamo um quando engravido do outro. […] Não acredito na igualdade entre homens e mulheres. Todos merecem respeito, espaço. Mas o homem tem uma função no mundo e a mulher tem outra. (…) Deus preparou o homem para estar com o leme na mão. […] O valor básico da maternidade é cuidar do outro, doar, servir. Nada a ver com o mundo competitivo. Maternidade é tirar seu ego do centro”.

– Por Rodrigo Pedroso, “a estatização da teologia”; fala sobre o projeto do senador Marcelo Crivella para regulamentar o exercício da profissão de teólogo no Brasil. “Ao regulamentar a profissão de teólogo, o Estado adentrará em seara alheia, imiscuir-se-á num campo que não lhe pertence. Tal intromissão representará violação da liberdade religiosa, garantida pelo art. 5º, VI, da Constituição Federal. E, na medida em que a teologia é uma disciplina do intelecto e uma ciência, representará igualmente uma infração da liberdade intelectual e científica, que a Constituição declara ser livre não apenas de censura, como também de licença (art. 5º, IX)”.

Você se lembra desta foto? Fiquei sabendo no blog do Veritatis que o site da Fox News trouxe uma reportagem com o garoto que, quando estava no útero de sua mãe, emocionou o mundo. Hoje ele tem nove anos. E a foto salvou muitos bebês de serem abortados. Muitos tentaram impedir isso: “a Life Magazine tentou comprar os direitos sobre a fotografia para que ela jamais fosse republicada; e o médico que fez a cirurgia chegou a dizer que foi ele quem puxou para fora a mão do bebê. A acusação acabou com a carreira do fotógrafo, mas não abalou sua determinação”. E, graças a Deus, não conseguiram.

– Faço coro ao desabafo do Rafael Vitola; e acredito não ser o único a fazê-lo. “Até quando teremos que aturar a Fé Católica seqüestrada por quem deveria ser seu defensor?” Levantai-Vos, Senhor. Salvai-nos.

Notas Ligeiras

Só indicando e/ou comentando em linhas ligeiras:

Is There Really an Influenza Epidemic? Em português [adaptado pelo Julio Severo], Há realmente uma epidemia de gripe? Parece que as dúvidas sobre se o surto de gripe suína é uma farsa alcançou proporções globais. Eu mantenho os meus comentários, só enfatizando: se o vírus não é tão letal quanto parece, graças a Deus, e voltemos à normalidade. A começar pelas missas no México, que não sei se já foram liberadas.

– O Gustavo fez um apanhado mais geral sobre a 47ª Assembléia Geral da CNBB, abordando também – além do homossexualismo – as questões sobre famílias em segunda união e celibato. Diz ele: É missão da Igreja, porém, apontar o erro, com caridade, mas com verdade. “A verdade dói”. Paciência. Se Cristo quisesse se furtar à dor, não teria morrido da forma que morreu. Muito bem dito! Subscrevo.

Campanha de outdoor homenageia mãe lésbica em Pernambuco, diz o Jamildo. “Tenho duas mães e muito amor por elas” – ridículo, oportunismo barato, propaganda imoral que deveria ser proibida. O vício não merece “homenagem”, e sim censura. Tenha Deus misericórdia das nossas crianças, expostas desde a mais tenra idade a esta depravação institucionalizada, ao vício transvestido de virtude.

– Não tenho tempo de traduzir esta pesquisa feita nos Estados Unidos, mas ela é bem interessante. Mostra que o apoio ao aborto vem decaindo na sociedade americana de agosto para cá. Mesmo assim, o presidente mais abortista da história dos EUA foi eleito; incompreensível. Tomara que, quando os americanos acordarem, não seja já tarde demais.

– Na Espanha há uma ampla rejeição à proposta de reprovar o Papa por causa de suas palavras na África; Deo Gratias! Queira Deus que, ao contrário do parlamento belga, os espanhóis não cedam ao politicamente correto. O cardeal Cañizares disse que “se trata de «uma decisão que não representa a Espanha nem a imensa maioria dos eleitores de todos os partidos, que deveriam representar verdadeiramente os cidadãos» e que «constitui uma ofensa à própria Espanha, sempre próxima do Papa e querida por ele, e entranha um grave dano às instituições»”. Para expressar também o seu repúdio a esta iniciativa descabida, clique aqui (via HazteOir).

Assassinatos impunes

O Percival Puggina escreveu um texto muito pertinente chamado “O Abortista”, cuja leitura, caso ainda não tenham feito, eu recomendo enfaticamente aos visitantes do Deus lo Vult!. Trata sobre um caso ocorrido há uns quinze dias atrás em Sapucaia do Sul, quando uma estudante universitária foi presa por tentativa de homicídio contra a própria filha recém-nascida.

