Considerando a boa repercussão que teve o meu pequeno desabafo de ontem com a Campanha da Fraternidade 2010, e considerando as pessoas que se manifestaram dispostas a fazer alguma coisa mais concreta, gostaria de lançar algumas idéias sobre o que podemos fazer, ao mesmo tempo em que peço mais sugestões. Agradeço, de antemão, a todos. Alguns pontos:
1. Julgo que convém seguir o princípio da subsidiariedade, e iniciar agindo nas instâncias mais próximas de nós: começando com o “boca-a-boca” entre conhecidos, passando para as nossas paróquias, as dioceses, a Conferência e, por fim, os Dicastérios Romanos.
2. Nosso Senhor disse-nos que fôssemos prudentes como as serpentes. Julgo oportuno, por isso, que levantemos contra os inimigos da Igreja as mesmas armas que eles usam – ipsa veneno bibas, como rezamos a São Bento – e, “roubando” a Campanha da mão dos inimigos de Cristo, empreguemo-la a serviço de Nosso Senhor.
a) A lema da Campanha é católico, afinal é tirado dos Evangelhos. Devemos produzir material em defesa da legítima interpretação da passagem bíblica e da Doutrina Social da Igreja, não somente esvaziando a proposta de sua instrumentalização ideológica como também utilizando-a para atacar a Teologia da Libertação.
b) Simultaneamente, devemos produzir e divulgar materiais que nos incitem à verdadeira e legítima piedade quaresmal. Não é necessário – aliás, não é nem desejado – que o lema da CF permeie toda a Quaresma. Usamos as armas que nos ofereceram para envergonhar e humilhar os inimigos da Igreja, ao mesmo tempo em que usamos as armas que a Igreja sempre utilizou para exaltar a Cristo e propiciar a vivência de uma santa Quaresma.
3. Precisamos definir como isso vai ser feito. Se com a criação de um site específico para servir de repositório de material, ou de alguma outra maneira; particularmente, gosto desta sugestão e poderia criar um sub-domínio do Deus lo Vult! com este propósito. Mas estou aberto a sugestões.
4. Paralelamente, é necessário fazermos o trabalho apologético com extremo cuidado, de modo a mostrarmos como a CF é estranha ao espírito da Quaresma (e até mesmo à Doutrina Católica), de modo que possamos “pressionar”, dentro da subsidiariedade e (obviamente) da caridade, as instâncias próximas a nós para que tomem alguma posição. Esta parte, no entanto, não pode de modo algum obscurecer o “trabalho positivo” que deve ser feito.
5. Alguém tem mais alguma consideração a fazer?
p.s.: 6. Desnecessário dizer que tudo isso é urgente, dado que os filhos das Trevas já contam com grande parte de seus exércitos preparados e a postos. A resistência, portanto, é premente.