Notícias do fim do mundo

Quatro notícias sobre o desmoronamento do mundo:

– Na Escócia, duas crianças foram arrancadas da casa dos avós onde viviam para serem entregues a uma dupla gay. Um menino e uma menina, irmãos, de quatro e cinco anos. Pelo que pude entender com meu italiano traditore, os avós legítimos dos meninos – pais da sua mãe biológica – são, pelas leis escocesas, muito velhos para cuidar de crianças. Ele tem cinquenta e nove anos e, ela, quarenta e seis. Lutaram por dois anos para manter a guarda dos netos, até esgotarem os seus recursos financeiros com as despesas legais; entregando-os por fim à adoção, foram supreendidos ao saberem que eles iriam ser entregues para uma dupla de homens. De nada valeram os protestos do avô: ameaçaram-lhe não lhe deixar mais ver os meninos, caso ele se mostrasse hostil à decisão! Apesar de 90% (isso mesmo, noventa por cento) dos escoceses terem se mostrado contrários à idéia (quando foram consultados à época), desde 2006 que duplas de homossexuais podem adotar crianças na terra de William Wallace. A mesma notícia diz ainda que casais obesos ou fumantes tiveram adoções negadas. Ou seja, tudo bem ser gay, o que você não pode de nenhuma maneira é ser gordo…

– No Reino Unido, uma enfermeira evangélica foi suspensa por ter se oferecido para rezar por um paciente:

A Sra. Petrie, cristã comprometida, de 45 anos, enfrenta uma ação disciplinar após ser acusada de não cumprir um compromisso de igualdade e diversidade. Poderia ser despedida depois de perguntar a uma paciente idosa se queria que rezasse por ela.

Não sei se foi motivado pelo fato; mas o Cardeal Bertone denunciou fortemente o laicismo, nesta quinta-feira (ontem), ao afirmar que relegar a religião ao âmbito privado é uma violação da liberdade religiosa

– Não entendi absolutamente nada sobre este discurso do presidente Obama. Atacando as divergências religiosas e tentando, ao que parece, propôr uma espécie de indiferentismo religioso como único remédio para a “intolerância”, o senhor presidente fez a seguinte afirmação que tenho até medo de traduzir: There is no God who condones taking the life of an innocent human being. This much we know. Ou seja, “não há Deus que perdoe tirar a vida de um ser humano inocente. Isto nós sabemos bem”.

O que raios o presidente mais abortista que já passou pelos Estados Unidos quer dizer com isso, é mistério que escapa à minha estreita compreensão. É hipocrisia? É desespero, afirmando que Deus não o pode perdoar porque ele apóia e financia o destroçamento de seres humanos inocentes? É sinal de conversão e de mudança de posições? Rezemos pelos Estados Unidos da América; que o solo americano não seja ainda mais manchado pelo sangue dos inocentes assassinados antes de virem à luz.

Hoje começou a “redução de alimentação” – leia-se, o assassinato por inanição – da “Terri Schiavo” italiana, Eluana Englaro. 38 anos, em estado vegetativo permanente há 17, a Justiça autorizou recentemente o seu assassinato após pedidos da família. No entanto, ainda há esperança, pois “o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, afirmou que está estudando a aprovação de um decreto urgente para barrar a sentença que permite a suspensão da alimentação artificial à italiana”. Rezemos também por esta garota. E, enquanto o mundo desaba, que a Virgem Maria seja em nosso favor, para que permaneçamos firmes, custe o que custar, nadando contra a corrente, contra tudo e contra todos se necessário for, em santa intransigência para com as Leis de Deus.

Aborto e CTEHs, no Brasil e no mundo

– No Brasil: o número de abortos “com amparo legal” cresceu 43%. Vale salientar que não existe aborto com amparo legal, como (entre outras pessoas) o padre Lodi já mostrou muito bem. O que existe é o assassinato ilegal e imoral de crianças sendo praticado graças aos impostos pagos pelos cidadãos de bem e à sanha assassina do Ministro da Saúde et caterva. Rezemos pelo Brasil, a fim de que Deus tenha misericórdia e o sangue de inocentes derramado nesta Terra de Santa Cruz não atraia a justa ira do Todo-Poderoso.

