Republicação de post sobre o Gabriel Chalita no qual a Canção Nova deu sumiço

[O post abaixo estava até ontem disponível aqui. Hoje, misteriosamente desapareceu, mas eu consegui recuperá-lo através do cache do Google. Cheguei a tempo e o salvei em arquivo pdf. Agora não some mais. A Canção Nova parece ter o péssimo hábito de varrer para debaixo do tapete aquilo que não é conveniente; lembrem-se do pe. José Augusto. No entanto, a emissora precisa entender que, em tempos de internet, não é mais possível ocultar informações. Não dá mais para manipular assim as pessoas. A quem interessa esconder informações verdadeiras? Quem é o responsável pela censura a opinião de um blogueiro? Os filhos de Deus temos o dever moral de amar e defender a Verdade, por mais que Ela pareça ser inconveniente. Da última vez que eu conferi, eram outros os que preferiam as trevas da mentira e da ignorância. P.S.: Há não muito tempo o deputado estreou um programa na Rede Vida de televisão.]

blog-do-tiba

Deputado Gabriel Chalita fala sobre aborto, união homossexual e excomunhão.

Durante uma entrevista à Folha/UOL

http://www1.folha.uol.com.br/poder/poderepolitica/2013/05/1276152-as-acusacoes-sao-todas-absurdas-diz-gabriel-chalita.shtml

O Deputado Federal Gabriel Chalita se posicionou na coluna do meio, defendeu a união civil homossexual, criticou a Igreja quanto à excomunhão de um padre e o pior, disse ser a favor do aborto, nota-se, “em caso de estupro.”

Entenda, quando o assunto é aborto, não se tem concessões. Aborto é o tipo de tema do qual só existem dois lados: Os que são totalmente contra e os que são totalmente a favor. Porque a evidências, inclusive científicas, já deixaram muito claro onde a vida humana se inicia.

Quem emite opinião tentando defender um terceiro ponto, na verdade emite a opinião mais corrompida de todas, porque tenta se apresentar como moderado e equilibrado, quando na verdade está dizendo: “A vida de um inocente e indefeso deve ser eliminada se… o pai for estuprador… se o legislativo ou judiciário decidirem… se a mãe for pobre… e por aí vai. Em tempos mais remotos alguém chamaria isso de hipocrisia.

Quem se posiciona relativizando o direito à vida, de fato está contra toda a vida humana. A vida tem seu valor por si mesmo, independe de circunstâncias, sejam elas quais forem. Relativize o direito à vida e está desmontando toda a base de todos os direitos humanos.

Agora observe o que disse o deputado Chalita sobre Marta Suplicy:

“A Marta tem um história de luta em defesa de temas que nos fascinam… é por isso que admiro tanto a Marta Suplicy, tenho muito carinho por ela, pelos temas que ela defende…A Marta é uma mulher polêmica no bom sentido, que compra briga que é sincera…ela briga por aquilo que acredita, ela defende com entusiasmo…São Paulo vai ganhar muito se tiver essa mulher no Senado da República” 

vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=LUrPGiLxDpc

Quando Chalita elogiou Marta Suplicy dizendo ser fascinado pelos temas que ela defende, já ali revelava qual de fato eram seus pensamentos; Quando classificou como boataria as denúncias da Regional Sul 1 da CNBB, sobre os fatos históricos da tentativa de PT implantar o aborto no país demonstrou mais um pouco; Quando processou a Comunidade Católica Família de Deus, num processo absurdo, também mostrou seu perfil. Agora vem ratificar sua posição quando revelou fazer parte do conjunto de suas opiniões pessoais, a legitimidade da união civil homossexual, o direito de um sacerdote católico defender o adultério, o homossexualismo e o sexo antes do casamento, sem ser excomungado e o direito da mulher abortar.

O dep. Chalita tem todo direito de se expressar e dizer o que quiser, e que o faça, assim saberemos de suas reais intenções, mas que fique claro, essas não são as posições da Igreja, de um cristão e nem da maioria da população brasileira.

Não quero, com este post, causar polêmica ou coisa desse tipo, mas não acho que tenho o direito de refutar o direito à informação a tantos católicos que apoiaram o deputado e votaram nele; Muito menos nesse momento em que uma postura tão grave contra princípios básicos da fé católica é declarada publicamente. Envolvendo uma pessoa pública, de grande visibilidade e que por muito tempo foi identificado como promotor dos princípios católicos, penso ser necessário, com risco de um dia ter que responder a Deus por omissão, se posicionar, esclarecer e corrigir.

Não penso que um Deputado Federal seja incriticável, ainda mais quando este mesmo relativiza valores inegociáveis à moral e à ética.

Para os mais simplistas quero deixar claro, não estou “falando mal”, estou constatando evidências, baseado nas próprias declarações de Chalita. Quem não concorda, desafio a me mostrar onde e em que ponto sou negligente e me comprometerei com a correção do texto

Eu desejaria que a história fosse outra, mas contra fatos não há argumentos e contra posições erradas cabe a correção.

Esperamos que Gabriel Chalita declare que estava equivocado; Se isso ocorrer eu voltarei aqui e farei um artigo elogiando a postura de um cristão que sabe reconhecer seus erros e voltar atrás. Sinceramente, eu gostaria de fazer isso. Caso contrário cabe a nós a oração por ele, para que não colabore na prática com aquilo que ele disse acreditar.

