Republicação de post sobre o Gabriel Chalita no qual a Canção Nova deu sumiço

[O post abaixo estava até ontem disponível aqui. Hoje, misteriosamente desapareceu, mas eu consegui recuperá-lo através do cache do Google. Cheguei a tempo e o salvei em arquivo pdf. Agora não some mais. A Canção Nova parece ter o péssimo hábito de varrer para debaixo do tapete aquilo que não é conveniente; lembrem-se do pe. José Augusto. No entanto, a emissora precisa entender que, em tempos de internet, não é mais possível ocultar informações. Não dá mais para manipular assim as pessoas. A quem interessa esconder informações verdadeiras? Quem é o responsável pela censura a opinião de um blogueiro? Os filhos de Deus temos o dever moral de amar e defender a Verdade, por mais que Ela pareça ser inconveniente. Da última vez que eu conferi, eram outros os que preferiam as trevas da mentira e da ignorância. P.S.: Há não muito tempo o deputado estreou um programa na Rede Vida de televisão.]

blog-do-tiba

Deputado Gabriel Chalita fala sobre aborto, união homossexual e excomunhão.

Durante uma entrevista à Folha/UOL

http://www1.folha.uol.com.br/poder/poderepolitica/2013/05/1276152-as-acusacoes-sao-todas-absurdas-diz-gabriel-chalita.shtml

O Deputado Federal Gabriel Chalita se posicionou na coluna do meio, defendeu a união civil homossexual, criticou a Igreja quanto à excomunhão de um padre e o pior, disse ser a favor do aborto, nota-se, “em caso de estupro.”

Entenda, quando o assunto é aborto, não se tem concessões. Aborto é o tipo de tema do qual só existem dois lados: Os que são totalmente contra e os que são totalmente a favor. Porque a evidências, inclusive científicas, já deixaram muito claro onde a vida humana se inicia.

Quem emite opinião tentando defender um terceiro ponto, na verdade emite a opinião mais corrompida de todas, porque tenta se apresentar como moderado e equilibrado, quando na verdade está dizendo: “A vida de um inocente e indefeso deve ser eliminada se… o pai for estuprador… se o legislativo ou judiciário decidirem… se a mãe for pobre… e por aí vai. Em tempos mais remotos alguém chamaria isso de hipocrisia.

Quem se posiciona relativizando o direito à vida, de fato está contra toda a vida humana. A vida tem seu valor por si mesmo, independe de circunstâncias, sejam elas quais forem. Relativize o direito à vida e está desmontando toda a base de todos os direitos humanos.

Agora observe o que disse o deputado Chalita sobre Marta Suplicy:

“A Marta tem um história de luta em defesa de temas que nos fascinam… é por isso que admiro tanto a Marta Suplicy, tenho muito carinho por ela, pelos temas que ela defende…A Marta é uma mulher polêmica no bom sentido, que compra briga que é sincera…ela briga por aquilo que acredita, ela defende com entusiasmo…São Paulo vai ganhar muito se tiver essa mulher no Senado da República” 

vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=LUrPGiLxDpc

Quando Chalita elogiou Marta Suplicy dizendo ser fascinado pelos temas que ela defende, já ali revelava qual de fato eram seus pensamentos; Quando classificou como boataria as denúncias da Regional Sul 1 da CNBB, sobre os fatos históricos da tentativa de PT implantar o aborto no país demonstrou mais um pouco; Quando processou a Comunidade Católica Família de Deus, num processo absurdo, também mostrou seu perfil. Agora vem ratificar sua posição quando revelou fazer parte do conjunto de suas opiniões pessoais, a legitimidade da união civil homossexual, o direito de um sacerdote católico defender o adultério, o homossexualismo e o sexo antes do casamento, sem ser excomungado e o direito da mulher abortar.

O dep. Chalita tem todo direito de se expressar e dizer o que quiser, e que o faça, assim saberemos de suas reais intenções, mas que fique claro, essas não são as posições da Igreja, de um cristão e nem da maioria da população brasileira.

Não quero, com este post, causar polêmica ou coisa desse tipo, mas não acho que tenho o direito de refutar o direito à informação a tantos católicos que apoiaram o deputado e votaram nele; Muito menos nesse momento em que uma postura tão grave contra princípios básicos da fé católica é declarada publicamente. Envolvendo uma pessoa pública, de grande visibilidade e que por muito tempo foi identificado como promotor dos princípios católicos, penso ser necessário, com risco de um dia ter que responder a Deus por omissão, se posicionar, esclarecer e corrigir.