– No mundo: Estados Unidos aprovam testes de CTEHs em humanos. A FDA autorizou que uma empresa na Califórnia fizesse testes (que devem começar “ainda no verão deste ano”) com dez pacientes, dos quais oito estão completamente paralisados. É estranho, porque há bem pouco tempo – em outubro do ano passado – a agência reguladora norte-americana havia recusado estes testes clínicos

A sra. Lygia Pereira, que encabeça o assassínio de embriões humanos tupiniquim, havia dito em setembro último: “agora já acho que no ano que vem teremos o primeiro teste clínico com células-tronco embrionárias no mundo”. Infelizmente, parece que a pesquisadora vai acertar no seu palpite. Que Deus tenha piedade dos Estados Unidos.

– Não sei se todos já leram o padre Lodi: cadeia para as mulheres que fazem aborto? Vale muito a pena, e é crucial que entendamos muito bem o jogo dos abortistas, nestes tempos em que a vida humana é tão atacada e o Governo Brasileiro está tão diligentemente empenhado na implantação, per fas et per nefas, a ferro e a fogo, do assassinato de crianças no Brasil. Que Nossa Senhora da Conceição Aparecida livre esta Terra de Santa Cruz da maldição do aborto.

Obama financia o aborto

[Original disponível no site da Catholic League

Fazemos eco ao que disse o presidente da Liga Católica: é bastante significativo que uma das primeiras atitudes do presidente norte-americano tenha sido justamente direcionar fundos federais para financiar o aborto. Esperamos que os católicos verdadeiros vejam isso, a fim de que não assistam atônitos e impassíveis ao genocídio silencioso.]

Obama financia o aborto

23 de janeiro de 2009

As notícias recentes dizem que o Presidente Barack Obama vai derrubar as restrições de financiamento de abortos [realizados] em alto mar [overseas] hoje. A política da Cidade do México, que negava financiamento federal para organizações privadas que fazem e promovem abortos, será rescindida por uma ordem executiva.

O presidente da Liga Católica, Bill Donohoue, informou-nos sobre esta decisão hoje:

“Eis que temos um presidente negro pegando dinheiro dos pagadores de impostos, em uma época de crise econômica, e entregando-o para organizações – muitas das quais são anti-católicas – a fim de que elas possam gastá-lo matando bebês não-brancos em países do Terceiro Mundo. E Obama é conhecido como um progressista.

Obama falou repetidas vezes que não é pró-aborto, e alguns católicos, babando [salivating] por um trabalho na sua administração, acreditaram nele. Ele está no cargo há apenas alguns poucos dias e uma das primeiras coisas que ele decidiu fazer foi financiar o aborto. Isto poderia ser equiparável [on a par with] a alguém que dissesse ser a favor do controle de armas e fornecesse fundos para a NRA [National Rifle Association]. De fato, ninguém gasta dinheiro para apoiar algo que ele realmente abomine. Em suma, é o tempo em que os grupos pró-aborto podem simplesmente dizer que, quaisquer que sejam as reservas que eles possam ter referente ao aborto (e alguns não têm nenhuma), elas [as reservas] estão compensadas [outweighed] pelo seu total apoio a ele.

Exatamente na Segunda-Feira passada, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos tornou pública uma carta enviada para Obama pedindo-lhe que mantivesse a política do Estado do México. Obama tomou sua decisão, e nós esperamos que todo católico que é realmente pró vida entenda isso”.

Está consumado

Ontem foi a tomada de posse do presidente eleito dos Estados Unidos. Está consumado: o país mais poderoso do mundo tem, agora, um presidente abortista. Há quem reclame (aliás, quase todo mundo) que eu insisto demasiado no assunto, que é bobagem ficar olhando somente para um aspecto do programa de governo do sr. Obama, que as pessoas precisam fazer algumas concessões se quiserem chegar ao poder e blá-blá-blá. Acontece que não dá para ser diferente, porque este “pequeno detalhe” da gestão Obama é o detalhe mais importante de todos. Como confiar no discernimento moral de um sujeito que defende o assassinato sistemático de crianças por suas próprias mães? Já citei aqui Madre Teresa, segundo a qual o maior inimigo da paz é o aborto, porque, se dissermos para uma mãe que ela pode matar o próprio filho, não poderemos dizer às pessoas que elas não podem se matar umas às outras. E isso é lógico. Do mesmo modo, se o homem mais poderoso do mundo diz que as crianças podem ser assassinadas por suas mães… que garantia pode haver para o resto das decisões que ele será capaz de tomar? Como confiar num sujeito que promove o assassinato de crianças inocentes? Se o seu senso moral falha numa coisa tão crucial, como garantir que não vai falhar também em outras coisas?

