URGENTE! Assembléia Geral da CNBB e PNDH-3

[Como sabemos, os senhores bispos do Brasil estão reunidos – até a próxima quinta-feira, 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima – em Brasília para a 48ª Assembléia Geral da CNBB. Como sabemos, precisamos rezar pelos nossos bispos, para que eles não mais “censurem” as declarações oportunas de alguns prelados, nem logrem êxito no plano diabólico (em curso) de ressurreição das CEBs, y otras cositas más. Precisamos rezar pelos bispos do Brasil, para que esta AG dê alguns frutos e não dê outros.

Entre as coisas que precisam ser objeto de nossas orações, está o PNDH-3. É fundamental que a Assembléia Geral da Conferência, apesar de estar reunida em Brasília, não conceda a menor sombra de apoio a este malfadado plano de Direitos Humanos. Por isso, torno pública a mensagem abaixo, que recebi por email, para que nos manifestemos – aos bispos – contra o PNDH-3. E rezemos pelos nossos bispos – nunca é demais repetir. Que a Virgem Santíssima tenha misericórdia de nós todos.]

Prezados Participantes da Campanha Brasil pela Vida

URGENTE E IMPORTANTE CONVOCAÇÃO PARA MOBILIZAÇÃO!

313 bispos do Brasil, estão reunidos em Brasília, na 48ª Assembleia Geral da CNBB. Na quarta-feira, dia 13 de maio – festa da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima – os bispos devem votar um documento sobre o Projeto Nacional dos Direitos Humanos (PNDH-3).

Neste momento em que o PNDH-3 está agonizando pelas inumeráveis críticas e reprovações sofridas de diversos e qualificados segmentos da sociedade, qualquer documento de aprovação por parte da CNBB, por mais tênue que seja, será fazer reviver um moribundo. E ISTO É O QUE NÃO PODE ACONTECER!

Como bem disse o Dr Ives Gandra em entrevista para a Canção Nova: Ives é taxativo: “Eu lembraria o que disse Agripino Grieco [crítico literário] quando lhe deram um livro de um mau poeta. Ele leu e disse: ‘Eu aconselho a queimar a edição e, em caso de reincidência, a queimar o autor’. Eu não sou tão cáustico à reincidência de queimar o autor, mas que vale a pena queimar a edição desse programa, vale“.

Portanto, devemos agir rápido e fazer a maior mobilização nacional possível. Vamos escrever ao nosso bispo diocesano, a bispos que conhecemos, fazendo-lhes um apelo o mais pungente possível para que eles não aprovem nenhum documento favorável ao PNDH-3.

Não espere que os outros façam por V. Clique aqui e faça a sua parte e lembre-se que por omissão também cometemos pecado. E neste momento histórico, a Providência espera uma atitude firme e decidida de cada católico fiel.

Se v. quiser conhecer o parecer de ilustres personalidades do mundo católico, de bispos e leigos que já se pronunciaram veja os links abaixo:

Documento de 67 bispos da Regional Leste 1 contrário ao PNDH
Documento de movimentos Pró Vida
Magistrados contra o PNDH
Ives Gandra condena o PNDH
Paulo S. M. Leão Jr (presid. da União dos Juristas Católicos RJ) condena PNDH 3

Certo de que V. fará o maior esforço para divulgar esta campanha, rogando a Nossa Senhora de Fátima, que no dia de sua primeira apariçãop em Fáltima, nos proteja e proteja nosso querido Brasil, despeço-me

Atenciosamente

Associação Brasil pela Vida.

João Hélio, assassinos e direitos humanos

Só rapidamente: soube hoje que o sr. Ezequiel Toledo de Lima, condenado pelo assassinato do menino João Hélio há três anos, por ser à época menor de idade, “cumpriu medida sócio-educativa de 3 anos de reclusão em uma instituição de jovens infratores” e foi solto há uns quinze dias.

Entrou em um tal Programa de Proteção a Menores Ameaçados de Morte do Governo Federal, por petição da ONG “Projeto Legal”, e já está na Suíça com a família! Ele embarcou “com garantia de casa e identidade novas para recomeçar sua vida”.

Como assim, o sujeito é co-autor de um dos crimes mais bárbaros que aconteceram neste país nos últimos anos e, como recompensa, ganha uma casa na Suíça para ele e a família?

