Vi no Fratres in Unum a discoteca austríaca. Sinceramente, eu não consigo entender o que leva uma pessoa a abandonar tudo para abraçar a vida sacerdotal e, tendo recebido um báculo e uma mitra, promover [ou participar] [d]este tipo de aberração.
A Santa Missa é o Sacrifício de Cristo. Para louvar ao Deus Altíssimo, a Santa Igreja possui as riquezas da Liturgia, que ao longo dos séculos foram lapidadas por pessoas santas com o intuito de oferecer à Trindade Santa o culto melhor e mais perfeito possível. É angustiante ver a Liturgia ser jogada no lixo exatamente pelas pessoas que deveriam guardá-la e promovê-la; é decepcionante deparar-se com um prurido doentio por novidades que destrói até mesmo o senso estético mais rudimentar.
Missa não é “discoteca”. Provavelmente poucas coisas são tão dissemelhantes. Como suponho não ser possível haver ignorância quanto às discotecas, presumo que o problema só pode ser de desconhecimento sobre o que é a Santa Missa. Como, no entanto, as pessoas a promoverem o nonsense litúrgico são prelados da alta hierarquia da Igreja, torna-se absurdo imaginar que eles não saibam o que significa o culto básico da Igreja da Qual fazem parte. Como explicar a loucura? Mysterium Iniquitatis. Alguns não gostam da expressão, mas alguém é capaz de dar uma explicação mais plausível para estas coisas que, atônitos, contemplamos a todo momento?
Enquanto isso, falando em discoteca, vi que o pe. Joãozinho escreveu sobre [e – ouso ler nas entrelinhas – contra] o “Sacerdote Showman”. Recebeu comentários e voltou a escrever. Deo Gratias; arrisco-me a esperar que seja um grito do sensus fidei acorrentado, que não consegue mais manter-se inerte diante do bombardeio diuturno de ataques que sofre tudo aquilo que é católico e santo.
“Sacerdotes-Showmen” talvez celebrem “Missas-Discotecas”. Mas nenhuma das duas aberrações faz sentido. Nenhuma das duas coisas – digamo-lo francamente – tem espaço na Igreja de Nosso Senhor. No entanto, encontramo-las amiúde! Mysterium iniquitatis, torno a dizer. Que o Deus Altíssimo tenha misericórdia de nós, e envie santos trabalhadores para a Sua messe. Afinal, o problema dos nossos dias não é simplesmente de “falta de vocações”; muito mais sério é a falta de vocações santas. De padres que se esforcem para serem seguidores radicais de Nosso Senhor. De missas onde transpareça o Sacrifício do Calvário oferecido ao Pai Eterno.