Por isso que o aborto não é somente “uma” questão. É a questão. Dela dependem todas as outras, pelo duplo motivo de que (1) ela evidentemente precisa ser tratada com a máxima prioridade e (2) descuidar dela faz com que nada garanta o cuidado com todas as demais; afinal, por que motivo alguém que despreza as coisas mais importantes estaria imune ao desprezo daquelas que são menos importantes?

Defender o aborto é um indicativo infalível de se ter um senso moral radicalmente defeituoso. Isso não significa necessariamente que os abortistas sejam pessoas sem moral alguma; mas significa, sim, infalivelmente, que o senso moral destas pessoas tem um sério problema. É lógico que não merece confiança alguém que despreze a vida humana; as pessoas que me acusam de não olhar para as qualidades do presidente recém-empossado não percebem esta coisa tão evidente. Um senso moral sem bases sólidas pode ruir a qualquer momento: defender o crime do aborto é não ter solidez alguma na sua base moral.

* * *

Curiosa a reação nonsense da mídia à posse do presidente abortista; a tradução para o português deste artigo do New York Times aponta bem a concepção que virou senso-comum do messianismo obamista: o discurso de posse de Barack Obama foi um repúdio enérgico à era de George W. Bush e uma promessa de conduzir os Estados Unidos a “uma nova era”, com a reforma dos valores do período anterior. Com muita propriedade criticou o Reinaldo Azevedo (grifos no original):

Quem ouviu ou leu o discurso de Obama e prestou atenção a seus comentadores fica com a impressão de que, ontem, teve termo uma ditadura e se inaugurou nos Estados Unidos o regime democrático. E, no entanto, Bush pegou o helicóptero, depois o avião e se mandou para seu rancho no Texas. Ao longo de seus oito anos de mandato, vejam que coisa, o Congresso mais poderoso do mundo jamais deixou de funcionar — parte do tempo com maioria democrata. Não gostaria de deixar ninguém chocado, especialmente aqueles que foram às lágrimas, mas a democracia americana esteve vigilante durante todo esse tempo.

[…]

ELE VAI MUDAR TUDO NUMA SUPOSTA VELHA ORDEM A SER VENCIDA QUE, NÃO OBSTANTE, DEU À LUZ O DEMIURGO DA NOVA ORDEM.

Quando existe uma campanha tão vasta de desinformação em torno de um acontecimento contemporâneo, não sei o que se pode esperar. Se é triste  e não raro trágico para um povo ignorar o seu passado, quanto mais ignorar a sua história presente…? Que Deus tenha misericórdia dos Estados Unidos.

U.S.C.C.B. to Obama

As we may easily see, from the map on the bottom of the column, some of our visistor have their ip’s pointing to many, many places around the globe, specially the western Europe and the United States of America, to whom this first english written post is addressed. I cannot guarantee at all  any frequence on these posts, for my english — as you all may see — isn’t that great. Although, i found myself in trouble when I was trying to translate the letter sent to Mr. Obama by the United States Conference of Catholic Bishops and signed by Msr. Francis Cardinal George, bishop of Chicago and president of this conference, as I didn’t want to compromize the meaning of any word, so i thought that this was a good chance to a post in this blog to welcome the english speakers (and non-portuguese speakers as well), so welcome!

Great words were said by the conference, and I hope that we all can learn something about courage and the will to propagate the catholic faith and the will to extend the kingdom of Christ on earth. Before quoting the letter in integrum, I felt free to highlight some parts, as will you see. Sorry for my poor english. Feel free to correct any word or sentence.  Let us just say that the american people can be proud of their Conference of Bishops. May  each one of them say, when the time comes: “I have fought a good fight, I have finished my course, I have kept the faith.”

Here’s the letter: [ the original]

As our nation begins a new year, a new Administration and a new Congress, I write to outline principles and priorities that guide the public policy efforts of the United States Conference of Catholic Bishops (USCCB). As President of the Bishops’ Conference, I assure you of our prayers, hopes and commitment to make this period of national change a time to advance the common good and defend the life and dignity of all, especially the vulnerable and poor. We continue to seek ways to work constructively with the new Administration and Congress and others of good will to pursue policies which respect the dignity of all human life and bring greater justice to our nation and peace to our world.

As Bishops, we approach public policy as pastors and teachers. Our moral principles have always guided our everyday experience in caring for the hungry and homeless, offering health care and housing, educating children and reaching out to those in need. We lead the largest community of faith in the United States, one that serves every part of our nation and is present in almost every place on earth. From our experience and our tradition, we offer a distinctive, constructive and principled contribution to the national dialogue on how to act together on issues of economic turmoil and suffering, war and violence, moral decency and human dignity.