E a família de João Hélio, terá outra chance? A pergunta é pertinente. Por que os bandidos têm mais “direitos humanos” do que as vítimas?

ONU e direitos indígenas

Que coisa interessante esta declaração das Nações Unidas sobre o direito dos povos indígenas! De acordo com o Art. 8, 1., em tom imperativo, “os Estados estabelecerão mecanismos eficazes para a prevenção e a reparação de a) todo ato que tenha por objetivo ou conseqüência privar os povos e as pessoas indígenas de sua integridade como povos distintos, ou de seus valores culturais ou de sua identidade étnica (…)”.

Entre os “valores culturais” dos povos indígenas, obviamente estão os seus “valores” religiosos, a saber, o paganismo. Um índio concreto, então, de acordo com a ONU, deve ser eficazmente impedido pelos Estados de receber catequese, uma vez que esta vai, naturalmente, como objetivo e como conseqüência, se Deus quiser, libertá-lo e privá-lo do paganismo. Resta só especificar como serão estes mecanismos eficazes. Censura prévia, talvez; ou proibição das missões católicas em terras indígenas.

Historicamente há registros de um mecanismo indígena extremamente eficaz no impedimento da catequese: a antropofagia, principalmente de missionários. Aliás, sabe-se até que o canibalismo, entre algumas tribos, tinha inclusive função ritual. Já que o artigo 11 da supracitada declaração afirma que “os povos indígenas têm o direito de praticar e revitalizar suas tradições e costumes culturais”, o que inclui “as manifestações passadas, presentes e futuras de suas culturas, tais como (…) cerimônias”, cabe perguntar: as cerimônias de antropofagia também estão entre aquelas que os índios têm o direito de praticar e revitalizar?

Ou o infanticídio, talvez? É sem dúvidas um costume cultural, é inquestionavelmente uma tradição. Aliás, se as crianças gêmeas são uma do bem e a outra do mal, e se não dá para distinguir uma da outra, é perfeitamente coerente seguir os costumes dos antepassados e enterrar as duas vivas. Afinal, nunca se sabe. Lembram-se de Hakani?

É óbvio que todas as culturas não são iguais. É óbvio que existem direitos universais que transcendem as culturas. No entanto, é muito politicamente incorreto admitir isso. Na loucura do mundo moderno que deu as costas para Deus, só o que é possível construir são remendos mal-feitos em uma canoa cujos furos são cada vez mais evidentes.

Sobre isto, apenas citando [e recomendando], é muito interessante este texto do Vanguarda Popular:

O Painel Intergovernamental de Mudanças Culturais e Climáticas (ICCCP , em inglês) declarou seu apoio ao recente anúncio das Nações Unidas de que todas as culturas são igualmente válidas. Expandindo a resolução da ONU, o grupo declarou que os direitos das pessoas são culturalmente definidos e não devem ser baseados em qualquer idéia burguesa ou conceito universal. Eles afirmam que o termo “direitos humanos” já está fora de moda e possui uma conotação racista porque ele impõe um valor a vida humana que algumas culturas não aceitam. Eles recomendam que o termo “direitos multiculturais dos povos” seja utilizado.

O aborto, a CNBB e o Planalto

Ainda não havia tido tempo de comentar aqui sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) aprovado pelo presidente Lula no final do ano passado. Leiam o DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009; neste link, consta o decreto do sr. Presidente da República e, em anexo, o PNDH-3.

Com este decreto, “[a]poiar a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos” passa a ser, oficialmente, um objetivo estratégico do Governo. Não se trata mais somente nem da posição particular de um político concreto, nem da orientação de um partido político que admite a pluralidade de opiniões, e nem da imposição de um determinado partido que expulsa do seu grêmio os que pensam diferente. Não; com o Programa Nacional de “Direitos Humanos”, apoiar a descriminalização do aborto é uma diretriz de governo que inclusive transcende os partidos políticos.

Fica cada vez mais evidente aquilo que outras pessoas vivem dizendo: o estrago que o PT vem fazendo nas instituições brasileiras agiganta-se a olhos vistos, e torna-se difícil vislumbrar, no horizonte, a possibilidade de um cenário político onde as seqüelas da gestão atual não se façam dolorosamente presentes.

