Mais coisas a comentar do que tempo para o fazer…
– Manifesto do Silêncio, proposto pela ABRACEH, sobre o julgamento da psicóloga Rozangela Justino que foi remarcado para o dia 31 de julho de 2009. A ABRACEH também destaca a atividade do deputado federal Paes de Lira, que – entre outras coisas – conseguiu aprovar um requerimento para que houvesse uma audiência pública onde a própria dra. Rozangela, junto com “Joide Miranda (que deixou a condição de travesti), Claudemiro Soares (escritor do livro sobre abordagens terapêuticas para deixar a homossexualidade, ele mesmo tendo saído dela), além do Pastor Silas Malafaia e um representante da CNBB”, possam expressar o seu ponto de vista “acerca do Estatuto da Família e Leis da Homofobia”. Não sei a data desta audiência.
– Hoje é dia de São Thomas More e São João Fisher, mártires da Reforma Protestante na Inglaterra que não aceitaram o cisma de Henrique VIII. Vejam este texto e este outro sobre São João Fisher, junto com este e este sobre São Thomas More. E que os santos que não se dobraram diante do protestantismo possam interceder pela conversão dos hereges e cismáticos à única Igreja de Cristo.
– Campanha pela santificação do clero brasileiro lançada pelo Veritatis Splendor. Nas atuais conjunturas chega às raias da utopia [possui coisas como “[q]ue os sacerdotes sejam absolutamente fiéis ao Magistério e valorosos defensores do Papa”, “[q]ue os sacerdotes ensinem a verdadeira DSI e a verdadeira moral, e deixem de favorecer a Teologia da Libertação” e “[q]ue os sacerdotes honrem o latim na liturgia e celebrem a Missa, mesmo na forma ordinária, em latim em suas igrejas”…], é forçoso reconhecer, mas precisamos rezar pelos nossos sacerdotes. Que a Virgem Santíssima consiga um portentoso milagre para esta Terra de Santa Cruz.
– Presos dois homens acusados de intolerância religiosa. Protestantes da “Igreja Geração Jesus Cristo” (sic). É o primeiro caso de prisão por intolerância religiosa que ocorre no Brasil. A despeito de ser óbvio que ninguém pode invadir a casa dos outros e sair quebrando as coisas, a condenação está equivocada e pode abrir um perigoso precedente, porque caberia no máximo uma pena por invasão de domicílio e danificação de propriedade privada, não por “intolerância religiosa”. Guardadas as devidas e necessárias proporções entre os protestantes sem noção e os católicos de antigamente, destruir ídolos é em si uma coisa boa. Hernan Cortez o fez no México, e São Francisco Xavier, na Indonésia. Quando o Estado começa a se meter em questões religiosas, legislando sobre matéria que não tem competência, onde estão os defensores do Estado Laico?
– FSSPX ordena treze novos sacerdotes nos Estados Unidos, “de surpresa”, em meio à polêmica sobre outras ordenações que estavam marcadas para o fim do mês; estas que geraram celeuma estão programadas para o dia 27 de junho, na Alemanha. Bom, o que dizer diante disso? Por um lado, cabe perguntar se não seria possível à FSSPX esperar um pouco e ter um mínimo de deferência ao Santo Padre que, não obstante esteja tratando com tanta benevolência os lefebvristas, ainda não conferiu status canônico algum à Fraternidade; por outro lado, talvez fosse utópico achar que uma simples canetada fosse transformar de repente a São Pio X em ovelha dócil e fiel ao Sucessor de Pedro. Estas ordenações provavelmente vão gerar ainda mais confusão. Rezemos pelo Papa, rezemos pela FSSPX.
– Alguns mitos sobre as cruzadas, texto excelente disponível na Quadrante. “A atual visão a respeito das Cruzadas nasceu do Iluminismo do século XVIII. Muitos dos então chamados “filósofos”, como Voltaire, pensavam que a Cristandade medieval fora apenas uma vil superstição. Para eles as Cruzadas foram uma migração de bárbaros devida ao fanatismo, à ganância e à luxúria. A partir desse momento, a versão iluminista sobre as Cruzadas entrou e saiu de moda algumas vezes. As Cruzadas receberam boa imprensa e foram consideradas como guerras de nobreza (mas não de religião) durante o Romantismo e até o início do século XX. Depois da Segunda Guerra, contudo, a opinião geral voltou-se decisivamente contra as Cruzadas. Na esteira de Hitler, Mussolini e Stalin, os historiadores concluíram que a guerra por motivos ideológicos – seja qual for a ideologia em questão – é abominável”.