Our nation now faces economic challenges with potentially tragic human consequences and serious moral dimensions. We will work with the new Administration and Congress to support strong, prudent and effective measures to address the terrible impacts and injustices of the economic crisis. In particular, we will advocate a clear priority for poor families and vulnerable workers in the development and implementation of economic recovery measures, including new investments while strengthening the national safety net. We also support greater accountability and oversight to address irresponsible abuses of the system that contributed to the financial crisis.

The Catholic Bishops of the United States have worked for decades to assure health care for all, insisting that access to decent health care is a basic human right and a requirement of human dignity. We urge comprehensive action to ensure truly universal health care coverage which protects all human life including pre-natal life, and provides access for all, with a special concern for the poor. Any such legislation ought to respect freedom to choose by offering a variety of options and ensuring respect for the moral and religious convictions of patients and providers. Such an approach should seek to restrain costs while sharing them equitably.

In closing, I renew our expression of hope and our offer of cooperation as you begin this new period of service to our nation in these challenging times. We promise our prayers for you, that the days ahead will be a time of renewal and progress for our nation and that we can work together to defend human life and dignity and build a nation of greater justice and a world at peace.

Nonetheless, we offer this outline as an agenda for dialogue and action. We hope to offer a constructive and principled contribution to national discussion over the values and policies that will shape our nation’s future. We seek to work together with our nation’s leaders to advance the common good of our society, while disagreeing respectfully and civilly where necessary for preserving that same common good.

On international affairs, we will work with our leaders to seek a responsible transition in an Iraq free of religious persecution. We especially urge early, focused and persistent leadership to bring an end to violent conflict and a just peace in the Holy Land. We will continue to support essential U.S. investments to overcome poverty, hunger and disease through increased and reformed foreign assistance. Continued U.S. leadership in the fight against HIV-AIDS and other diseases in ways that are both effectively and morally appropriate have our enthusiastic backing. Recognizing the complexity of climate change, we wish to be a voice for the poor and vulnerable in our country and around the world who will be the most adversely affected by any dramatic threats to the environment.

We will work with the new Administration and Congress to fix a broken immigration system which harms both our nation and immigrants. Comprehensive reform is needed to deal with the economic and human realities of millions of immigrants in our midst. It must be based on respect for and implementation of the law. Equally it must defend the rights and dignity of all peoples, recognizing that human dignity comes from God and does not depend on where people were born or how they came to our nation. Truly comprehensive immigration reform will include a path to earned citizenship with attention to the fact that international trade and development policies influence economic opportunities in the countries from which immigrants come.

We stand firm in our support for marriage which is a faithful, exclusive, lifelong union of a man and a woman and must remain such in law. In a manner unlike any other relationship, marriage makes a unique and irreplaceable contribution to the common good of society, especially through the procreation and education of children. No other kinds of personal relationships can be justly made equivalent to the commitment of a man and a woman in marriage.

With regard to the education of children, we will continue to support initiatives which provide resources for all parents, especially those of modest means, to choose education which best address the needs of their children.

We welcome continuing commitments to empower faith-based groups as effective partners in overcoming poverty and other threats to human dignity. We will work with the Administration and Congress to strengthen these partnerships in ways that do not encourage government to abandon its responsibilities, and do not require religious groups to abandon their identity and mission.

Most fundamentally, we will work to protect the lives of the most vulnerable and voiceless members of the human family, especially unborn children and those who are disabled or terminally ill. We will consistently defend the fundamental right to life from conception to natural death. Opposed to abortion as the direct killing of innocent human life, we will encourage one and all to seek common ground that will reduce the number of abortions in morally sound ways that affirm the dignity of pregnant women and their unborn children. We will oppose legislative and other measures to expand abortion. We will work to retain essential, widely supported policies which show respect for unborn life, protect the conscience rights of health care providers and other Americans, and prevent government funding and promotion of abortion. The Hyde amendment and other provisions which for many years have prevented federal funding of abortion have a proven record of reducing abortions. Efforts to force Americans to fund abortions with their tax dollars would pose a serious moral challenge and jeopardize the passage of essential health care reform.