Vi hoje, no entanto, uma notícia interessante na Folha: Igreja também critica plano de direitos humanos de Lula. Os movimentos pró-vida brasileiros estão levando a sério esta nova investida do PT. Duas coisas chamam a atenção (os itálicos são citações):

  1. O problema do PNDH-3 não se resume à questão do aborto. Os itens propõem ações coordenadas de governo para apoiar “a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto”, “mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos”, “a união civil entre pessoas do mesmo sexo” e “o direito de adoção por casais homoafetivos”.
  2. O objetivo de d. José [responsável pelo Comitê de Defesa da Vida do Regional Sul-1 da CNBB] é conseguir uma declaração da CNBB sobre o tema, mas há bispos, mesmo entre aqueles que compartilham de sua indignação, que preferem não bater de frente com o Planalto. Vários religiosos e setores da igreja são aliados tradicionais da esquerda e do PT em outras causas defendidas no documento.

Ou seja: existe um decreto do presidente da república que transforma em política oficial do Governo desvios morais gravíssimos, frontalmente contrários à Lei Natural, e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil prefere não bater de frente com o Planalto! Prefere, então, a CNBB bater de frente com Nosso Senhor? Prefere cruzar os braços e deixar o Planalto promover o assassinato de inocentes?

É isto mesmo, senhores bispos do Brasil?

Ateísmo – dois curtas

1. Estuprador ateu reclama de violação de direitos após dividir cela de prisão com companheiro cristão. “‘Recentemente, tive o desprazer de compartilhar uma cela com um crente fundamentalista [Bible-thumping]’. Uma fonte disse que Relf estava ‘furioso’ em ter que dividir [a cela], na Manchester Prision, com o cristão convicto, e que queria que ele fosse ‘expulso'”.

2. Cão que ladra não morde – sobre as objeções ateístas ao milagre de Lanciano. “O fato é que as autoridades religiosas têm permitido testes no que sobrou dessa carne e desse sangue [do milagre de Lanciano], o último deles tendo ocorrido em 1971. Foi a respeito disso que um amigo me mostrou, hoje, um texto de um site de ateístas militantes que se propunha a “desmistificar” o milagre. Desconsiderando o tom raivoso do artigo, atenhamo-nos aos fatos que o autor alega ter em seu favor, e veremos que a consistência dos argumentos é a mesma de um pudim de leite condensado”.

Aborto e Gayzismo

ABORTO no Brasil e no mundo:

No Mato Grosso do Sul, uma “médica” acusada de praticar mais de 10.000 abortos irá a Júri Popular. A dra. Neide Machado Mota é acusada de ser “responsável pela interrupção da gravidez de quase 10 mil mulheres”. Na enquete disponível no site da UOL – “Se participasse do júri, qual seria seu veredicto para médica dos 10 mil abortos?” -, no presente momento, 68,45% dos votantes disseram que ela é culpada. Sinceramente, eu tenho medo desses júris populares: não duvido que os abortistas manipulem-no a fim de que ele seja escolhido dentre os 31,55% restantes…

– Na Espanha, os espanhóis rechaçam a “barra libre” ao aborto que será imposta pelo governo. Segundo a pesquisa divulgada por HazteOir, 40,5 % dos espanhóis rechaça a reforma da lei do aborto contra 36,7% que a apóia; entre as mulheres a diferença é maior: 43,1% são contra, enquanto 34,3% são a favor. O que mostra – uma vez mais – que é mentira que as mulheres são as mais interessadas na defesa deste seu macabro pseudo-direito. Não obstante, a Espanha pretende legalizar o aborto: “[o] governo espanhol informou nesta quinta-feira [14 de maio] que enviará ao Congresso um projeto de lei que prevê o fim da proibição do aborto e propõe que meninas maiores de 16 anos possam abortar sem o consentimento dos responsáveis”. Que Deus proteja a Espanha!

GAYZISMO no Brasil:

Governo quer livro didático com temática homossexual; na área da educação, os nossos ilustres governantes querem que “sejam incluídos nos livros didáticos a temática de famílias compostas por lésbicas, gays, travestis e transexuais”. Mais um ataque à família brasileira, desta vez duplo: por meio da apresentação desta caricatura de família como se família fosse, e por meio da imposição de um ensino às crianças com o qual não necessariamente os seus pais concordam.