Não penso que um Deputado Federal seja incriticável, ainda mais quando este mesmo relativiza valores inegociáveis à moral e à ética.

Para os mais simplistas quero deixar claro, não estou “falando mal”, estou constatando evidências, baseado nas próprias declarações de Chalita. Quem não concorda, desafio a me mostrar onde e em que ponto sou negligente e me comprometerei com a correção do texto

Eu desejaria que a história fosse outra, mas contra fatos não há argumentos e contra posições erradas cabe a correção.

Esperamos que Gabriel Chalita declare que estava equivocado; Se isso ocorrer eu voltarei aqui e farei um artigo elogiando a postura de um cristão que sabe reconhecer seus erros e voltar atrás. Sinceramente, eu gostaria de fazer isso. Caso contrário cabe a nós a oração por ele, para que não colabore na prática com aquilo que ele disse acreditar.

Poderíamos chegar a alguma outra conclusão? Algum argumento que justifique o deputado? Está aberto para quem se aventurar, usando a razão lógica, chegar em outro resultado.

Abaixo trecho da entrevista do deputado:

Folha/UOL: E os temas que são relevantes para líderes religiosos e que, muitas vezes, são transplantados para o debate político? Temas como aborto, casamento gay, descriminalização do uso de drogas, entre outros, que têm sido usados por vários candidatos nas campanhas. Essas discussões são próprias para as campanhas políticas?
Gabriel Chalita: Eu acho que elas diminuem o debate político. Elas são ruins para o debate político. É claro que as pessoas saberem o que os candidatos pensam faz parte do processo, o que cada candidato pensa. Agora, você transformar uma eleição presidencial em um debate sobre aborto…

Folha/UOL: Eu digo, se ela não foi vítima de um estupro e quiser fazer um aborto até a 12ª semana de gravidez, o sr. acha que isso não deveria ser permitido?
Gabriel Chalita: Não deveria ser permitido por uma questão que, para mim, é constitucional, que é o amplo direito à vida. Ali tem vida. Onde tem vida, você tem que proteger o direito à vida.

Folha/UOL: Mas no caso do estupro, pode?
Gabriel Chalita: O caso do estupro pode. Ela não é obrigada a fazer. É uma decisão dela. Você tem uma diminuição disso porque aquilo foi praticado por meio de um crime.

Folha/UOL: Mas aí, então, pela mesma concepção, vai se tirar uma vida do mesmo jeito.
Gabriel Chalita: É. Pela mesma concepção, você pode matar alguém como legítima defesa. Você também está tirando uma vida, mas você tem uma previsão legal que te garanta que faça isso, porque você seria morto, então, para não ser morto, você tem o direito de defender a sua vida.

Folha/UOL: Mas, nesse caso, não há uma vida em risco.
Gabriel Chalita: Você está defendendo uma vida da mulher. Você não sabe quem, enfim, a estuprou. Então, já houve uma construção legal nesse sentido.

Folha/UOL: Casamento gay. Deve haver alguma ampliação no que já existe a respeito de casamento gay no Brasil na legislação?
Gabriel Chalita: Eu acho que o Supremo decidiu isso de uma forma muito correta, mostrando que você não pode ter nenhum tipo de preconceito a uma relação estável entre duas pessoas, sejam elas do mesmo sexo ou de sexos diferentes. Agora, no caso das igrejas, eu acho que cada igreja tem que decidir o casamento que ela faz. Agora, contra todo tipo de preconceito, eu acho que é lamentável uma sociedade que tenha quaisquer sentimentos de homofobia, que destrua as pessoas porque elas têm uma orientação sexual diferente ou porque elas têm uma história de vida diferente.

Folha/UOL: Por exemplo, já que o sr. está falando sobre isso, teve o caso desse padre – padre Beto, de Bauru – que foi excomungado por ter manifestado apoio ao relacionamento amoroso entre pessoas do mesmo sexo. O sr. concordou com essa atitude de excomunhão do padre Beto, de Bauru?
Gabriel Chalita: A Igreja está dizendo que ele não foi excomungado por causa disso. Está dizendo que ele foi excomungado porque ele desobedeceu bispo, enfim, ele fez um juramento de obediência, ele desobedeceu isso, não é? Eu, na verdade, por causa da defesa dele da questão das pessoas poderem ser felizes, eu não vejo com bons olhos isso. Eu acho que ele tem o direito de expressar…

Folha/UOL: O sr. não vê com bons olhos…
Gabriel Chalita: A excomunhão. É. Padre Cícero foi excomungado também, não é?