This outline of USCCB policies and priorities is not complete. There are many other areas of concern and advocacy for the Church and the USCCB especially: religious freedom and other civil and human rights, news media and communications, and issues of war and peace. For a more detailed description of our concerns please see Forming Consciences for Faithful Citizenship (USCCB 2008), pages 19-30

Bush e o dia da Santidade da Vida humana

Em algum momento do intervalo entre postar a íntegra do — já mencionado — belíssimo discurso do presidente George W. Bush (soon-to-be ex) em inglês e fazer uma tradução traditora, encontrei, por acaso, no orkut, a tradução, que me parece bastante acurada. Uma vez que o autor do tópico não deixou claro se a reproduzia de outro lugar, ou se traduziu o discurso ele mesmo, deixo o espaço vacante para o reclame de autoria da tradução. De qualquer modo, reproduzo-a abaixo:

Dia Nacional da Santidade da Vida Humana, 2009

Proclamado pelo Presidente dos Estados Unidos da América

Toda vida humana é um dom de nosso Criador, que é sagrado, único e digno de proteção. No Dia Nacional da Santidade da Vida Humana, nosso país reconhece que cada pessoa, incluída toda pessoa que espera para nascer, tem um lugar e um propósito especiais neste mundo. Nós também sublinhamos nossa dedicação em divulgar esta mensagem de consciência ao clamar pelos que, entre nós, são fracos e sem voz.

O dever mais básico do governo é proteger a vida do inocente. Minha Administração tem se comprometido em construir uma cultura da vida ao promover vigorosamente leis de notificação de adoção e de paternidade, ao se opor ao financiamento federal de abortos no exterior, ao encorajar a abstinência aos adolescentes e ao financiar programas de gravidez de risco. Em 2002, tive a honra de sancionar a Lei de Proteção a Crianças Nascidas Vivas, que estende a proteção legal a crianças que sobrevivem a uma tentativa de aborto. Assinei uma legislação em 2003 para banir a prática cruel do aborto de nascimento parcial, a aquela lei representa nosso compromisso em construir uma cultura da vida na América. Também me orgulho de ter assinado a Lei de Não-nascidos Vítimas de Violência em 2004, que permite às autoridades acusar uma pessoa que causou a morte ou lesão a uma criança no ventre como uma acusação separada em acréscimo a outras acusações relacionadas à mãe.

A América é uma Nação atenciosa, e nossos valores devem nos conduzir enquanto aproveitamos os benefícios da ciência. Em nosso zelo pelos novos tratamentos e curas, não podemos jamais abandonar nossos valores morais fundamentais. Nós podemos alcançar as grandes descobertas, que todos procuramos, com reverência pelo dom da vida.

A santidade da vida está escrita nos corações de todos os homens e mulheres. Neste dia e ao longo do ano, aspiramos à construção de uma sociedade em que toda criança é bem-vinda à vida e protegida pela lei. Também encorajamos mais dos nossos compatriotas americanos a se unirem a nossa causa justa e nobre. A história nos ensina que com uma causa enraizada em nossos princípios mais profundos e recorrendo aos melhores instintos de nossos cidadãos, nós vamos prevalecer.

AGORA, PORTANTO, EU, GEORGE W. BUSH, Presidente dos Estados Unidos da América, em virtude da autoridade investida em mim pela Constituição e leis dos Estados Unidos, pelo presente ato proclamo 18 de janeiro de 2009 como Dia Nacional da Santidade da Vida Humana. Eu conclamo os americanos a marcar este dia com cerimônias apropriadas e a destacar nosso compromisso com o respeito e a proteção à vida e à dignidade de todo ser humano.

COMO TESTEMUNHO, com referência a isto eu ergo minha mão neste décimo quinto dia de janeiro, no ano de nosso Senhor de dois mil e nove, e no de duzentos e trinta e nove da Independência dos Estados Unidos da América.

GEORGE W. BUSH

O original pode ser visto em: http://www.whitehouse.gov/news/releases/2009/01/20090115-1.html

Bush proclama dia pró-vida

[Traduzo mensagem que recebei da Catholic League. O original está aqui. Cada vez mais eu me convenço que não sei inglês – as traduções que achei mais estranhas estão, como de praxe, com o original entre colchetes – e, portanto, correções são muitíssimo bem-vindas.

Fica, aqui, o registro do reconhecimento que o povo americano – em particular, o povo católico – deve ao presidente dos Estados Unidos, George Bush. Nos dias de hoje, quando muita gente fala mal de alguém, é um forte indício de que deve ser alguém bom; o exemplo do presidente americano é muito ilustrativo disto. “O melhor amigo da comunidade pró-vida”! Tenhamos consciência do aliado que foi perdido. E rezemos pelos Estados Unidos da América, que terá agora como presidente talvez o pior inimigo da comunidade pró-vida que já se destacou no cenário político americano. Que Deus tenha misericórdia de nós todos.]

16 de Janeiro de 2009

BUSH PROCLAMA DIA PRÓ-VIDA:
OBAMA IRÁ RESPEITÁ-LO?

