Leio sobre o britânico que “virou gay” após um derrame. O testemunho dele é no mínimo curioso: ele caiu, quebrou o pescoço, teve um derrame e, quando acordou, era gay: «quando ganhei consciência, eu imediatamente me senti diferente. Eu não estava mais interessado em mulheres. Eu era definitivamente gay. Eu nunca tinha sentido atração por homens antes – eu nunca tive nem amigos gays.»
O caso dele é politicamente incorreto e, devido ao patrulhamento da Gaystapo, perguntar é incômodo. Mas eu não consigo ver como possa ser honestamente possível furtar-se aos questionamentos: se crianças com tendências homossexuais são com freqüência apresentadas como argumento a favor da tese de que [todos] os homossexuais “nascem assim”, por qual motivo o homossexualismo surgido após um trauma neurológico não serve nem mesmo para insinuar que, talvez, alguns casos sejam [patologicamente] adquiridos? E, avançando ainda mais na inconveniência das perguntas: se for verdade que tais tendências podem ser adquiridas, por qual motivo a recíproca não é também igualmente verdadeira e, portanto, elas não poderiam ser “desadquiridas”?
A Doutrina Católica não tem nenhum problema com a gênese psíquica do homossexualismo. É perfeitamente possível dizer, p.ex., que certas pessoas nascem com memória ruim e outras ficam com a memória ruim após tomarem certos tipos de medicamentos. É facto que certas pessoas nascem com os membros faltantes e, outras, perdem em acidentes os membros com os quais nasceram. Isto a rigor não significa absolutamente nada: a forma como as pessoas nascem ou deixam de nascer não é, de per si, demonstração irrefutável de que tal ou qual característica é uma qualidade e não um defeito. Aplicando este princípio ao homossexualismo, temos uma resposta bastante simples à questão (que, não obstante, o Movimento Gay empenha-se por obscurecer): os actos homossexuais são intrinsecamente desordenados, independente de se os gays nascem assim ou assim se fazem ao longo da vida.
A questão da gênese psíquica homossexual (e a questão conexa da sua reversibilidade), portanto, é totalmente irrelevante para a sua condenação moral (tanto do ponto de vista da Moral Católica como também da Lei Natural). Mas tem um interesse capital para as pessoas que sofrem com tais tendências, porque a resposta a tais questões determina se é possível a estes filhos de Deus conseguirem um bálsamo que alivie a pesada cruz lançada sobre os seus ombros ou se, ao contrário, eles devem se preparar para resistir às tentações da carne sem outro remédio que não os espirituais. É bastante óbvio que tais remédios são absolutamente suficientes para que qualquer pessoa vença as suas más inclinações e adquira a santidade; no entanto, se é possível à razão humana oferecer algum conforto a estas pessoas que sofrem com tendências sexuais profundamente arraigadas, nada justifica que uma ideologia revolucionária e anti-natural os impeça de terem acesso aos benefícios que o engenho humano, em condições normais, seria capaz de oferecer.
À santidade todos são chamados e para todos ela é possível. E o caminho da santidade é aquele traçado pela Lei de Deus – o qual a Igreja de Cristo, qual farol a iluminar os viajantes, tem a missão de indicar a todos os homens de todos os tempos. Os fatos contrários ao Gayzismo dominante deveriam ser suficientes para romper o muro de silêncio ideológico: pois os maiores prejudicados pela militância sodomita, nada surpreendentemente, são os próprios homossexuais.