Curtas

– Eu ainda não havia visto este Sussidio per Confessori, que está disponível em português no site da Congregação para o Clero. São mais de setenta páginas, englobando explanações teológicas e orientações práticas. Entre estas últimas, à guisa de destaque:

Outras normas oferecem algumas pistas para ajudar os penitentes a confessarem-se com clareza, por exemplo, em relação ao número e espécie dos pecados graves, indicando os tempos mais oportunos, os meios concretos (quais possam ser, em qualquer ocasião, os intérpretes) e sobretudo a liberdade de confessar-se com os ministros aprovados e que os mesmos podem ser escolhidos.

É necessário confessar o número e a espécie dos pecados graves! Que coisa mais medieval e tão pouco ensinada nos dias de hoje! É um bom sinal. Que Deus nos livre dos maus confessores, deformadores de consciências. Que Ele nos dê santos sacerdotes.

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Audiência Geral de Paulo VI em 1972, confronting the devil’s power. Pena que está em inglês e eu não posso traduzir agora. Reproduzo alguns trechos que o Carlos Ramalhete fez a gentileza de traduzir recentemente na lista “Tradição Católica”:

“E então o pecado, por seu lado, se torna a ocasião e o efeito da interferência, em nós e em nosso trabalho, de um agente hostil e escuro, o Diabo. O mal não é apenas uma carência, mas uma força ativa, um ser espiritual vivo que é perverso e perverte outros. Trata-se de uma realidade terrível, misteriosa e apavorante.

[…]

Ele solapa o equilíbrio moral do homem com seus sofismas. Ele é o sedutor esperto e maligno que sabe como abrir caminho até nós através dos sentidos, da imaginação e da libido, através da lógica utópica ou de contratos sociais desordenados no toma-lá-dá-cá de nossas atividades, para que ele consiga causar em nós desvios que são tão mais daninhos por parecerem conformar-se à nossa constituição mental ou física ou a nossas aspirações instintivas e profundas.

Este tema do Diabo e da influência que ele pode exercer sobre indivíduos e sobre comunidades, sobre sociedades inteiras e sobre acontecimentos, é um importantíssimo capítulo da doutrina cristã que deveria ser novamente estudado, ainda que seja hoje objeto de tão pouca atenção.

[…]

Isto não significa que todo pecado seja devido diretamente à ação diabólica, mas é verdade que quem não se vigia com um certo rigor moral está exposto à influência do ‘mistério da iniquidade’ citado por São Paulo, que coloca em grave risco a salvação. Nossa doutrina se torna incerta, com a escuridão obscurecida pela escuridão que rodeia o Diabo. Mas nossa curiosidade, excitada pela certeza de sua existência multiforme, tem o direito de fazer duas perguntas. Há sinais, e quais são eles, da presença da ação diabólica? E quais são os meios de defesa que temos contra perigo tão insidioso? Temos que ser cautelosos ao responder à primeira pergunta, ainda que os sinais do Maligno pareçam ser muito óbvios em algumas ocasiões. Podemos presumir que sua ação sinistra está operando onde a negação de Deus se torna radical, sutil e absurda; onde mentiras se tornam poderosas e hipócritas diante da Verdade evidente; onde o amor é sufocado pelo egoísmo cruel e frio; onde o nome de Cristo é atacado com ódio consciente e rebelde; onde o espírito do Evangelho é diluído e rejeitado, onde o desespero é afirmado como sendo a última palavra, etc.

[…]

É mais fácil formular uma resposta para a outra pergunta – que defesa, que remédio deveríamos usar contra a ação do Diabo: – ainda que continue a ser difícil colocá-los em prática. Poderíamos dizer: tudo o que nos defende do pecado nos fortalece, por isso mesmo, contra o inimigo invisível. A Graça é a defesa decisiva.

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Datafolha desvenda o mistério das multidões paulistanas. Como comentou um amigo: será que agora vão processá-la por homofobia?

Para pôr fim à imprecisão e a esse antigo debate paulistano, o Datafolha calculou a quantidade máxima de pessoas que os três principais espaços a sediar eventos do tipo –avenida Paulista, praça Campo de Bagatelle e vale do Anhangabaú– têm condição de abrigar. Mesmo com estimativas bastante generosas, é possível afirmar: não cabe tudo isso de gente.

Segundo o instituto de pesquisa, 1,5 milhão de pessoas é a lotação máxima do trecho Paulista-Consolação, caminho que a Parada Gay percorre. Isso num cálculo superestimado, considerando sete pessoas por metro quadrado, sufoco semelhante ao enfrentado por passageiros que embarcam na estação Sé do metrô no horário de pico. Para que 4 milhões ocupassem esses 216 mil m², seria necessário que 18 pessoas se espremessem em cada metro quadrado, algo só possível para contorcionistas como os da escola Acrobacia e Arte, convidados para ilustrar a capa desta edição.

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Médico indica aborto, casal se recusa e menina sobrevive: dramática história!