O Puggina fala em aborto. As manchetes que encontrei – a própria do Zero Hora citada, esta d’O Globo, ou ainda esta do jornal NHfalam em parto. Como a criança nasceu prematura (com sete meses) e como a jovem obviamente não desejava a gravidez (dado que “escondeu o bebê dentro de uma bolsa, enrolado numa sacola plástica” após o seu nascimento!), acho a hipótese de aborto muito plausível. Até onde eu saiba, a recém-nascida está internada em estado de saúde grave; não encontrei notícias mais recentes sobre o ocorrido.

A afirmação do amigo do Puggina após saber que a mãe e o pai da criança haviam sido presos – “Estão presos, é? Que absurdo! Vê só o resultado dessas idéias de vocês! Tivessem feito esse mesmo aborto direitinho, num hospital, com assistência médica, nada disso teria ocorrido” – é a mais honesta expressão da mentalidade abortista. Qual a diferença entre a criança dentro da sacola plástica em Sapucaia do Sul e a criança dentro de um saco de lixo hospitalar após o aborto? Nenhuma – só a chance de sobrevivência do bebê que, fora do matadouro abortista, é um pouco maior -, e o interlocutor do Puggina sabe tão bem disso que não cora de vergonha ao dizer o que disse. Do aborto para o infanticídio a diferença é meramente o local onde é realizado o assassinato, se dentro do útero da mãe ou fora dele.

Uma mulher dessas deve ser punida? É óbvio que deve. Curiosamente, no entanto, não querem que sejam punidas as mulheres que assassinam os próprios filhos dentro do seu ventre. Tal irracional discrepância entre as posições tomadas diante de fatos que, em essência, são idênticos, é mais um sintoma da degeneração intelectual e moral que toma conta da nossa sociedade.

No debate sobre o aborto que assisti aqui em Recife, o advogado criminalista reclamava da exibição de fetos assassinados – produtos do aborto – cobertos de sangue que era feita à época dele nos debates sobre o aborto, alegando que não dava para debater o assunto com seriedade após o choque provocado por imagens tão fortes. Acontece que essas “imagens tão fortes” são exatamente o assunto que se está debatendo, de modo que não dá para debater sobre algo sem ter uma idéia clara do que está em discussão. Fosse num mundo mais afeito aos processos intelectuais – fosse na Idade Média -, provavelmente seria possível à enorme maioria das pessoas conceberem o que significa um aborto sem precisarem ver um. No nosso século desgraçado, contudo, onde as pessoas esqueceram como se pensa e só conseguem raciocinar sobre aquilo que vêem, mostrar o banho de sangue – pôr a descoberto o cadáver oculto – é fundamental.

No mesmo debate, a feminista da ONG pró-aborto dizia que a mulher pode ter “um projeto de vida” frustrado por uma gravidez indesejada, de modo que não seria justo que ela abdicasse dos seus sonhos por conta de um filho que ela não tinha então condições de criar. Citou até o exemplo de “terminar a faculdade”. Pois bem, esta jovem de Sapucaia do Sul era estudante universitária e certamente tinha “um projeto de vida” que viu ameaçado pela gravidez, de modo que decidiu abortar a filha e escondê-la, de pernas quebradas, dentro de uma bolsa. Não há “projetos de vida” que justifiquem a eliminação voluntária de uma vida inocente. A jovem de Sapucaia do Sul que encarna os sofismas da sra. Sílvia Regina está presa na Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre. Querem os senhores abortistas discutir sobre o aborto? Discutam-no à luz deste triste caso ocorrido no Rio Grande do Sul!

Defender o aborto é ter um grave defeito intelectual e/ou moral. Não existe nenhuma condição de se tratar um abortista como se fosse uma pessoa na plena posse de suas faculdades mentais; ele não é. Todo abortista é capaz de “raciocinar” como o amigo do Puggina citado no artigo dele. E, diante de pessoas assim, às vezes a melhor coisa a fazer é mesmo mandá-las “para um lugar bem feio” e afastá-las das esferas de decisão da sociedade. É óbvio que quem defende que os assassinatos possam ficar impunes não tem nenhuma condição de legislar ou de julgar.

Quatro diversos

Presidente da UE denuncia dirigismo e falta de democracia nas instituições européias; incrivelmente, o sr. Václav Klaus, que é também presidente da República Checa, teve a coragem de dizer que a União Européia “não é um dogma que jamais se pode criticar”, e também que ela “está totalmente em contradição com o raciocínio racional e com a história bimilenar da civilização européia”. Disse ainda que “o relacionamento entre os cidadãos e a UE é anormal”, o que aumentou a cólera dos “deputados europeístas”. Claro, foi vaiado. Mas, de nós, merece aplausos! Finalmente alguém teve coragem de desafiar o politicamente correto e colocar-se na contramão das tendências mundiais.