Poderíamos chegar a alguma outra conclusão? Algum argumento que justifique o deputado? Está aberto para quem se aventurar, usando a razão lógica, chegar em outro resultado.

Abaixo trecho da entrevista do deputado:

Folha/UOL: E os temas que são relevantes para líderes religiosos e que, muitas vezes, são transplantados para o debate político? Temas como aborto, casamento gay, descriminalização do uso de drogas, entre outros, que têm sido usados por vários candidatos nas campanhas. Essas discussões são próprias para as campanhas políticas?
Gabriel Chalita: Eu acho que elas diminuem o debate político. Elas são ruins para o debate político. É claro que as pessoas saberem o que os candidatos pensam faz parte do processo, o que cada candidato pensa. Agora, você transformar uma eleição presidencial em um debate sobre aborto…

Folha/UOL: Eu digo, se ela não foi vítima de um estupro e quiser fazer um aborto até a 12ª semana de gravidez, o sr. acha que isso não deveria ser permitido?
Gabriel Chalita: Não deveria ser permitido por uma questão que, para mim, é constitucional, que é o amplo direito à vida. Ali tem vida. Onde tem vida, você tem que proteger o direito à vida.

Folha/UOL: Mas no caso do estupro, pode?
Gabriel Chalita: O caso do estupro pode. Ela não é obrigada a fazer. É uma decisão dela. Você tem uma diminuição disso porque aquilo foi praticado por meio de um crime.

Folha/UOL: Mas aí, então, pela mesma concepção, vai se tirar uma vida do mesmo jeito.
Gabriel Chalita: É. Pela mesma concepção, você pode matar alguém como legítima defesa. Você também está tirando uma vida, mas você tem uma previsão legal que te garanta que faça isso, porque você seria morto, então, para não ser morto, você tem o direito de defender a sua vida.

Folha/UOL: Mas, nesse caso, não há uma vida em risco.
Gabriel Chalita: Você está defendendo uma vida da mulher. Você não sabe quem, enfim, a estuprou. Então, já houve uma construção legal nesse sentido.

Folha/UOL: Casamento gay. Deve haver alguma ampliação no que já existe a respeito de casamento gay no Brasil na legislação?
Gabriel Chalita: Eu acho que o Supremo decidiu isso de uma forma muito correta, mostrando que você não pode ter nenhum tipo de preconceito a uma relação estável entre duas pessoas, sejam elas do mesmo sexo ou de sexos diferentes. Agora, no caso das igrejas, eu acho que cada igreja tem que decidir o casamento que ela faz. Agora, contra todo tipo de preconceito, eu acho que é lamentável uma sociedade que tenha quaisquer sentimentos de homofobia, que destrua as pessoas porque elas têm uma orientação sexual diferente ou porque elas têm uma história de vida diferente.

Folha/UOL: Por exemplo, já que o sr. está falando sobre isso, teve o caso desse padre – padre Beto, de Bauru – que foi excomungado por ter manifestado apoio ao relacionamento amoroso entre pessoas do mesmo sexo. O sr. concordou com essa atitude de excomunhão do padre Beto, de Bauru?
Gabriel Chalita: A Igreja está dizendo que ele não foi excomungado por causa disso. Está dizendo que ele foi excomungado porque ele desobedeceu bispo, enfim, ele fez um juramento de obediência, ele desobedeceu isso, não é? Eu, na verdade, por causa da defesa dele da questão das pessoas poderem ser felizes, eu não vejo com bons olhos isso. Eu acho que ele tem o direito de expressar…

Folha/UOL: O sr. não vê com bons olhos…
Gabriel Chalita: A excomunhão. É. Padre Cícero foi excomungado também, não é?

Folha/UOL: O sr. acha, então, que não foi a melhor atitude da Igreja?
Gabriel Chalita: Eu não quero criticar [a Igreja]. Eu acho que a Igreja erra e acerta, mas…

Folha/UOL: Nesse caso?
Gabriel Chalita: Eu vi, inclusive, a demonstração do povo de Bauru pelo grande padre que ele é, pela forma carinhosa como ele trata as pessoas, pela liderança dele. Agora, eu não tenho detalhes do motivo da excomunhão, como é que ela foi desenvolvida. Eu também não quero ser leviano com relação a isso. Mas, quando eu vi a primeira colocação na imprensa, de que ele foi excomungado por causa disso, eu achei incorreta a excomunhão. É a minha opinião de leigo ali vendo. Eu acho que as pessoas precisam ser acolhidas, não excomungadas.

«Setor Atos Centrais da JMJ» zomba de católicos e convida para atos centrais da Jornada expoentes da degeneração moral dos nossos tempos

Que Satanás odeia qualquer coisa que se proponha a servir para a maior glória de Deus é uma conclusão teológica da mais alta obviedade. Que ele reserve um especial ódio para a Jornada Mundial da Juventude é coisa da qual já estamos carecas de saber. Que ele conte com servos tão dedicados nos bastidores da organização da JMJ do próximo mês, contudo, é um fato que só agora nós vislumbramos em toda a sua aterradora dimensão.