Folha/UOL: O sr. acha, então, que não foi a melhor atitude da Igreja?
Gabriel Chalita: Eu não quero criticar [a Igreja]. Eu acho que a Igreja erra e acerta, mas…

Folha/UOL: Nesse caso?
Gabriel Chalita: Eu vi, inclusive, a demonstração do povo de Bauru pelo grande padre que ele é, pela forma carinhosa como ele trata as pessoas, pela liderança dele. Agora, eu não tenho detalhes do motivo da excomunhão, como é que ela foi desenvolvida. Eu também não quero ser leviano com relação a isso. Mas, quando eu vi a primeira colocação na imprensa, de que ele foi excomungado por causa disso, eu achei incorreta a excomunhão. É a minha opinião de leigo ali vendo. Eu acho que as pessoas precisam ser acolhidas, não excomungadas.

Marco Civil: censura da internet?

Com a devida vênia, eu só cético quanto à idéia de que o Marco Civil da Internet (PL 2126/2011) vá atentar contra a nossa liberdade de expressão. A tese vem ganhando destaque nos últimos dias por conta da iminente votação do projeto na Câmara, mas eu sinceramente não consigo ver os problemas que vêm sido apontados. Trago o tema à baila mais para esclarecimentos e debates do que para subscrever o que se vem dizendo sobre o assunto.

O estopim, parece-me, foi o texto do Elio Gaspari na Folha de São Paulo no último dia 11 de novembro. Lá o articulista diz que este «[é] o arcabouço do qual saiu o modelo chinês. A internet é livre, desde que cumpra as normas de serviço, portarias e regulamentos do governo». Certamente eu concordo que estas generalidades em textos legais podem dar brechas a aberrações futuras, mas o ponto aqui é que a gente não está muito melhor sem o Marco Civil do que com ele. Alega-se que uma portaria futura pode censurar tal ou qual site de acordo com interesses do governo, e eu concedo; mas qual mecanismo impede que isso seja feito diretamente, sem PL 2126 nem nada? Ou, em outras palavras, por que para o Governo é mais fácil censurar a internet depois do Marco Civil do que antes dele?

A questão da responsabilidade dos provedores (art. 14-16) mais os alivia do que onera. Atualmente, a Justiça Brasileira condena o Google por conta de coisas que terceiros publicaram no Orkut, o que é francamente absurdo; o Marco Civil, ao contrário, diz que os provedores de aplicações só poderão ser responsabilizados se não retirarem o conteúdo danoso do ar após ordem judicial específica. E, no exemplo do Elio Gaspari [O soldado Bradley Manning rouba 750 mil documentos secretos do governo americano, transmite-os para o site WikiLeaks por meio de um sistema impossível de ser rastreado (ele só foi descoberto porque contou sua proeza) e um juiz de Mato Grosso manda o Google esterilizar o link. Se não o fizer, pagará uma multa e seu gerente poderá ser preso.], a coisa se resolve simplesmente replicando o conteúdo censurado em outro link, mecanismo orgânico de divulgação de informação inerente à internet e que a própria comunidade de usuários se encarrega de fazer. Ou acaso alguém conseguiu tirar o conteúdo do WikiLeaks do ar? Ou porventura as pessoas deixaram de baixar vídeo pirata depois que censuraram o Megaupload?

Os sites de tecnologia têm se manifestado de modo positivo sobre o Marco Civil. E algumas denúncias que pululam por aí são simplesmente falsas. P.ex., este site “Contra o Marco Civil da Internet” diz, em sua página principal, que o projeto de lei pretende criar “registros preventivos de toda movimentação na internet brasileira” – as aspas são de lá. Ora, primeiro que isto não está no texto do projeto de lei e, segundo, que é completamente impossível: “toda movimentação na internet” é uma quantidade de dados gigantesca o suficiente para que seu registro seja absolutamente inexequível, por limitações técnicas (de armazenamento e processamento) simplesmente incontornáveis.

Eu não acredito em censura na internet: isto não funciona nem em Cuba e na China. Acho que a discussão é válida e é sadio que as pessoas demonstrem esta preocupação, mas honestamente eu não vejo nenhuma ameaça real no Marco Civil. Não me parece que a internet se tornará um lugar pior com a sua aprovação. Julgo ser sábio distinguir as ameaças verdadeiras das falsas, ou – concedamos – as atuais e concretas das potenciais e futuras. E, diante de cada uma delas, é mister reagir-lhe proporcionalmente.