– Esta maravilha faz parte de um plano do governo voltado para os gayzistas. Foi lançado também nesta quinta-feira 14 de maio, em Brasília, e chama-se “Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT”. Entre as diretrizes que constam nesta depravação institucionalizada, estão a censura – “classificar como inadequadas para crianças e adolescentes” – de obras “que apresentem conteúdos homofóbicos” [a Bíblia, talvez?], a “[l]egalização do direito de adoção dos casais que vivem em parceria homoafetiva”, o encaminhamento “para o presídio feminino [de] mulheres transexuais e travestis”, a revisão “[d]a restrição existente para doação de sangue pela população LGBT”, a “[d]iferenciação dos conceitos de homofobia, lesbofobia e transfobia” [sic!], o “[c]ombate à homofobia institucional” [da Igreja, talvez?], o “[c]ombate à intolerância religiosa em relação à diversidade de orientação sexual e identidade de gênero” [sim! É da Igreja mesmo!], entre outras sandices. O documento completo de 45 páginas pode ser lido aqui.

– Enquanto isso, quase metade dos brasileiros assume ter preconceito contra homossexuais, segundo um estudo – feito pela Fundação Perseu Abramo – citado pelo Jornal do Commercio. E provavelmente “preconceito” significa exatamente acreditar que a família é composta por um pai e uma mãe, que as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são anti-naturais, que duplas de gays [ou lésbicas ou o que seja] não podem adotar crianças, que sodomia é pecado que brada aos céus vingança, que existem padrões mínimos de moralidade a serem observados nas sociedades para tornar possível a convivência, etc. Deus salve o Brasil!

Bush e o dia da Santidade da Vida humana

Em algum momento do intervalo entre postar a íntegra do — já mencionado — belíssimo discurso do presidente George W. Bush (soon-to-be ex) em inglês e fazer uma tradução traditora, encontrei, por acaso, no orkut, a tradução, que me parece bastante acurada. Uma vez que o autor do tópico não deixou claro se a reproduzia de outro lugar, ou se traduziu o discurso ele mesmo, deixo o espaço vacante para o reclame de autoria da tradução. De qualquer modo, reproduzo-a abaixo:

Dia Nacional da Santidade da Vida Humana, 2009

Proclamado pelo Presidente dos Estados Unidos da América

Toda vida humana é um dom de nosso Criador, que é sagrado, único e digno de proteção. No Dia Nacional da Santidade da Vida Humana, nosso país reconhece que cada pessoa, incluída toda pessoa que espera para nascer, tem um lugar e um propósito especiais neste mundo. Nós também sublinhamos nossa dedicação em divulgar esta mensagem de consciência ao clamar pelos que, entre nós, são fracos e sem voz.

O dever mais básico do governo é proteger a vida do inocente. Minha Administração tem se comprometido em construir uma cultura da vida ao promover vigorosamente leis de notificação de adoção e de paternidade, ao se opor ao financiamento federal de abortos no exterior, ao encorajar a abstinência aos adolescentes e ao financiar programas de gravidez de risco. Em 2002, tive a honra de sancionar a Lei de Proteção a Crianças Nascidas Vivas, que estende a proteção legal a crianças que sobrevivem a uma tentativa de aborto. Assinei uma legislação em 2003 para banir a prática cruel do aborto de nascimento parcial, a aquela lei representa nosso compromisso em construir uma cultura da vida na América. Também me orgulho de ter assinado a Lei de Não-nascidos Vítimas de Violência em 2004, que permite às autoridades acusar uma pessoa que causou a morte ou lesão a uma criança no ventre como uma acusação separada em acréscimo a outras acusações relacionadas à mãe.

A América é uma Nação atenciosa, e nossos valores devem nos conduzir enquanto aproveitamos os benefícios da ciência. Em nosso zelo pelos novos tratamentos e curas, não podemos jamais abandonar nossos valores morais fundamentais. Nós podemos alcançar as grandes descobertas, que todos procuramos, com reverência pelo dom da vida.