O site oficial da JMJ revelou o nome dos «artistas» convidados – registre-se, convidados! – para se apresentarem de alguma maneira durante o evento. Os nomes provocam horror e perplexidade; mais ainda, soam como um escárnio dos infernos aos católicos fiéis que se empenham em fazer da JMJ um evento católico e a lutar por Deus e por Sua Santa Igreja em um mundo que Lhes é cada vez mais hostil.

A «Cássia Kiss» (sic) «interpretará Maria Santíssima» na Via Sacra. Não sei quem é esta senhora. Uma rápida busca no Google, no entanto, revela-me uma bonita história protagonizada por ela. É a seguinte:

A atriz Cássia Kiss, 39 anos, um aborto, dois filhos, lembra: “As pessoas têm de ter consciência de que o aborto, em qualquer circunstância, é um crime”, afirma. Ela baseia sua opinião em dois fatos de sua vida. Em 1990, alguns anos depois de ter feito o aborto, Cássia Kiss fazia parte do elenco da novela Pantanal, da Rede Manchete. Ela interpretava uma mulher forte, parideira, de nome Maria Marruá. Em uma cena antológica, a personagem dá à luz a menina Juma Marruá. “Fiquei emocionadíssima durante as gravações dessa cena. Logo depois, chorei copiosamente durante quase uma hora. Foi um momento divino. Ali comecei a descobrir o valor da maternidade e da importância de ter um filho”, diz. Numa segunda fase de sua vida, já casada e disposta a ter um filho, engravidou. Mas, com três meses de gravidez, Cássia foi surpreendida por um aborto espontâneo. “Recebi aquilo como um castigo de Deus. Mesmo traumatizada resolvi que iria tentar novamente, quantas vezes fossem necessárias. Hoje eu acho que me recusaria a fazer qualquer exame, pois, mesmo que ficasse comprovado algum problema com o bebê, ainda assim eu levaria a gravidez adiante.”

Colocar num dos papéis mais importantes da Via-Sacra uma mulher que se arrepende de ter feito um aborto é uma escolha que tem o seu quê de louvável. Mais adequado, sem dúvidas, seria se o papel por ela desempenhado fosse o de Santa Maria Madalena arrependida, mas deixemos isso para lá. Afinal, uma atriz famosa que diz em público que «o aborto, em qualquer circunstância, é um crime» e que «levaria a [sua] gravidez adiante» «mesmo que ficasse comprovado algum problema com o bebê» é uma boa escolha para um evento da Igreja que – na contramão do mundo moderno – coloca-Se intransigentemente contra o aborto em qualquer situação.

O mesmo, infelizmente, não pode ser dito de outros dos nomes com os quais a Organização da JMJ nos “presenteou”. Destaco dois: o Luan Santana e a Ana Maria Braga.

luan-santanaO primeiro, além de possuir uma qualidade artística (para dizer o mínimo) questionável, é entre outras coisas o autor da seguinte obra-prima: «Mãos para o alto novinha / Por que porque hoje tu ta presa / Tu tem direito de sentar / Tem direito de gritar / Tem direito de sentar de ficar de rebolar […] Fica caladinha / Fica caladinha / E desce, desce novinha». Faltam-me palavras para deplorar esta apologia ao estupro de menores que faz – sem corar de vergonha! – o garoto convidado para cantar num evento com a presença do Papa! Isto é um escândalo de proporções incomensuráveis. Será possível que não existe nenhum cantor decente – mesmo de música secular – que pudesse ser convidado pelos organizadores da JMJ? Será realmente que a melhor opção deles era convidar um fulano que enaltece a mais criminosa violência sexual nas letras de suas canções?!

ana-mariaO segundo, o de Ana Maria Braga, pode parecer à primeira vista menos chocante, mas é também escandaloso. Afinal, a apresentadora da Globo é conhecida por receber alegremente em seus programas as maiores aberrações morais, como – por exemplo – a dupla de marmanjos que teve “dupla paternidade” (sic) reconhecida e os “heróis” do Big Brother Brazil chamados a opinar (favoravelmente, é óbvio) sobre o conhecido caso do assassinato de dois gêmeos aqui em Pernambuco; o quê, por tudo o que é mais sagrado, esta senhora está fazendo na Jornada Mundial da Juventude?!

E o site da JMJ ainda tem a cara de pau de dizer que estas escolhas luciferinas foram feitas «na tentativa de representar todos os jovens do mundo». Como assim, “todos os jovens do mundo”? Quem é o jovem católico que pode se sentir minimamente representado por estes arautos do anti-catolicismo, por essas pessoas que encarnam, por seus atos públicos, tudo que é contrário à Igreja e ofensivo ao Deus Todo-Poderoso? Nós não nos sentimos “representados” por esta gente, senhores da organização da JMJ! Muito pelo contrário, nós nos sentimos traídos e humilhados. Nós enfrentamos uma barra enorme para tornar a mensagem da Igreja atrativa para a sociedade contemporânea que A odeia, e os senhores, ao invés de nos ajudarem, fazem questão de chamar para um evento de evangelização de proporções internacionais estes expoentes do anti-catolicismo reinante no mundo moderno.

