Recebi hoje pela manhã esta bonita notícia sobre o apoio que um ateu homossexual resolveu prestar, publicamente, a um sacerdote espanhol – mais, a um bispo espanhol – que, em sua diocese [aliás, pelo que eu entendi é mais especificamente no site da sua diocese], está promovendo um espaço de ajuda para as pessoas homossexuais que estão dispostas a lutar para abandonar os seus vícios e para levar uma vida da maneira que o Todo-Poderoso deseja.
Não deixem de ler as palavras do jovem venezuelano, que são bonitas; mas o que é ainda mais bonito nesta história toda é a mensagem de esperança que Dom Juan Antonio Reig Pla publicou no site da Diocese de Alcalá. Es posible la esperanza! Estas palavras são um verdadeiro alento para as tantas pessoas que, sofrendo em sua carne os males das inclinações homossexuais, vêem-se abandonadas e privadas do acesso a informações e a pessoas que lhes possam ajudar a enfrentar com dignidade a cruz que aprouve à Divina Providência que lhes coubesse. Porque a Ideologia Gay tampouco admite que haja um homossexual insatisfeito com a sua condição e desejoso de mudar. A famosa “liberdade de escolha”, que até há bem pouco tempo ressoava em nossos ouvidos em defesa dos homossexuais, virou rapidamente uma liberdade de uma escolha só e portanto, por definição, uma não-liberdade.
O Carlos Ramalhete falava exatamente sobre isto na sua coluna de ontem na Gazeta do Povo. Não sobre homossexuais, mas sobre escolhas, e sobre os males que advêm quando terceiros tomam sob si a “responsabilidade” de decidir o que é melhor para alguém. Não é muito diferente a (hipotética) proibição do açúcar no café da (concreta) proibição dos programas de ajuda à pessoa homossexual: em um e em outro caso, temos burocratas ou ideólogos decidindo por si próprios o que é melhor para as pessoas, pouco importando o que estas pessoas pensem ou queiram.
Em última instância, ninguém pode forçar um pecador a se converter. Mas é fundamental – é uma exigência da Caridade inegociável – que os pecadores desejosos de se converterem possam receber de nós todo o apoio do qual necessitarem. Outra, no entanto, é a idéia (e a prática) do Movimento Gay: ao pregarem abertamente contra a irreversibilidade do comportamento homossexual, ao desacreditarem as iniciativas que se propõem a oferecer verdadeira ajuda às pessoas que padecem destes vícios e ao até mesmo atacarem abertamente (por via judicial, se necessário for) as pessoas ou entidades dispostas a oferecerem uma alternativa à entrega animalesca aos imundos pecados contrários à natureza, o que o Movimento Gay quer na verdade é impôr uma terrível escravidão a todas as pessoas que padecem de tendências homossexuais. Negando-lhes a possibilidade de escolher (ou, ainda pior, negando que haja escolhas), transforma-as em escravos [afinal, «a incapacidade de escolha é a maior característica do escravo», como disse o Ramalhete] de seus torpes desejos. Isto sim é degradante, e isto sim deveria ser objeto de censura dos poderes públicos – não os convites à liberdade dos filhos de Deus.
Não deixem de ver o site do Es posible la esperanza (sim, contra tudo o que dizem os baluartes da Ideologia Gay e a despeito das tentativas da Gaystapo de silenciar as vozes dissidentes, é sempre possível a esperança). E, em particular, não deixem de ver as mensagens de agradecimento ao bispo de Alcalá; o preito de gratidão por um bispo que não se rendeu à agenda gay e que está, sozinho, fazendo infinitamente mais pelos homossexuais do que todo o Movimento Gay do mundo inteiro.