A santidade da vida está escrita nos corações de todos os homens e mulheres. Neste dia e ao longo do ano, aspiramos à construção de uma sociedade em que toda criança é bem-vinda à vida e protegida pela lei. Também encorajamos mais dos nossos compatriotas americanos a se unirem a nossa causa justa e nobre. A história nos ensina que com uma causa enraizada em nossos princípios mais profundos e recorrendo aos melhores instintos de nossos cidadãos, nós vamos prevalecer.

AGORA, PORTANTO, EU, GEORGE W. BUSH, Presidente dos Estados Unidos da América, em virtude da autoridade investida em mim pela Constituição e leis dos Estados Unidos, pelo presente ato proclamo 18 de janeiro de 2009 como Dia Nacional da Santidade da Vida Humana. Eu conclamo os americanos a marcar este dia com cerimônias apropriadas e a destacar nosso compromisso com o respeito e a proteção à vida e à dignidade de todo ser humano.

COMO TESTEMUNHO, com referência a isto eu ergo minha mão neste décimo quinto dia de janeiro, no ano de nosso Senhor de dois mil e nove, e no de duzentos e trinta e nove da Independência dos Estados Unidos da América.

GEORGE W. BUSH

O original pode ser visto em: http://www.whitehouse.gov/news/releases/2009/01/20090115-1.html

Diversos, diversos, diversos…

– Excelente entrevista publicada ontem em ZENIT sobre a Humanae Vitae! Ironicamente muitíssimo mal-recebida até por católicos [memento Martini…], a encíclica do Papa Paulo VI que condena a regulação artificial da natalidade é apresentada como “profética” do ponto de vista médico pelo dr. José María Simón Castellví, espanhol. Segundo ele, a pílula é causa de muitos problemas, quer de saúde, quer de relacionamento, quer ambientais. Leitura indispensável. Cito:

No 60º aniversário da Declaração dos Direitos do Homem se pode demonstrar que os meios anticoncepcionais violam pelo menos cinco importantes direitos:

O direito à vida, porque em muitos casos se trata de pílulas abortivas, e cada vez se elimina um pequeno embrião.

O direito à saúde, porque a pílula não serve para curar e tem efeitos secundários importantes sobre a saúde de quem a utiliza.

O direito à informação, porque ninguém informa sobre os efeitos reais da pílula. Em particular, não se adverte sobre os riscos para a saúde e a contaminação ambiental.

O direito à educação, porque poucos explicam como se praticam os métodos naturais.

O direito à igualdade entre os sexos, porque o peso e os problemas das práticas anticoncepcionais recaem quase sempre sobre a mulher.

– Muitos já comentaram e eu ainda não o fiz, mas não posso deixar de registrar o meu estupor diante da incitação estatal ao crime (leiam). Foram 80.000 reais liberados pela Fiocruz para a produção de um filme abortista, a ser distribuído entre ONGs e escolas. Segundo o JC daqui da terrinha (para assinantes), a diretora da produção de “O Fim Silêncio” – Thereza Jessouroun – disse que “Documentário não é jornalismo, que tem a obrigação de ser imparcial. Tem que ter posição marcada, e este é claramente a favor do aborto”. Segundo o GLOBO, ela ainda “chegou a entrevistar especialistas contrários e favoráveis à prática, como previa o projeto original, mas optou por manter apenas a participação das mulheres”. É uma canalhice explícita; chega a dar náuseas.

– Enviaram-me uma verdadeira pérola da nossa internet brasileira: o blog recém-criado (é de dezembro último) de um sacerdote de Juiz de Fora, o padre Elílio. Vale muitíssimo não apenas uma, mas várias visitas. É extremamente reconfortante encontrar um sacerdote do Deus Altíssimo zeloso das coisas de Deus, com sede da salvação das almas, e empenhando-se em levar a Sã Doutrina da Igreja àqueles que agonizam de sede no árido deserto doutrinal dos nossos dias. Só para ter uma idéia, o reverendíssimo sacerdote está atualmente traduzindo e disponibilizando o De Rationibus Fidei de Santo Tomás de Aquino! Que a Virgem Santíssima o possa abençoar com abundância, e tornar fecundo o seu ministério sacerdotal.