Ontem, o presidente George W. Bush proclamou o dia 18 de janeiro como sendo o “Dia Nacional da Santidade da Vida Humana”. Ele disse que “toda vida é um dom de nosso Criador, que é sagrada, única e merece proteção”. O presidente enfatizou que “nós desejamos construir uma sociedade na qual toda criança é bem-vinda à vida e protegida pela lei”.

O presidente [Bush] foi elogiado pelo presidente da Liga Católica, Bill Donohue:

“George W. Bush será lembrado por ter feito mais na construção de uma cultura da vida do que qualquer outro presidente. Não é que o seu pai e Ronald Reagan não tenham sido também campeões da vida; a diferença é que este presidente enfrentou mais desafios, e ele cumpriu o que prometeu [make good on] em cada um deles. De pesquisas com células-tronco embrionárias e clonagem até o Ato de Proteção às Crianças Nascidas Vidas e o aborto por nascimento parcial, George W. Bush foi o melhor amigo da comunidade pró-vida”.

“Barack Obama logo será presidente. Ele é um explícito [avowed] campeão do direito ao aborto. Quando, durante a campanha, foi perguntado quando a vida começava, ele hesitou [balked], dando uma fraca [lame] resposta. Brilhante como ele é, Obama não está bem informado sobre esta questão que é a mais fundamental de todas: qual é o início da vida humana? Mas até mesmo aqueles que afirmam não ser possível a ninguém estar certo quanto a isso devem estar inclinados a oferecer proteção para aquilo que pode ser uma vida. Assumir outra coisa é um “jogo de sorte” [game of chance] que nenhuma sociedade moralmente responsável deve tolerar”.

“No dia 22 de janeiro, a Marcha pelo Direito à Vida vai acontecer em Washington. Sabemos da posição honrosa do presidente Bush [? – We know of President Bush’s honorable record]. Agora, esperamos para ver o que o presidente Obama vai dizer no 36º aniversário da infame decisão de Roe vs. Wade”.

Devem as pessoas ser protegidas?

Diversas vezes me deparei com pessoas que me confrontaram e tentaram se desvencilhar dizendo coisas do tipo: “Bem, você teve sorte!”. Pode ter certeza de que minha sobrevivência não tem nada a ver com sorte. O fato de eu estar viva hoje tem a ver com as escolhas feitas pela nossa sociedade: pessoas que lutaram para que o aborto fosse ilegal em Michigan naquela época — mesmo em casos de estupro —, pessoas que lutaram para proteger a minha vida e pessoas que votaram a favor da vida. Eu não tive sorte. Fui protegida. E vocês realmente acham que nossos irmãos e irmãs que estão sendo abortados todos os dias simplesmente são “azarados”?

Esta é a história de uma garota chamada Rebecca Kiessling, uma americana que foi concebida em um estupro e cuja mãe não pôde abortá-la. Ela tem um site pró-vida na internet, em inglês; o trecho da sua história em epígrafe (os grifos são meus) foi obtido no blog do Julio Severo, e vale muito a leitura completa.

“Eu não tive sorte. Fui protegida” – que força têm estas palavras! Nos dias de hoje – em que as pessoas têm sérias dificuldades em fazer abstrações – é muitíssimo eloqüente que um “exemplo vivo” daquilo sobre o qual estamos falando venha a público para dar o seu testemunho. O pai desta garota é um estuprador serial que violentou a sua mãe: ela é fruto de um estupro. Acaso não seria digna de viver por causa disso?

É tremendamente desumano acreditar que a vida ou a morte das pessoas dependam simplesmente de “sorte”, e que nós não devemos fazer nada para protegê-las. “É escolha da mulher”… então, a vida de um ser humano está ao arbítrio da mulher? No fundo, a pergunta fundamental a ser respondida nas discussões sobre a descriminalização do aborto não têm nada a ver com os direitos das mulheres, nem com os direitos ao próprio corpo, nem com os direitos sexuais e reprodutivos, mas sim com esta questão capital: as pessoas devem ser protegidas ou não? É o direito à vida que está em jogo! Tergiversar para longe desta questão é falsear o que se está discutindo e procurar “vencer pelo cansaço”, afogando as questões relevantes num oceano de sofismas e futilidades.

