O PLC 122/2006 estava ontem na pauta de votação do Senado. A expectativa era a de que, hoje (Sexta-Feira…), amanhecêssemos homofóbicos.
Acho que não foi desta vez. A Agência Senado noticiou a aprovação de um debate sobre o malfadado projeto. Pelo que pude entender, “o momento e o formato adequado do debate” serão negociados posteriormente – e foi só assim que os senadores entraram em consenso. Aliás, praticamente o mesmo requerimento fora feito tanto pela Marta Suplicy quanto pelo Magno Malta; e reproduzo o teor de ambos (via IPCO, com os destaques lá colocados; a fonte primária está aqui) para comparação:
Senador Magno Malta e outros Senhores Senadores: “[…] requerem que seja feita audiência pública, COM ENTIDADES DA SOCIEDADE CIVIL, destacando OAB, CNBB, e Conselhos de Líderes Religiosos Brasileiros, DENTRE OUTRAS […]”
Marta Suplicy “[…] Requeiro… … Audiência Pública… ESTA AUDIÊNCIA PÚBLICA TERÁ A PARTICIPAÇÃO DOS SEGUINTES CONVIDADOS: Michael Donald Kirby – Juiz aposentado da Suprema Corte Australiana; Jurista; Acadêmico; MARIA DO ROSÁRIO – SECRETÁRIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA; ELLEN GRACIE – MINISTRA DO (STF); REPRESENTANTE DA – ABLGT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS; Representante da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil. […]”
Seria engraçado se não fosse trágico: a senhora Suplicy quer um debate para o qual não sejam convidadas as partes discordantes! Um debate de cantilena monotônica, onde todos pensam praticamente a mesma coisa: apenas para dar um verniz de legitimidade e consenso à decisão ditatorial. Faz algum sentido realizar uma audiência pública sem convidar as partes que discordam do assunto debatido? Na cabeça da Marta Suplicy, não apenas faz sentido como também é exatamente isto que ela está requerendo! Se vivêssemos em um país sério, semelhante proposta faria a senadora corar de vergonha. Mas já vivemos sob uma ditadura velada, onde os poderes constituídos foram tomados por inimigos da Pátria – os quais zombam do povo com propostas como esta da senadora petista. A mulher é um verdadeiro suplício para o país!
Contrariando o costume, quero aproveitar a oportunidade para citar outros dois textos do Reinaldo Azevedo que julgo relevantes. O primeiro é este, de ontem, no qual o articulista da Veja rebate um texto do Hélio Schwartsman (da Folha de São Paulo). O segundo é este, onde o Reinaldo apresenta um vídeo do Jean Wyllys contra a realização de um plebiscito – uma vez que “um povo ignorante o bastante para dar a vitória a Wyllys no BBB e para elegê-lo deputado não pode, segundo ele próprio, decidir certos temas em plebiscito”.
Afinal, às favas com a vontade do povo! Quanto tempo falta para os brasileiros perceberem que os vigaristas habitantes do Planalto estão – descaradamente – agindo em relação ao povo como se fossem adestradores de animais, e não guardiões de sua vontade?
Atenção! Isto não se refere somente à lei da Mordaça Gay! Estamos falando de toda uma política consciente e constante de exaltação da sodomia, que se manifesta nas leis propostas ou aprovadas, nas jurisprudências absurdas que a Casa da Mãe Joana (o STF) firma, no espaço absurdo à imoralidade gay que é concedido nos meios de comunicação em massa (nos jornais mas também – e principalmente – na televisão, como p.ex. com o recente beijo lésbico do SBT, e também com toda a pletora de personagens gays “bonzinhos” com os quais a televisão anda infestada), na doutrinação da infância (p.ex., com o escândalo do kit gay), na (descarada) perseguição ideológica da Gaystapo, nas paradas da vergonha sodomita financiadas com dinheiro público, et cetera, et cetera, et cetera. É evidente, para além de qualquer possibilidade de dúvidas, de que há um movimento deliberado dos Poderes Públicos para enfiar a ideologia gay goela abaixo do povo brasileiro [p.s.: quem duvida, passe os olhos por este documento da Presidência da República / Secretaria Especial de Direitos Humanos]. E não podemos ficar parados.
O site do IPCO informa que, até o momento, “[j]á foram enviados 1.515.528 emails aos senadores pedindo o arquivamento do PLC 122/2006 ‘Lei da Homofobia'”. Continuemos mandando. Não fiquemos calados. Reproduzo aqui as coisas que podem – e devem – ser feitas:
a) Escreva emails de protesto agora mesmo: clique aqui.
b) Telefone. O “Alô Senado” é gratuito: 0800 61 22 11.
c) Faça-se presente. O Congresso é a “casa do povo” e, portanto, o acesso a ele é livre.
d) Reze. Vem por último, mas é o mais importante. Aqui, não há justificativas para se furtar. Reze. Faça penitência e implore ao Altíssimo misericórdia para a Pátria. Que Nossa Senhora Aparecida nos ajude. Que a Padroeira do Brasil salve a Terra de Santa Cruz.
Não desanimemos. Não deixemos de nos manifestar. Não permitamos que a tirania seja exercida por inércia de nossa parte. Ser-nos-á motivo de vergonha e fonte de muitas tribulações se os ímpios triunfarem – à revelia da vontade conhecida da maioria população brasileira – por pura apatia de nossa parte.