Se os senhores tivessem um pingo de vergonha na cara e de temor a Deus, poriam de lado todo o respeito humano e cancelariam imediatamente estes convites ignominiosos que emporcalham a Igreja e envergonham os católicos que se esforçam por serem fiéis, fazendo publicamente um mea culpa pela completa falta de bom senso e pelo serviço que, conscientemente ou não, prestaram a Satanás. É um absurdo que as lideranças católicas, aparentemente não satisfeitas com o espaço que o anti-catolicismo detém no mundo moderno, preencham importantes espaços da Jornada Mundial da Juventude com estes luminares das desgraças do mundo moderno que tanto ofendem a Nosso Senhor.

«Os jovens e suas formas de expressão vão ser representados durante as apresentações artísticas nos Atos Centrais da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013», é o que diz a notícia do site da JMJ. Uma ova. Esta turma não me representa e nem representa nenhum católico sério do mundo. Ao que parece, é Satanás que estará muito bem representado no Rio de Janeiro, durante a visita do Papa. Para vergonha dos católicos brasileiros e desta Terra de Santa Cruz. Ao que parece, Nosso Senhor não pode contar com ninguém para organizar dignamente a recepção do Vigário de Cristo e dos católicos de todo o mundo que virão ao Rio de Janeiro no próximo mês. Com estes organizadores, para quê Cristo precisa de inimigos?

O patrimônio comum de todos os homens

Está simplesmente antológica a coluna do Carlos Ramalhete de ontem na Gazeta do Povo: invejo a capacidade do articulista de dizer tanto em tão exíguo espaço de jornal! É até difícil selecionar um trecho para citar aqui. Leiam-no lá na íntegra.

O que o Ramalhete faz é classificar as recentes manifestações ocorridas em Brasília (aqui e aqui) como um legítimo grito por liberdade que brota do fundo do peito da natureza humana aviltada por um sem-número de políticas imorais impostas à população brasileira pelos revolucionários que hoje se encontram no poder. E o faz com a sua particular perspicácia, apontando um fato bem óbvio que as práticas fascistas dos que têm voz na mídia se empenham por ocultar: o “fundamentalismo religioso” é o que separa as religiões, e não o que as une. Ora, uma movimentação que reúne em torno de um objetivo comum católicos e espíritas, protestantes e umbandistas, budistas e agnósticos não pode, por definição, ser um ato de fundamentalismo religioso.

Se religiões tão díspares e contraditórias entre si são unânimes em afirmar um determinado valor moral, então é óbvio que a origem deste valor deve ser buscada naquilo que é comum a todos os que o afirmam, e não no que os distingue. O que distingue um protestante de um muçulmano e de um agnóstico é justamente a sua religião e, portanto, não pode ser ela a origem daquele valor moral que estamos buscando. Esta só pode estar naquilo que os une, não no que os separa; e o que os une é a sua natureza humana. O fato de culturas religiosas tão radicalmente irredutíveis entre si afirmarem em uníssono uma mesma coisa exige que o fundamento desta coisa esteja naquilo que transcende as culturas religiosas, naquilo que é comum a todos os homens independente da religião que professem. É este patrimônio comum que está sendo atacado. É por isso que o Carlos afirma com toda a propriedade: «Natureza, não religião».

Os brasileiros começam a se levantar. As pessoas de boa vontade começam a deixar o estado letárgico em que se encontram e já ensaiam dizer em público, em alta voz, que não suportam mais os descalabros dos nossos governantes, as abominações impostas a ferro e fogo pelos poderes públicos. A iniqüidade já foi longe demais, e é do bom povo brasileiro que virá a oposição a ela: do povo ordeiro que por sua própria índole não é afeito a confrontos abertos com a autoridade, mas que não tem mais condições de suportar o vilipêndio da natureza humana praticado pelos nossos governantes, «o caos antinatural que nos vem sendo imposto». Como dizem os franceses, chassez le naturel, il revient au galop: e esta cavalaria por vezes vem de onde menos se espera.

Desmascarando um discurso de ódio: contra os que são contra a dita “bolsa-estupro”

De ontem para hoje, por conta da sua aprovação na CFT da Câmara dos Deputados, multiplicaram-se internet afora as críticas ao Estatuto do Nascituro. A maior parte delas está francamente empenhada em lhe conferir um rótulo odioso por meio do recurso exaustivo à expressão “bolsa-estupro”, atribuída pejorativamente ao projeto de lei.

Um rótulo odioso, como nos ensina Schopenhauer, é um estratagema de falsa retórica que pretende desqualificar um argumento por meio de sua (indevida) vinculação a uma «categoria geralmente detestada». Ou seja, torna-se desnecessário entrar no mérito do argumento: basta lançar-lhe alguma pecha detestável, que a repulsa àquela categoria transmite-se naturalmente para o objeto rotulado. Aplicando a falácia ao caso em prática, temos o seguinte: o estupro é socialmente detestável, e com razão. Então, se associamos o PL 478/2007 ao estupro, a repulsa ao crime transfere-se automaticamente para o Projeto de Lei e não temos necessidade de fazer mais nada contra ele porque já o tornamos socialmente rejeitado. Não por ele ter sido refutado na esfera dos argumentos, mas somente porque se tornou odiado no âmbito das impressões subjetivas.