– Mas uma que todo mundo comentou e eu ainda não o fiz, foi a entrevista publicada por ZENIT no último Natal, com o mons. Michel Schooyans, membro da Pontifícia Academia para a Vida e da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, sobre a ONU e a ameaça aos [verdadeiros] Direitos Humanos. Excerto:

Tudo o que a gente explicou a respeito dos direitos inatos do homem que, por ser homem, tem naturalmente direitos, é contestado. Tudo isso é negado, é colocado entre parênteses, é desprezado e esquecido. Só subsistem as normas jurídicas; só subsiste o direito positivo, barrando toda referência aos direitos que os homens têm naturalmente. Nesse contexto, as determinações jurídicas são a única coisa que merecem estudo e respeito. Agora esses ordenamentos jurídicos, essas disposições lavradas nos Códigos, podem mudar ao sabor de quem tem força para defini-las. São puro produto da vontade de quem tem poder, de quem consegue impor a sua visão do que seja tal ou tal direito humano. De modo que, como salta aos olhos, a visão puramente positivista dos direitos humanos depende finalmente do arbítrio de quem tem a possibilidade de impor a sua concepção própria dos  direitos humanos, já que não há mais nenhuma referência à verdade, concernente à realidade do homem.

É exatamente o que nós sempre dissemos. Aproveito o ensejo para frisar duas coisas: (1) os “Direitos Humanos” do jeito que a ONU os entende hoje não têm nada a ver com os Direitos Humanos (estes, os verdadeiros) que a Igreja sempre defendeu; e (2) o, digamos, “espírito” original da Declaração Universal dos Direitos Humanos assemelha-se mais ao defendido pela Igreja do que ao defendido pela ONU de hoje em dia. Diz o monsenhor que os direitos humanos (expostos na Declaração original) “são reconhecidos em decorrência de uma atitude moral e antropológica”, e que “hoje em dia, a Declaração de 1948, que se inspira nítida e explicitamente na tradição realista (…) está sendo contestada”.

Vale a pena meditar nas – já citadas aqui – palavras de Bento XVI: “os direitos do homem estão fundamentados em última instância em Deus criador, que deu a cada um a inteligência e a liberdade. Quando se prescinde desta sólida base ética, os direitos humanos se enfraquecem, pois ficam sem seu fundamento sólido”. Este enfraquecimento é exatamente o que a ONU está fazendo nos nossos dias.

– “Alguns cristãos pensam que podem ajudar os muçulmanos fortalecendo-os em sua fé, e encorajando-os a serem bons muçulmanos. Isto é mais ou menos o que os cristãos fazem no Diálogo Inter-religioso. Mas há outros cristãos que pensam que a única coisa realmente útil que nós podemos fazer pelos nossos amigos muçulmanos é falar-lhes das maravilhosas novidades sobre Jesus Cristo”. Assim começa um maravilhoso artigo que fala sobre o padre Zakaria Botros – sacerdote copta, inimigo público número um do Islam, sobre o qual eu já falei aqui. Vale muitíssimo a leitura, apesar de estar em inglês e eu não estar com tempo de traduzi-lo na íntegra agora. Apenas a conclusão: “Sim, nós podemos dialogar e conversar com os muçulmanos. Mas nosso objetivo deve ser sempre libertá-los das algemas do Islam, conduzindo-os ao conhecimento salvífico de Jesus Cristo”.

Vale a pena também a (re)leitura do artigo “A derrota islâmica na África”, publicado no ano passado no Veritatis Splendor. E pode ser-nos útil e reconfortante lembrarmo-nos sempre destas estatísticas, ocultadas sob a cortina de ferro da mídia anti-cristã: “na África, a cada ano, seis milhões de muçulmanos deixam o islamismo e se convertem à fé cristã”.

Direitos Humanos, Bento XVI e Paulo VI

O Papa diz que Deus é o fundamento verdadeiro dos Direitos Humanos, conforme notícia de ZENIT desta quarta-feira. Lembrança muitíssimo oportuna, pois o caráter anti-cristão da Organização das Nações Unidas – evidente de modo particular em questões como o aborto e o homossexualismo – apresenta-se hoje sem máscaras e sem subterfúgios. Quarenta e três anos atrás, o Papa Paulo VI disse algumas palavras num discurso proferido na ONU – data vênia, ingênuas e otimistas por demais – onde afirmava estar convencido “de que esta Organização representa o caminho obrigatório da civilização moderna e da paz mundial”. Creio que, se o Pontífice pudesse contemplar a degradação da ONU que hoje se apresenta sem máscaras e sem enfeites, choraria amargamente.