“Todos os dias eu me perguntava se ela ainda estava viva dentro de mim”, contou Healther. Mas, contra todas as probabilidades, Charley-Marie surpreendeu os médicos e sobreviveu. Ela nasceu em janeiro do ano passado, três semanas antes do previsto. Imediatamente após o nascimento, a garota foi levada para a UTI do hospital para que fossem realizados exames no seu coração. O tumor ainda estava lá, contudo, de alguma forma, o coração da menina encontrou uma maneira de bombear o sangue.

[…]

Mais uma vez contrariando as expectativas, Charley-Marie teve, sim, sua festa de aniversário de 1 aninho, com direito à família reunida e fogos de artifício. Hoje, aos 19 meses, a menina se comporta com qualquer criança de sua idade, segundo a mãe. “Os médicos não tem ideia do que vai acontecer com o coração dela. E nós apenas esperamos pelo melhor”, afirmou.

Talvez coubesse perguntar como um médico é capaz de conviver com o fato de ter assinado uma sentença de morte para um bebê supostamente “condenado” (que, hoje, tem um ano e meio de idade). Mas o fato das pessoas conviverem com o aborto já é, de per si, um mistério grande o suficiente: o assassinato de crianças é sempre horrível, não importa quais sejam os motivos elencados. E Charley-Marie está aí, vivendo, para provar como sói os médicos estarem errados e, portanto, como é descabida qualquer pretensão de interromper a vida de outrem. Memento Marcela.

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Gaga sobre Gaga. Destaco:

O que me leva ao ponto mais chocante das extravagâncias de Lady Gaga. Parece que depois de tantos anos, não há imagem mais poderosa que o amor, o sofrimento e o compromisso total que a produzida pelo Cristianismo. Temo que muitos de seus seguidores não sabem o que é uma religiosa (de fato, as meninas estavam fascinadas pelas religiosas), mas o hábito religioso ainda proclama a castidade e o compromisso com algo e Alguém maior que si mesmo. Mantém seu poder, razão pela qual uma estrela do pop tenha tentado explorá-lo. Em vídeos onde menos (roupa) é mais e a novidade é tudo, a tradição ainda pode cativar e desestabilizar. A senhorita Germanotta pode tentar exorcizar suas raízes católicas com piadas sobre monges de plástico, mas a simplicidade que ela ridiculariza será sempre mais simbólica que suas extravagantes sátiras.

Ninguém foi capaz de superar a imagem do sofrimento por amor exemplificada pela Paixão de Cristo. A coroa de espinhos, os braços estendidos, as feridas e a humilhação alimentaram muitos mais do que uma estrela do pop buscando atenção. Nenhuma estrela pop fantasia sobre a extração asteca de corações ou a decapitação da Revolução Francesa, mas no entanto erotizam com o sofrimento de Cristo, porque admitem seus efeitos duradouros. Jesus sofreu, não por uma vã excitação física, como a senhorita Germanotta, e o que queremos conhecer é a profundidade de seu amor, um amor que está disponível para todos. E de novo, a senhorita Gemanotta não entende que a sexualidade onívora não é o mesmo que o amor universal.

60 horas de adoração eucarística pelo Santo Padre

CONGREGATIO PRO CLERICIS

Vaticano, 13 de maio de 2011
Nossa Senhora de Fátima

Prot. N. 2011 1477

Eminência / Excelência Reverendíssima,

No dia 29 de junho próximo, celebrar-se-á o sexagésimo aniversário da Ordenação Sacerdotal do nosso amado Papa Bento XVI, [ocorrida] justamente no dia da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo de 1951.

A ocasião é particularmente propícia para unimor-nos mais ao Sumo Pontífice, para darmos testemunho da nossa gratidão, afeto, e comunhão no serviço que oferece a Deus e à Igreja. Mas, sobretudo, em sinal de gratidão por aquele “resplendor da Verdade do Mundo” que o seu Magistério continuamente realiza.

Em espírito de sobrenatural sobriedade, por ocasião do 60º Aniversário – e cremos que [tal gesto] muito agradará ao Santo Padre – convidamos todas as circunscrições eclesiásticas, esperando uma especial participação dos sacerdotes, a oferecer “Sessenta Horas de Adoração Eucarística”, continuadas ou distribuídas no mês de junho próximo, pela santificação do clero e para obter de Deus o dom de novas e santas vocações sacerdotais.

O cume deste percurso de oração poderia coincidir com a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus (Jornada de Santificação dos Sacerdotes), que será no dia 1º de julho, sexta-feira. Desta forma, presentiaríamos o Santo Padre com uma extraordinária coroa de oração e de união sobrenatural, capaz de mostrar o real centro da nossa vida, do qual promana todo esforço missionário e pastoral e autêntica face da Igreja e dos Seus sacerdotes.

Com a certeza [de] que poderemos contar com uma cordial e solícita colaboração de cada um dos Ex.mos Ordinários, em espírito de profunda e permanente comunhão também neste importante Aniversário, [e] na expectativa de uma sinceração adesão, despeço-me, enquanto aproveito a ocasião para confirmar os melhores sentimentos de distinto obséquio.

de Vossa Excelência / Eminência Reverendíssima
dev.mo no Senhor

Mauro Card. Piacenza
Prefeito

+ Celso Morga Iruzubieta
Arcebispo tit. de Alba marítima
Secretário

Fonte: Presbíteros