Patrulhamento dos meios de comunicação: o caso “Pernambuco não te quer”

O Fórum Permanente Pernambucano Pró Vida se envolveu numa polêmica esta semana após publicar na Folha de Pernambuco uma peça publicitária de uma campanha chamada “Pernambuco não te quer”. A campanha faz aberta e evidente alusão ao slogan da Prefeitura “Recife te quer”, que visa promover o turismo na cidade.

A celeuma se instalou porque a peça publicitária fazia alusão indistinta à exploração sexual de menores, à pedofilia, à prostituição, ao turismo sexual e ao homossexualismo. As redes sociais se mobilizaram rapidamente em repúdio à campanha e, na esteira, diversos órgãos de imprensa repercutiram negativamente o fato. P.ex., foram publicadas reportagens no Jornal do Commercio, na Exame e em G1. O assunto também foi tema de um programa da CBN que foi ao ar hoje pela manhã (sobre este, aliás, quem explicar o que raios foi aquilo que o Cony falou sobre a Muralha da China, o Muro de Berlim e o Golfo de Pernambuco ganha um doce).

O Coordenador do Fórum Pernambucano Permanente Pró Vida, Márcio Borba, publicou uma nota sobre o assunto. Entre outras coisas, ela dizia:

No caso do Turismo Sexual [a campanha] convida a sociedade a dizer NÃO ao Turismo Sexual. No caso especifico da campanha “Pernambuco Não Te Quer”, representa o sentimento do Fórum Pró Vida em relação às campanhas que tem sido promovidas apresentando o estado como destino com caráter sexista.

Sobre o assunto, alguns ligeiros comentários:

– Não tenho qualquer ligação com o FPP-PV (que é somente um dos membros do Movimento Pró-Vida em Pernambuco, absolutamente não se confundindo com este) e sinceramente achei a campanha, da forma como foi realizada e nas atuais conjunturas, contraproducente. Entendo honestamente a revolta provocada pelo assunto, e de minha parte eu não endossaria uma peça publicitária deste jeito. Não obstante, é preciso dizer quanto segue.

– Turismo Sexual não tem a ver somente com prostituição. A tentativa de vender a imagem de uma cidade erotizada e lasciva, onde a população é tolerante a comportamentos libertinos, onde a agenda de entretenimentos é pródiga em eventos supostamente regados a sexo casual, etc., também é alvo desta campanha. Aliás, eu me arriscaria a dizer que este é o alvo principal desta campanha. A exploração sexual é decorrência de uma sociedade depravada, como é lógico. O sexo casual consentido não é menos digno de censura só porque existem coisas piores acontecendo no mundo.

– Também ninguém precisa ser José do Egito para interpretar que a campanha se dirige contra a exaltação de comportamentos sexuais contrários à moral cristã, e que não tem conotação jurídico-penal. Dizer (como disse a matéria da Exame) que o FPP-PV é um movimento “formado por cristãos, [que] defende a expulsão de gays do Estado” (!) é uma extrapolação caricata tão absurda que eu fico imaginando se não é mais necessário possuir noções mínimas de interpretação de texto para se fazer jornalismo no Brasil.

– Menos grosseiro, mas também errôneo, é dizer que a peça publicitária afirma que o homossexualismo é crime ou reivindica que ele seja tratado como tal. Se os críticos tivessem um pouquinho menos de visão de túnel, perceberiam que “Prostituição” também está no rol das coisas que “Pernambuco não (…) quer” e tampouco é crime. Aliás, se fossem coerentes, deveriam fazer um estardalhaço correlato defendendo não os gays, mas as prostitutas e os prostitutos. Não o fazem, suponho, porque a prostituição é ainda socialmente menos glamourosa – mesmo nos estreitos círculos “intelectuais” onde essa gente vive – do que o homossexualismo.

– A matéria de G1 termina citando um link para que seja feita uma denúncia ao Ministério Público de Pernambuco. A naturalidade com a qual tratam o denuncismo e o patrulhamento ideológico é assustadora; chega a lembrar este recém-criado órgão de imprensa argentino (Observatorio de Medios para la Igualdad) que sinaliza para um controle da imprensa de fazer inveja aos mais escabrosos romances Orwellianos. O Brasil parece caminhar a largos passos nesta direção, e me parece ser da maior importância lutar para inverter esta tendência antes que seja tarde demais.

Turba de bárbaros exige a cabeça de colunista da Gazeta do Povo – defendamo-lo!