Hoje, Bento XVI é mais realista, e ataca o ponto nevrálgico da questão – o que transforma a Declaração Universal dos Direitos Humanos em uma coisa, na melhor das hipóteses, meramente naturalista, incapaz de se estabelecer como uma referência necessária a todos os povos e, na verdade, carregando em si uma incoerência intrínseca, na medida em que rejeita Aquele que é capaz de dar sustentação aos verdadeiros direitos humanos. A Declaração não fala uma única vez em “Deus”; o Papa Bento XVI vai dizer que “os direitos do homem estão fundamentados em última instância em Deus criador, que deu a cada um a inteligência e a liberdade. Quando se prescinde desta sólida base ética, os direitos humanos se enfraquecem, pois ficam sem seu fundamento sólido”.

Os tempos mudaram. Também Paulo VI, no final do já citado discurso à ONU, disse a mesma coisa:

Numa palavra, o edifício da civilização moderna deve construir-se sobre princípios espirituais, os únicos capazes não apenas de o sustentar, mas também de o iluminar e de o animar. E esses indispensáveis princípios de sabedoria superior não podem repousar —  é Nossa convicção, vós o sabeis —  senão na fé em Deus.

À época, no entanto, tenho a impressão de que ficou apenas o elogio feito pelo Papa, e não o chamado à necessidade de que os Direitos Humanos fossem em Deus radicados. Sempre ouvi críticas a Paulo VI por ele ter dito que a ONU era “o caminho obrigatório (…) da paz mundial”; em contrário, nunca ouvi ninguém defendê-lo dizendo que o mesmo papa, no mesmo discurso, chamou a atenção para aquilo que hoje recorda o Papa Bento XVI gloriosamente reinante: os verdadeiros direitos humanos se fundamentam em Deus e, sem Ele, enfraquecem-se necessariamente.

Os verdadeiros direitos humanos são, assim, o que a Igreja chama de lei natural, “escrita por Deus na consciência humana”; a primeira defensora e promotora dos verdadeiros direitos humanos é, portanto, a Igreja Católica Apostólica Romana, a quem Deus Nosso Senhor confiou a plenitude da Verdade Revelada e a missão de fazer esta Verdade conhecida de todos os homens e povos. Em sentido estrito e próprio, por conseguinte, é a Igreja Católica que é o “caminho obrigatório da civilização moderna e da paz mundial”, pois é somente a Igreja Católica a defensora dos verdadeiros direitos humanos em sua integridade e sem incoerências. Qualquer outra realidade existente – pessoas, nações ou organizações – só poderá apresentar-se como “um caminho para a paz” na exata medida em que estiver em estreita sintonia com a Igreja de Nosso Senhor. Esta regra aplica-se também à ONU; se as circunstâncias históricas fazem com que os papas tenham convicções diferentes – Bento XVI não recomenda hoje a ONU como caminho obrigatório de absolutamente nada, ao que me conste -, tanto na década de 60 como hoje os sucessores de Pedro afirmam em uníssono a mesma verdade incontestável: somente Deus é o alicerce seguro dos direitos humanos.

Olimpíadas 2008

Tocha Olímpica faz última parada antes de Pequim. Quarta-feira (amanhã) ela chega à capital da República Popular da China, onde serão oficialmente abertas as Olimpíadas 2008 dois dias depois (na sexta-feira). Terá percorrido então a tocha 137.000 km, ao longo de 130 dias.

“Eu vim lançar fogo à terra” (Lc XII, 49a). Quem dera fosse este o fogo – e não o olímpico – a ser acesso no coração da China, na próxima sexta-feira! Num país que ainda mantém um regime assassino, é triste encontrarmos, na charge abaixo, um reflexo que seria cômico [se não fosse trágico] da realidade:



[Fotos: bored-bored]

A propósito, ao contrário da Índia, a China ainda não aprendeu a lição da Uganda. A campanha contra a AIDS nas Olimpíadas consiste na distribuição de 100.000 preservativos. Oremos.