Vê-se, desde logo, que se trata de expediente típico de quem não tem argumentos. Mas como se defender dessa canalhice? A primeira e mais urgente coisa a ser feita é negar o apodo: não existe nenhuma «bolsa-estupro». A segunda, é demonstrar a má-fé da construção da alcunha: o texto ora em trâmite do PL 478/2007 (que é um substitutivo) tem 14 artigos, dos quais somente um trata da violência sexual; de sorte que a expressão «bolsa-estupro» é de um reducionismo oportunista grosseiro. A terceira é esclarecer o que o Estatuto do Nascituro realmente dispõe: não se trata de revogar artigo algum do Código Penal e nem muito menos de obrigar a mulher a sustentar o filho do estuprador, mas tão-somente de, caso ela o deseje, ajudá-la a criar o próprio filho.

E com duas ligeiras considerações desmascaremos este rasgar de vestes hipócrita. Primeira: sob qual absurdo pretexto alguém pode ser contra o custeio pelo Estado de uma criança cuja mãe não tem condições de a sustentar? Então a pobre da mulher, além de sofrer violência sexual, se não quiser assassinar o próprio filho tem que ser obrigada a cuidar dele sem nenhum tipo de ajuda dos Poderes Públicos? Veja-se o tamanho da monstruosidade que a ideologia abortista leva as pessoas a defenderem!

Segunda: os defensores do aborto são os primeiros a se dizerem a favor da “escolha” da mulher [pro-choice] e pela sua liberdade de fazer o que bem entender com o próprio corpo. Deveriam, portanto, por coerência, apoiar com entusiasmo o Art. 13 do Estatuto do Nascituro, que, dispondo sobre o auxílio psicológico e financeiro à mulher vítima de estupro que opte pela não-interrupção da gravidez, dá as condições necessárias para o efetivo exercício da sua liberdade. Afinal de contas, liberdade só existe quando se pode escolher entre dois caminhos possíveis. A mulher que não tem condições de criar um filho, assim, é na verdade constrangida ao aborto pelas circunstâncias em que se encontra. Dizer que uma vítima de estupro pobre e assustada está sendo «livre» quando opta pelo aborto é uma piada de muito mau gosto: se ela não tem condições financeiras ou psicológicas de ter aquela criança, é óbvio que não cabe falar em escolha alguma aqui. O PL 478/2007, prevendo o «acompanhamento psicológico da mãe» e os «meios econômicos suficientes para cuidar da vida, da saúde do desenvolvimento e da educação da criança», está assim restabelecendo a autonomia da mulher e garantindo-lhe o legítimo direito de decidir. Afinal, há de se convir que não se exerce «direito de escolha» algum quando se opta por uma coisa porque não se tem condições de fazer a outra.

Não se enganem os leitores: este levante orquestrado contra o Estatuto do Nascituro não é fruto de humanismo ou de compaixão pelas mulheres. Não se baseia em nobres ideais de progresso e liberdade e não está nem um pouco preocupado com as vidas daquelas que ele diz defender. Muito pelo contrário, é o debater-se de uma ideologia assassina que, sob o pretexto de defender a liberdade, condena as mulheres à solução fácil do aborto e não tolera nada que venha dar opções verdadeiras às vítimas de violência sexual. É disso que se trata. Não dêem ouvidos a esta hipocrisia.

Estatuto do Nascituro aprovado na CFT!

No final desta manhã, o Estatuto do Nascituro foi aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Votação simbólica, com apenas quatro ou cinco oposições. Agora o projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Nossos agradecimentos a todos os que colaboraram, de uma forma ou de outra, para este importante resultado. Vencemos esta batalha! Mas a guerra continua.

Abaixo, uma foto dos céus de Brasília sobre a Marcha da Cidadania pela Vida de ontem. Outras podem ser encontradas no Flickr do Brasil Sem Aborto.

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Que orvalhem os Céus sobre nós, e que brote a justiça deste solo brasileiro. Já basta de dor e de iniqüidade, já basta de crimes e de omissão. Que nos ajudem os Céus, os Eternos, que sobre nós brilham com muito mais fulgor e beleza do que este do Planalto Central ao entardecer. Levantai-Vos, ó Virgem Aparecida, e defendei Vosso Brasil!

Sobre projetos pró-vida no Congresso Nacional

Projeto que inclui “desde a concepção” na Constituição Federal ganha relator, no Blog da Vida. «No dia 14 desse mês o deputado Alberto Filho (PMDB-MA) foi indicado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados como relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/2012, projeto que pretende incluir na Constituição Federal as palavras “desde a concepção” no artigo 5º, quando há menção à inviolabilidade da vida humana».

A notícia é muito boa, pois se trata de um dos mais simples e incontroversos projetos pró-vida atualmente em trâmite no Congresso. Importa trabalhar por sua aprovação, que será muito positiva para a causa em defesa da vida no Brasil.

Já o Estatuto do Nascituro, como sabemos, não é tão incontroverso assim. Exatamente por isso é importante pontuar com bastante cuidado o quê ele significa e a quê exatamente ele se propõe, para que não fiquemos paralisados no meio do fogo cruzado. Neste sentido, é oportuna a leitura deste texto do Dr. Leonardo Lima Nunes, Procurador Federal. Destaco:

Os defensores do aborto contam justamente com a sua desinformação e comodismo. Vendem-lhe uma realidade distorcida para que, com medo, você apoie a barbárie. Informe-se e verá que defender a dignidade humana e o direito das crianças nascerem (já previsto no art. 7° do ECA), ampliando as políticas públicas de apoio à gestação, nunca irá torna-la menos livre ou ameaçar a sua vida ou dignidade.