Quando se defende a inviolabilidade da vida humana, quando se afirma insofismavelmente que crianças inocentes não podem ser assassinadas – independente da situação -, então podemos ter a nossa consciência tranqüila, na certeza de que o nosso discurso é coerente. Mas, quando nós começamos a abrir exceções, e dizemos que, em certos casos, certas vidas não merecem proteção… então, onde vamos parar? Se uma vida pode ser descartada, então por que outra também não poderia ser? Se alguns inocentes podem ser assassinados, por que outros não o poderiam? Ora, se a vida não é defendida em sua integridade, então ela não é defendida. A diferença entre uma clínica de abortos onde se matam crianças e um campo de concentração onde se matam judeus não é de essência e sim de grau. Não dá para, racionalmente, condenar o segundo e defender a primeira: tal aberração lógica, mais dia menos dia, vai fatalmente ruir.

Bella (Beauty)

Jorge já tinha comentado en passant sobre este filme. Eu o assisti: fantástico. O roteiro é muito bem feito, a fotografia, excelente. Um dos melhores filmes que já vi. Recomendo muitíssimo. A sinopse oficial: “Uma estrela internacional do futebol (Eduardo Verastegui) está a caminho de assinar um contrato multimilionário quando uma séries de eventos ocorre, levando sua carreira a um abrupto fim. Uma bela garçonete (Tammy Blanchard), lutando para viver em New York, descobre algo sobre ela para o qual não estava preparada. Em um momento irreversível, suas vidas são viradas de ponta-cabeça… até que um simples gesto de bondade une a ambos, tornando um dia como outro qualquer numa experiência inesquecível” (traduzida por mim; sempre é bom desconfiar)

O trailer (com legendas em espanhol):

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=zFIe4sDhVU4]

“A cultura católica na América e a eleição de Barack Obama” – Pe. Thomas Euteneuer

[É com prazer que publico a continuação do “Não temos rei, a não ser César”, pelo pe. Thomas Euteneuer, cuja tradução foi-me gentilmente enviada por email pelo sr. Raymond de Souza. O original está aqui.

Seria necessário, immo, fazer alguns reparos quanto às evidentes figuras de linguagem hiperbólicas do revmo. pe. Euteneuer. Frases como “nenhum dos dois grupos recebeu qualquer orientação a respeito de como votar”, ou a “absoluta omissão de nossos líderes eclesiásticos para definir para nós o que a qualidade de membro da Igreja significa”, obviamente não podem ser tomadas ao pé da letra. Houve sim manifestações de sacerdotes bons e fiéis, como eu mesmo tive a oportunidade de publicar aqui no blog. É válida, no entanto, a reflexão sobre a importância de se criar uma cultura católica nos Estados Unidos, e eu me arriscaria a dizer que a mesma necessidade se impõe em nossas terras brasileiras.

Publico também a pequena introdução feita pelo sr. Raymond. Rezemos pelos Estados Unidos.]

Caros Amigos e co-defensores  da Cultura da Vida

É com prazer que partilho com todos a tradução do segundo artigo do Rev. Pe. Thomas Euteneuer, Presidente do Human Life International,  sobre as eleições americanas. O quadro é sem dúvida sombrio do ponto de vista da Cultura da Morte. O maior perigo, entretanto, não se encontra na força e no poder dos corifeus do aborto desbragado e neo-nazista: o maior perigo se encontra entre muitos dos que se dizem católicos, leigos e eclesiásticos, os quais, visceralmente corrompidos pela correção política e relativismo moral, euforicamente apóiam candidatos abortistas sem levar em conta as Leis de Deus e da Igreja.

O Pe. Thomas levanta uma bandeira de resistência e de luta que merece ser admirada e imitada. Juntemos-nos todos para reavivar a Ação Católica dos leigos, trabalhando juntos na Oração, no Estudo e na Ação.

Como dizia Santa Joana d’Arc, “Les soldats combattrons, mais Dieu donnera la victoire” – os soldados combaterão, mas Deus dará a vitória!

Raymond de Souza

A Cultura Católica na América e a eleição de Barack Obama

É impossivel continuar falando, por mais algum tempo, de uma “cultura católica” nos Estados Unidos. Um segmento inteiro da população que se autodenomina “católico” nao se sente vinculado a nenhum padrão de ortodoxia ou de sanidade católica.

De fato, é impossível falar de uma cultura católica na maioria das paróquias!

Em uma recente reunião das pastorais numa grande paróquia católica do sul da Flórida, um representante da pastoral do “Respeito à Vida” apresentou seu material pró-vida perto da mesa da pastoral da “Justiça Social” da mesma paróquia. A única coisa em comum entre as duas pastorais era que compartilhavam o mesmo espaço. Suas visões do mundo não poderiam ser mais separadas, mas ambas se autodenominavam católicas.