O artigo do Carlos Ramalhete ao qual eu fiz referência ontem aqui desencadeou uma enxurrada de protestos (em sua esmagadora maioria, de baixíssimo nível) nas redes sociais e nas mensagens enviadas à Gazeta do Povo. Em sua página do Facebook o colunista publicou a nota de esclarecimento que eu reproduzo abaixo. Quanto ao mérito do texto (solenemente ignorado pela turba ignara que se lançou furiosamente em marcha a pedir a cabeça do articulista em uma bandeja de prata em meio a gritos histéricos de acusações totalmente descabidas que refletem, por um lado, a mais completa incapacidade de interpretação textual e, por outro, um desejo nada velado de silenciar toda a voz dissidente), quase nada foi dito. Aproveito o ensejo para fazer – mais uma vez – eco à posição do Carlos Ramalhete: à sua posição verdadeira, e não às distorções grotescas contra as quais se levantaram centenas de manifestações de ódio irracionais.

Diante da mobilização dos bárbaros, é absolutamente imprescindível que os que concordamos com os argumentos do Carlos publicados ontem na Gazeta do Povo – ou pelo menos com o direito do Carlos de expôr a sua opinião em uma coluna de jornal – nos manifestemos (em ordem de importância):

  1. em emails de apoio à redação do jornal: leitor@gazetadopovo.com.br ou pelo “Fale Conosco” do site da Gazeta; [FUNDAMENTAL]
  2. nesta Petição Pública à Gazeta do Povo, em favor da liberdade de expressão e pedindo a manutenção da coluna;
  3. na página criada ontem para oferecer apoio ao Carlos Ramalhete; e
  4. na página oficial do colunista no Facebook.

Sem isso, corremos o sério risco de amargarmos uma dolorosa derrota nesta batalha midiática e até de perdermos este precioso espaço semanal que a Gazeta do Povo concede ao pensamento conservador. Não basta, portanto, apenas gostar dos textos, curti-los e divulgá-los; é preciso deixar claro àqueles que bancam esta proposta – especificamente, os editores da Gazeta do Povo – que ela atende, sim, a uma necessidade de parcela considerável da população brasileira e que, portanto, é imprescindível mantê-la a despeito dos uivos dos bárbaros que já se organizam para censurá-la.

Manifestações de apoio já se esboçam na blogosfera:

A seguir, a nota de esclarecimento publicada pelo Ramalhete no Facebook.

* * *

NOTA

Com referência ao artigo “Perversão da adoção”, publicado no dia 30 de agosto, quinta-feira, em minha coluna, no jornal Gazeta do Povo, esclareço o seguinte:

1) Escrevi em defesa da adoção e contra a sua perversão e lamento que isso tenha sido mal interpretado por grupos de interesse.

2) A adoção é um ato de amor, que merece o apoio de toda a sociedade.

3) Repudio, contudo, como sua perversão, a entrega definitiva de uma criança a quaisquer comunidades de vida que não uma família.

4) Mais ainda, repudio forçar uma criança à linha de frente da tentativa em curso de desconstrução da família, inscrevendo em seu documento de identidade uma impossibilidade biológica.

Agradeço o apoio e solidariedade das centenas de leitores que se manifestaram junto a mim e junto ao prestigiado jornal Gazeta do Povo.

Minha página, no Facebook, continua aberta para toda manifestação respeitosa.

Carlos Ramalhete

As contradições do PT: sobre Bolsonaro e a suposta “quebra de decoro parlamentar”.

Tomei conhecimento da mais recente polêmica envolvendo o deputado Bolsonaro, onde o parlamentar teria insinuado que a presidente Dilma Rousseff é homossexual e que, por isso, o PT iria representar contra ele no Conselho de Ética. Está lá – com todas as letras – na nota oficial divulgada pelo PT:

O Partido dos Trabalhadores repudia com veemência a nova manifestação preconceituosa, discriminatória e homofóbica do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), desta vez proferida na Tribuna da Câmara dos Deputados, onde atacou os programas federais contra a homofobia e agiu com total desrespeito à pessoa da presidenta Dilma Rousseff.

A contradição não poderia ser mais gritante: ou o homossexualismo é um valor positivo (no máximo neutro) e, portanto, chamar alguém de homossexual não pode ser jamais um “total desrespeito”; ou, ao contrário, o homossexualismo é uma coisa degradante e ofensiva que, portanto, não pode ser promovida pelo governo e o Bolsonaro está certo em suas críticas. As duas coisas ao mesmo tempo não dá. A contradição foi brilhantemente apontada pelo Carlos Ramalhete, em sua coluna da Gazeta do Povo de hoje:

Ao atacar essa nova tentativa de usar os homossexuais como bucha de canhão para aumentar o poder do Estado, aventou o deputado que talvez a presidente (desculpem, mas só escrevo “presidenta” quando puder escrever “estudanta”) seja ho­­mossexual.