Propositalmente, o texto incorre naquilo que o pe. Lodi está chamando de «propaganda do gol contra». Eu entendo as ressalvas do sacerdote, mas imagino que o Dr. Leonardo esteja encarando os fatos de um ângulo diferente: importa desmentir a boataria de internet que diz que o Estatuto do Nascituro vai modificar o Código Penal. Não vai, e talvez a melhor forma de deixar isso claro seja mesmo enfiar um «ressalvados (sic) o disposto no Art. 128 do Código Penal Brasileiro» no meio do projeto. A esta altura do campeonato, quem poderá demonstrar o contrário?

Todos sabemos que não existe aborto legal no Brasil, e todos também sabemos que, não obstante, há um morticínio generalizado de crianças – inclusive com recursos públicos! – sob o manto hipócrita de uma “legalidade” que não se sustenta juridicamente. É uma lástima, mas esta é a situação na qual nós já nos encontramos. Não é praticável fazer guerra contra isso o tempo todo, e nem muito menos condicionar a legitimidade moral de um projeto de lei à clareza com a qual ele expresse a justa interpretação do Art. 128 do CP.

Kermit Gosnell, aborteiro, assassino

Uma das mais reconfortantes notícias da semana é a de que Kermit Gosnell foi considerado culpado pela justiça americana. A pena ainda não saiu, mas pelo que entendi oscila entre pena de morte e prisão perpétua.

Se alguém está lendo este texto e não sabe quem é Kermit Gosnell, é devido ao silêncio criminoso com o qual os órgãos de imprensa (não só brasileiros) estão tratando o assunto. O Dr. Gosnell, pasmem, é «um médico da Pensilvânia que matava bebês nascidos vivos depois de procedimentos abortivos mal sucedidos» (cf. Blog da Vida – praticamente o único veículo de mídia nacional a repercutir o caso, a propósito). Contra ele pesam 260 acusações.

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O próprio fato de um médico montar uma clínica de abortos já é algo intrinsecamente repulsivo, e para quem mantém o seu senso moral intacto é lógico que um aborto já é em si mesmo uma coisa repugnante. No entanto, o caso do dr. Gosnell nos ajuda a ilustrar esta verdade de modo insofismável. O que se sabe do aborteiro americano é o seguinte (id. ibid.):

As maiores atrocidades, no entanto, ocorriam quando algo dava “errado” na mesa de cirurgia. Conforme conta a colunista Kirsten Powers, do jornal USA Today, Gosnell decapitava os bebês sobreviventes, e os guardava em jarras, na geladeira.

Stephen Massof, um ex-funcionário de Gosnell detalhou em seu testemunho como o médico usava tesouras para perfurar a parte traseira do pescoço e cortar a medula espinhal do bebê, separando o cérebro do corpo. Assim como outras testemunhas, Massof também se declarou culpado por ter participação em várias execuções, e contou ter visto pelo menos 100 bebês serem assassinados por seu ex-chefe. Outra ex-funcionária, Adrienne Moton, chegou a fotografar alguns dos bebês mortos e confirmou que Gosnell lhe ensinou a técnica.

Ora, se somos tomados de horror quando imaginamos o médico cortando o pescoço de bebês recém-saídos do útero de suas mães, como é possível que não nos indignemos quando o mesmo médico faz a exata mesma coisa dentro do ventre materno? É horrendo decapitar crianças? Concordaríamos facilmente que ninguém possa reclamar para si tão macabro direito – o de decapitar os próprios filhos? Ora, que assombrosa deficiência intelectual é esta, então, que nos faz omitirmo-nos (ou, pior ainda, apoiarmos com entusiasmo!) face ao mesmíssimo assassínio se ele se nos apresenta sob o pomposo nome de “direito de decidir”? Se o Dr. Gosnell é culpado por estraçalhar bebês recém-nascidos, como é possível que ele tenha o direito legal de estraçalhar bebês por nascer?

Um crime horrendo não se torna menos horrendo pelo fato de ser praticado longe dos nossos olhos, e não é virtude defender o assassinato bárbaro de bebês indefesos contanto que isso seja feito com o consentimento da mãe e o bebê em questão se encontre dentro do ventre materno: ao contrário, isto é somente incoerência ou hipocrisia. A Justiça Americana condenou Kermit Gosnell; mas quantos outros Kermits não existem mundo afora, em cada clínica de aborto clandestina à qual os cidadãos e as autoridades fazem vista grossa? E quantas pessoas não estão por aí militando pelo direito do Dr. Kermit de fazer o que fez? Acaso pensam que as suas mãos estão menos manchadas do sangue de inocentes? Acaso julgam que esta é uma questão acadêmica passível de ser assepticamente resolvida a nível abstrato? Ora, os cadáveres das crianças abortadas são bem reais – e é exatamente por isso que os pró-aborto se esforçam tanto por escondê-los.