De fato, o pessoal da “justiça social” estava realmente radiante com a eleição de seu novo messias, Barack Obama. Muitos deles estavam falando de seus planos de assistirem a tomada de posse presidencial, mas estavam desconhecendo totalmente que haveria cem mil pessoas em uma marcha no Capitólio dois dias depois, em defesa do direito à vida dos nascituros, os quais ele tinham justamente destinado à irrelevância quando elegeram Obama para o mais alto posto no governo da nação.

Um deles chegou até a manifestar surpresa diante da previsão da entrada em vigor da “Lei do Direito de Escolha” [FOCA] abortista, quando confrontado com o desagradável fato de que seu ‘messias’ foi um patrocinador desse projeto de lei na última legislatura do Congresso. Como era de esperar, de modo imperturbável recusou-se a permitir que a verdade tivesse qualquer efeito sobre a sua euforia. Sua opinião já estava formada, e ele não permitiria a si mesmo ficar confuso diante da evidência dos fatos.

Não é preciso dizer, o católico praticante e de boa doutrina, o convicto pró-vida, este não comparecerá à comemoração da posse de Obama.

Como podem esses dois grupos estar colocados lado a lado no mesmo recinto, e apresentarem suas atividades no mesmo espaço dentro da mesma paróquia católica?

Simplesmente porque a contradição há anos tem sido tolerada por aqueles que estão no governo de nossa Igreja. Nesta última eleição nenhum dos dois grupos recebeu qualquer orientação a respeito de como votar segundo os princípios católicos, porque, como de costume, houve silêncio nos púlpitos sobre essa matéria.

A absoluta omissão de nossos líderes eclesiásticos para definir para nós o que a qualidade de membro da Igreja significa – e, portanto, para agir em conseqüência – conduziu à degradação da cultura católica e à perda do significado de coisas que são sagradas.

Quando Cristo e Belial são considerados parceiros equivalentes no santuário, então nada nele significa mais nada, e nenhum critério significativo distingue o verdadeiro católico de um falso.

A degradação da cultura católica se deve – em larga medida, mas não exclusivamente – à culpa do clero. Por quatro décadas na Igreja católica norte-americana nós temos visto:

– Abusos litúrgicos numa corrida desenfreada, favorecidos por aqueles que estão no governo de nossa Igreja;

– Duas ou três gerações de católicos de esquerda não catequizados ou ensinados de modo precário, educados como protestantes e não como católicos;

– Abusos sexuais tolerados e não denunciados pela hierarquia católica;

– Cegueira em relacao aos hereges e dissidentes da alta política;

– Ataques sistemáticos ao magistério sagrado que virtualmente não receberam resposta de nossos pastores. E se não fosse pelas Respostas Católicas (Catholic Answers), EWTN (maior canal de TV catolica nos EUA) e pela Liga Católica (Catholic League), nós não teríamos sequer uma defesa.

– A derrota de nossas instituições católicas de ensino superior diante do ataque do “politicamente correto”; e a lista continua…

Diante disto, ficaríamos surpresos se 54% dos católicos votassem em Barack?

Dificilmente.

A batalha pela cultura católica começa conosco mesmo, e não há ocasião mais propícia do que a atual, para vestir a armadura da guerra espiritual.

Ou nós acreditamos e praticamos o que a Igreja ensina, ou vivemos como parte da igreja das trevas, falsamente fazendo uso do nome de católico para o seu benefício, sem ao mesmo tempo carregar as cruzes que isto requer.

Há, entretanto, uma grande esperança para o futuro, porque a batalha já começou: novos colégios católicos estão nascendo para substituir as velhas e decrépitas escolas de heresia, novas ordens religiosas com abundantes vocações e boa doutrina têm surgido, escolas nos lares e fortes   movimentos leigos agora são abundantes.

Só quando nós recuperarmos nossa amada Igreja das mãos dos falsos católicos e clérigos, nossa Igreja estará pronta para levantar-se e repreender os ventos tempestuosos do paganismo que estão soprando mais rápido do que nós queremos admitir. Este projeto, entretanto, não se realiza sem um custo.

O custo de ser um verdadeiro fiel será, sem dúvida, muito mais alto do que foi antes em nossa vida. Começando agora, até a próxima geração, nós como católicos mostraremos ao mundo não apenas no que acreditamos, mas mostraremos que estamos dispostos a sacrificar nossas vidas como testemunhas da verdade.

Sinceramente vosso em Cristo,

assinaturapadrethomaseuteneuer
Presidente, Human Life International