A grita foi feroz! Mostrando claramente que a pregação de amor à homossexualidade é da boca para fora, o PT acusou o deputado de agir “com total desrespeito à pessoa” da presidente, pediu que a Comissão de Ética entre em ação, e tudo o mais. Ora, ou bem a homossexualidade é algo que se deva abraçar e festejar (como o PT prega), ou – como sempre foi o caso na cultura brasileira – é algo que se tolera, sem que se apregoe nem que se agrida. Neste segundo caso, e só nele, cabe acusá-lo de desrespeito.

Se se aceita, contudo, a pregação dos que querem se servir dos homossexuais como peões descartáveis, não há desrespeito maior em aventar que a presidente seja homossexual que em dizer, por exemplo, que ela talvez prefira vinhos tintos a vinhos brancos, ou caminhadas à musculação.

Eu fui procurar a íntegra do discurso do deputado. No referido dia eu achei dois, este e este; o primeiro, aliás, é de leitura particularmente deliciosa porque termina com um “cortem a palavra! Cortem o microfone da tribuna!” que me fez lembrar a Rainha de Copas com o seu off with his head!. Nenhum deles continha a tal inadmissível ofensa feita à sexualidade presidencial. Soube depois que “Domingos Dutra (PT-MA), que ocupava a presidência da sessão polêmica, determinou a retirada das declarações das notas taquigráficas atendendo a pedido do deputado Marcon (PT-RS)” – o que confirma uma vez mais que, para os parlamentares do partido da presidente da República, insinuar que a sra. Rousseff seja lésbica é equivalente a um crime de lesa-majestade, inominável a ponto de não merecer sequer registro histórico nas atas da Casa do Povo! E este é o mesmo governo que quer empurrar a sodomia goela abaixo das crianças nas escolas públicas, como se fosse a coisa mais natural e bonita do mundo!

É importante que estas contradições fiquem claras, até que a situação absurda que vivemos se torne insustentável e possamos nos livrar da ameaça ditatorial que paira ameaçadora sobre a nossa pátria. Diz o adágio popular que a mentira tem pernas curtas, isto é, não dá para sustentar uma farsa por muito tempo. A grande farsa ideológica do Governo de que a família de fato é perfeitamente equivalente à dupla de pederastas (ou, nos termos mais “politicamente corretos” da recente decisão do STF, que a “união homoafetiva” é idêntica à “união estável entre o homem [enxergada] como entidade familiar”) começou a cair, e foram os próprios farsantes do PT que tropeçaram na teia de engodos que eles mesmos teceram.

McLaren e Marlboro

Um amigo me mostra que a McLaren completa 700 GPs no próximo domingo. Em comemoração, o site oficial da equipe lança um Wallpaper com os carros das provas centenárias. Mas o que me surpreende é que estes modelos estão adulterados: «Como se nota, as inscrições publicitárias com marcas de cigarro (Marlboro e West) foram apagadas».

Como assim, “foram apagadas”?! Está porventura em curso algum processo de reescrita da história, onde se quer “varrer para debaixo do tapete” aquilo que (supostamente) é “feio”, é “mau”, é “sujo”? Oras, na minha época isto se chamava “falsificação”. Ou “censura”. Desde quando os “erros” não têm sequer direito a registro histórico?

Como disse o meu amigo, daqui a pouco os cigarros serão apagados digitalmente dos filmes antigos e, depois de mais algum tempo, não terão sequer existido. É claro que qualquer um é livre para fazer ou deixar de fazer propaganda do que bem entender. Nesta história, me incomodam apenas duas coisas. A primeira, a noção de que forçar o silêncio é educar. A segunda, a idéia de que, por uma “causa nobre”, é lícito até mesmo adulterar o passado.

No que depender de mim, não deixarei. Não foi num carro branco que o Senna correu. Foi assim:

E manter os registros assim é uma questão de respeito à Verdade, independente do pouco crédito com o qual conta hoje a indústria tabagista.

P.S.: Vejam aqui o Wallpaper comemorativo do jeito que deveria ser. Agradecimentos ao Tavolaro pelo trabalho.

No tribunal dos homens, é censurada a palavra de Deus

(Foto: Silva Júnior/Folhapress, apud G1)

A imagem acima é de um outdoor originalmente colocado em Ribeirão Preto. Uma liminar da Justiça na última sexta-feira (19 de agosto) determinou a sua imediata retirada. A justificativa do defensor público que entrou com a ação não poderia ser outra: “homofobia”.