A despeito da vergonhosa omissão da mídia, o Dr. Gosnell foi condenado. E se isso nos servir para alguma coisa, que seja para mostrar o quanto o aborto é odioso. Se formos aprender alguma lição dessa tragédia, que seja esta: a importância de combater com todas as forças o extermínio de vidas humanas inocentes. Que o horror da Pensilvânia sirva ao menos para desmascarar a retórica abortista e mostrar ao mundo o aborto em toda a sua fealdade.

Estatuto do Nascituro: alguns esclarecimentos

Tendo em vista as críticas que o Estatuto do Nascituro vem recebendo de todos os lados (de um indiscutível pró-vida como o pe. Lodi a uma abortista radical como a Débora Diniz!), o Brasil Sem Aborto publicou um importante texto de esclarecimento (veja-se aqui) que deve ser lido por todas as pessoas interessadas em formar uma opinião sobre o assunto – a fim de que, para apoiá-lo ou se lhe opôr, seja considerado «o texto [do Projeto de Lei] atualmente em discussão, e não textos antigos ou que só existem no imaginário de cada um».

É importante a leitura do documento preparado pelo Brasil Sem Aborto na íntegra. Trago aqui apenas as duas conclusões que julgo mais importantes, porque a respeito destes temas também aqui no Deus lo Vult! foram veiculadas opiniões que não se sustentam à luz do texto do projeto de lei ora em apreciação na Câmara dos Deputados:

Conclusão: o Estatuto do Nascituro trata o embrião como pessoa, garantindo-lhe os direitos, embora não use diretamente esse termo, mas outros análogos, fazendo referência a “dignidade e natureza humanas”, e a “direitos de personalidade”.

[…]

Conclusão: em matéria penal, nada muda. O Código Penal continua como está, e as divergências na sua interpretação, que atualmente ocorrem, continuarão ocorrendo do mesmo modo: nem mais, nem menos.

Como sabemos, o PL 478 está para ser apreciado na Câmara. Continuemos em mobilização: também para desmistificar as lendas que, neste momento, pululam internet afora sobre o projeto. Também para esclarecer as pessoas, combatendo as falsas informações irresponsavelmente transmitidas nos meios de comunicação.

Desmascarem o lobo, mesmo a despeito da conivência da Arquidiocese!

Parece que houve, em Natal, quem não gostasse das nossas críticas ao Frei Betto. Em seu perfil do Facebook, o Diácono Francisco Adilson da Silva, «[a]ssessor do Vicariato Episcopal para as Instituições e Pastorais Sociais» da Mitra de Natal, publicou um panfleto em defesa do «renomado e venerável Frei Betto» (sic) contra o que chamou de um «grupo neonazista qualquer, infiltrado na Igreja» (sic!).

O texto (um printscreen do qual se encontra devidamente armazenado no Fratres in Unum para a eventualidade dele desaparecer) é uma piada pronta. Vejamos um exemplo que é representativo de todo o comunicado. Destilando um rasgar de vestes histriônico e evidentemente atrapalhado com as similaridades entre o prefixo “anti-” e a preposição “ante”, o Diácono nos atira à face o seu repúdio por esta «atitude de ingerência pastoral na “Igreja Particular” alheia [que] mostra claramente uma expressão ante eclesial. Mais que isto, no mínimo foi uma atitude ante evangélica, de cerceamento de liberdade, uma “louvação à ditadura”, uma atitude autoritária e violenta para com esta nossa Arquidiocese de Natal». Ora, trata-se de um fantástico exemplo de muito palavrório e nenhum conteúdo!

A única coisa que há em todo o texto é este tom afetado unido ao mais absoluto silêncio quanto ao mérito da nossa acusação. Uma pirotecnia burlesca que pretende, por força de retórica, desviar a atenção dos problemas que nós levantamos e aos quais o texto em momento algum sequer tenta dar alguma resposta.

Fomos injustos em chamar o Frei Betto de (p.ex.) «um dos maiores expoentes» da Teologia da Libertação? Bastava ao Diácono Francisco mostrar-nos que o religioso não tem nada a ver com esta excrescência pseudo-religiosa! As frases que sustentamos terem sido proferidas (ouvimos de viva voz!) pelo Frei Betto não são representativas do seu pensamento? Era suficiente, então, mostrar-nos onde o dominicano as repudia! Sem dizer uma palavra sobre o mérito das nossas críticas, no entanto, o Diácono Francisco parece admiti-las. Parece que, para ele, mais escandaloso do que um frade que esculhamba a Igreja Católica é haver católicos que protestem contra esta criminosa condescendência empregada pela Mitra de Natal para com um manifesto inimigo do Cristianismo.

Não nos alonguemos muito na demonstração do óbvio. Sustenta o senhor diácono que «o renomado e venerável Frei Betto» é «internacionalmente conhecido pela sua luta pela vida»? Pois vejamos por quais posições o senhor Betto é conhecido no Brasil e no mundo:

– “Embora contrário ao aborto, admito a sua descriminalização em certos casos” – Frei Betto, in “Direito ao Aborto”.

– “Sob a ótica cristã, a dignidade de um ser não deriva daquilo que ele é e sim do que pode vir a ser. Por isso, o cristianismo defende os direitos inalienáveis dos que se situam no último degrau da escala humana e social”. – Id. Ibid.

