Debate sobre o aborto – próxima quarta

[Divulgando conforme email que recebi.]

Debate sobre o ABORTO

No Programa Jurídico News, na quarta-feira, dia 08/04/2009, às 22:00 horas.

O programa é exibido ao vivo e pode ser assistido pelos internautas (que podem enviar perguntas no ar), no site

www.justtv.com.br

Convidados:

Dr. Cicero Harada – advogado, conselheiro da OAB-SP, presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB-SP, foi Procurador do Estado de São Paulo. (cicero.harada@terra.com.br; http://tamarmatar.wordpress.com/)

Dra. Elizabeth Kipman Cerqueira – Médica ginecologista-Obstétrica; integrante da Comissão de Ética e Coordenadora do Depto. de Bioética do Hospital São Francisco, em Jacareí, São Paulo, Diretora do Centro Interdisciplinar de Bioética da Associação “Casa Fonte da Vida”; especialista em Logoterapia e Logoteoria aplicada à Educação.

Dr. Luiz Riccetto Neto – entrevistador.

Tamar vs. Matar

Há algum tempo, o dr. Cicero Harada escreveu um artigo no qual revelava o nonsense completo que os abortistas pretendem instaurar no Brasil, legalizando o aborto quando a destruição de ovos de tartarugas é crime inafiancável.

Não há nada de “intrinsecamente mau” na proteção às tartarugas, isto é evidente. O que é intrinsecamente absurdo é a legislação brasileira proteger os embriões dos animais e permitir o assassinato de seres humanos. A necessidade de se proteger a vida humana – mormente a mais indefesa – é tão óbvia que só os abortistas não enxergam.

O William Murat relembrou o debate que se seguiu a este artigo, à época. E criou um blog específico para a sua disponibilização. Vale muito a pena conferir. O site é o seguinte:

http://tamarmatar.wordpress.com/o-debate/

Presente de Natal

Recebi, por email, um excelente texto do dr. Cícero Harada escrito já há alguns anos, mas que fala sobre um assunto que estávamos tratando aqui recentemente: a campanha de destruição do Natal por meio da substituição de todas as suas características cristãs por elementos genéricos e estranhos ao verdadeiro espírito natalino. Publico-o, com alegria.

Aproveito o ensejo para fazer um ligeiro comentário: a filosofia consumista, trocando a alegria do nascimento de um Salvador pela “alegria” de presentes e toda sorte de bens materiais é devastadora nas classes sociais mais abastadas, mas os pobres têm uma esperança, já que há evidentes barreiras financeiras à entrada no jogo do consumismo genérico que nem todos são capazes de ultrapassar. Podem, portanto, aqueles que ficaram “de fora” desta cidade de futilidades escolher um de dois caminhos: chorarem recostados ao muro e invejarem os “felizes” que lá conseguiram entrar, ou então procurarem, fora do mundo consumista, um sentido para o seu Natal. Estes últimos, quiçá encontrem uma Igreja e, como o José do Dr. Cícero, quem sabe não se deparem com o seu verdadeiro presente de Natal…

* * *

Presente de Natal

Cícero Harada

José é o nome dele. Menino como tantos outros. Pés descalços, atônito, nunca vira a cidade tão apinhada. É o empurra-empurra das compras de Natal. Mal consegue caminhar. Nas vitrinas, nas ruas, nas lojas, papai Noel, obeso, roupa e gorro vermelhos, botas e cinto pretos, barbas brancas, às vezes, com um sininho à mão, mas sempre prometendo brinquedos e presentes às crianças, tirando com elas muitas fotos.

Lembra-se, em criança, de papai Noel, chegando de caminhão. Sim, num enorme caminhão, perto de casa, onde dezenas ou centenas de meninos e meninas recebiam brinquedos e os pais uma cesta básica.

É Natal, tempo de alegria. Tempo de generosidade. Tempo de bondade. Tempo de caridade. Caridade, não, a professora Lia detesta essa palavra. Nas aulas, ensina que caridade é sujeição, subordinação, e todos somos sujeitos de direito. Temos direito às coisas e não necessitamos de esmolas. José, no entanto, caminha, sem direito a comprar presentes, um presentinho sequer. Seu coração é tão grande: daria pra dar um presentinho pra cada criança pobre, pra cada idoso. Gostaria de ajudar as pessoas, mas é tão pobre…ajudar seu pai, desempregado, sua irmãzinha… Mas agora, aos doze anos, não iria pedir, como tantas vezes pediu, em vão, tantas coisas a papai Noel. –Pedir a papai Noel, nunca!– Dizia doutor Alcides, advogado e amigo de seu pai. Será que tudo isso que via é aquilo que doutor Alcides tanto criticava: a terrível sociedade de consumo? —É a sociedade do ter, afirmava em tom condenatório. Todos gastando o salário, o décimo terceiro e talvez comprometendo salários futuros. No olhar, não há generosidade, mas incontrolável ânsia de comprar, para si, para outrem, vontade quase mecânica, uma obrigação social.

José foge daquela multidão. Entra numa rua, fica espremido entre camelôs, oferecendo aos gritos suas mercadorias, e transeuntes, pechinchando e aproveitando as ofertas.

Pensa no Natal, nas festas que nunca teve…

Para diante de um bar, moços de gravatas, paletós vestindo cadeiras, gargalhadas, muita cerveja…

Anda alguns metros mais, é a igreja. Aí, muita vez orara com sua mãe. Relutante, entra: vazia…silenciosa…um presépio…um lindo presépio…é o Deus-Menino, ouve sua mãe, como se estivesse a seu lado. Ela o fazia ajoelhar sempre diante daquele menino de braços abertos, acolhedores. Vê a estrela guia, iluminando a gruta.  Lembra-se da professora Lia, explicando que natal é nascimento e que seu colega de sala tinha nome redundante, Natal Natalino do Nascimento. Então, natal é o nascimento do menino Jesus, do Menino-Deus. Deseja que sua mãe, tão distante, há tanto tempo, estivesse ao lado daquele que ela tanto amara…é o nosso Salvador, nasceu em Belém, numa grutalá, a Virgem Maria, a estrela guia, que nos leva sempre ao Deus-Menino, ensinava ela em tom maternal e carinhoso. É o nascimento, o natal do menino Jesus. É o natal de Cristo. E, de repente, naquele silêncio, uma indizível paz, uma alegria infinda…ajoelha-se…compreende que Ele, o menino Jesus, é o seu verdadeiro presente de Natal!

(O autor é advogado, Procurador do Estado de São Paulo, Conselheiro da OAB-SP, Presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia – OAB-SP)

Autorizada ampla divulgação