A “Parada Gay” pode utilizar-se de caricaturas blasfemas de santos católicos em aberta promoção da homossexualidade. No entanto, os protestantes não podem publicar frases bíblicas retiradas literalmente das Escrituras Sagradas. Esta é a “justiça” dos nossos tempos: a lei de Deus é vilipendiada e não tem direito à exibição pública. As únicas coisas que merecem visibilidade e promoção são as torpezas, as imoralidades, os pecados. A Bíblia Sagrada é “homofóbica”, e condenar o comportamento imoral dos sodomitas é “homofobia”. Ao contrário, censurar pública e oficialmente a palavra de Deus… é “cidadania”, é a única atitude moralmente aceitável pelos novos bárbaros empenhados em destruir a civilização erguida pela Igreja ao longo dos séculos.

O Carlos Ramalhete falou sobre isso em sua coluna de hoje. Nas palavras dele: «Uma opinião minoritária surgida ainda dentro do tempo de vida da maior parte dos leitores deste jornal ganhou na Justiça o direito de calar o texto que, independentemente da crença de cada um, é inegavelmente parte fundamental e inspiradora de no mínimo os últimos 2 mil anos da civilização a que pertencemos». Estes são os tristes dias nos quais vivemos. Estes são os frutos de uma “modernidade” esquecida de Deus. E a história dá testemunho de que tudo é possível quando se esquece de Deus. O comportamento neo-fascista da Gaystapo está ultrapassando – com uma celeridade assustadora – todos os limites da civilidade e do bom senso.

Projetos de Lei querem censurar a internet!

Eu já tinha visto há alguns meses, mas à época não repercuti aqui. Aproveito o artigo do site “Rainha Maria” para tecer algumas considerações sobre os projetos de lei que intentam censurar a internet.

O primeiro é o PL 7131/2010. Dispõe que “[o]s proprietários, editores, mantenedores e autores de blogues, fóruns e demais sítios com funcionalidades semelhantes, são responsáveis pelo conteúdo dos comentários oriundos de usuários anônimos ou que não sejam passíveis de identificação” (Art. 2º), prevê que estes respondam por “crimes contra a honra” no caso de ser impossível a identificação do autor do comentário (Art. 3º) e os obriga a instituírem “mecanismo de moderação de comentários” (id. ibid.). Além disso, exige cadastro dos blogs “com o nome completo, CPF e identidade de seu proprietário no sítio governamental Registro.BR” (Art. 4º), prevendo multa de dois a dez mil reais, dobráveis a cada reincidência, aos que descumprirem esta determinação (Art. 5º).

O segundo, e ainda mais bizarro, é o PL 7311/2010. Veda “o anonimato em sítios da Internet no Brasil” (Art. 1º), dizendo ainda que os sites “devem indicar obrigatoriamente na sua página principal informações que identifiquem o jornalista responsável e o endereço completo para o recebimento de correspondências, citações, intimações ou notificações judiciais” (id. ibid.). As multas por “infração a qualquer dispositivo desta Lei” vão de R$. 5.000,00 a R$ 50.000,00 (Art. 4º).

Ora, os projetos são claramente abusivos. Primeiro, porque qualquer pessoa que já tenha participado de um fórum sabe que é totalmente impraticável pôr moderação prévia nele – é destruir a própria essência de um fórum de internet. Segundo, qualquer pessoa que tenha um blog sabe que é impossível identificar os comentaristas com um nível de detalhes tal que permita acioná-los judicialmente. Terceiro, é abusivo exigir de blogueiros cadastro completo em um site do Governo – isso é intimidar qualquer tentativa de se fazer oposição política no país. Quarto, é completamente impossível acabar com o anonimato na internet. Quinto, é uma evidente (e perigosa) violação de privacidade a divulgação do endereço completo do blogueiro na página principal do blog. Sexto, os valores das multas estão muito além de toda razoabilidade.

É aterrador imaginar o Estado exercendo este tipo de controle sobre a internet. Os abusos que podem advir destas leis são tão numerosos e tão graves que a mera proposição de semelhantes dispositivos legais deveria, por si só, ser considerada como uma ameaça à democracia e receber forte oposição da população brasileira. O primeiro projeto é da autoria do deputado Gerson Peres (PP/PA) e, o segundo, do deputado Eduardo da Fonte (PP/PE). Não deixem de protestar contra esta arbitrariedade. Antes que seja tarde demais.

