Curtas

“A ousadia da santidade”, pelo Carlos Alberto Di Franco e publicada… no Estadão! “A tese, por exemplo, de que é necessário ouvir os dois lados de uma mesma questão é irrepreensível; não há como discuti-la sem destruir os próprios fundamentos do jornalismo. Só que passou a ser usada para evitar a busca da verdade. A tendência a reduzir o jornalismo a um trabalho de simples transmissão de diversas versões oculta a falácia de que a captação da verdade dos fatos é uma quimera. E não é. O bom jornalismo é a busca apaixonada da verdade. O jornalismo de qualidade, verdadeiro e livre, está profundamente comprometido com a dignidade do ser humano e com uma perspectiva de serviço à sociedade”.

Comunicado da Santa Sé sobre a audiência entre o Papa Bento XVI e o Cardel Schönborn. “A palavra ‘chiacchiericcio’ (fofoca) foi erroneamente interpretada como desrespeitosa às vítimas de abuso sexual, para com as quais o Cardeal Angelo Sodano nutre os mesmos sentimentos de compaixão e de condenação do mal, como expressado em várias ocasiões pelo Santo Padre. A palavra pronunciada durante a saudação de Páscoa ao Papa Bento XVI foi tomada literalmente da homilia pontifical do Domingo de Ramos e se referia à ‘coragem que não se deixa ser intimidada por fofocas de opiniões predominantes'”.

Crônicas Vaticanas: o Papa e a Itália. “Bento XVI e os seus estreitos colaboradores intervêm muito rapidamente em questões italianas, dando mais atenção em relação a outros países do mundo. Isso porque a Itália constitui uma espécie de laboratório para os muitos desafios que a Igreja deve enfrentar: é um país historicamente católico, mas a prática da fé e o seu impacto social estão em decadência. Portanto, a campanha de nova evangelização do Papa só pode começar literalmente do jardim de casa”.

El cardenal Kasper anuncia su partida y traza un balance de su gestión. Em espanhol, mas dá para compreender. “El balance examinó luego las relaciones con las Iglesias y las comunidades eclesiales de la Reforma: ‘Errores o, más bien, imprudencias en el modo de formular la verdad – admitió el cardenal Kasper -, han sido cometidos entre nosotros e incluso de parte nuestra’. Pero en lo que concierne a este diálogo, el cardenal quiso remitirse al texto recientemente publicado por el dicasterio, ‘Harvesting the fruits’, en el que se hace un balance de los resultados y de los acuerdos alcanzados”.

Poesia sobre a morte de Saramago. Destaco: “Proponho assim, por descargo / – Como quem dá a camisa / – Rezarmos por Saramago / Que bem precisa coitado…! / Mãe dos Céus, Oh se precisa”.

– Sobre a Bélgica: “Papa se solidariza com bispos belgas” e “Indignação da Santa Sé pela brutal inspeção ao episcopado belga”. Deste último: “‘Manifestaram que haveria uma inspeção do arcebispado devido a denúncias de abuso sexual no território da arquidiocese’, explica um comunicado assinado pelo porta-voz da Conferência Episcopal da Bélgica, acrescentando que ‘não se deu nenhuma outra explicação, mas todos os documentos e telefones celulares foram confiscados e se manifestou que ninguém poderia deixar o edifício. Este estado, de fato, durou até quase as 19h30′”.

Jornais e Gayzismo

– Um texto contrário à decisão do STF de acabar com a exigibilidade de diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Eu acho terrorista a argumentação de que “vão aparecer oportunistas”, “vai cair o nível do jornalismo”, “os profissionais vão ficar desempregados” e congêneres. Francamente, não vejo motivo para se fazer estardalhaço quanto a isso. No texto citado, no entanto, existe um argumento que é, no mínimo, interessante: o fim da exigência do diploma seria “mais uma etapa de levar o pais à comunistização, onde não existe profissional qualificado”. Não tinha visto ninguém abordar o problema sob esta ótica.

– Um sujeito teve a capacidade de dizer que a mídia é subserviente ao Opus Dei, em detrimento dos homossexuais. É uma das coisas mais surreais que já li na minha vida, uma tão absurda inversão da realidade que não sei como alguém tem coragem de o dizer em público sem corar de vergonha. Tudo isso porque alguns jornais não quiseram publicar uma refutação dele a um artigo de Carlos Alberto Di Franco. Só faltou um grande banner escrito “censura nunca mais”.

– Enquanto isso, pesquisadores da Universidade de Michigan chegaram à brilhante conclusão de que os desenhos infantis são homofóbicos, já que “só mostram casais heterossexuais”. Se depender da Gaystapo, este horrível preconceito está com os dias contados: nos quadrinhos infantis tupiniquins, a Turma da Mônica já começou a flertar com o Gayzismo