– “Ora, o mais cômodo é exigir que se mantenha a penalização do aborto. Mas como fica a penalização do latifúndio improdutivo e de tantas causas que, no Brasil, levam à morte, por ano, de cerca de 21 entre cada 1.000 crianças que ainda não completaram doze meses de vida?” – Id. Ibid.

– “Há temas muito mais importantes do que aborto e religião para se discutir em uma campanha eleitoral” – Frei Betto, in Carta Capital («Frei Betto lamenta que papa seja ‘usado como cabo eleitoral’»).

– “De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória -diria, terrorista- acusar Dilma Rousseff de “abortista” ou contrária aos princípios evangélicos” – Frei Betto, in Blog do Jamildo («Frei Betto sai em defesa de Dilma na polêmica do aborto»).

“El debate acerca de si el ser embrionario merece o no reconocimiento de su dignidad no debe inducir al moralismo intolerante, que ignora el drama de mujeres que optan por el aborto por razones que no son de mero egoísmo o conveniencia social. […] La defensa del don sagrado de la vida es lo que plantea la pregunta de si es lícito mantener el aborto al margen de la ley, poniendo también en peligro la vida de innumerables mujeres que, por falta de recursos, tratan de provocárselo por medio de plantas, venenos, agujas o la ayuda de aficionadas, en precarias condiciones higiénicas y terapéuticas”Frei Betto, in “Aborto: Por una legislación en defensa de la vida”.

Eis, portanto, apresentado por suas próprias palavras, o “renomado e venerável” frei Betto! Eis as bandeiras pelas quais o religioso é “internacionalmente conhecido”: por defender o aborto e acobertar abortistas! Diante disso, onde fica a alardeada «luta pela vida» do frade dominicano? Como o Diácono Francisco tem coragem de defender um frei que é publicamente conhecido por defender posições morais totalmente incompatíveis com as da Igreja Católica?

Refaço os pedidos de ontem. O malfadado seminário ocorrerá em Natal hoje e amanhã. A palestra do Frei Betto está marcada para logo mais, às 19h00. Peço aos católicos verdadeiros que não se deixem intimidar pela tagarelice do Diácono Francisco: façam-se presentes e confrontem o frade abortista! Levem textos de sua [do Betto] própria autoria e perguntem se ele concorda com o que está neles escrito; levem documentos do Magistério Católico contra o aborto e perguntem, também, se o frei os aceita ou rejeita. Desmascarem o lobo, mesmo a despeito da conivência da Arquidiocese! Não deixem que ele envenene os presentes com o seu anti-catolicismo mal-disfarçado.

E este escândalo ainda exige esclarecimentos. O Setor Social da Mitra já deu a sua triste resposta através do Diácono Francisco. Escrevamos, portanto, à Cúria Diocesana, ao Arcebispo Metropolitano e à Nunciatura Apostólica:

curia@arquidiocesedenatal.org.br – Cúria da Arquidiocese de Natal
jaimevrocha@terra.com.br – Dom Jaime Vieira Rocha, arcebispo
nunapost@solar.com.br – Nunciatura Apostólica. Dom Giovanni D’Aniello

Já basta de ficarmos calados, já chega de deixarmos frades corrompidos e diáconos rebeldes espezinharem a mensagem evangélica e envergonharem a Igreja de Cristo – que não é “do Frei Betto” e nem “de Natal”, mas é Católica e, d’Ela, fazemos parte todos nós. E portanto o que acontece em Natal nos interessa sim. Não temos o direito de nos omitirmos quando os inimigos de Cristo se levantam para zombar d’Ele, mesmo que isso aconteça mais ou menos distante da Província Eclesiástica de nossa residência. Não nos intimidemos com os sofismas desesperados atrás do qual os corruptos tentam ridiculamente se proteger. Importar defender a Igreja, mesmo que diáconos e frades queiram nos fazer desanimar.

Curtas: “Casamento Gay”, aborto na Irlanda e comunhão de joelhos

Três notícias que peço perdão por não aprofundar, mas que julgo não deverem passar em branco.

1. La aprobación del matrimonio gay en Francia no desactiva la oposición, vindo ao encontro do que eu falei aqui ontem. Não temos o direito de desanimar, há muita coisa que pode e deve ser feita. As tiranias um dia caem. Não esqueçamos.

2. Comissão médica derruba pretexto para legalizar aborto na Irlanda – lembram-se do caso? «Os médicos designados para a tarefa, felizmente, não cederam e apresentaram no relatório aquilo que constataram: a morte não teve nada a ver com o feto». Fica assim desmascarado mais um expediente escuso dos pró-aborto: a gritaria inicial não passava de gritaria mesmo, vil tentativa de manipular a opinião pública com base em mentiras. Não nos esqueçamos de que é assim que eles agem.

3. Nos passos de Bento XVI, o Papa Francisco continua distribuindo a Sagrada Comunhão somente na boca, e negando-A aos que tentam pegá-La com as mãos. Negando-A [p.s.: na verdade, o homem que tentou comungar na mão fê-lo não com o Santo Padre, e sim com um diácono, tendo sido este quem lhe A negou. Seguindo os passos do seu predecessor, o Papa Francisco distribuiu normalmente a comunhão (por intinção) diretamente na boca dos comungantes]. Eis um detalhe que devemos gentilmente lembrar aos que nos vierem opôr o Sumo Pontífice ao seu predecessor.