Curtas

– Mais cartas a favor da sra. Rousseff. Esta aqui, desgraçadamente, é made in Recife. Foi distribuída na UNICAP daqui. Não vou me preocupar com a má qualidade do arquivo porque ela não merece mesmo uma resolução melhor do que essa; dá para ler, e é suficiente.

Cinco padres, uma irmã e um frei subscrevem este lixo, que compara Nosso Senhor a Che Guevara. E, nada surpreendentemente, pedem votos para sra. Rousseff.

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– Jornal Nacional desmente SBT, Lula e Dilma em horário nobre. Vejam o vídeo. E entendam a história aqui.

Como disse uma amiga no Twitter, é vergonhoso ter um presidente que mais parece uma velha fofoqueira e mentirosa. Mas este é o nosso presidente, este o PT que se apossou das instituições públicas brasileiras. Como eu próprio já disse outras vezes, é um dever cívico de todo brasileiro de bem trabalhar para que esta postema seja expurgada definitivamente do cenário político nacional. PT, nunca mais.

* * *

– Para quem ainda não viu: o socialismo petista. Detalhe que o vídeo é do próprio PT.

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– Os guerrilheiros virtuais petralhas começam a divulgar “kits” para agir em redes sociais – Twitter, Orkut, Facebook. Recebi-os por email. São documentos com os textos já prontos para serem copiados-e-colados. Citando só os do Twitter, que são menores:

Pega na mentira: CNBB não assina panfletos nem cartas contra Dilma
http://bit.ly/bl66RV #espalheaverdade

Mas afinal, o que é o PNDH-3? http://bit.ly/arKzkJ #espalheaverdade

Preparem-se para o flood. Sugestão: usem e abusem do “report spam”. Ajudem a banir o petralhismo da internet.

* * *

– GestaPTo petista faz mais uma vítima: desta vez, um senhor de 74 anos! Leiam:

E a violação ao Artigo 5º da Constituição continua a ser praticada na ruas, para escárnio do estado de direito. Um leitor me manda esta nota da Folha da Região, de Araçatuba, interior de São Paulo. Leiam. Volto tempos:

O aposentado E.F.V., 74 anos, foi flagrado ontem na rodoviária de Araçatuba com um panfleto que prega o voto contra a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT). A Polícia Civil investiga a origem do material.
O aposentado disse que encontrou o panfleto jogado na praça Rui Barbosa. Segundo o boletim de ocorrência, a funcionária pública R.M.S., 39, que trabalha na Prefeitura, teria visto o aposentado com o panfleto na mão.
Ela e colegas de serviço abordaram E.F.V. e ligaram para a Polícia Militar. O aposentado passou mal, foi encaminhado à Santa Casa e depois, liberado. Ele negou envolvimento em crime eleitoral e disse que estava a caminho de sua casa no bairro Nova Iorque.

[…]

[Comentário do Reinaldo]

Notem que o pobre homem estava apenas segurando um folheto, que deve ter achado na rua. Mas foi o bastante para ser denunciado. Como se fazia na Alemanha nazista. Como se faz na Cuba dos irmãos Castro. E, NO ENTANTO, PORTAR OU LER O DOCUMENTO NÃO É CRIME. Onde é que está escrito isso? Não seria o TSE a revogar a Constituição.

E a imprensa se cala diante do absurdo — em Araçatuba, em São Paulo, no Brasil. A minha esperança é que a gente ainda sinta vergonhas desses dias.

E quais os alienados que terão ainda a coragem de dizer que estamos exagerando?

* * *

Ainda o Reinaldo, vejam isto aqui. Um caso de censura na TV pública. Vivemos tempos terríveis. Deus tenha misericórdia de nós.

Distribua os panfletos censurados pelo PT!

Via Wagner Moura: Bispos da CNBB são ameaçados de morte por causa de um panfleto. Leiam lá, na íntegra. Faço minhas as palavras dele: “Quem ameaça os bispos católicos? Provavelmente alguém que não quer que a divulgação dos panfletos pró-vida continue”. São, portanto, os inimigos da Igreja que, como tais, devem ser desmascarados.

A distribuição destes panfletos transforma-se, assim, em um dever moral não apenas para os católicos, mas para todos os homens de bem que têm amor à verdade, à liberdade e à democracia. Ei-los abaixo para download, em formato .pdf. Pede-se ampla e irrestrita divulgação. Não deixe a oportunidade passar. Não deixe para amanhã. Satanás não dorme. Os inimigos de Deus não descansam.

Panfleto CNBB – Miolo (download)

Panfleto CNBB – Frente (download)