– O filme abortista da Fiocruz, “Fim do silêncio”, será lançado no próximo dia 27 de abril, no Rio de Janeiro, de acordo com as informações que seguem:

Entrada franca
27 de abril às 19h
Arte SESC
Rua Marquês de Abrantes, 99
Flamengo – Rio de Janeiro
(em frente à Estação de Metrô Flamengo)
[fonte: Lide Temerária]

Quem puder comparecer para o debate, compareça!

Um homossexual vai receber uma indenização milionária do Bradesco: a Justiça condenou o banco a pagar, segundo as contas do advogado da parte vitoriosa, um valor que está atualmente nos 1,3 milhão de reais. O ex-funcionário disse que foi “xingado de veado várias vezes”… como perguntar não ofende, (a) quem xingou ele foi “o banco” ou foram outros funcionários do banco?, (b) no caso de terem sido outros funcionários, o banco é responsável por isso ou a conta vai para o(s) bolso(s) do(s) agressor(es)?, (c) chamar alguém de algo que ele é mesmo e se orgulha de ser, que não é crime nem nada, é ofensa?

– Após aparecer o terceiro suposto filho do ex-bispo e presidente do Paraguai Fernando Lugo, a mãe desta última criança afirmou que ele tem seis filhos bastardos até o momento. Pelo que a reportagem dá a entender, com mulheres diferentes. É muito triste ver a dignidade episcopal jogada na lama desta maneira! Rezemos e façamos penitência pelos pecados do clero.

Grito Silencioso

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=PXTeqJsErWo]

Esta é uma música antiga de uma banda católica daqui de Olinda. Ouvi-a por duas vezes nos últimos dias, após anos sem escutá-la: encontrei-a “perdida” no notebook enquanto viajava e soube que ela foi tocada na cerimônia de entrega do prêmio Von Galen a Dom José Cardoso Sobrinho. Grito silencioso, de órfãos inocentes. Gosto dela, é quase uma oração: Grito silencioso, que machuca o coração de Deus; Maria, Mãe da Igreja, roga pelos filhos Seus.

Eles não podem gritar. Nós podemos e, portanto, devemos. O grito de agonia deles enquanto estão sendo assassinados não pode ser ouvido; a nossa voz, sim, esta pode ser ouvida, e precisa sê-la, para que eles não precisem gritar em silêncio no ventre materno. Hoje, muitos preferem se calar, em um silêncio tão grande quanto o daqueles bebês assassinados no ventre, vítimas do Holocausto Silencioso. Ambos os silêncios machucam o coração de Deus: mas o silêncio dos já nascidos é mais grave, porque é covardia, é omissão de quem poderia fazer algo e não faz.

Os inimigos do gênero humano, promotores do aborto, no entanto, não se calam. A Fiocruz produziu um documentário sobre o aborto, que ganhou um prêmio e teve a sua produção financiada com dinheiro público; alguns trechos dele podem ser vistos aqui. “O vídeo, da documentarista Thereza Jessouron, apresenta, pela primeira vez no Brasil, depoimentos de mulheres de idades, classes sociais e estados brasileiros diversos, como Rio de Janeiro, São Paulo e Recife (sic!). Na produção, as entrevistadas falam abertamente, sem esconder o rosto nem a identidade, como e porque fizeram o aborto”. Enquanto gritam os inocentes assassinados por estas mulheres que “falam abertamente, sem esconder o rosto”, também nós precisamos gritar e protestar contra a impunidade e contra a defesa do assassinato de inocentes. O email da produtora/diretora deste curta abortista é: thereza.jessouroun@gmail.com.

Como se não bastasse a guerra incessante que nos é feita desde fora, também de dentro da Igreja nós recebemos golpes cruéis. Depois de Mons. Fisichella, foi a vez do cardeal de Montreal, Jean-Claude Turcotte, prestar um grande desserviço à Igreja dizendo que o aborto é aceitável em “certas casos”. Que “casos”, eminência? Em que “casos” uma vida inocente pode ser ceifada? Em que “casos” há exceções para a proibição de se matar diretamente um inocente? Será possível que estes senhores não temam pela salvação das próprias almas? Será que eles não sabem que o inferno também aceita púrpura?

Maria, Mãe da Igreja, roga pelos filhos Seus! Olha para a Esposa de Teu Filho, ó Mãe Santíssima; olha por aqueles que trabalham – ou deveriam trabalhar – pela glória do Teu Deus. Roga por nós ao Todo-Poderoso. Concede-nos os Teus favores, sem os quais é impossível vencer esta batalha e quebrar o silêncio que envolve o aborto. Sê em nosso favor, e livra-nos do inimigo com o Teu valor. Maria, Mãe da Igreja, roga pelos filhos Teus!